Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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16/09/2018 (Nº 65) O ENSINO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL UMA ANÁLISE NAS UNIVERSIDADES DO SUL DO BRASIL
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O ENSINO DA CONTABILIDADE AMBIENTAL: UMA ANÁLISE NAS UNIVERSIDADES DO SUL DO BRASIL



Milla Lúcia Ferreira Guimarães¹, Micheli de Mattia Marangoni²,

Eduardo Tramontin Castanha³, Leopoldo Pedro Guimarães Filho4,

Vilson Menegon Bristot5, Geraldo Milioli6



¹Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC); Mestre em Educação (UNESC). Professora do Curso de Ciências Contábeis (UNESC). (mlg@unesc.net)

²Bacharel em Ciências Contábeis pela (UNESC). (micheli_mattia@hotmail.com)

³Graduação em andamento no Curso de Ciências Contábeis (UNESC). (eduardo_tramontin@unesc.net)

4Doutor em Ciências Ambientais (UNESC). Professor do Curso de Engenharia de Produção (UNESC). (lpg@unesc.net)

5Doutor em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor do Curso de Engenharia de Produção (UNESC). (vilson.bristot@unesc.net).

6Doutor em Engenharia de Produção e Sistemas (UFSC). Docente pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (UNESC) e Coordenador do Laboratório de Sociedade, Desenvolvimento e Meio Ambiente (LABSDMA - UNESC). (gmi@unesc.net)



Resumo: Objetivando verificar a inserção da contabilidade ambiental nas matrizes curriculares dos cursos de Ciências Contábeis das universidades do sul do Brasil, realizou-se pesquisa do tipo quali-quantitativa, descritiva e documental. Entre as 105 unidades universitárias pesquisadas 98 oferecem o curso na modalidade presencial. Na análise das matrizes curriculares foram identificadas a oferta de disciplinas de cunho ambiental em 62% das instituições de ensino, destas 82% na modalidade obrigatória e 18% na optativa. Conclui-se que as universidades do sul do Brasil, no que tange os cursos de Ciências Contábeis, precisam continuar avançando no sentido de disseminar o ensino relacionado ao meio ambiente.

PALAVRAS – CHAVE: Educação Ambiental; Contabilidade Ambiental; Ciências Contábeis; Universidade.



THE TEACHING OF ENVIRONMENTAL ACCOUNTING: AN ANALYSIS IN THE UNIVERSITIES OF SOUTHERN BRAZIL



Abstract: In order to verify the insertion of environmental accounting in the curricular matrices of the courses of Accounting Sciences of the universities of the south of Brazil, qualitative-quantitative, descriptive and desk research was carried out. Among the 105 university units surveyed 98 offer the course in face-to-face mode. In the analysis of the curricular matrices, the offer of environmental subjects was identified in 62% of educational institutions, of these 82% in compulsory modality and 18% in optional. It is concluded that the universities of the south of Brazil, in what concerns the courses of Accounting Sciences, need to continue advancing in the sense of disseminating the teaching related to the environment.

KEYWORDS: Environmental Education; Environmental Accounting; Accounting Sciences; University.





1 INTRODUÇÃO



O mercado de trabalho para o contador é amplo e desafiador, tanto no setor privado quanto no público. A contabilidade ambiental, na medida em que se tornou uma ciência essencial para o gerenciamento e manutenção das empresas contemporâneas, oferece ao contador novas oportunidades de exercer a profissão mobilizando seus conhecimentos, habilidades e atitudes em prol de uma sociedade justa, livre e humana.

As questões sociais e ambientais adentraram a agenda de discussões das instituições de ensino, reverberando novos conceitos, aprendizados, valores e atitudes, especialmente no ensino superior. O contador torna-se, por sua vez, essencial neste processo, podendo subsidiar soluções para problemas socioambientais relacionados as empresas. Assim, as instituições de ensino devem estar preparadas para suprir tais necessidades de conhecimentos referentes a área ambiental.

