___ Dúvida
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ARTE:
UM OLHAR SOBRE A REALIDADE ESCOLAR E SUAS POSSIBILIDADES
Dados de identificação:
Responsáveis:
Carina Teles de Souza (FCLAr/Unesp) e Alessandra Aparecida Viveiro
(FE/Unicamp)
Cidade/UF:
Araraquara/SP
Número de
pessoas envolvidas: Aproximadamente 30 pessoas
Telefone: (11)
98733-2264
E-mail:
carinateles1@hotmail.com
Categoria e temática de trabalho
Ações de arte-educação
ambiental: sensibilização / responsabilidade
socioambiental
Introdução
O presente estudo entendeu como
imprescindível o olhar voltado à sensibilização
ambiental infantil e seus desdobramentos no ambiente escolar. Dessa
forma, foram elaboradas atividades extracurriculares de Educação
Ambiental (EA) em conjunto com diferentes linguagens artísticas.
Englobando aspectos finais de uma pesquisa
em nível de Iniciação Científica, esse
trabalho remete-se a um recorte desenvolvido pela primeira autora,
sob a orientação da segunda autora.
O trabalho envolveu
estudantes do terceiro ano do Ensino Fundamental de uma escola
estadual do interior paulista durante o primeiro semestre de 2016.
Baseando-se em fundamentos e orientações dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): Meio Ambiente (BRASIL,
1997), e em estudos como o de Loureiro, Castro e Layrargues (2002),
Guimarães (1995), Carvalho (2012) e Freire (2011), deu-se como
objetivo o desenvolvimento da sensibilização crítica
e dialógica sobre as questões ambientais do cotidiano
dos sujeitos, partindo de suas vivências e realidades.
Abordando ainda autores como Stori (2003) e
Fischer (2002), a Arte foi abordada em suas diferentes linguagens
nesse contexto, desde momentos iniciais do desenvolvimento da
pesquisa até a sua finalização, possibilitando
assim novas alternativas de se (re)pensar práticas escolares
envolvendo as questões ambientais.
Educação Ambiental e Arte:
percepção ambiental por meio de desenhos
A humanidade reafirma sua existência
pela sua historicidade e renovação constante, fazendo
de seus avanços e retrocessos bases estruturais norteadoras de
conduta e convivência social. Entretanto, a contemporaneidade
sofre com a ausência de habilidade em equilibrar
os erros e acertos, sem uma fundamentação estável
e coerente somos assim expostos às urgências e
necessidades resultantes da mecanização dos modos
de vida que deixam por escapar as essencialidades perceptivas das
relações entre ser humano e ambiente.
Essa relação carrega as
consequências do distanciamento e egocentrismo ao longo da
trajetória humana.
Nas
sociedades atuais o ser humano afasta-se da natureza. A
individualização chegou ao extremo do individualismo. O
ser humano, totalmente desintegrado do todo, não percebe mais
as relações de equilíbrio da natureza. Age de
forma totalmente desarmônica sobre o ambiente, causando grandes
desequilíbrios ambientais. (GUIMARÃES, 1995, p.12)
Neste cenário, surgem também
conflitos de toda ordem, oriundos da desigualdade vivenciada em nossa
sociedade.
O
mundo contra o qual a crítica ecológica se levanta é
aquele organizado sobre a acumulação de bens materiais,
no qual vale mais ter do que ser, no qual a crença na
aceleração, na velocidade e na competividade sem
limites tem sido o preço da infelicidade humana, da
desqualificação e do abandono de milhões de
pessoas, grupos e sociedades que não satisfazem esse modelo de
eficácia. (CARVALHO, 2012, p.68).
Nessa perspectiva, a abordagem da EA
engloba discussões e pontos de vista diferenciados,
principalmente no contexto educativo. Nos PCN, enfatiza-se a educação
voltada à cidadania, por meio da necessidade de se relacionar
e contextualizar os aprendizados e conhecimentos de modo
significativo e valorativo ao aluno (BRASIL, 1997).
