EDUCAÇÃO
AMBIENTAL AO AR LIVRE: EXPERIÊNCIAS COM A CONSTRUÇÃO
DE APLICATIVOS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS (APPS)
Rodrigo
Cavasini
Graduação
em Educação Física; Especialização
em Metodologias do Ensino de Educação Ambiental e em
Educação Ambiental; Mestrado e doutorado em Ciências
do Movimento Humano UFRGS;
Professor da PUCRS. Email: rcavasini@yahoo.com.br
Rafael
Falcão Breyer
Graduação
em Educação Física; Mestrado
em Ciências do Movimento Humano UFRGS.
Email: rfbreyer@gmail.com
Resumo
A
Educação Ambiental ao ar livre é caracterizada
pelo interesse da população e potencialidades que podem
ser exploradas. A Educação Ambiental ao ar livre vem
sendo tratada em diversos espaços, como disciplinas de cursos
de Educação Física e, inclusive, através
da utilização de dispositivos móveis. Este
trabalho relata a experiência de desenvolvimento do conteúdo
Educação Ambiental ao ar livre através da
construção de aplicativos para dispositivos moveis
(Apps). A experiência ocorreu no primeiro semestre de 2018 na
disciplina Atividade Física na Natureza do Curso de Educação
Física da Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul. Os participantes foram o professor responsável
pela disciplina e 78 estudantes de graduação e
pós-graduação das áreas de Educação
Física, Pedagogia, Geografia, Administração de
Empresas, Psicologia e Biologia. As atividades envolveram a
construção de Apps centrados em três tópicos:
atividades ao ar livre; espaços de prática; e propostas
de Educação Ambiental ao ar livre. As avaliações
apontaram para o seguinte: ampliação da percepção
da relevância e do interesse pelas áreas das atividades
ao ar livre, Educação Ambiental ao ar livre e ética
em atividades ao ar livre; construção de conhecimentos;
valorização dos espaços naturais; ampliação
do interesse pela construção e utilização
de Apps para fins educacionais e profissionais.
Palavras-chave:
Educação ao Ar Livre; Esportes na Natureza; Ética
em Atividades ao Ar Livre; Práticas de Mínimo Impacto.
Abstract
Outdoor Environmental Education is
characterized by the interest of the population and potentialities
that can be explored. Outdoor Environmental Education is treated in
several spaces, such as Physical Education courses, and even through
the use of mobile devices. This paper reports on the experience of
developing Outdoor Environmental Education content through making
mobile device applications (Apps). The experience occurred during the
first semester of 2018 in the discipline called Physical Activity in
Nature of the Physical Education Course at Pontifical Catholic
University of Rio Grande do Sul. The participants were the professor
responsible for the discipline and 78 undergraduate and post-graduate
students from areas like Physical Education, Pedagogy, Geography,
Business Administration, Psychology and Biology. The Apps made by the
students focused on three topics: outdoor activities; spaces of
practice; and Outdoor Environmental Education. The evaluations
showed: broadening the perception of relevance and interest in areas
like outdoor activities, Outdoor Environmental Education and outdoor
ethics; knowledge building; enhancement of natural spaces; raising
the interest in making and using Apps for educational and
professional purposes.
Keywords: Outdoor Education; Nature Sports;
Outdoor Ethics; Minimal Impact Practices.
Introdução
A
Educação Ambiental tem recebido um número
expressivo de definições, as quais se aproximam no que
se refere ao foco no ser humano, sociedades e relações
existentes com o meio ambiente. Além disso a Educação
Ambiental caracteriza-se pela transversalidade, interdisciplinaridade
e por ser desenvolvida em diversos ambientes educacionais e muitas
formas (CAVASINI, 2016).