Neste contexto o estudo proposto tem por objetivo verificar a inserção da contabilidade ambiental nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em Ciências Contábeis nas universidades da região sul do Brasil. Tem-se por objetivos específicos: (i) identificar as universidades do sul do Brasil que ofertam curso de graduação em Ciências Contábeis na modalidade presencial e o seu conceito no ENADE/2015; e, (ii) identificar as universidades do sul do Brasil que ofertam curso de graduação em Ciências Contábeis na modalidade presencial e que dispõe em sua matriz curricular disciplina voltada para a contabilidade ambiental.

A realização desse estudo, acerca da educação ambiental e sua inserção nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em Ciências Contábeis do sul do Brasil, se justifica pela possibilidade de reflexão por parte dos envolvidos na gestão acadêmica, docentes e discentes e demais interessados nas questões relativas ao processo de ensino, oportunizando proposições de melhorias na matriz curricular dos cursos para a inserção dos aspectos ambientais na formação dos contadores em nível de graduação.

Este trabalho está estruturado em cinco seções, incluindo esta introdução. A segunda seção trata da fundamentação teórica que abrange aspectos sobre a contabilidade ambiental, educação ambiental e o ensino da contabilidade ambiental. A terceira seção descreve a metodologia da pesquisa, na quarta têm-se a apresentação e a análise dos resultados. Por fim, a quinta seção é dedicada às conclusões.

Este artigo utiliza dados que compõem o projeto de tese Construção da Autonomia no Processo Formativo do Contador para Consciência Ambiental desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).



2 eDUCAÇÃO AMBIENTAL e o ensino da contabilidade



De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil (1988) todos possuem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, cabendo ao poder público e a população em geral a sua defesa e preservação além de promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino (BRASIL, 1988).

De acordo com a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) a educação ambiental deverá ser desenvolvida como prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal de modo transversal no currículo.

A Contabilidade Ambiental é uma segmentação da contabilidade tradicional e não uma nova ciência. A contabilidade ambiental busca identificar, mensurar e esclarecer eventos e transações que estejam relacionados com o meio ambiente, visando a evidenciação da situação patrimonial da empresa permitindo o uso mais eficiente de recursos naturais, incluindo a energia e a água; fornece informações para a tomada de decisão, melhorando a política pública (RIBEIRO, 2005; TINOCO e KRAEMER, 2008).

Neste contexto, Carneiro, De Luca e Oliveira (2008) ressaltam a importância de as empresas divulgarem para a sociedade seus esforços relativos ao uso responsável dos recursos ambientais, bem como dar transparência as políticas que adotam ao impactar o meio ambiente e os objetivos que pretendem alcançar, mesmo que suas ações sofram pressões da sociedade e do Estado. Agindo desta forma a empresa demonstra o respeito ao meio ambiente e a comunidade na qual está inserida e preza pela relação com seus stakeholders. Assim, a contabilidade se torna estratégica na medida em que se torna um elo de comunicação entre as empresas e a sociedade.

Devido aos grandes impactos ambientais causados pelas entidades, a contabilidade ambiental e social vem ganhando um espaço fundamental no cotidiano. Fato esse correspondente a sua importância para a mensuração desses danos, em razão da sociedade estar cobrando das empresas os números referentes às ações feitas para evitar tais problemas.

Para Paiva (2003), as empresas que valorizam sua preocupação com o meio ambiente e tomam medidas preventivas, tendem a apresentar conotação diferenciada em relação a sua imagem perante a opinião pública, sendo assim muito importante para a manutenção dos clientes atuais e atração de novos consumidores.

De acordo com Ferreira (2006), os gestores das entidades ao se depararem com problemas ambientais, passaram a requerer informações da contabilidade que os ajudassem nessas questões, porém os contadores de modo geral não se encontravam aptos para esse trabalho. O fato acentuou-se na década de 90, principalmente a partir da Eco/92, decorrente do agravamento dos problemas ambientais. A fim de apresentar uma resposta que satisfizesse aos gestores perante as necessidades de informações financeiras sobre o meio ambiente e relativas a empresa, os contadores, institutos de pesquisa, organismos profissionais e órgãos de governo de vários países começaram a estudar o assunto, com o objetivo de contribuir para o estabelecimento de novos procedimentos, de uma nova metodologia ou, ainda de contribuir para o aprimoramento dos procedimentos e metodologia contábil existentes.

