Educomunicação
Ambiental e a inter-relação entre meio ambiente,
comunicação e educação
Talita
de Souza Correia
Engenheira
Ambiental. Especialista em Gerenciamento Ambiental (FEALQ/ESALQ/USP)
e Educação Ambiental (Senac); Funcionária do
Departamento de Avaliação Ambiental de Empreendimentos
na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB)
e-mail:
talita-correia@uol.com.br
Joao
Pedro Garcia Araujo
Biólogo da
Eletronuclear; Professor da Universidade Veiga de Almeida;
Especialista em Educação
Ambiental para Sustentabilidade pelo Senac
e-mail:
jgarcia@eletronuclear.gov.br
Aline Luiza da Silva
Bióloga
e Especialista em Educação Ambiental para
Sustentabilidade pelo Senac; Educadora na empresa ArvorEser Educação
ambiental.
e-mail:
bio.alineluiza@gmail.com
Valdir
Lamim-Guedes
Doutorando
em Educação FEUSP; Professor no Centro Universitário
Senac-Santo Amaro (São Paulo-SP).
e-mail:
lamimguedes@gmail.com
“Ensinar
não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a
sua construção” (FREIRE,
2003, p. 47).
Resumo:
Neste texto, fruto de um processo colaborativo, apresentamos,
inicialmente, o conceito de educomunicação e de
educomunicação ambiental, sendo este segundo, a busca
de uma inter-relação entre temática
socioambiental, educação (especialmente, educação
ambiental) e comunicação. A parte final do texto é
destinada à apresentação de experiências
de educomunicação ambiental ou socioambiental, com
isto, pretendemos fornecer ao leitor um leque de possibilidades
educomunicativas ambientais para serem adequadas a cada contexto.
Palavras-chaves:
educação ambiental; educomunicação;
aprendizagem colaborativa; processos educomunicativos.
Introdução
Este texto é o resultado de um processo de redação
colaborativa e educomunicativo. A proposta de redação
deste texto teve início durante a disciplina Comunicação
e Educomunicação do curso de Pós-graduação
em Educação para Sustentabilidade do Centro
Universitário Senac – campus Santo Amaro, São
Paulo-SP, oferecida na modalidade educação a distância
para todo o país.
Esta disciplina foi oferecida nos meses de março e abril de
2018 para uma turma com 20 alunos participantes (aqueles que de
alguma forma interagiram durante a disciplina, pois o número
de matriculados na disciplina era de 27 alunos). Foram utilizados
como recursos didáticos um material textual base e vídeos
ou aulas narradas (vídeo com slides e voz) com conteúdo
referente à comunicação e educomunicação.
Além disto, buscamos compartilhar informações e
relatos de experiência em um fórum, uma webconferência
e usando a ferramenta de construção de textos coletivos
wiki. Também foi proposta a construção de um
vídeo coletivo, a partir do envio de gravações
realizadas através de telefones celulares, na qual os alunos
relatavam experiências com educomunicação
ambiental, contudo esta atividade não teve êxito, com o
envio apenas de dois vídeos.
Esta wiki tinha como proposta a construção de um texto
coletivo sobre ações de educomunicação
ambiental, no qual cada aluno podia inserir parágrafos com
informações sobre conceitos e autores relacionados à
educomunicação ou exemplos de trabalhos de
educomunicação ambiental. Foi proposta uma estrutura
básica na qual eram indicados os itens que deveriam constar no
texto e que foi mantida aqui. A wiki ficou aberta por todo o tempo da
disciplina, sendo que cinco alunos (três dos quais assinam este
texto, pois fizeram contribuições importantes e
mantiveram contato na fase seguinte de ampliação e
finalização do texto) inseriram informações
no texto colaborativo. Depois desta fase, o arquivo com as inserções
dos alunos foi hospedado no Google Docs, plataforma on-line
que permite a redação colaborativa, para ampliação
do texto e finalização.
O fato de que apenas um quarto dos alunos participaram efetivamente
da atividade não indica que apenas estes de fato tiveram algum
envolvimento com a mesma, pois outros alunos podem ter lido, mas não
inseriram informações no texto. Isto é chamado
em educação a distância de “silêncio
virtual”, ou seja, refere-se ao integrante de um ambiente
virtual de aprendizagem que não escreve, que “se cala na
escrita”. No entanto, é um aprendiz potencialmente
leitor, seu acesso não é nulo, é por vezes
frequente. Ele existe e está presente, mas não toma
parte ativa, apresentando a sua opinião crítica sobre
os debates desenrolados nos ambientes virtuais de aprendizagem –
AVAs (OKADA; ALMEIDA, 2006, p. 271).
