Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/09/2016 (Nº 57) AS PARÓDIAS COMO FERRAMENTA DE SENSIBILIZAÇÃO DO TEMA ÁGUA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
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AS PARÓDIAS COMO FERRAMENTA DE SENSIBILIZAÇÃO DO TEMA ÁGUA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

Clorijava de O. Santiago Junior clorijavajunior@gmail.com

Ana Carla dos Santos Souza anacarla.jornalista@gmail.com

Jorgete Comel Palmieri Mululo zetecopamu@hotmail.com

Gerilucia Nascimento de Oliveira gerilulu@hotmaisl.com

Cintia Cavalcante Rodrigues cintiafmf@hotmail.com

Rafael de Azevedo Melo Rafaelmatematico2103@hotmail.com

Patrícia Lisboa de Aguiar patty_lisboa@yahoo.com.br

Simone Cavalcante Mota scm.libras@hotmail.com

Ierecê Barbosa dos Santos ierecebarbosa@yahoo.com.br

Augusto Fachin Terán FachinTeran@hotmail.com

Autor para correspondência

Clorijava Santiago,clorijavajunior@gmail.com

Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

 

 

RESUMO: Este estudo tem como foco mostrar a importância das paródia-músicas como ferramentade sensibilização para o aprendizado do aluno do Ensino de Ciências, em uma escola dos anos iniciais do Ensino Fundamental, localizada na Zona Leste do município de Manaus, mais especificamente para despertar o interesse do aluno sobre o tema água como forma de aprendizado em sala de aula. Os autores que embasaram essa pesquisas foram: Fachin Terán (2013); Tundisi (2005); Vaitsman (2005); Motta (2008); Tamaio(2000); Leff (2008); Moss (2009);Chassot (1995). Optou-se por um método qualitativopara obtenção de dados. A amostra constou de quatro grupos de alunos entre sete a quinze participantes por grupo que apresentaram suas paródias-músicas de forma sugestionada pela equipe pedagógica e os pesquisadores. Sobre a atividade buscou-se analisaras composições interpretadas pelos alunos. Sendo assim, conclui-se queos alunos já possuíam um certo conhecimento sobre o tema abordado, quando da confecção das composições elaboradas para a Semana do Meio Ambiente. Por meio dessa atividade constatou-se que os alunos têm consciência do tema em questão, porém, faz-se necessária a vivênciapara além da escola.

Palavras-chave: Ensino de Ciências. Educação Ambiental. Paródia-música. Água 

 

Abstract: This study focuses on showing the importance of parody-music as awareness tool for student learning of science teaching in a school in the early years of elementary school, located in the East Zone of the city of Manaus, specifically for arouse the interest of the student on the subject water as a form of learning in the classroom. The authors that supported this research were: Fachin Teran (2013); Tundisi (2005); Vaitsman (2005); Motta (2008); Tamayo (2000); Leff (2008); Moss (2009); Chassot (1995). We chose a qualitative method for obtaining data. The sample consisted of four groups of students from seven to fifteen participants per group presented their form parodies-music sugestionada by teaching staff and researchers. On the activity sought to analyze the compositions interpreted by students. Therefore, it is concluded that students already had some knowledge of the topic discussed, when making the compositions prepared for Environment Week. Through this activity it was found that students are subject awareness in question, however, it is necessary to experience beyond school.

Keywords: Science Education. Environmental education. Parody-music. Water

Introdução

A Educação Ambiental é concebida inicialmente como preocupação dos movimentos ecológicos com a prática de conscientização capaz de chamar a atenção para a finitude e má distribuição do acesso aos recursos naturais e envolver os cidadãos em ações sociais ambientalmente apropriadas (CARVALHO, 2006).

O dinamismo e a necessidade de criação de mecanismos, são estratégias necessárias para a construção de diferentes processo de ensino-aprendizagem. Essas atividades não podem ser elaboradas dentro do modelo tradicional, pois não só comprometer o ensino dos alunos, mas também serem vistas como uma motivação para o desencorajamento dos mesmos em relação à escola.  A pesquisa teve como objetivo principal descrever a utilização da paródia-músicas como estratégia de ensino e aprendizagem para o estudo da temática da água, fazendo uso da educação ambiental.