No Brasil, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o curso de Ciências Contábeis foram promulgas por meio da resolução nº10/2004/CNE/CES, estabelecendo que a organização curricular deverá constar nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC), contemplando: o perfil profissional do egresso, componentes curriculares, modo de avaliação, estágio curricular, atividades complementares, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), dentre outros.

Ainda de acordo com a Resolução, o futuro contador deve ser capacitado para compreender questões científicas, técnicas, sociais, econômicas e financeiras, em âmbito nacional e internacional; apresentar pleno domínio das responsabilidades funcionais envolvendo apurações, auditorias, perícias, arbitragens, noções de atividades atuariais e de quantificações de informações financeiras, patrimoniais e governamentais, com a plena utilização de inovações tecnológicas; revelar capacidade crítica-analítica de avaliação, quanto às implicações organizacionais com o advento da tecnologia da informação (BRASIL, 2004).

Para exercer a profissão de contador faz-se necessário a formação em nível superior (bacharel em Ciências Contábeis) além da obtenção do registro profissional junto ao Conselho Regional de Contabilidade, com jurisdição sobre seu domicílio profissional mediante a aprovação no Exame de Suficiência promovido pelo Conselho Federal de Contabilidade (NIYAMA; SILVA; PISCITELLI, 2001).



3 PROCEDIMENTOS METOLÓGICOS



Quanto a abordagem do problema a pesquisa classifica-se como qualitativa e quantitativa, na medida em que visa interpretar e atribuir significados e também mensurar a disseminação do ensino da contabilidade ambiental nas instituições de ensino superior da região sul do Brasil que oferecem o curso de Ciências Contábeis.

De acordo com Bogdan e Biklen (1994) a investigação qualitativa é considerada descritiva, pois os investigadores estão mais interessados no processo do que nos resultados. Essa tipologia tem o ambiente natural como fonte direta dos dados e o pesquisador como instrumento chave.

Segundo Beuren et al. (2014), a abordagem quantitativa, não é tão profunda na busca de conhecimento, se preocupa mais com o comportamento geral dos acontecimentos. Essa tipologia caracteriza-se pelo emprego de instrumentos estatísticos, tanto na coleta quanto no tratamento dos dados.

Em relação aos objetivos, este estudo caracteriza-se como descritivo. Barros e Lehfeld (2000) explicam que nos estudos descritivos, os resultados não apresentam interferência do pesquisador, buscando descobrir maiores informações acerca do fenômeno pesquisado.

No que tange aos procedimentos efetua-se um estudo documental. A pesquisa documental, segundo Gil (1999) vale-se de matérias que ainda não receberam um tratamento analítico, podendo ser reelaborada de acordo com os objetivos da pesquisa.

Inicialmente, foi realizado um levantamento de dados por meio do site do MEC, para identificar as universidades em funcionamento no sul do Brasil e quais delas ofertavam graduação em Ciências Contábeis, bem como, a respectiva nota obtida no ENADE/2015 por cada curso.

Foram pesquisadas 47 universidades do sul do Brasil, totalizando 105 unidades (campus e campi). Deste montante, 98 universidades oferecem o curso de Ciências Contábeis na modalidade presencial.

No estado do Paraná foram pesquisadas 31 Universidades, das quais 55% oferecem a disciplina com enfoque ambiental, a saber: PUCPR, UEPG, UNICENTRO, UNIOESTE, UNESPAR, UFPR, UNOPAR.

No estado Santa Catarina foram pesquisadas 28 Universidades, das quais 86% oferecem a disciplina com enfoque ambiental, as quais são: UDESC, UNOCHAPECÓ, UNIVILLE, UNC, UNESC, UNOESC, UNISUL, UNIVALI, UFSC e FURB.

No estado do Rio Grande do Sul foram pesquisadas 39 Universidades, das quais 49% oferecem a disciplina com enfoque ambiental, a saber: UCEPEL, URCAMP, UNICRUZ, UNISC, UNISINOS, UFSM, FURG, UFRGS, FEEVALE, ULBRA e UNIJUI.

Após identificação das Universidades que ofertam curso de Ciências Contábeis, foi pesquisado nos respectivos sítios eletrônicos a matriz curricular de cada curso, com intuito de identificar quais delas ofertam disciplinas com enfoque ambiental.