Desta forma, o texto a seguir é produto deste processo
colaborativo. As contribuições individuais não
serão destacadas, de forma a destacar que este é um
produto final deste processo.
Inter-relação
comunicação e educação
O final do século XX é caracterizado por muitas
transformações de ordem social, histórica,
econômica, política, tecnológica e ambiental.
Conforme Pinheiro (2013, p. 67), citando a visão de Harvey
(2003):
O momento sócio-histórico
atual - “a condição pós-moderna” -
se constitui em contraposição a um projeto de
“modernidade”. Segundo [Harvey], a modernidade tem sido
vista como a crença no progresso linear, nas verdades
absolutas, no planejamento racional de ordens sociais ideais e com a
padronização do conhecimento e da produção.
A “pós-modernidade”, por outro lado, representaria
uma espécie de reação à modernidade ou de
afastamento dela, em que se passa a enxergar a heterogeneidade e a
diferença como forças libertadoras.
Neste contexto, o desenvolvimento de Novas Tecnologias da Informação
e Comunicação (NTIC), a partir da segunda metade do
século XX, ampliou em uma escala sem precedentes o fluxo de
informação, embora, no que tange ao acesso, parte da
população mundial siga excluída. As NTICs
tratam-se de um agrupamento de diversas tecnologias como a internet,
webcams, possibilidade de gravar CDs e DVDs em casa,
streaming, telefones celulares, sobretudo suas versões
inteligentes, os smartphones. Este aumento de fluxo,
corresponde também ao aumento da influência da mídia
sobre diversos aspectos da vida das pessoas. Por essa razão,
Baccega afirma que
Hoje, o mundo é trazido
até o horizonte de nossa percepção, até o
universo de nosso conhecimento. Como não podemos estar
presentes em todos os acontecimentos, em todos os lugares, temos que
confiar nos relatos. O mundo que nos é trazido pelos relatos,
que assim conhecemos e a partir do qual refletimos, é um mundo
que nos chega editado, ou seja, ele é redesenhado num trajeto
que passa por centenas, às vezes milhares de mediações,
até que se manifeste no rádio, na televisão, no
jornal. Ou na fala do vizinho e nas conversas dos alunos. São
essas mediações – instituições e
pessoas – que selecionam o que vamos ouvir, ver ou ler; que
fazem a montagem do mundo que conhecemos (2001, p. 21).
Para esta autora, esse conhecimento do mundo a partir dos múltiplos
relatos aproxima os campos da comunicação e da educação
em um dos maiores desafios da contemporaneidade. A escola e os
educadores já não podem ficar alheios a temas como
mediações, criticidade, informação versus
conhecimento, entre outros, principalmente porque o mundo editado a
que temos acesso é carregado de significados implícitos,
de ideologias, geralmente ditados por interesses econômicos
(BACCEGA, 2001).
Ao
investigar o campo emergente da comunicação/educação,
por meio de pesquisa com profissionais latino-americanos que atuam na
área (veja quadro abaixo), Soares (1999) observou a
importância atribuída a B.F. Skinner, pela disseminação
de tecnologias da informação na educação;
a Freinet e Freire, pelas perspectivas criativas da inter-relação
comunicação/educação; a Martin-Barbero,
pelos estudos entre comunicação e cultura e teoria das
mediações; e a Kaplún por estudos que relacionam
comunicação e processos educativos.
Quadro:
alguns dos autores influentes sobre a educomunicação
latino-americana.
Autor
|
Exemplo de obra relevante para a
educomunicação
|
Contribuição conforme Soares
(1999) e Pinheiro (2013)
|
Burrhus Skinner (1904-1990),
|
Tecnologia do Ensino. São Paulo:
Editora Pedagógica e Universitária, 1972.
|
Responsável por certa visão
mecanicista/instrumentalista a partir da qual as tecnologias da
informação foram, desde os anos 50 ou mesmo antes,
concebidas e utilizadas no ensino. Tal contribuição
parte da teoria do esforço e recompensa, que influenciou a
visão instrumental dos meios de comunicação
e para uma concepção funcional de uso de TIC na
educação.
|
Célestin Freinet (1896-1966)
|
O Jornal Escolar. Lisboa: Editorial
Estampa, 1974.
|
Fundador de uma perspectiva criativa da
inter-relação Comunicação /Educação.