Entre
as formas de promoção da Educação
Ambiental estão as realizadas em conjunto com atividades ao ar
livre, como trekking,
canoagem, ciclismo, surfe, skate, stand
up paddle, slackline
e atividades de sensibilização. A Educação
Ambiental realizada em conjunto com atividades ao ar livre ou,
simplesmente, Educação Ambiental ao ar livre engloba
propostas educacionais que podem ser estruturadas em dois grupos: o
primeiro grupo foca em práticas de mínimo impacto
ambiental em atividades ao ar livre, em que se destacam no cenário
internacional os Princípios de Não Deixe Rastro (Leave
no Trace Principles);
e o segundo grupo foca em intervenções pedagógicas
realizadas no contexto de atividades ao ar livre, as quais integram
atividades educacionais no,
sobre
e
para
o meio ambiente (CAVASINI, 2016; CAVASINI et
al.,
2015).
Independente
da proposta
de Educação Ambiental ao ar livre cabe salientar que
essas atividades educacionais despertam o interesse dos indivíduos,
ao mesmo tempo em que possuem potencialidades que podem ser
exploradas. O interesse pelas atividades ao ar livre, que integram as
atividades de Educação Ambiental ao ar livre, se
relaciona com diversas motivações, como lista Manning
(2011): possibilidades de aprendizagem de novos conteúdos;
presença de conquistas e estímulos; possibilidade de
desfrutar de locais de beleza cênica e natural; possibilidade
de convívio com outros indivíduos que partilham valores
e interesses; oportunidade para ensinar e partilhar conhecimento e
habilidades, além de liderar outros indivíduos;
demandas e oportunidades para atuar de forma autônoma, buscar
soluções e manter o controle em situações
inesperadas; oportunidade para gerir os riscos presentes nas
atividades.
Em
paralelo ao interesse despertado pela Educação
Ambiental ao ar livre, um corpo de estudos têm sugerido a
existência de potencialidades ou benefícios que podem
ser explorados (BALLANTYNE;
PARKER, 2006). As atividades de Educação Ambiental ao
ar livre tornam
possível o desenvolvimento de aspectos como: relacionamentos
positivos entre os seres humanos e desses com o meio ambiente (LOUV,
20011; SOBEL, 2005; COBB, 2005); atitudes duradouras (HEBERLEIN,
2012); e comportamentos pró-ambientais (DUERDEN; WITT 2010).
De
maneira complementar Manning (2011) propõe uma organização
das potencialidades das atividades ao ar livre, que são
componentes dessas atividades educacionais, em questões
ambientais, pessoais, sociais e econômicas, como as seguintes:
melhoria das relações entre os seres humanos e com a
natureza; ampliação da compreensão da relevância
do meio ambiente, da ética ambiental, da proteção
ambiental, além do estímulo ao envolvimento público
em questões ambientais; melhoria de indicadores de saúde;
desenvolvimento de competências pessoais; melhoria da percepção
da qualidade de vida; ganhos de autoimagem, autoestima e
autoconfiança; ampliação do envolvimento da
população na tomada de decisões; ampliação
da identidade das comunidades; promoção da coesão
social; desenvolvimento de oportunidades de emprego e de qualificação
profissional; redução de gastos públicos e
privados com a saúde.
A
Educação Ambiental ao ar livre é desenvolvida em
diversos contextos, em que podem ser destacados: projetos focados na
promoção da inclusão social de jovens em
situação de risco (CAVASINI; TEIXEIRA; PETERSEN, 2018;
CAVASINI, 2008), cursos de capacitação gratuitos e
realizados a distância (THE LEAVE NO TRACE CENTER FOR OUTDOOR
ETHICS, 2018; CAVASINI et
al., 2017);
e disciplinas de cursos de Educação Física
(CAVASINI; BREYER, 2017).
Em
relação as propostas focadas na Educação
Ambiental ao ar livre que são desenvolvidas em disciplinas de
cursos de Educação Física, Cavasini, Cassal e
Teixeira (2018) sugerem a importância da busca por novas
estratégias de aprimoramento, como a ampliação
da
integração e utilização de dispositivos
móveis às atividades educacionais. Segundo Mello e Boll
(2014) diversos estudos têm abordado as possibilidades e
benefícios relacionados à utilização de
dispositivos móveis, como smartphones
e tablets,
para o desenvolvimento de conteúdos, devido a portabilidade,
integração com diferentes mídias e ampliação
da mobilidade e da flexibilidade às tarefas de estudo.