Posteriormente, foi pesquisado nos respectivos sítios eletrônicos ou Projeto Pedagógico do Curso a ementa das disciplinas. Para avaliar as ementas e verificar as temáticas adotadas elaborou-se 06 categorias de análise, as quais são: 1) Contextualização: Compreende a introdução ao ambiente da contabilidade ambiental, sustentabilidade empresarial e responsabilidade ambiental e social; 2) Contabilização: engloba conceitos de gastos, ativos, passivos, despesas, custos e receitas ambientais, identificação, mensuração e contabilização de eventos ambientais; 3) Gestão Ambiental: contempla aspectos pertinentes a gestão ambiental, sistema de gestão ambiental (SGA), indicadores ambientais e sócio econômicos; 4) Relatórios: compreende conceitos, modelos e práticas de relatórios que contemplem a contabilidade social e ambiental, balanço social e demonstração do valor adicionado; 5) Legislação: engloba o código de ética, resoluções, leis e normas; 6) Diversos: envolve outros temas não classificados nas demais categorias.

Por fim, foi verificada a oferta da disciplina conforme a matriz curricular e/ou Projeto Pedagógico dos Cursos, se obrigatória ou optativa e a fase em que é disponibilizada.

Como limitação da pesquisa, tem-se o fato de que dos 60 cursos de Ciências Contábeis que ofertam disciplina de cunho ambiental, não foi possível localizar as ementas de 20 disciplinas. Para análise das ementas e enquadramento nas categorias elaboradas, utilizou-se 40 cursos, dos quais foram possíveis obter essas informações.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS



Nesta sessão, serão apresentados e analisados os dados coletados referentes às universidades do sul do Brasil que ofertam o curso de Ciências Contábeis, às disciplinas com enfoque ambiental ofertada por esses cursos e o conceito no ENADE/2015.



4.1 CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NAS UNIVERSIDADES DO SUL DO BRASIL



O curso de Ciências Contábeis é oferecido por um grupo significativo de Universidades no sul do país. Com esta informação é possível relacionar a oferta dos cursos com a relevância da profissão para o mercado de trabalho.

Das 105 unidades Universitárias (campus e campi) pesquisadas, 98 oferecem o curso de Ciências Contábeis na modalidade presencial. Destas, 39 estão localizadas no estado do Rio Grande do Sul, seguido pelo estado do Paraná, com 31 unidades ofertantes, o estado de Santa Catarina apresenta 28 instituições ofertantes, observa-se que o estado do Rio Grande do Sul apresenta a maior oferta dos cursos de Ciências Contábeis na modalidade presencial.



4.2 UNIVERSIDADES DO SUL DO BRASIL E O CONCEITO ENADE



O conceito ENADE avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos que estão matriculados. Esta pesquisa buscou identificar qual o conceito ENADE dos cursos de Ciências Contábeis das universidades da região sul do país, relativo ao ano 2015, conforme demonstra o Quadro 1.



Quadro 1 - Notas do ENADE do curso de Ciências Contábeis referente à Região Sul do Brasil

Fonte: Elaborado pelos autores (2017).



Observa-se que das 98 unidades universitárias pesquisadas que ofertam o curso de Ciências Contábeis, 42% obtiveram a nota 3, 28% a nota 4 e 7% a nota 5 que são consideradas como satisfatórias pelo MEC. As demais universidades (14%) possuem notas consideradas insatisfatórias para o MEC (1 e 2). Não foram encontradas informações referentes a 7 instituições.

Os indicadores da qualidade são de singular importância na medida em que fornecem prestigio social aos cursos, pois o diploma poderá ser mais ou menos valorizado pelo mercado de trabalho em função do conceito de curso, estes indicadores são divulgados publicamente. Políticas públicas voltadas para a expansão e financiamento no ensino superior, como por exemplo, o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) possuem como determinantes alguns indicadores de qualidade. Com isso, cursos e Instituições de Ensino Superior (IES) com qualidade considerada satisfatória, conceito 3, 4 e 5, tem como possibilidade a obtenção de financiamentos públicos. As IES e Cursos com notas 1 e 2, conceito insatisfatório, não tem apoio, ou até mesmo perdem a possibilidade de ofertar financiamento ou bolsas de estudo aos seus discentes (BRASIL, 2015).

