Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Prêmio: Destaques
05/03/2018 (Nº 63) INSTITUTO FELINOS DO AGUAÍ – PESQUISANDO PARA EDUCAR
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I PRÊMIO NACIONAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM AÇÃO

INSTITUTO FELINOS DO AGUAÍ – PESQUISANDO PARA EDUCAR

Dados de identificação

Responsável pelo trabalho: Micheli Ribeiro Luiz e Júnior Santos

Escola: Instituto Felinos do Aguaí

Cidade: As ações do Instituto abrangem os municípios de Treviso, Siderópolis, Nova Veneza, Morro Grande, Bom Jardim da Serra e Criciúma.

Número de pessoas envolvidas:12 pessoas.

Telefone e e-mail: (48) 3447-4822 e (48) 99603-9262



Categoria e temática do trabalho: Mobilização Socioambiental

Apresentação

O Felinos do Aguaí é um projeto ambiental dedicado à conservação dos felinos silvestres que estão entre as espécies mais ameaçadas do mundo, afetados principalmente pela perda do seu habitat. O projeto é realizado na Reserva Biológica Estadual do Aguaí, uma das dez Unidades de Conservação estaduais do grupo de proteção integral de Santa Catarina. Criado em 2006 o Felinos do Aguaí desenvolve atividades de pesquisa, educação ambiental e envolvimento com as comunidades locais visando promover a conservação das espécies. Com atuação nos municípios de Treviso, Siderópolis, Nova Veneza, Morro Grande, Bom Jardim da Serra e outros da região carbonífera, o projeto integra o programa de pesquisa e educação ambiental da Unidade de Conservação, que tem gerado resultados importantes na gestão e preservação dessa área protegida. No Programa de Educação Ambiental são realizadas atividades que compreendem palestras, eventos em datas ecológicas, produção e divulgação de materiais educativos, projetos educacionais, cursos, atividades de campo, trilha interpretativa na reserva e visitação ao Centro de Educação Ambiental. No Programa de Pesquisa são realizados projetos de pesquisa, monitoramentos, expedições científicas, publicações de trabalhos científicos e a criação de tecnologias que possam contribuir com a conservação da vida silvestre. No envolvimento com as comunidades, são aplicadas múltiplas técnicas de sensibilização que envolve as comunidades locais na proteção da unidade de conservação.

Justificativa

Os felinos silvestres estão entre as espécies mais ameaçadas do mundo, afetados principalmente pela perda do seu habitat. O projeto foi criado para promover a conservação dos felinos silvestres na Reserva Biológica Estadual do Aguaí. Atualmente ocorrem cinco espécies ameaçadas de extinção na Unidade de Conservação: Leão-baio (Puma concolor); Jaguatirica (Leoparduspardalis), Gato-maracajá (Leoparduswiedii), Gato-mourisco (Puma yagouaroundi) e Gato-do-mato-pequeno (Leopardusguttulus).

Como o desenvolvimento desenfreado das últimas cinco décadas, caracterizado por alterações profundas nos diferentes biomas e nos habitats que os compõe, a grande maioria das espécies da nossa fauna tem perdido inexoravelmente seus espaços, sendo empurrados de encontro à extinção. Nunca, na história do nosso planeta, tantas espécies foram extintas – desapareceram para sempre – em tão curto espaço de tempo (CRAWSHAW JR. apud BROGGI & TEIXEIRA, 2014).

Neste contexto, a educação tem sido um veículo para levar às pessoas, o conhecimento sobre as características e comportamentos dos felinos que ocorrem no Brasil. Pádua &Tabanez (1998) afirmam que a educação ambiental propicia o aumento de conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas para estimular maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente.

Desenvolvimento

O projeto iniciou em 2006 com pesquisas científicas e logo nos primeiros anos ficou evidente a necessidade de promover a educação ambiental no entorno da reserva. O Programa de Educação Ambiental baseia-se na Ecopedagogia, uma pedagogia onde educar é impregnar de sentido as práticas, os atos cotidianos, como sustenta Francisco Gutiérrez et al. (2008). Além da Ecopedagogia, o programa de educação ambiental também tem como base os trabalhos de Joseph Cornell (2008) através de vivências com a natureza.