Defendeu o uso da comunicação, especialmente do
jornal, em sala de aula como forma de expressão e diálogo
com a cultura.
|
Paulo Freire (1925-1997)
|
Extensão ou comunicação.
Ed. 13. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
|
Fundador de uma perspectiva criativa da
inter-relação Comunicação /Educação.
Apontou para o caráter essencialmente dialógico dos
processos comunicacionais para a constituição de
uma “consciência crítica”.
|
Jesús
Martín Barbero
(1937- )
|
Dos meios às mediações:
comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro:
Editora UFRJ, 2001.
|
Sólida reflexão sobre a relação
Comunicação/Cultura e sobre as teorias das
mediações; teoria das mediações,
aproximação com as contribuições de
Vigotsky e Gramsci; Ajudou a cunhar o conceito de ecossistema
comunicacional.
|
Mário Kaplún (1924-1998)
|
Procesos educativos y canales de comunicación.
Comunicar, 11, p. 158-165, 1998.
|
Pioneiro, na América Latina, no campo
dos estudos que relacionam a comunicação com os
processos educativos. Exercício da capacidade crítica,
métodos e competência comunicativa e a comunicação
como componente pedagógico.
|
Para Martín-Barbero a
relação educação e comunicação
sempre reduziu e continua reduzindo os meios a uma dimensão
instrumental, deixando de fora o que seria estratégico pensar,
que é a inserção da educação nos
complexos processos de comunicação da sociedade atual,
ou seja no ecossistema comunicativo – lugar ou lugares de redes
complexas de saberes onde os atores são múltiplos como
escreveu Lévy (SALVATIERRA, s.d., p. 3).
Soares ainda destaca a importância do pensamento freiriano no
estabelecimento das inter-relações entre comunicação
e educação, onde a primeira é vista como um
componente do processo educativo, resultando em um “modo de
interação que afasta a ótica puramente
instrumental da tecnologia comunicativa e informativa” (SOARES,
2000a, p. 19). Dentro desta inter-relação emerge um
novo paradigma, que representa um discurso transverso, constituído
por conceitos transdisciplinares, e que reivindica uma epistemologia
própria (SOARES, 2000a). A este novo campo é atribuído
o nome educomunicação.
O que é educomunicação?
De acordo com Tassara, o termo educomunicação refere-se
a
processos de comunicação
com intencionalidade educacional expressa e que envolve a
democratização dos processos de produção
e de gestão da informação em todos os veículos
de comunicação e formatos audiovisuais. Processos de
educomunicação podem ser definidos, também, como
processos educativos que visam levar à apropriação
das linguagens midiáticas e à produção
democrática e autônoma de produtos de comunicação
(audiovisuais, vídeos, programas de televisão e de
rádio, jornais, revistas etc.), por meio dos quais os
participantes passam a exercer seu direito de produzir informação
e comunicação, divulgando suas ações e
opiniões (TASSARA, 2008, p. 80 apud COSTA, 2008, s.p.).
Soares (2000b) lembra ainda que a educomunicação
refere-se ao planejamento e à execução de
políticas de comunicação educativa, para criar e
desenvolver ecossistemas comunicativos mediados pelos
processos de comunicação e por suas tecnologias. Estes
ecossistemas se caracterizam por criar novos modos de percepção
de tempo, espaço e velocidade, e por promover a dispersão
e circulação do saber fora de locais tradicionais, como
a escola, por exemplo. Neste processo, figuras sociais
tradicionalmente tidas como detentoras do saber, como os professores,
por exemplo, perdem parte de sua influência (MARTÍN-BARBERO,
2000).
O conceito de ecossistemas comunicativos, para Martín-Barbero,
refere-se ao “entorno educacional difuso e descentrado em que
estamos imersos” (SALVATIERRA, s.d., p. 3). O termo difuso faz
referência à mistura de linguagens e saberes que
circulam por diversos dispositivos midiáticos, mas, que são
densos e intrinsecamente interconectados, enquanto o descentrado, é
a característica marcante destas novas linguagens, por
exemplo, que são muitos-para-muitos (situação
contraposta à “de um-para-muitos”, como é o
caso da televisão ou do rádio; com a internet, podemos
gerar conteúdos para diversos receptores, bem como receber
informações de muitas fontes). Assim, para
Martin-Barbero, tais ecossistemas comunicativos “são
formados pelas novas tecnologias, presentes em nossa cotidianidade,
condicionando comportamentos e produzindo novos significados”
(MOREIRA; SILVA, 2013, p. 113).