Pode-se afirmar que a maioria das Universidades possuem notas satisfatórias no conceito do MEC, porém, algumas ainda precisam rever seus conceitos e métodos de ensino e aprendizagem com intuito de aumentar sua avaliação.



4.3 DISCIPLINAS COM ENFOQUE AMBIENTAL NOS CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS



Após análise das matrizes curriculares dos cursos de graduação em Ciências Contábeis na modalidade presencial das universidades do sul do país, observou-se que 62% ofertam disciplinas com ementas voltadas para questões ambientais.

O Quadro 2 apresenta estas informações classificando inclusive a oferta da disciplina conforme o Projeto Pedagógico dos Cursos, se obrigatória ou optativa, e a fase em que é oferecida.

Quadro 2 - Oferta de disciplinas com conteúdo de cunho ambiental nas universidades do sul do país.

Fonte: Elaborado pelos Autores (2017).

Observa-se por meio do Quadro 2, que disciplinas com conteúdos relacionadas aos aspectos ambientais são ofertadas nos três estados do sul do Brasil. Em Santa Catarina 24 cursos oferecem a disciplina (86%), no Paraná 14 (55%) e no Rio Grande do Sul 19 cursos (49 %).

Verificou-se, também, que a disciplina é ofertada por 49 cursos na modalidade obrigatória (82%) e por 11 cursos na modalidade optativa (18%). Pode-se inferir que há o reconhecimento da importância da disciplina, na medida em que é inserida na matriz curricular dos cursos na modalidade obrigatória, tendo em vista a demanda do mercado de trabalho em busca de profissionais capacitados para lidar com situações pertinentes ao meio ambiente e a sustentabilidade.

Outro fato observado é a disparidade das fases em que a disciplina é ofertada, tanto no início, no meio, como no final do curso. Neste sentido cabe salientar que a Política Nacional da Educação Ambiental (PNEA), Lei nº 9.795/99 prescreve que a educação ambiental deve estar contemplada em todos os níveis de ensino não havendo necessidade de ser abordada como uma disciplina específica.

No art. nº 10 § 3º da referida lei, consta que os cursos de formação técnico-profissional devem incorporar a educação ambiental aos conteúdos que tratem da ética ambiental das atividades profissionais a serem desenvolvidas (BRASIL, 1999).

Porém devidos aos impactos ambientais causados pelas organizações e a necessidade de subsidiar gestores e usuários das informações geradas pela contabilidade, torna-se eminente a inserção de disciplinas específicas de cunho ambiental na formação dos futuros contadores para que estes possam registrar os fatos ecológicos (externalidades) da empresa que interfere de algum modo no meio ambiente, independentemente se esta interferência for positiva, como a instalação de equipamentos antipoluentes que por consequência fortalece a imagem institucional perante a sociedade, ou negativa, como a degradação do meio ambiente natural.



4.4 EMENTÁRIOS DAS DISCIPLINAS DE CUNHO AMBIENTAL NOS CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DAS UNIVERSIDADES DA REGIÃO SUL DO PAÍS.



Para verificar as ementas das disciplinas de cunho ambiental foram criadas categorias de análise:

1) Contextualização - compreendendo a introdução ao ambiente da contabilidade ambiental, sustentabilidade empresarial e responsabilidade ambiental e social.

2) Contabilização - englobando conceitos de gastos, ativos, passivos, despesas, custos e receitas ambientais; identificação, mensuração e contabilização de eventos ambientais.

3) Gestão Ambiental - envolvendo aspectos pertinentes a Gestão ambiental; Sistemas de gestão ambiental (SGA); Indicadores (indicadores ambientais e socioeconômicos).

4) Relatórios - compreendendo conceito, modelos e práticas de relatórios que contemplem a contabilidade social e ambiental; Balanço Social; DVA.

5) Legislação - contemplando o Código de ética; Resoluções; Leis; Normas.

6) Diversos - envolvendo outros temas não classificados nas demais categorias.

Vale ressaltar, que os três estados do sul do Brasil, ao todo, ofertam em 60 cursos de Ciências Contábeis disciplinas de cunho ambiental, entretanto as categorias elaboradas analisaram apenas 40 dessas disciplinas devido a impossibilidade de localizar as ementas das outras 20. Foram analisadas as disciplinas tanto na modalidade obrigatória quanto na optativa, independente do semestre em que a mesma é ofertada.

