Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/09/2016 (Nº 57) POTENCIAL DE USO ECONÔMICO E SÍNDROME DE DISPERSÃO EM UM CERRADÃO SOB INFLUÊNCIA DE ATIVIDADE CARVOEIRA NO MUNICÍPIO DE JERUMENHA, PIAUÍ
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POTENCIAL DE USO ECONÔMICO E SÍNDROME DE DISPERSÃO EM UM CERRADÃO SOB INFLUÊNCIA DE ATIVIDADE CARVOEIRA NO MUNICÍPIO DE JERUMENHA, PIAUÍ

 

Adriana de Sousa Lima 1

Kelly Polyana Pereira dos Santos2

Antonio Alberto Jorge Farias Castro3

 

1. Bióloga, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFPI). adrianbiologa@yahoo.com.br

2. Bióloga, Doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFPI). kellypolyana@hotmail.com

3. Biólogo, Prof. Dr. do Departamento de Biologia (UFPI) e do Programa de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA)/ UFPI. albertojorgecastro@gmail.com

 

 

 

 

RESUMO

O objetivo deste estudo consistiu na investigação do potencial de uso econômico das espécies encontradas em um inventário florístico em área de cerradão, utilizada para fins energéticos, na Fazenda Campeira, com base na bibliografia consultada, bem como a classificação dessas, sob aspectos de síndromes de dispersão a fim de fornecer subsídios para o aproveitamento desta área e consequentemente sua preservação. A área de estudo localiza-se na Fazenda Campeira, município de Jerumenha, com fitofisionomia cerradão, localizada em uma área de futura expansão de projeto de silvicultura. O levantamento florístico foi realizado, durante o período de julho/ 12 a Março/ 13. As possíveis utilidades das espécies amostradas foram classificadas nas categorias alimentar, apícola, forrageira, madeireira, medicinal, ornamental e outras utilidades com base na bibliografia especializada. As espécies ainda foram enquadradas de acordo com o modo de dispersão segundo a terminologia de van der Pijl (1982), em zoocóricas (dispersão por vertebrados), anemocóricas (dispersão por vento) e autocóricas (autodispersão) de acordo com os dados disponíveis na literatura. Foram amostradas 54 espécies, distribuídas em 46 gêneros e 25 famílias. A Família de maior riqueza foi Fabaceae. As espécies apresentaram uma gama de potenciais de usos. Entretanto, apenas para duas espécies não foi encontrado potencial de uso e uma apresentou um tipo de uso. A categoria de maior citação na bibliografia foi madeireira, seguida por apícola e medicinal. Quanto à síndrome de dispersão, a zoocoria foi a predominante, seguida por anemocoria e autocoria. Conclui-se que as plantas estudadas apresentaram diversos tipos de uso, sendo estes subexplorados, já que na área são usadas apenas para a produção de carvão. A ocorrência de espécies de uso múltiplo reforçam a ideia de que estas espécies sobre um plano de manejo podem ser utilizadas de forma sustentável.

Palavras-chave: botânica econômica, sustentabilidade, diversidade.

 

 

 

POTENTIAL ECONOMIC USE AND DISPERSAL SYNDROME IN AN AREA OF ​​CERRADO UNDER THE INFLUENCE OF ACTIVITY CHARCOAL PRODUCTION IN THE MUNICIPALITY OF JERUMENHA, PIAUÍ

 