Aspectos que se somam ao fato dos dispositivos moveis estarem sendo
cada vez mais utilizados pela população, inclusive,
superando os computadores para a realização de diversas
tarefas.
A
utilização de dispositivos móveis é uma
característica da atualidade e pode contribuir para o
aprimoramento das atividades de Educação Ambiental ao
ar livre de várias maneiras: realização de
registros das práticas através de filmagens e
fotografias; troca de informações através de
aplicativos de comunicação; partilha de experiências
através de redes sociais; e a utilização de
aplicativos relacionados à Educação Ambiental ao
ar livre construídos pelos estudantes (CAVASINI;
CASSAL; TEIXEIRA, 2018).
Em
face do exposto este trabalho objetiva relatar uma experiência
de desenvolvimento do conteúdo Educação
Ambiental ao ar livre através da construção de
aplicativos para dispositivos moveis (Apps). A seguir serão
tratados aspectos da disciplina em que a experiência foi
realizada, dos participantes, da abordagem desenvolvida, dos
resultados atingidos e, por fim, serão apresentadas algumas
considerações e perspectivas.
A
Experiência Desenvolvida
O
desenvolvimento do conteúdo de Educação
Ambiental ao ar livre através da construção de
Apps ocorreu no primeiro semestre de 2018 na Disciplina Atividade
Física na Natureza, que integra o curso de Educação
Física da Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul, localizada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Essa disciplina possui carga horária de 32 horas/aula,
estruturadas em aulas presenciais, a distância e atividades de
campo, as quais abordam os seguintes conteúdos: atividades ao
ar livre, Educação Ambiental, Educação
Ambiental ao ar livre, ética em atividades ao ar livre e
espaços naturais utilizados nas práticas. Além
disso, objetiva aliar conhecimentos das áreas acadêmica
e profissional dos envolvidos, enquanto busca promover a cidadania e
despertar o interesse por atividades educacionais desenvolvidas ao ar
livre.
O
grupo de participantes foi formado pelo professor da disciplina e
estudantes nela matriculados. O docente possui graduação
em Educação Física, especialização
em Educação Ambiental, mestrado e doutorado em Ciências
do Movimento Humano. Além disso, possui expertise nas áreas
de esportes e atividades ao ar livre, Educação
Ambiental, gestão riscos e educação ao ar livre.
Os 78 estudantes eram oriundos de cursos de graduação e
pós-graduação em Educação Física,
Pedagogia, Geografia, Administração de Empresas,
Psicologia, Biologia, entre outros.
Anteriormente
a construção dos aplicativos para dispositivos moveis
foram tratadas questões relacionadas aos principais conteúdos
da disciplina, as quais ocorreram em sala de aula, no ambiente Moodle
e durante atividades de campo. Passada essa etapa teve início
a construção dos Apps, em que foram realizadas tarefas
no laboratório de informática, no ambiente Moodle, em
atividades de campo e em sala de aula.
No
laboratório de informática foram organizados os grupos
de trabalho, na sua maioria formados por 4 estudantes. Além
disso foi apresentada e utilizada a plataforma Fábrica de
Aplicativos para o desenvolvimento dos Apps (disponível em:
https://fabricadeaplicativos.com.br).
Conforme Mello e Boll (2014) essa é uma plataforma brasileira
criada em 2012 que permite a criação e partilha de Apps
de forma rápida e intuitiva. Ela disponibiliza serviços
gratuitos e pagos, com diferentes funcionalidades, e já foi
utilizada por dezenas de milhares de pessoas em vários países.
Além disso permite a criação de Apps
educacionais sem custos por alunos e professores, os quais são
categorizados na plataforma como não-desenvolvedores.
No
ambiente Moodle, que é um ambiente virtual de aprendizagem,
os alunos tiveram acesso a materiais de apoio da disciplina e a
fóruns de discussão, os quais também foram
utilizados para a partilha dos Apps produzidos. Em paralelo a esse
ambiente virtual de aprendizagem, os estudantes empregaram: Apps de
comunicação multiplataforma, como o WhatsApp
e
o Messenger;
Apps de localização e navegação, em que
podem ser destacados o
Google Maps
e o OSMand;
Apps de redes sociais online, como o Facebook
e o Instagram.