Para melhor identificação e análise, elaborou-se quadros com a denominação das universidades, ementas e categorias de análise, para cada estado da região sul. As ementas de cada curso constam no Apêndice B. O Quadro 8 apresenta as informações relativas ao estado do Paraná.



Quadro 3 - Temáticas e categorias de análise – Paraná

F

onte: Elaborado pelos Autores (2017)



Observa-se por meio do Quadro 3, que todos os cursos de Ciências Contábeis das universidades do estado do Paraná que ofertam disciplinas de cunho ambiental, dispõem em sua matriz curricular temáticas que a introduzem ao ambiente da contabilidade ambiental, sustentabilidade empresarial e responsabilidade ambiental e social,

Nota-se também, um número significativo de Cursos que apresentam nas disciplinas de cunho ambiental conceitos de gastos, ativos, passivos, despesas, custos e receitas ambientais; identificação, mensuração, contabilização de eventos ambientais.

Posteriormente, 6 cursos buscam ensinar as demonstrações contábeis e relatórios que compreendem conceitos, modelos e práticas da contabilidade social e ambiental, balanço social e demonstração do valor adicionado e outros assuntos não classificados como, por exemplo: A contabilidade e a declaração universal de diretos humanos e o código de ética profissional.

Os temas relativos a gestão ambiental, são tratados em apenas 5 cursos. Já os aspectos voltados ao código de ética, resoluções; leis e normas da área também vistos em apenas 3 universidades.

O Quadro 4 apresenta as informações relativas ao estado de Santa Catarina.

Quadro 4 - Temáticas e categorias de análise - Santa Catarina

Fonte: Elaborado pelos autores (2017).



Por meio do Quadro 4 observa-se que (17) cursos dispõe em sua matriz curricular aspectos voltados ao código de ética, resoluções; leis e normas da área.

Nota-se também que um número significativo de Cursos (16) que dispõem em sua matriz curricular outros assuntos não enquadrados nas categorias elaboradas como, por exemplo: Normas brasileiras de contabilidade e ética e direitos humanos.

Posteriormente, são ofertados em 14 cursos em sua matriz curricular temáticas que a introduzem ao ambiente da contabilidade ambiental, sustentabilidade empresarial e responsabilidade ambiental e social.

Os temas relativos a gestão ambiental, são abordados em 8 cursos, assim como os temas que ensinam sobre as demonstrações contábeis, incluindo, relatórios que compreendem conceitos, modelos e prática da contabilidade social e ambiental, demonstração do valor adicionado e balanço social.

As temáticas que englobam conceitos de gastos, ativos, passivos, despesas, custos e receitas ambientais, identificação, mensuração e contabilização de eventos ambientais são tratadas em apenas 5 universidades.

Em relação ao estado do Rio Grande do Sul, o Quadro 5 apresenta as temáticas abordadas pelos cursos distribuídas nas categorias criadas para análise.

Quadro 5 – Temáticas e categorias de análise - Rio Grande do Sul

Fonte: Elaborado pelos autores (2017).



Observa-se por meio do Quadro 5, que todos os cursos de Ciências Contábeis das universidades do estado do Rio Grande do Sul que ofertam disciplinas de cunho ambiental dispõem em sua matriz curricular temáticas que a introduzem ao ambiente da contabilidade ambiental, sustentabilidade empresarial e responsabilidade ambiental e social.

Os temas relativos às demonstrações contábeis e relatórios que compreendem conceitos, modelos e práticas da contabilidade social e ambiental, balanço social e demonstração do valor adicionado são abordados em 8 cursos, assim como os aspectos voltados ao código de ética, resoluções; leis e normas da área.

Nota-se também um número significativo de cursos (7) que dispõem em sua matriz curricular outros assuntos não enquadrados nas categorias elaboradas como, por exemplo: Normas Brasileiras de Contabilidade e Ética e Direitos Humanos.

Posteriormente, 4 cursos buscam ensinar gestão ambiental e tratam de temas que englobam conceitos de gastos, ativos, passivos, despesas, custos e receitas ambientais, identificação, mensuração e contabilização de eventos ambientais.

