Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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16/09/2018 (Nº 65) PESQUISA DO IBOPE AVALIA A PREOCUPAÇÃO DA POPULAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE
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PESQUISA DO IBOPE AVALIA A PREOCUPAÇÃO DA POPULAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

Desmatamento e a poluição das águas são consideradas as principais ameaças à natureza no Brasil

05/09/2018 - 15H09/ ATUALIZADO 15H0909 / POR REDAÇÃO GALILEU

(FOTO: CREATIVE COMMONS / CIFOR)

No Dia da Amazônia, comemorado neste dia 5 de setembro, é alarmante a informação de que, a cada dois meses, uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro é desmatada dentro do bioma. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), são 6.947 km² desmatados todos os anos.

Mas se engana quem pensa que o brasileiro pouco se importa com esse tipo de informação. A maioria tem o desejo de estar cada vez mais perto da natureza e sabe que também é sua própria responsabilidade cuidar do verde. É o que mostra uma 
pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da organização não-governamental WWF.

(FOTO: IBOPE/ WWF)


A pesquisa, realizada entre os dias 21 e 26 de junho de 2018 com pessoas maiores que 16 anos, diferentes classes sociais e com representatividade nacional, demonstrou que o desmatamento e a poluição das águas continuam sendo vistos como as principais ameaças ao meio ambiente, com 27% e 26% de menções, respectivamente. O percentual é semelhante ao da última pesquisa, em 2014.



A caça e a pesca ilegais, juntamente com as mudanças climáticas, ocupam o terceiro lugar na preocupação dos entrevistados (16%). Obras de infraestrutura, como hidrelétricas, rodovias e portos tiveram 15% de menções no ranking de maiores ameaças à natureza.

(FOTO: IBOPE/ WWF)


Segundo a pesquisa, nove entre dez brasileiros acreditam que a natureza não está sendo protegida de forma adequada. Em 2014, a porcentagem era de 82% para esta pergunta. A percepção sobe para 91% dos entrevistados em 2018.



A pesquisa, porém, nota que aumenta significativamente o percentual de entrevistados que atribuem aos cidadãos a responsabilidade por cuidar das unidades de conservação (parques, reservas, florestas nacionais). Em 2018, o número de brasileiros que pensam também ser atribuição dos cidadãos cuidar dessas áreas cresce 20 pontos percentuais em comparação com 2014, saltando de 46% para 66%.



Mas o governo segue como o principal responsável por essa tarefa, com 72% de citações. As ONGs aparecem em 3º lugar, com 23% dos brasileiros afirmando acreditar que as organizações civis devem atuar para defender a causa ambiental.

(FOTO: IBOPE/ WWF)


"A grande maioria espera maior compromisso do poder público na proteção da natureza e por uma melhor qualidade de vida. E uma solução depende da outra: estão intrinsecamente ligadas quando buscamos, por exemplo, melhor qualidade do ar e menos poluição da água", afirmou Mauricio Voivodic, diretor-executivo do WWF-Brasil.



"A pesquisa mostra também que as pessoas acreditam que devem participar mais do cuidado com a natureza e se preocupam com o desmatamento, indicando que o apoio da população na defesa das áreas protegidas do país pode crescer", completou.



De acordo com a pesquisa, o meio ambiente brasileiro é o principal motivo de orgulho nacional, com 39% dos entrevistados, Em 2014, no entanto, o percentual era de 58%. “O momento de cisão que o país vive parece ter efeito sobre a variação negativa na percepção de motivos de orgulho nacional”, deduz o estudo.

(FOTO: IBOPE/ WWF)


Segundo a pesquisa, um dos principais fatores para explicar esse aumento na preocupação dos brasileiros é a internet,que possibilita mais comodidade e praticidade para o cidadão se engajar, mas é apenas um começo.



“É importante observar que a alta disposição indicada pela pesquisa não significa que a ação para o envolvimento dos entrevistados com o tema se dê de modo espontâneo e imediato”, escreveram os pesquisadores.


“Trazer um efeito prático à disponibilidade apontada pelos brasileiros de se engajar nas causas pesquisadas é um desafio que não pode ser ignorado, pois essa disponibilidade ainda precisará ser transformada em mobilização”, finaliza. 

Fonte: http://twixar.me/QgF3



Ilustrações: Silvana Santos