Entretanto, as ações e
movimentos escolares referente à EA ainda são tímidos
e, por vezes, insuficientes. Tendo em vista esta realidade, novas
possibilidades e alternativas para o trabalho com a EA nos espaços
escolares se tornam necessárias.
Partindo disso, este trabalho engloba
atividades propostas para crianças com média de oito
anos de idade, de uma escola da rede pública, cursando o
terceiro ano do Ensino Fundamental em um município do interior
de São Paulo.
As crianças foram convidadas a se
expressarem, por meio de desenhos, a partir de questões
norteadoras sobre diferentes temas. Assim, colaboraram para o
desenvolvimento das propostas, possibilitando o levantamento de
informações relevantes para a interpretação
e compreensão do contexto de inserção da
pesquisa.
A
Arte com suas transformações e reinterpretações
através dos conceitos e olhares que perpassam nossa sociedade,
constituem um complexo processo de (re)conhecimento de si e do mundo,
segundo Stori (2003). Ao possibilitar a flexibilidade e liberdade das
singularidades expressivas das diferentes leituras de mundo, a Arte
se tornou imprescindível para o desenvolvimento dessa
pesquisa. Por meio das suas diferentes linguagens abordando as
particularidades que envolvem o indivíduo completo, a Arte,
além de um meio de comunicação social, viabiliza
o aprofundamento e outras perspectivas da interioridade e
exterioridade do mundo particular e coletivo de cada sujeito.
A
Arte pode elevar o homem de um estado de fragmentação a
um estado de ser integro, total. A arte capacita o homem para
compreender a realidade e o ajuda não só a suportá-la
como a transformá-la, aumentando-lhe a determinação
de torná-la mais humana e mais hospitaleira para a humanidade.
(FISCHER, 2002, p. 57)
Ao atingir várias instâncias,
as linguagens artísticas no campo educacional abrangem uma
importante conceituação, porém sua articulação
com o currículo e o cotidiano escolar ainda sofre restrições.
A
Arte é um meio de expressão comum à cultura de
todos os tempos. No entanto, uma das grandes falhas de nosso sistema
educacional é, precisamente, a de estabelecer territórios
separados e fronteiras invioláveis para a Ciência e para
a Arte... (SOUZA, 1968, p.47)
Assim como a EA, a Arte também se
fragmenta em meio às sistematizações do
currículo, e por vezes, se distancia das suas finalidades por
suas falsas interpretações e abordagens.
Nosso
atual sistema educacional possui o defeito de enfatizar,
excessivamente, o desenvolvimento intelectual. A aquisição
do saber continua sendo a finalidade da educação. Pode
ser muito mais importante, para a criança, adquirir liberdade
de expressão do que reunir informações fatuais.
O conhecimento não usado carece de significação
até que a criança adquira o anseio e a liberdade de
usá-lo. (LOWENFELD, BRITTAIN. 1970, p.41)
Considerando as diferentes linguagens
artísticasconsideramos, além das observações
e relatos, também o desenho como expressão artística
infantil.
O desenho, entendido como conjunto
expressivo de traços foi utilizado para garantir a integridade
da identidade pessoal, social e cultural das crianças perante
suas opiniões e questionamentos acerca das questões
ambientais.
Cada
desenho reflete os sentimentos, a capacidade intelectual, o
desenvolvimento físico, a acuidade perceptiva, o envolvimento
criador, o gosto estético e até a evolução
social da criança, como indivíduo. (LOWENFELD;
BRITTAIN, 1970, p.35)
Ao todo, foram produzidos 583 desenhos,
distribuídos em 6 temas distintos, vinculados ao meio e o ser
humano. Os temas se distinguiram, respectivamente, em: 1. Ambiente da
sala de aula; 2. Ambiente do entorno da escola; 3. Ambiente em que
vivem; 4. Trabalhando a observação do trajeto; 5.
Problemas do mundo; 6. Desenhando a imaginação (com
projeções de um mundo que gostariam de viver).
Os dados coletados foram classificados em
seus diferentes aspectos, por meio da caracterização
sobre o ambiente natural e também sobre a presença do
ser humano e suas criações.