As ações de educomunicação podem ser
divididas em dois grupos básicos: a) a compreensão dos
meios de comunicação (o que alguns autores chamam de
alfabetização midiática, para uma discussão
sobre este conceito veja LAMIM-GUEDES; DICKMANN, 2017); b) a
utilização das tecnologias de informação
na criação de conteúdo, sobretudo colaborativo.
Neste contexto, reforçamos a visão de que o professor
não é detentor do conhecimento, mas um facilitador do
processo de aprendizagem, tal como afirmou Freire (2002), a educação
não é o ato de transferir conhecimentos, mas criar as
condições para a sua criação. Aliado a
isto, ele também aprende com seus educandos, seja para
acompanhar as inovações tecnológicas, seja por
visões distintas sobre os assuntos tratados durante as ações
educativas (LAMIM-GUEDES; DICKMANN, 2017).
Educomunicação ambiental
“Em suas essências, tanto a educomunicação
como a educação ambiental compartilham dos ideais de
uma educação integral e se situam como temáticas
que perpassam todas as áreas” (MOREIRA; SILVA, 2013, p.
114). Desta forma, foi cunhado o termo educomunicação
ambiental ou socioambiental, que, de acordo com Costa (2008),
corresponde à dimensão pedagógica dos processos
comunicativos ambientais, baseada em uma perspectiva participativa,
coletiva e dialógica. Focada nas interações
sociais e dos homens com a natureza, ela estimula um olhar crítico
acerca da produção de conhecimento e de cultura,
possuindo oito princípios, a saber:
Compromisso com o diálogo permanente e
continuado;
Compromisso com a interatividade e produção
participativa de conteúdos;
Compromisso com a transversalidade (tanto de
áreas do conhecimento quanto de mídias);
Compromisso com o encontro/diálogo de
saberes;
Compromisso com proteção e
valorização do conhecimento tradicional e popular;
Compromisso com a democratização
da comunicação e com a acessibilidade à
informação socioambiental;
Compromisso com o direito à
comunicação;
Compromisso com a não discriminação
e o respeito à individualidade e diversidade humana.
A Educomunicação Socioambiental possui dois sentidos
que lhe conferem extrema importância: “o sentido de quem
produz e transmite o conhecimento e aquele de quem recebe tais
informações. Ela é, portanto, um campo do
conhecimento que, através de um espaço comunicativo de
massa, transmite os ensinamentos socioambientais” (CCA/ECA/USP,
2009, s.p.).
Os ecossistemas comunicativos, a partir da visão de Costa
(2008), correspondem ao movimento de gestão participativa,
democratização e defesa do direito à comunicação
em ambientes educativos.
A articulação de ecossistemas comunicativos no campo da
educação ambiental é uma das linhas de ação
norteadoras para execução de projetos/processos de
Educomunicação que objetiva “promover a
articulação e a manutenção da interação
dialógica e da qualidade participativa em todas as instâncias
e processos de educação ambiental, contribuindo para a
sua ampliação e popularização”
(COSTA, 2008, p. 24).
A indissociabilidade entre
questões sociais e ambientais no fazer-pensar dos atos
educativos e comunicativos é ressaltada pelo termo
socioambiental. A dimensão pedagógica, nesse caso em
particular, tem foco no “como” se gera os saberes e “o
que” se aprende na produção cultural, na
interação social e com a natureza (COSTA, 2008, p. 10).
É importante destacar que a “educomunicação
socioambiental é diferente de marketing institucional
da Educação Ambiental, porque se constrói no
diálogo e na participação democrática”
(COSTA, 2008, p. 8). O marketing institucional busca destacar
as ações desenvolvidas por certa instituição,
enquanto a educomunicação socioambiental está
relacionada com processos coletivos de construção de um
saber ambiental, que surge de uma práxis (LEFF, 2008), e busca
mudar dada realidade.