O Programa de Educação Ambiental engloba diferentes atividades como palestras, realização de eventos em datas ecológicas, produção e divulgação de materiais educativos, projetos educacionais, cursos, atividades de campo, trilha interpretativa e visitação ao Centro de Educação Ambiental.

As palestras buscam tratar de temas relacionados à importância da Reserva Biológica Estadual do Aguaí para a população da região sul de Santa Catarina. As palestras são realizadas no Centro de Educação Ambiental, em eventos, em instituições de ensino e já alcançaram mais de 13 mil pessoas.






Programa de Educação Ambiental – Palestra.

Para proporcionar ao maior número de pessoas o acesso às informações sobre a unidade de conservação, o instituto produz e divulga materiais educativos. O primeiro deles foi um informativo que teve como objetivo levar aos leitores informações sobre a reserva do Aguaí. Este material foi distribuído para cerca de 500 crianças, jovens e adultos e deu ênfase a conservação dos felinos silvestres. O Pôster dos Mamíferos Terrestres da reserva do Aguaí foi o segundo material produzido, com uma tiragem de 300 unidades. Este material foi elaborado para divulgar os mamíferos da reserva. O terceiro material foi o DVD Aguaí Floresta Atlântica. Em parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina, o projeto buscou traduzir, numa linguagem simples, os diversos estudos e pesquisas desenvolvidas na reserva, levando o espectador a uma viagem pela unidade de conservação. Este áudio visual tem como objetivo sensibilizar a sociedade para a conservação da biodiversidade local e mostrar a toda comunidade a importância de preservar este patrimônio ambiental para as presentes e futuras gerações. O documentário tem a duração de 10 minutos e foi produzido em dois idiomas: Português e Inglês. O DVD foi doado para mais de 200 pessoas, entre elas, instituições de ensino, estudantes, prefeituras e comunidades locais.

O quarto material foi um Calendário Ecológico sobre a reserva do Aguaí. Este calendário foi um convite para os diferentes públicos conhecerem a reserva, buscando fortalecer a conservação da área. Para atender o público infantil foi criado o quarto material educativo, que incluiu a revista em quadrinho “Mapú e as Aventuras no Aguaí”. Aventuras no Aguaí faz parte de uma série de histórias em quadrinhos (HQs) que serão utilizados como um recurso de aprendizagem para contextualizar as crianças no ambiente da reserva do Aguaí, seus animais e suas características.

Programa de Educação Ambiental -

Revista em Quadrinho Mapú e as Aventuras no Aguaí.

Em 2015, foi produzido o quinto material educativo, um livro sobre a Reserva Biológica Estadual do Aguaí. A publicação deste livro é resultado das pesquisas realizadas pelo instituto Felinos do Aguaí, em parceria com órgãos públicos, privados, pesquisadores e comunidades que vivem no entorno da reserva. Ilustrado por belas imagens e apresentando uma linguagem simples, a edição deste livro pretende servir de base de informações para qualquer pessoa interessada em conservação. O material foi distribuído para 29 instituições de ensino, alcançando 5.840 estudantes. O material está sendo acessado pelo público, em especial aos estudantes e professores das comunidades que coexistem com a reserva do Aguaí. Por meio desse livro será possível ensinar desde os primeiros anos da escola, a importância que a reserva tem para a população carbonífera catarinense.

Programa de Educação Ambiental - Doação e divulgação do Livro Reserva Biológica Estadual do Aguaí nas escolas.

Outra ação desenvolvida pelo instituto são os projetos educacionais oferecidos para instituições de ensino localizadas no entorno da reserva. O primeiro deles foi o projeto “Conhecendo os Animais Silvestres da Reserva do Aguaí”. O projeto teve como objetivo ampliar o conhecimento da fauna silvestre na Escola Municipal Rural Rio Mãe Luzia Alto, no município de Treviso, a fim de que crianças de 3ª e 4ª série reconhecessem os elementos de sua própria paisagem e pudessem desenvolver um novo olhar sobre o ambiente em que vivem.Com o excelente resultado da primeira edição, foi elaborado um segundo projeto educacional, que teve como tema a “Proteção dos Mananciais da Reserva do Aguaí”. Embora o foco do Instituto Felinos do Aguaí seja o estudo e a conservação dos felinos silvestres, em projetos educacionais de longo prazo, não basta somente trabalhar com o tema fauna, é necessário também incluir neste processo a relação de interdependência com os demais recursos naturais e seres vivos. Neste contexto a proteção da reserva do Aguaí é fundamental para a população que vive na região sul do estado, pois por meio dos serviços ambientais fornece água para a Barragem do Rio São Bento, que abastece pelo menos sete municípios da região Carbonífera Catarinense.

