Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Uma crônica, um artigo e algumas histórias!
11/09/2016 (Nº 57) SENTIR, CONHECER, PERCEBER E SER!
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SENTIR, CONHECER, PERCEBER E SER!

Sabrina Gonçalves Raimundo

Senta aqui e olha ao redor, mira no horizonte...

Ouça aquele som das ondas do mar, no ir e vir! Ouça o barulhinho suave das folhas caindo e se batendo ao dançar do vento sobre elas, quando amanhece no final do outono! Sinta aquele friozinho de uma manhã de inverno! Sinta o frescor de tomar a água corrente de um rio translúcido em um dia quente! Senta no gramado sob a penumbra de uma árvore... Um suspiro! Um sussurro... Uma experiência e uma percepção profunda do meio ambiente que só quem está imerso em meio à natureza, vivendo par a par com ambientes naturais, pode descrever, pode contar, pode sentir, pode apreciar!

Corre, corre, abre a janela, sente, trabalhe, estude, durma, acorde, corre, corre, abre a janela, sente, durma, acorde, corre, corre, abre a janela, sente, durma, acorde... BRUM brum...

Chegamos no cubo, internalizados, estressados, corridos no cotidiano urbano, inseridos nos smartphones, tablets,  na rotina cibernética, online, rodeados por asfaltos, semáforos e sinais, dentro dos apartamentos, indo e vindo de cursos, antecipando as atividades adultas às crianças1... Quando experimentamos o ócio? Quando notamos os detalhes das gramas? Quando podemos ter a nossa intimidade adentrada pela natureza que flui? Aquela que tem sido espremida pela causa antrópica? Em que momento sentimos a nossa natureza animal em meio ao nosso hábitat natural e prístino?  Corre, passe batido, não perceba, não sinta!

E assim, passaram nossos anos, os anos de nossas crianças e nossas vidas, pelas mãos. Vamos pensar em novas alternativas? Novos meios? Novos rumos? Experiências que nos impregnem de emoções? É preciso contar histórias, novas histórias... Coisas diferentes que nos revelem novas alternativas... Que nos tragam novas percepções2, novas ideias que se entrecruzem com as ideias que temos para o nosso futuro comum ao ambiente com o qual precisamos nos reconciliar.

 Aqui contarei a história de duas pessoas: Ícaro e Rodrigo. Ícaro de Oliveira, 29 anos: sitiante, turismólogo, gerente de atividades de aventura na empresa Canoar, morador de Juquitiba (Região Metropolitana de São Paulo) - cinturão verde da capital. Rodrigo da Silva, 34 anos: professor de matemática, empresário, jogador de tênis de mesa amador, amante dos estudos. E, o que eles têm em comum? Acharam o caminho das pedras, caminhando! Amantes da natureza, apreciadores das atividades ao ar livre e das viagens.

Sensíveis ao som, pararam para ouvir!

Ícaro, desde muito jovem atua como atleta em atividades de aventura, e foi nessa experiência que começou a entender e a se relacionar mais intimamente com a natureza. Iniciando sua história aos 14 anos pela atividade de canoagem, seguiu para esportes com técnicas verticais e se interessou cada vez mais por outras formas de aventura. Quando atleta de corrida de aventura ganhou prêmios, viajou o Brasil, viajou as Américas, conheceu novos ecossistemas, novos lugares, foi premiado e, por vezes, patrocinado por diversas instituições. Tornou-se um amante das atividades de aventura, se um  amante do Planeta Terra. Estimulado por seu modo de vida no sítio, por sua irmã Fátima de Oliveira e por seu amigo José Roberto de Carvalho Pupo... Hoje, optou por uma vida outdoor, por atividades profissionais que tragam proximidade com a natureza.

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     Figura 1. Ícaro de Oliveira, foto: Mendonza, Argentina

 

 Ícaro diz que no decorrer dos anos, suas experiências em meio natural afinou a sua percepção da temática ambiental. Hoje, ele consegue perceber mudanças na paisagem, no clima, nas estações, na qualidade da água, na coloração do entorno, na sedimentação do rio... Ah, a experiência, o viver! E foi por esse viver que tomou suas escolhas de vida, ser turismólogo traria conhecimentos que se entrelaçariam às suas preferências. Incomparável essa experiência rotineira.

Conheceu, sentiu e por isso preserva! Além desse contato profissional, o Ícaro criança também viveu neste meio, um menino da selva! Nadando em rio, brincando com árvores, entre amigos, no seio familiar. Ícaro menino, não era um Ícaro digital como muitas crianças são, hoje em dia. Hoje, morador de sítio em Juquitiba, ele aponta que viver ali traz possibilidades de ver as floradas, as brotações, os ciclos naturais.  E essa vida traz prazer e possibilidade de viver o meio ambiente na íntegra.

Como muitas pessoas, a lembrança escolar e universitária ao meio ambiente é bastante vaga. Mas, as experiências pessoais são vastas! A percepção de natureza combinado ao sustento, ao prazer e ao valor intrínseco dela mesma, vem da vida, do ouvir, do sentir, do amar, do trabalhar, do lazer, do experimentar! Vem da vida!