ABSTRACT

The aim of this study was to investigate the economic potential of the species found in a floristic inventory in the area of cerrado in Campeira Farm, used for energy, based on the bibliography, as well as the classification under aspects of dispersal syndromes to provide subsidies for the use of this area and therefore its preservation. The study area is located in the Farm Campeira, Jerumenha municipality with physiognomy of cerradão  located in an  area of  expansion future of forestry project. The survey was conducted during the period July / 11 June / 12. The possible uses of the species were classified in the categories food, beekeeping, fodder, timber, medicinal, ornamental and other utilities based on the literature. The species were classified according to the mode dispersion in the terminology of van der Pijl (1982), in zoochoric (dispersal by vertebrates),anemochoric (dispersed by wind) and autochorous (autodispersão) according to the data available in the literature . We sampled 54 species in 46 genera and 25 families. The richest family was Fabaceae. The species showed a range of potential of uses. However, only for two species not were found  potential of use and  a presented a usage type. The largest category of citation in the bibliography was timber, followed by beekeeping and medicinal. Regarding dispersion syndrome, the zoochory was predominant, followed by anemochory and autocory. It is concluded that the plants studied presented  various types of use,  being these  underused in the area  since they are used in the area only  for the production of coal. The occurrence of species of multiple use reinforces the idea that these species on a management plan can be used sustainably.

Keywords: economic botany, sustainability, diversity.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O Cerrado é considerado o segundo maior bioma brasileiro bem como o segundo no Nordeste (ANDRADE-LIMA, 1977) ocupa uma área de aproximadamente dois milhões de km2, correspondendo a 24% do país (MMA, 2011). A maior parte do seu domínio está no Planalto Central, estendendo-se ao Piauí e Maranhão, ocorrendo também em áreas disjuntas nas regiões Norte e Nordeste e em parte da região Sudeste (EITEN, 1994).

Apresenta elevada diversidade vegetal, revelando-se também nos mais variados usos da sua flora (alimentícia, medicinal, ornamental, forrageira, apícola, madeireira, artesanal e outros), sendo utilizada e aproveitada como alternativa econômica para as populações tradicionais, comerciantes, processadores e empresários (FELFILI et al., 2004; AQUINO; OLIVEIRA, 2006).

Segundo Guarim-Neto e Morais (2003) estudos voltados para a identificação das plantas úteis dos cerrados são escassos e incipientes, levando-se em consideração sua dimensão e diversidade. A biodiversidade tem papel fundamental no desenvolvimento econômico de uma região, sendo utilizada através da sua exploração ordenada e planejada. (AQUINO; OLIVEIRA, 2007; OLIVEIRA, DUARTE, 2004).

Através do plano de manejo é possível utilizar a flora de maneira sustentável, entretanto, segundo Maués e Oliveira (2010) para que ocorra a sustentabilidade ecológica destes em florestas tropicais, é necessário que ocorra a inclusão de parâmetros que asseguram a manutenção da variabilidade genética das espécies e de processos correlacionados. Dessa forma, se faz necessário à avaliação da síndrome de dispersão no Cerrado, pois, esta é de fundamental importância no planejamento para a conservação, pois, um dos aspectos que influenciam na probabilidade de uma espécie colonizar um determinado ambiente é o seu mecanismo de dispersão (VAN der PIJL, 1982; CAMILOTTI; PAGOTTO; ARAÚJO, 2011). Ainda mais, tornam-se relevantes estudos de síndrome de dispersão, pois estudos desta natureza em áreas de cerrado no Piauí são reduzidos.

O Piauí é o estado com a maior representatividade de Cerrado de toda a região Nordeste, ocupando uma área de 11.856.866 ha, destes, 70,4% estão em área de domínio e 29,6% em transição. Sua abrangência espacial ocupa toda a região sudoeste e parte extrema do sul piauiense. Principalmente de forma contínua aos cerrados do noroeste da Bahia e do Tocantins, e grande parte na região setentrional do Piauí com inclusão de manchas-e-contatos de/com outros tipos de vegetação, distribuídos em mosaicos, como o carrasco, as matas ciliares, as florestas estacionais semideciduais e a savana de Copernicia (CASTRO; MARTINS; FERNANDES, 1998) na área de influência do Complexo Vegetacional de Campo Maior (CASTRO; MARTINS, 1999; CEPRO, 1992).