Em ambientes educacionais, a contextualização das
informações é essencial para manter o interesse
dos educandos. Por exemplo, ao tratar de recursos hídricos,
debater a situação do rio que passa próximo a
escola é uma forma de aproximar os conhecimentos teóricos
com a realidade local. Aliado a isto, o acesso à informação
pela internet permite que o indivíduo possa ampliar seu
conhecimento sobre os problemas socioambientais, sobretudo, porque
estes problemas são variáveis quanto à escala
(de locais a globais) e apresentam-se de forma dinâmica no
tempo e no espaço (LAMIM-GUEDES, 2012). Isto toma uma
perspectiva positiva quando levamos em conta a frase do ex-ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, no livro Ecologia e Cidadania
(1997, p. 16): “A educação ambiental bem-ensinada
e bem-aprendida tem de ter relação com a vida das
pessoas, o seu dia-a-dia, o que elas veem e sentem, o seu bairro, a
sua saúde, as alternativas ecológicas. Caso contrário,
é artificial, distante e pouco criativa”. Neste sentido,
a novidade em relação à educomunicação
socioambiental está em, não somente ter acesso à
informação, por exemplo, ao acessar um website,
mas também criar conteúdo, seja através de um
blog, rede social, vídeo colaborativo entre outras
possibilidades (isto é, um contexto transmídia, termo
advindo do inglês transmedia, que significa conteúdo
que se sobressai a uma mídia única).
Este tipo de interação com a informação,
que vai além do acesso e parte para a produção,
sobretudo em contextos de coprodução, colaboração
e difusão (compartilhamento), permite que os processos
comunicativos tenham interferência na vida das comunidades,
influenciando a mobilização e mudanças reais na
realidade destes locais. Conforme Azevedo (2008), muitos educadores
querem sugestões de práticas pedagógicas
prontas, no entanto, a proposta é que o professor busque com
os seus alunos formas mais adequadas para trabalhar a temática
socioambiental. Esta autora ainda trata da importância de
analisar representações sociais sobre meio ambiente:
“Na área de meio ambiente a representação
social de indivíduos ou grupos é necessária para
se entender como esses atores sociais estão captando e
interpretando as questões, e de certa forma, como pensam e
agem em sua realidade próxima” (AZEVEDO, 2008, p. 62).
Na próxima seção, apresentaremos algumas
experiências que aplicam o referencial teórico da
educomunicação ambiental.
Práticas de Educomunicação ambiental
Neste item buscamos apresentar algumas experiências de
educomunicação ambiental de forma a esclarecer como o
referencial teórico apresentado acima é aplicado em
ações práticas.
Educomunicação ambiental através do audiovisual
Segundo Mocellin (2014), o cinema surgiu no final do século
XIX em decorrência do avanço científico e do
aperfeiçoamento das técnicas de projeção
de imagens empreendidas por diversos cientistas, e foi visto
inicialmente como uma simples inovação técnica,
contudo estabeleceu-se como uma diversão popular, e foi
justamente a aceitação popular do cinema que
influenciou seu uso político e sua utilização em
1917 como doutrinação do povo, e não sua
"politização", no sentido de oferecer a
possibilidade de formação política e
conscientização em relação à
realidade.
Posteriormente,
na primeira metade do século XX, algumas escolas começaram
a utilizar filmes como material didático. No Brasil,
intelectuais ligados à Escola Nova, ou Escola Progressiva,
também identificaram no cinema um forte potencial didático
(MOCELLIN, 2014). Contudo, apesar das vantagens do cinema para o
ensino, essa mídia também possui um potencial de criar
visões distorcidas e parciais.
Pode-se citar o cinema como uma prática de educomunicação
ambiental através da iniciativa da Organização
Não-Governamental Ecofalante, fundada em 2003 com o
objetivo de criar e trabalhar em projetos que contribuíssem
para o desenvolvimento sustentável do planeta por meio da
educação e da cultura e através da realização
de documentários, formações, da Mostra
Ecofalante de Cinema Ambiental e da Plataforma Ecofalante
(ECOFALANTE, 2018).
Além disso, a Ecofalante promove debates sobre os filmes de
diversos temas, passados durante as Mostras realizadas, além
de concursos de filmes de curta metragem como forma de incentivar a
produção de audiovisual de estudantes universitários
e de escolas técnicas. Ou seja, é uma iniciativa que
promove através do cinema um processo educativo em temas
ligados a questões socioambientais, além de motivar a
própria produção de material.
Outro exemplo de uma prática de educomunicação
através do audiovisual é o projeto Circuito Tela
Verde desenvolvido pelo Departamento de Educação
Ambiental (DEA), da Secretaria de Articulação
Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC), do Ministério do
Meio Ambiente. Este circuito está na 10ª edição
da Mostra Nacional de Produção Audiovisual, na qual são
reunidos vídeos com conteúdo socioambiental para serem
exibidos em todo território nacional e em algumas localidades
fora do Brasil (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2018). Ainda
segundo o sítio eletrônico do Ministério (2018),
o projeto Circuito Tela Verde objetiva a divulgação e
estímulo de atividades de educação ambiental,
participação e mobilização social por
meio da produção independente audiovisual, bem como
atender a demanda de espaços educadores por materiais
pedagógicos multimídias.