Outra atividade realizada no Programa de Educação Ambiental foi o curso de Formação de Agentes Ambientais Mirins, a fim de proporcionar conhecimento e habilidades práticas para a comunidade participar responsável e eficazmente na conservação dos recursos naturais. O curso foi direcionado para jovens adolescentes, que moram no entorno da unidade de conservação (município de Treviso), e que participaram durante sete meses de atividades como palestras, apresentação de vídeos educativos, leituras, trilhas interpretativas e saídas de campo.

Programa de Educação Ambiental – Agente Ambiental Mirim.

Mais um destaque são as atividades de interpretação ambiental na reserva, que visa alcançar sensibilização e aprendizado dos visitantes para com as questões ambientais que envolvem os recursos locais. As trilhas enquanto instrumentos pedagógicos para a educação ambiental e biológica devem explorar o raciocínio lógico, incentivar a capacidade de observação e reflexão, além de apresentar conceitos ecológicos e estimular a prática investigatória (LEMES et al., 2004). Para Dias & Zanin (2004), as trilhas traduzem para os alunos visitantes das áreas naturais os fatores que estão além das transparências, como as leis naturais, histórias e fatos (PÁDUA & TABANEZ, 1997). Têm o propósito de estimular os grupos de atores a um novo campo de percepções, com objetivo de levá-los a observar, experimentar, questionar, sentir e descobrir os vários sentidos e significados relacionados ao tema selecionado (VASCONCELLOS, 1998).

Programa de Educação Ambiental - Trilha interpretativa na Reserva Biológica Estadual do Aguaí.

Além disso, o Instituto Felinos do Aguaí possui um Centro de Educação Ambiental que é destinado ao desenvolvimento de atividades com instituições de ensino, grupos organizados, e comunidade em geral, contribuindo para a divulgação da reserva e valorização da cultura local. O Centro de Educação Ambiental já recebeu mais de cinco mil visitantes.

Programa de Educação Ambiental – Centro de Educação Ambiental.

Para aprofundar ainda mais a busca pela sustentabilidade, o instituto também envolve no processo de conservação ambiental as comunidades locais, que a cada ano agrega novas parcerias em prol da conservação da reserva. A parceria se dá com proprietários rurais que tem animais domésticos predados por leão-baio (Puma concolor), que por sua vez, disponibilizam suas propriedades para pesquisa. Em 2015, destaca-se a parceria com um proprietário rural que além de ceder as terras para pesquisa, está apoiando o Instituto Felinos do Aguaí financiando equipamentos de pesquisa e já pensa em 2018 criar mais um Centro de Educação Ambiental no entorno da reserva. Além disso, este mesmo proprietário criou uma Área Particular de Preservação Ambiental denominada “São Francisco”, que atualmente abriga uma importante população de leões-baios no entorno da Reserva do Aguaí.















Programa de Pesquisa - Leão-baio (Puma concolor) monitorado na Reserva Biológica Estadual do Aguaí.

Outra parceria está ligada as prefeituras municipais do entorno da Unidade de Conservação, que através de um projeto de sinalização proposto pelo Instituto Felinos do Aguaí, foi implantado placas de sinalização em pontos estratégicos dos municípios visando orientar o visitante para um percurso ambiental na região da reserva.

Envolvimento com as comunidades locais - Placa de sinalização para orientação do visitante.

Mais uma ação voltada para as comunidades são palestras que buscam ir ao encontro do interesse dos moradores locais. Em parceria com a Epagri o instituto promoveu uma palestra sobre plantas ruderais, tóxicas e medicinais. A palestra foi realizada no Centro de Educação Ambiental e contou com a participação de mais de 60 pessoas, representadas pelos clubes de mães das comunidades de Jordão Médio, Jordão Alto, e moradores de São Pedro.