Ícaro também trabalha com acampamentos de aventuras para crianças e adolescentes e ali ele vê pessoas que evoluem a cada edição do evento, que têm oportunidades de saborear esportes de aventura, de sair de suas casas e viver lá um contato íntimo com o meio ambiente! Crianças e adolescentes que são paulatinamente sensibilizados e convidados a ser um outro Ícaro, podendo ser elas mesmas em suas histórias de vida, em seus próprios contextos, a serem multiplicadores, incentivadores da causa outdoor.

Em Embu-Guaçu, próximo de Juquitiba, conheci Rodrigo ainda quando eu era criança, amigos desde então. Lá na cidade, todos nós o chamamos de Bigão. Ah... Bigão, 34 anos! Professor de matemática formado pela Universidade de São Paulo, mantenedor de uma instituição particular de ensino (Colégio João Friaza) em Embu-Guaçu, jogador de tênis de mesa e praticamente vegetariano.

 

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                     Figura 2. À esquerda Bigão, à direita Sabrina (eu, quem te escrevo), ao centro um lindo bicho-pau fêmea

                     no Centro de Visitantes do Parque Estadual Serra do Mar - Núcleo Curucutu, Região Metropolitana de São Paulo.

 

Antes de ser matemático, Bigão queria ser biólogo pela afetividade que aprendeu a ter com os animais! Foi aos poucos que se tornou muito íntimo da natureza, aprendendo a admirar, cuidar e buscar por alternativas mais sustentáveis durante sua rotina.  Diferente de Ícaro, ele não foi uma criança que estava aos pulos pelos rios, cipós e tudo o mais... Caminhos diferentes, mas valores semelhantes!

Parafraseando, misturando e enfeitando o que dizem essas duas figuras sobre a natureza...

"Conhecer o meio ambiente é super importante para o desenvolvimento da humanidade, mas por causa do consumismo, a gente está, cada vez mais, tirando da natureza e devolvendo lixo... Se entendêssemos o nosso papel como animal mais inteligente do Planeta, tentaríamos entrar em equilíbrio com ele. Mas, isso não está acontecendo... A gente sabe que se todos nós quiséssemos ter o mesmo modo de vida dos estadunidenses, precisaríamos de mais ou menos seis planetas3. Mas, é assim... O dinheiro sempre prevalece na hora de preservar uma mata, uma nascente..."

Como é possível? Estar fora da convívio direto, e mesmo assim se tornar um amante do meio ambiente? Foi o Globo Repórter, foi o programa Planeta Terra, o contato com livros, a Enciclopédia Conhecer... Uau, que incrível! Ali na sala de casa, direto do sofá, ele também aprendeu o valor que tem a natureza viva! Foi a informação que o deslumbrou4! Sensibilização por um meio analógico! Que beleza! Ali ele conhecia os bichos, pesquisava cada bicho existente nas diversas áreas do mundo... Por influência do pai que estava ali sempre assistindo, que ia pescar e levava o Bigão criança junto...

Depois, viajando, em contato com a Caatinga quando criança, em contato com a Mata Atlântica em sua própria cidade, em contato com o mundo e com os livros, caminhou em um rumo de valorização verde. Optou conscientemente pelo vegetarianismo (embora, hoje, coma carne de peixe e frutos do mar - aliás, esse conceito de frutos do mar é coisa curiosa; afinal, estamos falando de plantas? Poderíamos bem mudar esse nome para, sei lá, carnes do mar mesmo). Abandou a ideia da biologia por entender que ali tinham outras coisas que não só as questões zoológicas! Paulatinamente, se tornou mais próximo da natureza! No final das contas, foi a curiosidade pelo mundo animal mesmo! Foi a TV mesmo! Foi, foi e acabou sendo!

Bigão... Matematiecólogo! Hoje, viaja e aproveita cada oportunidade para estar próximo da natureza. Morador de Embu-Guaçu, não pensa em morar em outro lugar. A partir do conhecimento e das experiências que tivera ao longo da vida, aprendeu que a educação é um grande empurrão para moldarmos. Ele diz que a sensibilização para a preservação tem que ser realizada de forma direta, tem que ter atividade ao ar livre, tem que ter saída de campo, tem que subir na árvore...! Tem que conhecer e compreender a realidade por meio da própria realidade. É gostoso de ver, de sentir, tem que ter paladar e tem que ter conhecimento! E tem que ser significativo! Tem que ter o olho no olho!

Seja como for, esses dois rapazes, cada um em sua vida privada, buscam diferentes alternativas para o mesmo bem comum! Vivem em busca das felicidades pessoais, dos valores intrinsecos6, buscam por meio de alternativas mais simples, buscam a beleza nos detalhes... E amam o que fazem, e fazem em harmonia ao meio ambiente. E eu, o que posso dizer? Como educadora e bióloga que me enxergo, sou uma total apaixonada pelas atividades ao ar livre, é ali que me vejo... Não consigo ver a informação sem ser ali no mato mesmo, não consigo falar de flor e não fazer o estudante tocar naquele órgão vegetal, não vejo mais sentindo de falar da Mata Atlântica dentro de quatro paredes quando ali fora mesmo a floresta estiver totalmente disponível... Existe por acaso letramento ambiental7 sem o sentir, sem o conhecer e aí, então, sem o agir?