Observa-se que dos três estados do sul do Brasil apenas o curso de Ciências Contábeis da UNOESC, localizada em Santa Catarina, não contempla em sua matriz curricular conteúdos que a introduzem ao ambiente da contabilidade ambiental, sustentabilidade empresarial e responsabilidade ambiental e social. Deste modo, pode-se afirmar que com exceção dos 6 cursos de Ciências Contábeis ofertados pelas unidades universitárias da UNOESC, todos os demais ofertam ao menos o conteúdo básico para o entendimento da disciplina de cunho ambiental.

Tem-se um número muito baixo nos três estados em relação a contabilização, que englobam conceitos de gastos, ativos, passivos, despesas, custos e receitas ambientais, identificação, mensuração e contabilização de eventos ambientais. Das 40 Universidades, apenas 16 possui esta temática inclusa em sua ementa. Esse achado vem de encontro com frisado por Ribeiro (2005) o qual menciona que a contabilidade ambiental é uma segmentação da contabilidade tradicional e tem como objetivo: identificar, mensurar e esclarecer eventos e transações relacionadas ao meio ambiente, visando a evidenciação da situação patrimonial da entidade. Comparando os resultados da pesquisa com citado pelo autor, pode-se dizer que várias Universidades do sul do país não ofertam em suas disciplinas de cunho ambiental, temáticas para formar contadores com conhecimentos sobre a contabilização dos eventos ambientais.

Observa-se também, por meio do Quadro 5, a baixa inserção do tema sobre Gestão Ambiental. Do total dos cursos pesquisados, apenas 43% abordam esse assunto, levando em consideração que a contabilidade é essencial na tomada de decisão.



5 CONSIDERAÇÕES FINAIS



Os usuários das informações contábeis estão cada vez mais preocupados com relação entidades e o meio ambiente. Sendo assim, procuram informações que os ajudem nas tomadas de decisões. Desta forma, as Instituições de Ensino Superior que ofertam cursos de graduação em Ciências Contábeis devem demonstrar que estão preparadas para formar profissionais aptos a fornecer certas informações e suprir a necessidades do mercado, na atualidade e no futuro.

O objetivo geral deste trabalho, consistiu em verificar a inserção da disciplina de contabilidade ambiental na matriz curricular do curso de Ciências Contábeis nas universidades do sul do Brasil.

Para atingir o objetivo proposto para esta pesquisa, inicialmente foi realizada uma busca acerca de estudos correlatos ao tema. Nesse movimento encontrou-se a pesquisa de Calixto (2006) a qual constatou que poucas instituições de ensino superior brasileira ofereciam a disciplina contabilidade ambiental nos cursos de Ciências Contábeis e que geralmente eram disponibilizadas como optativa. Outro estudo semelhante, embora focado nas instituições de ensino superior da cidade de Recife, foi o de Tenório e Galvão (2009) na qual os resultados demonstraram que a maioria das instituições não ofertavam a disciplina. Posteriormente, Varelo et al. (2011) também realizaram um estudo sobre o ensino da contabilidade ambiental nas instituições de ensino superior brasileiras. O estudo concluiu que o ensino da contabilidade ambiental é pouco disseminado visto que mais de dois terços dos cursos de Ciências Contábeis no Brasil não ofereciam na matriz curricular esta disciplina.

Em seguida, identificou-se as universidades do sul do Brasil que ofertavam curso de graduação em Ciências Contábeis. Nessa busca encontrou-se 47 Universidades na região sul, totalizando 105 unidades universitárias (campus e campi).

Posteriormente, verificou-se que 98 unidades universitárias da região sul do país ofereciam o curso de Ciências Contábeis. Ademais, constatou-se que disciplinas com conteúdos relacionados aos aspectos ambientais são ofertadas nos três estados do sul do Brasil. No Paraná 17 cursos oferecem a disciplina (55%), em Santa Catarina 24 cursos (86%), e no Rio Grande do Sul 19 cursos (49 %).

Observa-se, portanto, que em relação aos estudos correlatos, houve um pequeno avanço na oferta da disciplina de contabilidade ambiental, especialmente na modalidade presencial, dos 60 cursos que ofertam a disciplina de cunho ambiental (82%) é ofertada na modalidade obrigatória e o restante (18%) são optativas.