Para ampliar a participação das comunidades na preservação da Reserva Biológica Estadual do Aguaí, em 2016 o Instituto Felinos do Aguaí deu inicio a um ciclo de palestras para os Clubes de Mães e Terceira idade dos municípios de Treviso e Siderópolis, territórios que compreendem a unidade de conservação. Em 2017 as palestras estão contemplando os clubes de mães do município de Nova Veneza. O objetivo desta ação é ter acesso ao conhecimento acumulado pelas populações locais e promover a troca de informações, que constituem um instrumento importante para o desenvolvimento dos trabalhos.

Envolvimento com as comunidades locais – Ciclo de palestras para clubes de mães e terceira idade.


Outra iniciativa foi o Photo Aguaí, um encontro anual de fotógrafos de natureza, que tem como objetivo promover a conservação da natureza através da imagem. O evento propicia conhecimentos sobre fotografia da natureza na Reserva Biológica Estadual do Aguaí. O evento reúne dezenas de fotógrafos de diferentes regiões do Brasil.

Evento - Photo Aguaí.

A avaliação das ações é sempre feita de forma contínua e sistemática. Os participantes são sempre incentivados a refletir sobre a sua participação (PRADO, et al., 2002).

No Programa de Pesquisa, entre 2006 a 2008 foi desenvolvido o primeiro projeto de pesquisa que teve como tema “Ecologia e Conservação de Mamíferos de Médio e Grande Porte na Reserva do Aguaí”. Este estudo visou conhecer a mastofauna da reserva e divulgar as primeiras informações para a ciência e opinião pública. Em 2009, em parceria com UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina foi publicado no Congresso de Ecologia, um trabalho que teve como objetivo mostrar a Diversidade de Mamíferos de Médio e Grande Porte no Estado de Santa Catarina.

Em 2011, uma nova tecnologia de armadilhas fotográficas começou a ser utilizada, revelando através de vídeos, importantes informações sobre a ecologia dos animais silvestres. Para a instalação das armadilhas fotográficas são percorridas trilhas, com altitudes que variaram entre 200 a 1170 metros. A seleção dos pontos é baseada onde há indícios de atividade de animais e ambientes considerados potencialmente relevantes para a ocorrência.

Em 2017 a Expedição Científica Aguaí completa sua quinta edição. A Expedição é um plano de ação criado com a finalidade de levantar dados sobre a diversidade de vida da Reserva Biológica Estadual do Aguaí e seu entorno e preencher as lacunas do conhecimento científico.A Expedição Cientifica é formada por pesquisadores experientes de diferentes áreas, como ornitólogo, herpetólogos, ictiólogo, mastozoólogos, botânicos, veterinários, montanhistas e conservacionistas, que juntos, através de um esforço contínuo e de longo-prazo pesquisam para proteger espécies ameaçadas, assegurar a boa gestão das áreas protegidas e promover ações de conservação.

Programa de Pesquisa – Expedição Científica Aguaí.

Outra notoriedade em 2017 foi dois novos avanços no Programa de Pesquisa. Um deles foi a criação de um software chamado FaunaSoft com o objetivo de gerenciar um grande banco de dados unificado com as universidades, ONG.s, Fundações do Meio Ambiente. O FaunaSoft vai permitir que sejam continuamente depositadas e compartilhadas informações sobre a fauna silvestre, conhecimento essencial para a definição de estratégias de preservação da biodiversidade local.

O segundo avanço foi o uso da telemetria. O termo refere-se às metodologias que utilizam o principio da rádio transmissão para quantificar fenômenos biológicos, à distância. A radiotelemetria é uma técnica onde se acopla um transmissor no animal a ser monitorado, que, através de um sistema eletrônico, emite sinais de rádio, os quais são captados por um receptor conectado a uma antena. A técnica possibilita localizar e acompanhar o indivíduo, monitorar seus sinais vitais e fisiológicos, assim como os padrões de sua atividade à distância.

Programa de Pesquisa – Monitoramento dos felinos silvestres através da telemetria.

Outro fato importante que marcou a pesquisa este ano foi à aquisição de novos equipamentos de pesquisa, obtidos através do edital “Destinação de Valores 2017”da Justiça Federal de Santa Catarina. O instituto foi contemplado com 35 mil reais, que foram investidos em radiotramissores, drone e materiais veterinários.