As paródia-músicas foram escolhida pelos alunos devido ao fato de ser um recurso lúdico e também ter boa aceitação entre os estudantes. Os alunos trabalharam de forma dinâmica e alegre as questões relativas a temática água na educação ambiental.A pesquisa constou de três grupos de alunos, entre sete a quinze participantes, que se organizaram voluntariamente da seguinte forma: dois grupo da 4°série e dois grupos da 5° série dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro Nova Floresta, zona Leste de Manaus. Os professores podem se apropriar de recursos técnicos-pedagógicos, e por que não tecnológicos, para a aprendizagem dos alunos. A estratégia de se utilizar as paródias-músicas é um exemplo disso.

 

A água como recurso natural 

A história da água no planeta está diretamente relacionada com a abundância, a variedade e diversidade da vida e a produção biológica. Fachin Terán (2013) ressalta que a água é essencial e seu ciclo hidrológico influencia o desenvolvimento e a manutenção da vida. A disponibilidade de água doce está relacionada com todas as atividades da existência humana, desde a saúde das populações até a produção de alimento e de energia. 

  Segundo Ferreira(2004) a água é um recurso que cicla entre os rios, limpa e purifica os ambientes, mas também os desestrutura, causando erosão, as enchentes e os tsunamis. Como o ar, a água acumula os elementos naturais da terra e os poluentes, consequência dos equilíbrios antrópicos. Sabemos da importância do ciclo hidrológico e do balanço hídrico bem como do papel que a água desempenha na preservação do solo. A água sempre terá importância incontestável e sem ela sequer existiria vida no planeta, por isso, autoridades propõem ações visando despertar a sociedade globalizada sobre a necessidade do gerenciamento dos recursos hídricos (VAITSMAN; VAITSMAN, 2005). 

O Brasil é o país com uma grande concentração de água, os números apontam para 12% a 16% de água doce do planeta (MOSS;MOSS,2009; TUNDISI; TUNDISI,2005). Especificamente na região amazônica encontra-se o Rio Amazonas que tem o maior volume de água do mundo. 

Campos (2007) comenta que a Amazônia é constituída de várzeas e terras firmes, as de várzeas são inundadas anualmente pela cheia dos rios que torna o solo fértil e bom para o plantio, as terras firmes são altas e não inundadas pelas cheias o que torna o solo quase inadequado para o plantio.

Dentro da região amazônica, encontra-se a cidade de Manaus, que está localizada no meio da floresta, na confluência do Rio Negro e Solimões, cortado por vários igarapés. Com o desenvolvimento econômico, a cidade dos trópicos, que era considerada uma cidade balneária, sofreu com as transformações urbanas, na busca da modernidade, prejudicando assim o meio ambiente e os moradores das margens dos igarapés com doenças de veiculação hídrica (MOTTA, 2008).

 

Educação ambiental e ensino de ciências

 Tamaio (2000) conceitua Educação Ambiental como a condição necessária para modificar um quadro de crescente degradação socioambiental. O educador tem a função de mediador na construção de referenciais ambientais e deve saber usá-los como instrumentos para o desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da natureza.  Quanto as propostas pedagógicas, Reigota (1998) pontua que elas devem ser centradas na conscientização,mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos.

Os processos de ensino e aprendizagem devem ser dinâmicos e multidirecionais, gerando a necessidade de criação de mecanismos de construção diferentes dos tradicionalmente utilizados nas escolas. Segundo Krasilchik (2005), o trabalho escolar, na maioria das vezes, acontece dissociado do cotidiano do aluno e se apresenta ineficiente no objetivo de promover uma educação científica.

Nas palavras de Reigota: 

...a educação ambiental na escola ou fora dela continuará a ser uma concepção radical de educação, não porque prefere ser a tendência rebelde do pensamento educacional contemporâneo, mas sim porque nossa época e nossa herança histórica e ecológica exigem alternativas radicais, justas e pacíficas (REIGOTA,1998 p.43). 

 

Este uso de estratégias tradicionais provoca uma série de problemas de aprendizagem agravados, na medida em que os alunos, muitas vezes, não encontram significado nas aulas que são obrigados a frequentar diariamente. (FERREIRA; LIMA; JESUS, 2013).

Corroborando Pádua e Tabanez (1998) propõem que através da educação ambiental pode-se experimentar o aumento de conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas para estimular maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente. [...] neste sentido, o professor precisa criar estratégias que estimulem os alunos, proporcionando aulas mais motivadoras e interessantes para a educação básica (FERREIRA; LIMA; JESUS, 2013, p.2). 

Na visão política de Educação Ambiental, Eunice e Colaboradores (2009) acrescenta:

Nesse processo praticamos e aprofundamos a concepção de que o trabalho com a questão ambiental deve estar voltado para a realidade de estudantes e comunidades de forma coletiva, enfrentando e construindo alternativas às problemáticas socioambientais locais, através da construção de teia de Formação Permanente em Educação Ambiental (p.29). 