Conforme Paulino et
al.
(2018) o uso estruturado de aplicativos para dispositivos móveis
pode contribuir para o êxito de atividades educacionais, em
especial, os aplicativos gratuitos que possibilitem a realização
de chamadas por voz e vídeo, além da troca de textos,
imagens, vídeos e arquivos.
Durante
as atividades de campo os estudantes buscaram dados para a elaboração
dos Apps. Foram realizadas atividades ar livre, desenvolvidas e
problematizas as propostas de Educação Ambiental ao ar
livre nas seguintes áreas: parques, praças, campus
universitários, morros e a orla do Lago Guaíba, todos
pertencentes à região metropolitana de Porto Alegre.
Entre os locais visitados está o Parque Natural Morro do Osso
que é uma unidade de conservação localizada na
zona sul de Porto Alegre. Segundo Cavasini e Breyer (2017) esse é
um espaço diferenciado para a realização de
atividades de Educação Ambiental ao ar livre, em face
da: relevância ambiental, histórica e cultural;
interesse da população para a conservação
do Parque; existência de locais de grande beleza cênica e
natural; facilidade e conveniência para o desenvolvimento de
propostas educacionais.
Por
fim, em sala de aula ocorreram as apresentações e
discussões da experiência construída no semestre.
Essas atividades foram realizadas usando os smartphones
dos alunos diretamente com os aplicativos para dispositivos moveis,
deixando de lado as formas mais tradicionais de apresentações,
como as centradas nos aplicativos Power
Point
e Prezzy.
Para Paulino et
al.
(2018) e Mello e Boll (2014) o uso de dispositivos móveis em
atividades realizadas em sala de aula pode contribuir para o
desenvolvimento de conteúdos de várias formas, também
devido à familiaridade dos estudantes com smartphones
e tablets
e a multiplicidade de propostas que podem ser realizadas.
Os
Apps construídos buscaram a problematização de
três tópicos: descrição, aspectos
históricos e equipamentos utilizados nas práticas de
atividades ao ar livre; características dos espaços de
prática; e proposta específica de Educação
Ambiental ao ar livre. Esses tópicos foram escolhidos pelos
estudantes, de acordo com seus interesses e disponibilidade para
realizar as atividades de campo e demais tarefas propostas. Para
contribuir na compreensão dos Apps, as Figuras 1, 2 e 3
apresentam aspectos de três aplicativos móveis
construídos pelos estudantes.
APP
relacionado à Canoagem
Figura
1: Elaborada pelos autores
O
App relacionado à Canoagem abordou aspectos da atividade ao ar
livre, ambientes de prática no Lago Guaíba no município
de Eldorado do Sul e de uma proposta específica de
intervenções pedagógicas de Educação
Ambiental realizadas no contexto da canoagem. Também foram
incluídos no App a utilização de Chat
ou sala de bate-papo, que permite a troca de informações
entre os usuários do aplicativo, e do Mapa
GPS
que permite a navegação orientada até
determinado local, no caso, o ambiente de prática escolhido
pelos estudantes.
APP
relacionado à Yoga
Figura
2: Elaborada pelos autores
O
App relacionado à Yoga abordou: aspectos históricos e
descritivos da atividade ao ar livre; ambientes de prática em
praças, parques e campus universitários no município
de Porto Alegre; e uma proposta de Educação Ambiental
ao ar livre focada em práticas de mínimo impacto
ambiental relacionadas à Yoga, as quais foram baseadas nos
Princípios de Não Deixe Rastro. Também foi
incluída uma agenda com informações e formas de
conectividade sobre eventos relacionados à Yoga tanto nos
locais tratados no aplicativo, como em outros espaços em que
essa atividade ao ar livre é praticada em Porto Alegre.