Os recursos utilizados para a realização de todas estas iniciativas são provenientes das Empresas Rio Deserto, patrocinador do Instituto Felinos do Aguaí. Além do patrocinador, o Instituto conta com o apoio da Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (FATMA), Fundo Especial de Proteção ao Meio Ambiente de Santa Catarina (FEPEMA), Justiça Federal de Santa Catarina (JFSC), Área Particular de Preservação Ambiental São Francisco, Prefeitura Municipal de Siderópolis e Prefeitura Municipal de Nova Veneza.

Durante os 10 anos de trabalho, a prática de respeito ao meio ambiente foi reconhecida pela TV Globo, através do Programa Globo Repórter, que exibiu no dia 27 de Novembro de 2009 uma reportagem sobre as belezas naturais do sul do país e os esforços de conservação nesta região. Em 2010, as ações foram reconhecidas pela RBS TV/SC, que exibiu no dia 21 de Agosto uma reportagem sobre os projetos educacionais desenvolvidos pelo Instituto.

Os trabalhos foram publicados em revistas, entre elas o Anuário da Revista Expressão Ecologia em 2009, 2013, 2014, 2016 e 2017 com a finalidade de divulgar e destacar o Instituto Felinos do Aguaí entre as mais relevantes ações ambientais desenvolvidas na região Sul. Outras ações ambientais foram divulgadas através de jornais, entre eles o Diário Catarinense e Sites na internet, rede social e rádios locais.

As divulgações das iniciativas se traduzem em muitos resultados obtidos. Na área da educação e envolvimento com as comunidades locais o Programa de Educação Ambiental atendeu mais de 40 mil pessoas através de palestras, projetos educacionais, cursos, eventos e visitação ao Centro de Educação Ambiental. Pelo Centro de Educação Ambiental, que se tornou referência na região, já passaram inúmeras instituições de ensino, grupos organizados, e comunidade em geral, contribuindo para a divulgação da reserva e a valorização da cultura local. Outro resultado importante foram às palestras oferecidas as instituições de ensino, que fez com que a reserva saísse do anonimato e começasse a ser conhecida e preservada. Através da participação da comunidade, também ocorreram importantes mudanças positivas no entorno da reserva. Entre elas destaca-se o aumento da fiscalização, a redução das atividades ilegais de caça, investimentos em pesquisa e a ampliação de áreas protegidas.

Referências Bibliográficas:

BROGGI, Patricia& TEIXEIRA, Adriana. Felinos: a luta pela sobrevivência. Abook – Editora, São Paulo, 2014. 176p.

CORNELL, Joseph. Vivências com a Natureza. Tradução: ArianneBrianezi, Claudia PerussoNardi, Júlia Dojas, Rita Mendonça. 3 ed. São Paulo: Aquariana, 2008.

DIAS, F.V.; ZANIN, E.M. Eficiência de trilhas interpretativas no Parque Municipal Longines Malinowski – Erechim-RS. Revista Perspectiva, v.28, n.101, p.29-38, 2004.

GUTIÉRREZ, Francisco; PRADO, Cruz. Ecopedagogia e cidadania planetária. Tradução Sandra TrabuccoValenzuela. 4. ed. São Paulo: Cortez: instittuo Paulo Freire, 2008.

LEMES, E.O.A. et al. Criação de 3 trilhas interpretativas como estratégia em um programa de interpretação ambiental do Parque Estadual do Itacolomi. Relatório do Projeto: UFOP: Ouro Preto. 2004

PÁDUA, S.; TABANEZ, M. (Orgs.). Educação Ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Ipê: São Paulo, 1998. 286p.

PRADO, Iara Areias et al. Registro de Projetos de Educação Ambiental na Escola. MEC (Ministério da Educação), 2002. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br >. Acesso em Jul. 2009.

VASCONCELLOS, J.M.O. Avaliação da visitação pública e da eficiência de diferentes tipos de trilhas interpretativas no Parque Estadual Pico do Marumbi e Reserva Natural Salto Morato – PR. Curitiba. 1998. 141 f. Tese (Doutorado em Ciências Florestais). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná, 1998.

Ilustrações: Silvana Santos