Ah, mas como lidar com o sistema? Existem todas as conjunturas que não nos permitem fluir... É triste! Eu, particularmente, choro ao pensar na situação na qual estamos mergulhados profundamente e sem cilindro de ar (não que isso seja uma grande novidade, todos sabem que eu sou uma exímia chorona). Mas, é preciso, antes de tudo, caminhar, mesmo que tenhamos os nossos paradoxos... Ainda assim, precisamos ter mais Ícaros, mais Rodrigos, mais Marias e mais Joãos... Mais Andrés, mais Sebastianas, mais Camilas, mais Josés, mais... E mais...

É sendo que nos tornamos aquilo que buscamos!

 

Notas da autora

1. Atualmente, vivemos o fenômeno de tornar mais adultas as nossas crianças, vivendo muitas obrigações e atividades escolares e responsabilizações demasiadas, além da evidente pressão da indústria publicitária sobre elas. Alguns teóricos criticam, também, o fomento da excessiva quantidade de obrigações escolares, o que parece privar a formação criativa e cognitiva dos futuros adultos. Além disso, estamos tornando os seus ambientes de convivência social cada vez mais urbanizados, por exemplo, a troca das gramas reais por gramas sintéticas em parquinhos e área de lazer. Tendo em vista que esta é uma faixa etária importante, pois as crianças têm a capacidade de influenciar o ambiente ao seu redor, além de terem facilidade de internalizar novos conceitos e valores  (Hewes, 2007; Netto, Abrei, & Flores-Pereira, 2010; Samuelsson & Hagglund, 2009; Soga & Gaston, 2016).

2. A partir dos estudos de fenomenologia, alguns autores relacionam a percepção ao contexto histórico dos indivíduos e enfatizam a necessidade de investigar os problemas a partir deles mesmos, assim, de forma metalinguística. Deste modo, para compreender o processo perceptivo é necessário compreendê-la em sua essência. Desta forma, percepção não é uma simples interpretação fisiológica a partir dos órgãos dos sentidos, mas há singularidade em cada forma de interpretar e lidar com nossas sensações e experiências, influenciadas pela natureza física do ambiente, pelos aspectos cultural, social e cognitivo, ou seja, ambas dimensões individual e social (Bem, 1967; BonJour, 2001; Bueno, 2013; Mcdonald, 2012; Nóbrega, 2008; Tuan, 1980).

3. Vivemos em um planeta único e aqui dependemos de todos os serviços ecossistêmicos providos pela complexa natureza a qual pertencemos. No entanto, consumimos em quantidades demasiadas e em alta velocidade esses serviços e recursos, especialmente porque temos uma alta demanda energética e de bens de consumos ainda básicos, como madeira e plástico. Assim, embora a Terra tenha capacidade natural de restabelecer seus próprios ciclos ao longo do tempo, a velocidade de desgaste que promovemos é muito maior do que a capacidade do planeta amortecer os diversos impactos resultantes (Scheffer et al., 2009; Smith, McDonald, & Patterson, 2014; Song, 1972).

4. Um dos fatores mais relevantes para transformação social é possibilitar o acesso a informação de qualidade e que esta seja compreendida de forma holística. O conhecimento pode ser uma mola propulsora da percepção que temos da realidade. Assim, o conhecimento, quando crítico, pode acentuar as ações de conservação e preservação por meio da transformação da percepção individual e da representação social (Aggio, 2006; Barsalou, 2008; Goldstone & Barsalou, 1998; Helgeson, Linden, & Chabay, 2012; Magrini, 2009; Mesulam, 1998; Nóbrega, 2008).

6. Estudos recentes demonstraram que pessoas que têm como objetivos de vida mais relacionados a valores intrínsecos (qualidade de vida, família, felicidade e etc.) são mais propensos à se relacionar de maneira mais íntima coma natureza (Unanue, Vignoles, Dittmar, & Vansteenkiste, 2016).

7. Letramento ambiental é o nome dado ao processo de aprendizagem no qual os sujeitos, não somente aprendem os conceitos, mas estão motivados e sensibilizados quanto as questões ambientais, e que assim, resultam em comportamentos pró conservação e preservação. Deste modo, preocupação com, não somente a alfabetização de conceitos ambientais, mas também, aprofundar a relação entre sujeito que aprende e a natureza que o rodeia, sendo assim um processo mais significativo. Assim, é necessário que haja contato direto com a natureza em atividades que possibilitem aprofundar de fato, não só os conceitos, mas todos os valores a eles envolvidos (Ardoin & Heimlich, 2016; Blanco & Trugillo, 2012; McBride, Brewere, Berkowitz, & Torre, 2013; Meirelles, de Vasconcellos, & Novaes, 2013; R Rozzi et al., 2008; Ricardo Rozzi et al., 2012)

Referências

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E-mail para contato com a autora: sa.goncalves@usp.br e sagoncalra.25@gmail.com

Ilustrações: Silvana Santos