APP
relacionado ao Ciclismo
Figura
3: Elaborada pelos autores
O
App relacionado ao Ciclismo abordou: aspectos históricos,
descritivos e dos equipamentos utilizados durante a prática da
atividade ao ar livre; ambientes próximos à orla do
Lago Guaíba no município de Porto Alegre; e uma
proposta de Educação Ambiental ao ar livre focada nos
Princípios de Não Deixe Rastro adaptados às
demandas recorrentes do ciclismo, além de questões
relacionadas à gestão de riscos para os ciclistas.
Também foi proposta uma Playlist
ou listagem de músicas relacionada ao ciclismo, o Mapa
GPS
que permite a navegação orientada até
determinado local, assim como, a troca de informações
por meio da rede social Twitter.
A
proposta avaliativa utilizada em conjunto com relatos informais dos
participantes e percepções do professor responsável
indicaram os seguintes resultados:
Ampliação
da percepção da relevância e do interesse dos
alunos pelas áreas das atividades ao ar livre, da Educação
Ambiental ao ar livre e da ética em atividades ao ar livre;
Construção
de conhecimento relacionado às atividades ao ar livre, à
Educação Ambiental ao ar livre, aos espaços
naturais e à ética em atividades ao ar livre;
Valorização
dos espaços naturais, em especial, dos utilizados para a
construção dos Apps;
Ampliação
do interesse pela construção e utilização
de Apps para o desenvolvimento dos conteúdos abordados na
disciplina e de outras propostas educacionais e profissionais.
Considerações
e Perspectivas
A
Educação Ambiental ao ar livre compreende práticas
de mínimo impacto e intervenções pedagógicas,
as quais são caracterizadas por despertar o interesse dos
indivíduos e possuir potencialidades que podem ser explorados.
As atividades de Educação Ambiental ao ar livre são
desenvolvidas em diversos contextos e por meio de estratégias
variadas, como disciplinas de cursos de Educação Física
e aliando a construção de aplicativos para dispositivos
moveis às atividades práticas.
Esse
trabalho relatou a experiência de desenvolvimento do conteúdo
Educação Ambiental ao ar livre através da
construção de Apps. A experiência ocorreu no
primeiro semestre de 2018 em uma disciplina de Curso de Educação
Física. Para tanto foram realizadas tarefas no laboratório
de informática, no ambiente Moodle da disciplina, em
atividades de campo e em sala de aula. Os Apps construídos
problematizaram três tópicos: atividades ao ar livre;
espaços de prática; e propostas de Educação
Ambiental ao ar livre.
As
avaliações apontaram para: ampliação da
percepção da relevância e do interesse pelas
áreas das atividades ao ar livre, Educação
Ambiental ao ar livre e ética em atividades ao ar livre;
construção de conhecimentos; valorização
dos espaços naturais; ampliação do interesse
pela construção e utilização de Apps para
fins educacionais e profissionais.
Quanto
às perspectivas dois aspectos podem ser destacados. O primeiro
aspecto é a continuidade e aprimoramento da proposta. A
experiência relatada terá prosseguimento no segundo
semestre de 2018, quando serão abordadas em paralelo as
plataformas Fábrica de Aplicativos e App
Inventor,
essa última, desenvolvida pelo Massachusetts
Institute of Technology
ou MIT. A plataforma App
Inventor
é uma das mais utilizadas no contexto internacional
(disponível em: http://appinventor.mit.edu/explore/).
Ela apresenta alguns desafios devido a questões relacionadas a
idiomas e à lógica de programação,
contudo, permite o desenvolvimento de aplicativos para dispositivos
móveis com um número expressivo de funcionalidades.
O
segundo aspecto são as contribuições da
experiência relatada a demais iniciativas voltadas a Educação
Ambiental ao ar livre. Nesse sentido pode ser citado o curso massivo
aberto e gratuito intitulado Esportes e Atividades ao Ar Livre, que é
realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (disponível
em: https://lumina.ufrgs.br).
Esse curso, que teve mais de 600 inscritos em três meses de
realização, disponibiliza espaço para a troca de
experiências, permitindo assim partilhar potencialidades e
fragilidades encontradas no desenvolvimento de diferentes propostas
relacionadas à Educação Ambiental ao ar livre.
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