O presente estudo consistiu na investigação do potencial de uso econômico das espécies encontradas em um inventário florístico em área de cerradão na Fazenda Campeira, utilizada para fins energéticos, com base na bibliografia consultada, bem como a classificação dessas, sob aspectos de síndromes de dispersão a fim de fornecer subsídios para o aproveitamento econômico desta área bem como a sua preservação.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

 

A área de estudo localiza-se na Fazenda Campeira (07°02’ S e 43° 39’ W), inserida no município de Jerumenha, pertencente à microrregião de Floriano. A fitofisionomia estudada é de cerradão, localizada em uma área de futura expansão de projetos de silvicultura. A área possui sinais de antropização e será utilizada para o plantio de eucalipto, a vegetação retirada será beneficiada através da produção de carvão vegetal.

Os solos do município são de origem da alteração de arenitos, siltitos, folheos e laterito, sendo caracterizados como jovens espessos e com influência do material subjacente, compreendendo latossolos amarelos ou distróficos (AGUIAR, 2004). O clima da região caracteriza-se como quente e subúmido, com precipitação pluviométrica média anual acima de 800 mm e período chuvoso estendendo-se dos meses de novembro a dezembro e de abril a maio (AGUIAR, 2004).

O levantamento florístico foi realizado, durante o período de julho/ 12 a Março/ 13. As espécies lenhosas foram identificadas em campo e nos casos em que isso não foi possível, coletou-se material botânico e identificou-se através de consultas à literatura específica, especialistas, e ao acervo do Herbarium Graziela Barroso (TEPB) da Universidade Federal do Piauí. A classificação botânica foi realizada com base no Grupo Filogenético das Angiospermas (APG III, 2009) e os nomes das espécies foram conferidos com a base de dados disponível na página eletrônica do Missouri Botanical Garden (http://www.mobot.org).

Quanto as possíveis utilidades das espécies amostradas foram classificadas nas categorias, Al = Alimentar, Ma = Madeira, Me = Medicinal, Ap = Apícola, Fo= Forrageira e Or = Ornamental e outras utilidades com base na bibliografia especializada.

As espécies foram enquadradas de acordo com o modo de dispersão segundo a terminologia de van der Pijl (1982), em zoocóricas (dispersão por vertebrados), anemocóricas (dispersão por vento) e autocóricas (autodispersão) de acordo com os dados disponíveis na literatura.

 

Figura 1. Localização da área de estudo, Fazenda Campeira, Jerumenha-PI

 

Jerumenha_piaui

Fonte: Elaborado por Clescy Oliveira da Silva adaptado de IBGE (2008).

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Florística

 

No levantamento foram encontradas 54 espécies, distribuídas em 46 gêneros e 25 famílias (Tabela 01). Comparando este resultado com outras áreas de cerradões localizadas no Ceará, São Paulo e Minas Gerais, observou-se a variação na quantidade de espécies, sendo 87 na Chapada do Araripe-CE (ALENCAR; SILVA; BARROS, 2007), 78 em Paraopeba-MG (SOUZA  et al., 2008) e 107 em Uberlândia-MG (COSTA; ARAÚJO, 2001). De acordo com Souza et al. (2008) no Cerradão, existem grandes mudanças na sua composição entre diferentes áreas.

 As famílias que mais contribuíram para o aumento da riqueza foram: Fabaceae com 15 espécies, seguida por Apocynaceae, Bignoniaceae e Vochysiaceae com três espécies cada (Tabela 01). Dentre as Fabaceaes, cinco são Fabaceae-Caesalpinoideae, quatro Fabaceae-Mimosoideae e sete Fabaceae-Faboideae. A representativa destas famílias também foi verificada por: Weiser e Godoy (2001) em Santa Rita do Passa Quatro (SP); Alencar, Silva, Barros (2007) na Chapada do Araripe (CE), Rodon Neto  et al. (2010) no Mato Grosso e Oliveira et al. (2012) no Rio Grande do Norte.

Esta família também foi responsável pelo maior número de gêneros (13), as demais famílias obtiveram até dois gêneros (21) representando assim elevada riqueza florística no cerradão da Fazenda Campeira. Dos 46 gêneros amostrados, 38 (82,6%) foram responsáveis por apenas uma espécie e sete (17,4%) obtiveram duas espécies, sendo estes: Andira, Annona, Byrsonima, Erythroxylum, Handroanthus, Hymenaea, Mouriri, Qualea.