Moreira e Silva (2013) descrevem as ações de dois
projetos de educomunicação da Universidade Federal de
Mato Grosso. A equipe do projeto “Tocando o futuro: uma
experiência de linguagem audiovisual” auxilia alunos de
escolas rurais da região de Cuiabá a produzirem
pequenos vídeos. Assim, os alunos produzem os roteiros e
captam as imagens. Após a edição e montagem dos
filmes, estes são exibidos dentre as ações de
outro projeto, “Cinema Ambulante”, que instala
equipamentos e exibe para toda a comunidade.
Educomunicação na escola
Moreira e Silva (2013) indicam duas formas simples de inserir
atividades educomunicativas em escolas: (a) debates sobre conteúdos
advindos, por exemplo, de propagandas, novelas, clips musicais,
jornais ou revistas. Este tipo de ação é
importante, tanto para uma análise crítica deste
conteúdo, quanto para a aproximação dos alunos e
o mundo dos adultos, assim como, pela compreensão da realidade
em que estão inseridos, isto é, uma importante ação
de contextualização; (b) fazer comunicação,
que se refere à gestão de conteúdos produzidos,
isto é, simulação da atuação do
editor. O conteúdo a ser selecionado pode ser produzidos pelos
próprios alunos, por exemplo, textos para o jornal mural,
vídeos ou fotografias gerados com aparelhos celulares; (c)
produção de um jornal escolar, que pode ter circulação
interna à escola, ou distribuído para a comunidade do
entorno, neste caso, a produção de conteúdo
colaborativo, como a edição deste, são ações
educomunicativas, que podem envolver a temáticas
socioambiental. A produção de vídeos e a
posterior exibição para comunidade é um processo
educomunicativo bastante rico, como descrito no item anterior, a
partir de Moreira e Silva (2013).
Azevedo (2008) faz algumas sugestões de como trabalhar a
temáticas socioambientais com jornais e revistas em sala de
aula.
Antes de começar a
utilizar qualquer um dos materiais sugeridos, deve-se preparar a
turma, motivá-los para o trabalho que será realizado,
utilizar tempestade de ideias [do inglês,
brainstorming], perguntar, explorar os acontecimentos
ambientais recentes, as imagens veiculadas pela televisão,
enfim, ser criativo.
Ainda segundo Azevedo (2008), se o professor planeja analisar jornais
ou revistas em sala de aula, pode-se tomar dois caminhos: (a) pedir
para os alunos trazerem textos, o que demonstra seus interesses e/ou
a qual material tem acesso; (b) se o planejado é tratar de
algum tema específico, o professor pode selecionar os textos
previamente. Em relação à representação
social, pode-se (a) trabalhá-la individualmente, com cada
aluno apresentando o texto escolhido ou confeccionando um painel com
colagens, pode-se, alternativamente, pedir a redação de
um texto com as sínteses das notícias e posicionamento
crítico do aluno, (b) se o trabalho for em grupo, indicam-se
inicialmente quais pontos serão analisados e formam-se
pequenos grupos para análise do material reunido pelos alunos
ou fornecido pelo docente; é interessante depois ampliar os
grupos para a troca de informações e debate. Por fim,
pode-se fazer um painel coletivo ou outra forma de produção
que reflita este processo educativo. As sugestões apresentadas
por Azevedo (2008) são voltadas mais para a análise das
reportagens, parte importante da educomunicação de
compreensão dos discursos, incluindo a variação
entre estes. As atividades de redação e montagem de
painéis são importante momentos de produção
e colaboração que deixam o processo mais rico.
Zerlotti (2016) trabalhou em escolas rurais de Corumbá, Mato
Grosso do Sul, com professores e alunos. Ela utilizou ferramentas de
comunicação para tratar de questões ambientais e
culturais das comunidades ribeiros do Pantanal. O objetivo foi o
“oferecer novas práticas de ensino-aprendizagem para os
professores e valorizar os conhecimentos dos alunos” (p. 37).
As ações desenvolvidas envolveram ações
de formação continuada de professores, como cursos de
ecologia do Pantanal - para aproximar os docentes da realidade dos
alunos -, comunicação e de educação
ambiental; e, oficinas de comunicação e arte com os
alunos, que envolveram o uso de rádio, jornal escolar,
fotografia e teatro.