 

Em decorrência da crise ambiental, especificamente, dos recursos hídricos vivida no mundo inteiro, fez-se necessário uma postura do ser humano frente as questões ambientais e a utilização e conservação. As ciências dos conhecimentos e saberes podem servir de suporte teórico e de meio instrumental ao processo civilizatório da humanidade (LEFF,2008).

 Nesse sentido o ensino diversificado é geralmente desvalorizado devido ao fato de o professor ter como principal barreira o excesso de conteúdo, perdendo-se assim o foco da aprendizagem da forma com que ela se constrói e se consolida na vida do aluno, desenvolvendo valores, habilidades e atitudes.

Para Minc: 

Existe muita gente que ainda acredita que ensinar educação ambiental é uma prática estritamente ecológica, isto é, ensinar as crianças sobre fotossíntese, crescimentos das plantas, etc. que seria função da disciplina de biologia e com isso não abriria espaço para a integração com outras disciplinas (MINC, 1993, p.11). 

 

Surge à necessidade de valorizar o processo de ensino aprendizagem, despertar no aluno atitudes e valores que o possibilite se desenvolver como cidadão. A criação de atividades diferenciadas voltadas para a construção do conhecimento e para a valorização do aluno como ser humano torna a aprendizagem algo fácil, divertido e vantajoso de ser desenvolvido (WERMANN, 2011).

 

Paródia-músicas

As paródias são metodologias alternativas que podem serem utilizadas pelos professores em sala de aula.Segundo Cabrera (2006) a utilização de metodologias alternativas, motivadoras da aprendizagem e as atividades lúdicas são meios auxiliares que despertam o interesse dos alunos, podendo ser aplicadas em todos os níveis de ensino.

O lúdico traz a emoção para sala de aula, um sentimento que favorece a formação de memórias de longo prazo, o tipo de memória necessária para que haja a aprendizagem significativa. As paródias podem ser outras formas de se trabalhar os conteúdos na escola.

Nesse sentido:

[...] ao longo da existência do ser humano, a prática de associar qualquer disciplina à música sempre foi bastante utilizada e demonstrou muitas potencialidades como fator auxiliar no aprendizado, podendo ainda despertar e desenvolver nos alunos sensibilidades mais aguçadas na observação de questões próprias à disciplina alvo, além de melhorar a qualidade do ensino e aprendizado, uma vez que estimula e motiva professores e alunos (MELO; ASSIS, 2013 p.4).

 

Ático Chassot (1995) enfatiza que a reorganização e renovação crítica dos conteúdos em si, fugindo assim dos conteúdos descritivos, afim de criar uma consciência com responsabilidades social e política. Daí ser, boa parte do que é atualmente ministrado, inútil para a maioria dos estudantes. Além de uma reorganização do conteúdo em si, a diversificação dos recursos didáticos é uma tentativa de superar o desinteresse pela Química no ensino médio, mostrando que essa disciplina vai muito além de cálculos, memorização de fórmulas e nomenclaturas. Uma alternativa promissora, mas também pouco praticada, é o uso de músicas na educação científica.

 

A música pode ser uma atividade divertida. 

Concordando, Santana (2008) acrescenta que as atividades lúdicas acionam o pensamento e a memória, geram oportunidades para a expansão das emoções, bem como das sensações de prazer e da criatividade, uma vez que as condições de seriedade, compromisso e responsabilidade ao invés de perdidas passam a ser sentidas. Deste modo, como atividades prazerosas ao organismo, as atividades lúdicas facilitariam a aprendizagem, pois os mecanismos para os processos de descoberta são intensificados.

 Nas palavras de Cardoso:

É fundamental manter um ambiente de alegria e de ludicidade na classe. Sem humor, o educador não experiência o encontro existencial com o educando e bloqueia o próprio processo de ensinoaprendizagem. A educação tradicional colocou as virtudes: atenção, dedicação e responsabilidade como incompatíveis com a alegria e descontração (CARDOSO 1995, p. 67).

 

              A música, portanto, pode ser um elemento motivador e facilitador do processo de ensino aprendizagem de conceitos científicos, também pelo seu caráter lúdico. As atividades lúdicas em sala de aula podem despertar o interesse dos alunos na busca de soluções e alternativas que resolvam e expliquem o tema proposto (OLIVEIRA; SOARES, 2005).