Quadro
1 – Relação de elementos presentes nos desenhos,
segundo a classificação dos aspectos.
Elementos
presentes nos desenhos
|
Quantidade
de itens
|
Tema
1
|
Tema
2
|
Tema
3
|
Tema
4
|
Tema
5
|
Tema
6
|
Aspectos
sobre o ambiente natural
|
1
|
35
|
14
|
15
|
38
|
23
|
Aspectos
referentes à presença do ser humano
|
65
|
58
|
28
|
59
|
51
|
41
|
Fonte:
Elaboração própria com base na coleta de dados.
Por meio das expressões e
representações infantis, nota-se que os aspectos
naturais, em todos os indicadores, aparecem numericamente inferiores
em relação à outra caracterização.
Um dos fatores ocasionais desses dados se dá na realidade dos
próprios sujeitos, pertencentes a um contexto,
majoritariamente urbano, os aspectos naturais ocupam espaços,
físicos e teóricos, menores e pouco discutidos.
Os detalhes desse processo inicial do
trabalho estão apresentados e discutidos em Souza e Viveiro
(2017). A título de exemplo, trazemos aqui aspectos sobre o
Tema 4.
Pedimos às crianças que
recorressem aos diferentes sentidos para retratar o trajeto de casa
até a escola. Deveriam indicar aromas e sons captados nesse
trajeto. Muitos tiveram dificuldades e reclamaram para realizar a
atividade, uma vez que diziam não saber, ou não se
lembrar de muitas coisas do trajeto que percorriam, uma vez que
passavam o percurso inteiro ou jogando e/ou dormindo, e por isso não
prestavam atenção sobre os locais e objetos que
passavam.
Assim, os principais objetos relatados
referiam-se à própria escola, as casas e às
ruas. Muitas crianças representaram animais, como pássaros
e borboletas. Os sons de veículos e construções
também foram representados, assim como a presença das
queimadas que ocorrem na região. Interessante destacar que
muitos desses aspectos foram indicados de forma negativa, tanto nos
desenhos como em comentários fazendo com que muitas das
características ligadas à presença humana se
remetessem a danos causados.
Figura 1: Marcante presença
de sons advindos de veículos e obras nas memórias
sobre o trajeto.
Figura 2: A criança
relata o alto som das áreas urbanas, como também o
cheiro das queimadas.
Nessa perspectiva, muito das representações
indicadas e também a demonstração de interesse e
atenção voltada aos aspectos locais e rotineiros se
tornou visível, como também a necessidade de atitudes e
senso crítico perante as problemáticas dessa realidade.
Sendo assim, as propostas elaboradas
englobaram outras linguagens artísticas a fim de proporcionar
novos meios e percepções para o trabalho com a
sensibilização e liberdade de pensamento.
Por
meio das artes, no processo dos trabalhos elaborados pelos alunos,
podemos incentivar o desenvolvimento da criatividade e
consequentemente a imaginação, a capacidade crítica
e autocrítica, além de aumentar a percepção
de si mesmos e do mundo ao seu redor. (STORI, 2003, p.78)
Para além da percepção:
atividades para sensibilização ambiental
Partindo do pressuposto freireano da
problematização (2011), compreende-se que o meio
interfere nas formulações de pensamentos e opiniões
dos sujeitos, e consequentemente seu desenvolvimento efetivo
contribui para ampliação e promoção de
novas potencialidades e aprendizados. Sendo assim, as necessidades
reais dos alunos foram levantadas por meio da coleta de dados, que
estruturou diferentes contextos e visões.
Os resultados se desdobraram em sua
maioria nos aspectos locais de convívio dos sujeitos, ou seja,
em suas experiências e vivências cotidianas. Por meio
desses elaborou-se atividades extracurriculares para favorecer a
sensibilização ambiental.
Abordando
os mesmos sujeitos da coleta de dados, as atividades tiveram duração
média de uma hora cada, adaptando-se à disponibilidade
da Instituição. As atividades foram avaliadas pelos
resultados materiais finais e pelas observações ao
longo do processo, assim como relatos dos próprios sujeitos.