Entre os resultados do projeto “Escola das Águas”,
Zerlotti (2016) destaca a relevância que o mural escolar teve.
Em um ano foram montados cinco murais, cada um focado em um dos
projetos de extensão desenvolvidas na escola. Esta ferramenta
permitiu um diálogo intercultural na comunidade escolar,
superando um dos desafios indicados pela autora que é a
comunicação vertical entre direção-professores
e entre professores e alunos, assim como, a falta de comunicação
entre professores. Apesar da comunicação ainda ser uma
barreira, deu-se um passo para uma escola mais democrática e
que envolvesse temáticas mais próximas do dia-a-dia dos
alunos.
Educomunicação no ensino superior
Como comentamos acima, este texto é resultado de um processo
educomunicativo que teve início durante a disciplina
comunicação e educomunicação, que
integra o curso Pós-graduação em Educação
para Sustentabilidade do Centro Universitário Senac –
campus Santo Amaro, São Paulo-SP. Em um fórum desta
disciplina, o aluno João Pedro Garcia Araújo comentou
que:
Antes de iniciarmos esta
disciplina, eu havia pensado a comunicação do TCC
através dos seguintes canais/meios:
- Redes sociais das escolas e
cartazes, para atingir professores e alunos;
- Intranet, e-mail marketing e
quadro de avisos da minha empresa para atingir os funcionários
da manutenção de áreas verdes;
- Página na internet e
semana de meio ambiente da empresa, rádio local e placas
informativas na entrada da vila residencial e de bairros próximos,
para atingir a comunidade em geral.
Como vocês devem ter
percebido, nos três tópicos acima eu usei o verbo
atingir. Acho que isso indica que eu tinha uma visão da
comunicação como mera transmissão de
informações, um tanto unilateral e prescritiva (…).
É possível que essa percepção se deva ao
fato de eu nunca ter tido contato com o conceito de educomunicação
antes desta disciplina.
Por enquanto, ainda não
redefini as estratégias de comunicação do TCC,
mas penso que o primeiro passo seja discutir com os grupos
diretamente envolvidos quais os meios/canais de comunicação
eles gostariam de utilizar e convidá-los para uma produção
conjunta do conteúdo a ser utilizado. Uma ideia que me ocorreu
é apresentar o conceito de educomunicação, sua
relação com a educação ambiental e deixar
definida apenas a metodologia a ser utilizada com os grupos para
envolvê-los na comunicação do projeto. Contudo,
imagino que no caso do terceiro tópico que apresentei acima
(comunicação para o público em geral) esta
estratégia não seria viável, sendo razoável,
nesse caso, manter algo parecido com a minha ideia original.
E aí, o que vocês
acham?
De forma geral, ter acesso ao conceito de educomunicação
e suas possíveis aplicações nas atividades de
educação ambiental permitem mudanças dos
educadores de forma a reforçar o papel transformador que
esperamos das ações educativas. O item a seguir também
advém do mesmo fórum desta disciplina, sobre a qual uma
aluna afirmou que percebeu como as pessoas aplicavam aspectos de
educomunicação ambiental na mobilização
social que estava envolvida.
A atividade final da disciplina comunicação e
educomunicação consistia em que cada aluno
desenvolvesse um plano de comunicação para seu Trabalho
de Conclusão de Curso. Assim, os alunos, de forma semelhante
ao comentado na citação longa acima, mudaram o discurso
da transmissão de informações, para a construção
colaborativa de conhecimento, com a posterior divulgação
deste.
A perspectiva da transmídia, isto é, quando o conteúdo
se sobressai a uma mídia única, foi usada na disciplina
comunicação e educomunicação, como
comentado na introdução. Em outra disciplina deste
curso do Senac, intitulada Educação Ambiental no
Ensino Formal, a discussão sobre o Projeto de Lei do
Senado (PLS) 221/2015, que propõe a criação da
disciplina de educação ambiental na educação
básica. Foram utilizadas nas discussões, a partir do
ambiente virtual de aprendizagem, as ferramentas de NTICs fórum,
envio de arquivos (atividade avaliativa) e webconferência. Foi
adotada também a revisão por pares para os textos que
os autores indicaram que aceitação a publicação
em um livro digital sobre o tema do PLS. Por fim, foi organizado um
livro, intitulado Educação Ambiental na Educação
Básica: Entre a disciplinarização e a
transversalidade da temática socioambiental (LAMIM-GUEDES;
MONTEIRO, 2017), cujo processo educomunicativo foi descrito por
Lamim-Guedes e Monteiro (2018).