 

Metodologia

A pesquisa constou de quatro grupos de alunos, entre sete a quinze participantes, que se organizaram voluntariamente da seguinte forma: dois grupo da 4°série e dois grupos da 5° série dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro Nova Floresta, zona Leste de Manaus.

As atividades foram conduzidas em Quatro etapas: 1) Conversa introdutória sobre o tema, falando sobre a procedência da água, processos pelos quais a mesma passa para se tornar potável e a sua conservação, tangenciando com a multidisciplinaridade (saúde, geografia, meio ambiente). 2)Palestra sobre a importância da água para o planeta: Apresentação dar-se-á através de uma peça teatral realizada com fantoches. 3) Desafio de Paródias Grupos de alunos que vão apresentar suas paródias sobre o tema exposto (Você, a Água e o Mundo) elaborada por todos os alunos da escola que estão participando do evento. 4) Exposição de Maquetes: Visita as maquetes expostas pelos alunos da escola.

 

Resultados e Discussão

Foi percebido que paródias-músicas, elaboradas e apresentadas tiveram uma repercussão positiva por parte dos alunos envolvidos, pois foi conduzida pelos mesmos num clima e alegria e descontração. Além disso, teve o poder para despertar a curiosidade e o interesse do aluno.

Na elaboração das paródia-músicas os alunosabsorvem o conteúdo que é passado pelo professor, nesse caso específico sobre o tem águano processo de aprendizagem, ultrapassando o obstáculo que muitos alunos geralmentenãoenfrentamparaaprender.

Faz-se necessárioque as atividades desenvolvidas pelo professor dentro da sala não se restrinja aos aspectos teóricos e nem em algumas atividades de desenho, é fundamental que as atividades práticas possibilitem ao aluno um espaço de reflexão, desenvolvimento e construção de novas ideias.

Os professores podem se apropriar de recursos técnicos-pedagógicos, e por que não tecnológicos, para a aprendizagem dos alunos. A estratégia de se utilizar as paródias-músicas é um exemplo disso.  Os alunos gostaram da iniciativa dos professores, em delegar a eles a elaboração das paródia-músicas.Alguns mais tímidos tiveram um pouco de resistência, mas no momento da apresentação se divertiram com a dinâmica.

As letras das músicas estão dispostas nas tabelas abaixo.  

 

Paródia 1. Educação Ambiental: “VOCÊ, A ÁGUA E O MUNDO”. 

 

 


Água querida (Paródia da música de Victor e Léo) 

 

Água, água querida fonte de vida

Você refresca o meu calor

Você é o meu tesouro pura,

pura de encanto Ouça,

O que eu canto Ela gera, gera energia

E ela é, nossa alegria...

Creio que essa água,

É preciso preservar

Para que um dia ela não possa acabar

Porque vejo ela como fonte de sustentação

Para a população Água limpa que Não pode acabar

Economizando e fazendo preservar Minha história linda

Meu bem maior Que Deus deixou                

 

Paródia 2. Educação Ambiental:“VOCÊ, A ÁGUA E O MUNDO”. 

 

Preste atenção (Paródia da música Ainda Bem, de Marisa Monte) 

 

Preste atenção agora eu que vou dizer A água que a gente tem, precisamos proteger Há desperdício, sujeira e poluição É preciso consciência da nossa população É sim Nós seres humanos somos mal acostumados As nascentes e ruas estão sendo maltratadas Vocês precisam cuidar da água, precisamos sim Eu vou lhe dizer Porque temos que temos que proteger Ah, sim

Os mananciais, os recursos naturais Precisamos preservar, para a água não faltar O nosso planeta está muito maltratado As matas e os rios têm que ser recuperados A gente tem que cuidar da água que a gente tem Porque senão, esse bem, um dia vai acabar Esse é um alerta para nossa população Preservemos nossa água para ela não acabar, não Ah, sim    Preste atenção, agora vou lhe dizer A água a gente tem precisamos proteger Há desperdício, sujeira e poluição

É preciso consciência da nossa população É sim As nascentes e as ruas estão sendo maltratadas Nós seres humanos somos mal A gente tem que cuidar da água que a gente tem Porque senão esse bem um dia vai acabar, Ah, sim            

 

Parodia 3. Educação Ambiental: “VOCÊ, A ÁGUA E O MUNDO”. 

 

Música: Fico assim sem você (Paródia de Claudinho e Buchecha)  

 

“Sem água o que vamos fazer?’ 