 

Potencial de uso

 

Das 54 espécies encontradas, apenas para duas (3.7%) não foram encontradas referências quanto ao uso na literatura consultada (Andira cordata e Erythroxylum sp) e uma espécie apresentou apenas um tipo de uso (Pterodon abruptus). Contudo, as plantas analisadas revelaram uma gama de potenciais de uso econômico (Tabela 01).

            A categoria madeireira constituiu a potencialidade de maior ocorrência, com 76,9% do total de espécies. Esta categoria também foi citada como a de maior ocorrência (40%), por Aquino, Walter e Ribeiro (2007) estudando uma área de cerrado no Maranhão. Resultado semelhante foi verificado por Rodon Neto et al. (2010)  em fisionomias de cerrado  (cerrado sensu stricto, cerrado denso e cerradão) no Mato Grosso, como o de maior frequência. Destaca-se que, dentre o uso madeireiro espécies para fins nobres, tais como: Astronium fraxinifolium, Agonandra brasilienses, Bowdichia virgilioides, Plathymenia reticulada, Caryocar coriaceum, Handroanthus caraiba, Handroantus ochracea (JENRICH, 1989; POTT; POTT, 2004) estas espécies sobre regime de plano de manejo podem gerar renda para o pequeno agricultor.

 

Tabela 1. Lista de espécies encontradas no cerradão da Fazenda Campeira, município de Jerumenha/ PI, com seus respectivos potenciais de uso econômico e modo de dispersão.

Família/ espécie

NV

Potencial de Uso

Modo de dispersão

Al

Ma

Me

Ap

Fs

Or

ANACARDIACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Anacardium occidentale L.

cajuí

x

x

x

x

x

 

zoo

Astronium fraxinifolium Schott ex Spreng

gonçalo-alves

x

x

x

x

x

 

anemo

ANNONACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Annona crassiflora Mart.

bruto-verdadeiro

x

x

x

x

 

 

zoo

Annona coriacea Mart.

araticum

x

x

x

x

x

x

zoo

APOCYNACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Aspidosperma macrocarpon Mart.

orelha-d’onça

x

x

x

x

 

x

anemo

Himatanthus drasticus (Mart.) Plumel

janaguba

 

 

x

x

 

 

anemo

Hancornia speciosa Gomes

mangaba

x

x

x

x

x

x

zoo

ARECACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Syagrus cocoides Mart.

pati

x

x

 

 

 

x

zoo

BIGNONIACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart.

ipê-verde

 

x

x

 

 

x

anemo

Handroanthus ochraceus (Cham.) Mattos

 

 

x

x

x

 

x

anemo

Handroanthus caraiba (Mart.) Mattos*

caraíba

 

x

x

x

 

x

anemo

BORAGINACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Cordia rufescens A. DC.*

grão-de-galo

x

x

x

x

x

 

zoo

CARYOCACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Caryocar coriaceum Wittm.

piqui

x

x

x

x

x

 

zoo

COMBRETACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Combretum mellifluum Eichler*

catinga-branca

 

x

x

x

x

 

anemo

Terminalia fagifolia Mart.

catinga-de-porco

x

x

x

x

 

x

anemo

CONNARACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Connarus suberosus Planc.

pau-de-brinco

 

x

x

x

x

x

zoo

CHRYSOBALANACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Exellodendron cordatum (Hook. f.) Prance

pau-de-rato

 

x

 

x

x

x

zoo

Hirtella ciliata Mart. & Zucc.

coça-cavalo

 

x

 

x

x

x

zoo

DILLENIACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Curatella americana L.

sambaíba

 

x

x

x

x

x

zoo

EBENACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Diospyros sp.

olho-de-boi

x

 

 

x

x

x

Zoo

 

 

Família/ espécie

NV

Potencial de Uso

Modo de dispersão

Al

Ma

Me

Ap

Fs

Or

ERYTHROXYLACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Erythroxylum sp.*

-

 

 

 

 

 

 

zoo

Erythroxylum suberosum A. St.-Hil.