Desse
modo, todo o processo foi explicado dialogicamente aos envolvidos,
garantindo o esclarecimento de dúvidas e inquietações.
Os materiais utilizados, garantindo a defesa da própria
contextualização da pesquisa referindo-se a
reutilização e consumo consciente dos bens materiais,
foram disponibilizados aos sujeitos, assim como tempo e espaço
para a organização dos seus próprios ritmos e
modos de expressão. A liberdade expressiva permitiu a
sistematização dos pensamentos de modo verídico
e particular.
A primeira atividade intitulada “(Re)vendo
o passado e projetando o futuro”, apoiando-se na fotografia e
nos desenhos como linguagens artísticas, teve como finalidade
o desenvolvimento das percepções e senso crítico
mediante os efeitos cronológicos em diferentes áreas
historicamente e culturalmente conhecidas na região e a
dimensão perceptiva dos alunos sobre os impactos e mudanças
temporais, sociais e culturais.
O
processo da atividade se deu em diferentes momentos, utilizando
inicialmente fotografias como meio de sistematização de
informações para o diálogo e troca de
pensamentos entre os envolvidos. Primeiramente, as fotografias
referiam-se aos aspectos locais da cidade de vivência das
crianças, em cronologia passada e presente. Por meio da
distribuição, observação e análise
dos sujeitos sobre as mesmas, em grupos, foram levantadas indagações
e suposições sobre as transformações
ocorridas e suas respectivas manifestações
contemporâneas, gerando diálogos positivos para novos
aprendizados.
As
opiniões discutidas nesse momento se distinguiram em relação
às modificações manifestadas, em que muitos
argumentaram ser propício para o melhor desenvolvimento da
natureza na cidade, enquanto que o crescimento populacional e
tecnológico da comunidade acarretou alguns malefícios,
relacionados em sua maioria com a poluição.
Esse
diálogo se estendeu até o próximo momento, em
que as crianças foram direcionadas a relatarem suas
perspectivas e opiniões sobre um tempo futuro das mesmas
situações discutidas. Ou seja, após o diálogo
inicial referente às fotografias em diferentes tempos
cronológicos, foram entregues imagens diferenciadas de
ambientes atuais da cidade, escolhidos pelos próprios
indivíduos, para que se apoiando nas representações
dessas realizassem releituras em perspectivas futuras, com estimativa
de 70 anos, dos mesmos locais.
Essa
abordagem, inicialmente, causou inquietações e
dificuldades nas projeções, e consequentemente, muitas
representações mantiveram os aspectos atuais,
argumentados a partir da situação estável e
favorável da atualidade, uma vez que a cidade não sofre
demasiadamente com as ações humanas, tendo apenas
alguns pontos ressaltados pelos alunos que deveriam ser trabalhados
para a configuração de um ambiente mais harmônico.
Outros, no entanto, relataram suas alterações em uma
visão tecnológica futurista, representadas por objetos
e situações mais modernas, muitas ligadas a Indústria
Cultural.
No
total, foram 46 desenhos coletados nesse momento, englobando a
seguinte relação:
Quadro
2 – Quantidade de aspectos mencionados nos desenhos sobre
locais de Araraquara - SP em uma perspectiva de 70 anos.
Características
dos desenhos
|
Quantidade
|
Sem
alterações no local presente
|
35
|
Objetos
futuristas e de ficção
|
10
|
Acréscimo
de natureza nos locais
|
1
|
Fonte:
Elaboração própria com base nas representações
infantis.
Após essa etapa, a finalização
dessa primeira proposta se deu por meio da troca de experiências
e relatos sobre o andamento e percepções sobre a
atividade. Possibilitando a observação sobre como os
mesmos compreenderam a temática e a metodologia utilizada,
sendo assim proveitoso para o momento.
Continuamente, a segunda atividade,
denominada “Articulando sons e pensamentos”, baseando-se
na música e literatura, objetivou a reflexão sobre o
ambiente sonoro e suas contribuições na postura humana,
através do diálogo, percepção sonora,
categorização de conteúdo e sistematização
de pensamentos, foi possível o trabalho conjunto sobre a
realidade perceptiva dos sujeitos.
