Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Reflexão
05/03/2018 (Nº 63) MERCADO HUMANO
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MERCADO HUMANO


Ainda, estamos nas cavernas de nossos ancestrais,

Locais habitados por fantasmas e feras.

A cada raio nos recolhemos nos cantos,

Esperando não ser a próxima vítima para o sacrifício.


Chegamos até aqui por altos e baixos,

Romanos já não existem mais entre nós.

Restou o direito que está sendo suplantado,

A economia e seus resultados é que valem.


Fomos sendo amestrados por diversas correntes,

Mitos, religiões, partidos, grupos e grupelhos.

Deixou de existir o humano e a humanidade.

A natureza já há muito tempo não conta.


Agora somos submissos a toda propaganda

Que vende de tudo para todos.

Tornamo-nos meras peças de produção,

Consumidores idiotas do modismo passageiro.


Está aí o mercado humano

De pessoas que não mais se reconhecem,

A não ser por aquilo que aparentam.

O primeiro que reclamar toma ducha de água fria.


Continuamos os mesmos.

Continuamos com medo,

Porque nunca aprendemos

A conviver com o medo que é comum a todos.


Cláudio Loes

Especialista em Educação Ambiental e escritor


Ilustrações: Silvana Santos