Estratégias de educomunicação no movimento
popular Salve o Rio Itapanhaú
A aluna da Pós-graduação em Educação
para Sustentabilidade do Centro Universitário Senac, Aline
Luiza da Silva, apresentou no fórum criado na disciplina
comunicação e educomunicação um
relato de experiência sobre o processo de mobilização
popular na cidade de Bertioga, litoral do Estado de São Paulo.
Tal mobilização deve-se ao posicionamento contrário
da sociedade civil organizada à transposição das
águas do Rio Sertãozinho, um dos principais afluentes
do Rio Itapanhaú, para o sistema do Alto Tietê, como
parte do empreendimento “Obras de Aproveitamento da Bacia do
Rio Itapanhaú para o Abastecimento da Região
Metropolitana de São Paulo” proposto pelo Governo do
Estado de São Paulo e a SABESP. O Rio Itapanhaú
percorre 40 quilômetros pelo bioma de Mata Atlântica e
ecossistemas frágeis, como matas paludosas, mata alta de
restinga, manguezais e matas ciliares. Esta obra, se realizada,
afetará muito a região social e ambientalmente,
causando danos irreversíveis. Foram adotadas algumas formas de
educomunicação nas ações socioambientais
realizadas pelo movimento popular: oficinas de produção
de faixas, divulgação em redes sociais, divulgação
em rádio e tv, carro de som, produção de
camisetas, criação de bloco de carnaval com marchinhas
próprias, gravação de vídeos, criação
de memes e de material gráfico, abaixo assinado, e uma
intervenção na qual uma frase foi escrita com pessoas
na praia, entre outras ações, dentro da campanha
popular Salve o Rio Itapanhaú, que continua ativa até
a paralisação do processo de licenciamento da obra.
Para acompanhar mais informações sobre esta inciativa
acesse a página:
https://www.facebook.com/naoatransposicaodorioitapanhau/.
A seguir estão algumas fotos das atividades realizadas.
Produção
de faixas e cartazes.
Manifestação
popular contra transposição do Rio Itapanhaú.
Manifestação
popular contra transposição do Rio Itapanhaú.
Participação
popular no Fórum Alternativo Mundial da Água
Divulgação
Festival das águas.
Intervenção artística - Frase formada com
pessoas na praia.
Sugestões de leituras
O documento Educomunicação socioambiental:
comunicação popular e educação,
decorrentes das políticas públicas de educação
ambiental do Ministério do Meio Ambiente, organizado por Costa
(2008), apresenta um rico material, incluindo os capítulos:
Educomunicação e o Programa Nacional de Educação
Ambiental;
Objetivos da Educomunicação para as políticas
de meio ambiente;
Educomunicação nas políticas públicas de
Educação Ambiental e Comunicação;
Princípios da Educomunicação Socioambiental;
Linhas de ação para projetos, programas e políticas
locais;
Meios de implementação: ações
complementares integradas.
O
livro Política de água e educação
ambiental: processos dialógicos e formativos em planejamento e
gestão de recursos hídricos (PAULA JUNIOR;
MODAELLI, 2013), apesar de não ser focado em educomunicação
ambiental, traz várias práticas afins, como o incentivo
à participação e o relato de experiência
de alguns projetos voltados à gestão de recursos
hídricos.
O
ebook Educomunicação e diversidade: múltiplas
abordagens (MACHADO; SOARES; ROSA, 2016) traz na parte I
Educomunicação: diversidade socioambiental traz
sete capítulos:
Enlaces entre Educomunicação e Jornalismo Ambiental: a
mudança climática em questão;
Educomunicação socioambiental: experimentos com
audiovisual no ensino médio;
A Educomunicação Ambiental como Caminho para a
Formação Cidadã;
Recuperando nascentes: do projeto ao jornalismo ambiental, encontros
e desencontros;
Educomunicação socioambiental e as metodologias
participativas do Programa Cultivando Água Boa da
Hidrelétrica Itaipu Binacional;
O Programa RS Biodiversidade como estratégia de
desenvolvimento sustentável e preservação
ambiental na região de Santa Maria/RS;
Educomunicação a agroecologia no pampa gaúcho.
O
Guia de Educomunicação: Conceitos e práticas
da Viração (VIRAÇÃO, s.d.) é
um material bastante didático que apresenta algumas
metodologias em construção. Há dois capítulos
que focados na discussão que trazemos aqui: Educomunicação
(p. 21) e Estratégias - Comunicação e
Mobilização.
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