Outro achado do estudo diz respeito aos conceitos obtidos no ENADE/2015 dos cursos de Ciências Contábeis da região sul do país, 42% obtiveram a nota 3; 28% nota 4; e, 7% nota 5 as quais são consideradas como satisfatórias pelo MEC. As demais universidades (14%) possuem notas consideradas insatisfatórias para o MEC (conceito 1 e 2). Não foram encontradas informações referentes a nota no ENADE/2015 de 7 instituições.

Ademais, verificou-se que, em termos proporcionais, o estado de Santa Catarina é o que mais oferta disciplinas com enfoque ambiental (86%), seguido do Paraná (55%) e Rio Grande do Sul (49%).

Ainda com foco em verificar a inserção da disciplina de contabilidade ambiental na matriz curricular dos cursos de Ciências Contábeis nas universidades do sul do Brasil, optou-se por analisar os ementários da referida disciplina, para tanto, criou-se 6 categorias de análise, as quais foram: 1) Contextualização - compreendendo a introdução ao ambiente da contabilidade ambiental, sustentabilidade empresarial e responsabilidade ambiental e social; 2) Contabilização - englobando conceitos de gastos, ativos, passivos, despesas, custos e receitas ambientais; identificação, mensuração e contabilização de eventos ambientais; 3) Gestão Ambiental - envolvendo aspectos pertinentes a gestão ambiental; Sistemas de Gestão Ambiental (SGA); Indicadores (indicadores ambientais e socioeconômicos); 4) Relatórios - compreendendo conceito, modelos e práticas de relatórios que contemplem a contabilidade social e ambiental; Balanço Social ; DVA; 5) Legislação - contemplando o código de ética; Resoluções; Leis; Normas; e, 6) Diversos - envolvendo outros temas não classificados nas demais categorias.

Por meio das categorias, pode-se verificar que dentre os 40 Cursos de Ciências Contábeis dos estados do sul do Brasil que foram localizadas as ementas, apenas as seis unidades universitárias da UNOESC, localizada em Santa Catarina, não contempla em sua matriz curricular conteúdos que a introduzem ao ambiente da contabilidade ambiental.

Ademais, constatou-se, um número muito baixo nos 3 estados em relação aos assuntos englobados – contabilização que trata dos conceitos de gastos, ativos, passivos, despesas, custos e receitas ambientais, identificação, mensuração e contabilização de eventos ambientais. Das 40 Universidades, apenas 16 possui esta temática inclusa em sua ementa.

Considerando a contabilidade como essencial na tomada de decisão, observou-se baixa inserção do tema gestão ambiental, dos 40 cursos pesquisados, apenas 42% abordam esse assunto.

Em relação às categorias de relatórios e legislação, dos 40 cursos apenas 22 ofertam temas que contemplam os relatórios compreendendo conceitos, modelos e práticas da contabilidade social e ambiental, balanço social e DVA, e 28 cursos disponibilizam temáticas contemplando o código de ética, resoluções, leis e normas. Encontrou-se também um número significativo de temas diversos, dos 40 cursos de Ciências Contábeis 29 ofertam nas disciplinas outros assuntos que não foram citados nas categorias anteriores.

Enfim, após a conclusão desta pesquisa ficou evidente que no mundo contemporâneo, devido aos impactos ambientais causados pelas organizações e a necessidade de gerenciar as empresas e subsidiar os stakeholders de informações geradas pela contabilidade torna-se eminente a inserção de disciplinas específicas de cunho ambiental na formação dos futuros contadores para que estes possam registrar os fatos que interferem de algum modo no meio ambiente.

Sugere-se para futuras pesquisas: a) reproduzir este estudo nas demais regiões do Brasil; b) levantar as dificuldades e facilidades da inserção da disciplina de contabilidade ambiental nos currículos dos cursos de ciências contábeis da região sul do Brasil e comparar com outros autores que abordaram a temática, tais como Calixto (2006) e Tenório e Galvão (2009); e c) verificar o nível de conhecimentos dos contadores a respeito do tema contabilidade ambiental.



REFERÊNCIAS



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Ilustrações: Silvana Santos