A água está escassa E isso não tem graça Sem ela, o que fazer... Água indo embora e o povo não dá bola, Sem ela, o que fazer... Por que tem que ser assim? O desperdício não tem fim Não é só uma água limpa Sem ela não há vida O que nós vamos fazer?! Sem água na torneira, A louça só aumenta Sem ela o que fazer... As plantas sem água A seca não se acaba Sem ela o que fazer... A água que desperdiçamos Está faltando no sertão, Agua que vem dos céus Deve estar em todo lugar Pra nossa sede matar Eu não existo longe de você

Pois sem água é meu pior castigo Eu conto as pra poder te ver Mas água está de mal comigo Por que? Por que? Os rios estão secando e os peixes estão morrendo, Sem ela o que fazer... Chuveiro sem a água E o fedor que não se acaba Sem ela o que fazer... Por que tem que ser assim? O desperdício não tem fim Não é só a água limpa, Sem ela não há vida O que nós vamos fazer? Eu não existo longe de você, Pois sem a água é o meu pior castigo Eu conto as horas pra poder te ver Mas a água está de mal comigo Eu não existo longe de você Pois sem água é o meu pior castigo Eu conto as horas pra poder te ver Mas a água está de mal comigo... Por que? Por que???

 

Considerações Finais

 

              O trabalho proporcionou aos alunos da escolada Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, localizada no bairro Nova Floresta, zona Leste de Manaus uma oportunidade de aprender sobre a temática da água e a sua importância como recurso hídrico mais importante para o nosso planeta.  Nas produções textuais dos alunos houve uma riqueza de termos e conceitos que foram trabalhados em sala de aula, dando a oportunidade do professor explorar os diversos temas de forma diferenciada, tornando a prática mais significativa e despertando o interesse do aluno Outro ponto relevante, foi a liberdade dada aos alunos para escolher a Paródia-música, principalmente por que os grupos tiveram a oportunidade de trabalhar de forma que todos gostaram e se divertiram com a atividade, além de aprenderem a desenvolver trabalhos em grupos. Pelos resultados obtidos nesse trabalho, é importante citar a aplicabilidade dessa atividade tanto em outras turmas como em outras escolas.

Referências

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CAMPOS, M. do C. da S. BARBOSA, I., RODRIGUES, M. A., MEDEIROS, T.M. de C. Ecologia humana, natureza e meio ambiente nos povos da Amazônia: Contribuições éticas, morais e culturais para o ensino de ciências. Manaus: UEA/BK, 2007. CARDOSO, C. M. A canção da inteireza: uma visão holística da educação. São Paulo: Summus, 1995.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura.Educação Ambiental: Formação do Sujeito Ecológico. 2 ed. São Paulo, Cortez, 2006

CHASSOT, A. Pra que(m) é útil o ensino. 2 ed. Canoas: Ed da ULBRA, 2004.

FACHIN TERÁN, Augusto. Ensino de ciências em espaços educativos: conservação dos recursos hídricos / Augusto Fachin Terán, Adriana Araújo Pompeu Piza, Curitiba, PR: CRV, 2013.

FERREIRA, G; LIMA, M; JESUS, R. Paródias Como Estratégia no Ensino de Biologia com Intermediação Tecnológica. Salvador, BA, 2013. Disponível em . Acesso em: 27 jun 2014. KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia 4. ed. São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2005.

MELO, T; ASSIS, M. Paródia Musical Como Ferramenta na Educação Ambiental Escolar. Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. PPGECM/UEPB. Disponívelem-www.editorarealize.com.br/revistas/eniduepb/trabalhos/Modalidade_ a_04_10_2013_11_40_57_idinscrito_641_f471c7534abf65bbf80b18bdfd226bf9.pdf> .Acesso em: 25 jun 2014.  MINC, C.  Educação ambiental. Caderno Cedes, nº 29, 1999.

 OLIVEIRA, A. S.; SOARES, M. H. F. B. Júri químico: uma atividade lúdica para discutir conceitos químicos. Química Nova na Escola, n. 21, p. 18-24, 2005.  PÁDUA, S.; TABANEZ, M. (orgs.). Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. São Paulo: Ipê, 1998.

REIGOTA, M. Desafios à educação ambiental escolar. In: JACOBI, P. et al. (orgs.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA, 1998. p.43-50.

SANTANA, E. M. A Influência de atividades lúdicas na aprendizagem de conceitos químicos. In: SENEPT, 1, 2008, Belo Horizonte, MG. Anais..., 2008. Disponível em: Acesso em 06 de abril de 2010.

TAMAIO, I. A Mediação do professor na construção do conceito de natureza. Campinas, 2000. Dissert.(Mestr.) FE/Unicamp.

Ilustrações: Silvana Santos