A música foi assim utilizada como
abordagem das percepções de sons relacionados à
paisagem sonora, de diferentes vertentes, abrangendo sons naturais e
urbanos. Inicialmente, organizados em grupo, os alunos foram expostos
a diferentes sons, de acordo com as abrangências mencionadas,
gerando discussões sobre as percepções e
interpretações individuais diferenciadas. As discussões
e debates oriundos das numerosas interpretações
resultaram em contatos e conhecimentos de outras realidades e
perspectivas de mundo. A problematização das questões
características e de contextualização dos sons
refletiram nas reflexões sobre a relação entre a
realidade de manifestação de tais sons e nossas
posturas e sentimentos pertencentes aos mesmos.
No desenvolvimento coletivo, a
participação de todos os envolvidos proporcionou a
efetivação e aproveitamento dessas discussões,
que tiveram suas eventuais dúvidas contextualizadas e saciadas
durante todos os momentos.
Na sequência, as crianças
foram direcionadas à segunda etapa dessa atividade,
caracterizada pela confecção de pequenos textos,
englobando as compreensões, reflexões e interpretações
da realidade perceptiva e suas relações contemporâneas.
Esse momento foi realizado coletivamente através de grupos de
4 a 5 alunos, assim como a etapa antecedente, uma vez que mesmo
estando no terceiro ano do Ensino Fundamental muitas crianças
não dominam o sistema alfabético.
Nessa finalização, as
crianças levantaram observações, enquanto
estruturavam seus relatos escritos, mencionando seus ideais e visões
sobre o conteúdo estudado. Segundo elas, a relação
da natureza com a cidade se faz em diferentes aspectos, muitas vezes
sendo contextos opostos de ligação, mas necessários
a existência saudável de ambos.
No entanto, alguns relatos se referiram a
inferiorização das ações humanas frente à
dimensão ambiental, ligando-as ao romantismo ingênuo,
como denomina Moraes (1997), em que a inevitabilidade da ligação
de inúmeros fatores ocasionais e a própria dinâmica
da natureza não são totalmente considerados. Alguns
relatos exemplificam essa postura.
[...]
os
umanos são mauvados com os pasarinhos, coitado dos passarinhos
presos na gaiolas.
A
natureza sempre foi amiga do homem, mas ele destruiu ela...
A
maioria das vezes o homem destroi a natureza e o animal não
eles vivem em paz.
Em
outros a relação parece necessária e
perceptível:
A
natureza faz o homem crescer.
Em suma, em todos os momentos a
participação cooperativa possibilitou o andamento
efetivo das atividades, o interesse dos alunos favoreceu o
desenvolvimento e diálogo reflexivos durante todo o processo.
Refletindo assim na articulação saudável entre
Educação Ambiental e Arte, e suas diferentes
possibilidades no ambiente escolar.
Considerações
As questões ambientais, sujeitas a
discussões e debates contemporâneos, deve e precisa
ganhar os espaços escolares, sendo assim um dos aspectos
considerados nessa pesquisa.
Por meio das atividades extracurriculares
em diálogos ativos com as diferentes realidades dos
sujeitos,os materiais coletados, as observações e
relatos, notamos que as leituras de mundo infantil se estruturam
juntamente com a necessidade de se (re)pensar, constantemente, novos
meios relacionáveis com o ambiente que nos baseia.
As reflexões e diálogos,
durante todo o processo, propiciaram o desenvolvimento, por meio de
diferentes linguagens artísticas, das expressões e
representações pessoais e coletivas de percepções
autenticas e verídicas de mundo.
Consideramos a continuidade, em diferentes
gradações da vida, fundamental para o desenvolvimento
pleno da sensibilização ambiental, não tornando
esgotável e restrito esse aspecto. A sensibilização
ambiental se faz na relação com o próprio
sujeito e a realidade que o embasa, sendo indispensável o
olhar voltado as necessidades reais de cada contexto de mundo.
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