-

 

x

x

x

x

 

zoo

FABACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Andira cordata Arroyo ex R.T. Penn. & H.C. Lima

angelim 1

 

 

 

 

 

 

zoo

Andira fraxinifolia Benth.

angelim 2

 

x

 

 

x

x

zoo

Bauhinia ungulata L.*

 

x

x

x

x

x

 

zoo

Bowdichia virgilioides Kunth

sucupira-preta

x

x

x

x

 

x

anemo

Dalbergia miscolobium Benth.

pau-de-carne

x

x

 

 

 

x

anemo

Dimorphandra gardneriana Tul.

fava-d’anta

 

x

x

x

x

 

auto

Enterolobium sp.*

tamboril

 

 

 

 

 

 

zoo

Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne

jatobá-de-porco

x

x

x

x

x

x

zoo

Hymenaea velutina Ducke

jatobá-de-ovelha

x

 

 

x

 

 

auto

Leptolobium dasycarpum Vogel*

pau-coâ

 

x

x

 

x

 

anemo

Parkia platycephala Benth.

faveira-de-bolota

 

x

x

x

x

 

zoo

Plathymenia reticulata Benth.

candeia

x

x

x

x

 

x

anemo

Pterodon abruptus (Moric.) Benth.

sucupira-branca

 

x

 

 

 

 

x

Stryphnodendron coriaceum Benth.

barbatimão

 

x

x

 

 

 

auto

Tachigali aurea Tul.

pau-pombo

 

x

x

x

x

x

anemo

Vatairea macrocarpa (Benth.) Ducke

amargoso

 

x

x

x

x

x

anemo

LAMIACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Vitex sp. *

mama-cachorro

x

 

 

 

 

 

x

MALPIGHYACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Byrsonima sp.*

murici 1

x

 

 

x

x

x

zoo

Byrsonima crassifolia (L.) Kunth

murici 2

x

 

x

x

 

 

zoo

MYRTHACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Eugenia dysenterica DC.

cagaita

x

x

x

x

x

x

zoo

Psidium myrsinites DC.

araçá

x

 

 

x

x

 

zoo

MELASTOMATACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Mouriri pusa Gardner ex Gardner

puçá-preto

x

x

 

x

x

 

Zoo

 

 

Família/espécie

NV

Potencial de Uso

Modo de Dispersão

Al

Ma

Me

Ap

Fs

Or

Mouriri elliptica Mart.

puçá-frã

x

 

x

 

x

x

zoo

OCHNACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Ouratea hexasperma (A. St.-Hil.) Baill.

ouratea

x

 

x

x

x

x

zoo

OPILIACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Agonandra brasiliensis Benth. & Hook. f.

pau-marfim

x

x

x

x

x

x

zoo

RUBIACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Tocoyena  formosa (Cham. & Schltdl.) K. Schum. var. tomentosa

jenipapinho

x

 

x

x

x

x

zoo

SAPOTACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk.

maçaranduba

x

x

 

x

x

x

zoo

SALICACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Casearia sylvestris Sw.

pau-de-carne

x

x

x

 

x

x

zoo

SIMAROUBACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Simaba ferruginea A. St-Hil.*

mata-cachorro

 

 

x

 

 

 

zoo

VOCHYSIACEAE

 

 

 

 

 

 

 

 

Qualea grandiflora Mart.

pau-terra-da-folha-larga

x

x

x

x

 

x

anemo

Qualea parviflora Mart.

pau-terra-da-folha-miúda

 

x

x

x

 

x

anemo

Salvertia convallariodora A-St. Hil.

folha-larga

x

x

x

 

 

x

anemo

 

As espécies levantadas na área são utilizadas para a produção de carvão vegetal. Prática esta muito comum no cerrado, sob forma de aproveitamento lenhoso do desmatamento de áreas agrícolas (FELFILI et al. 2004). Almeida et al. (1988) afirma que este potencial energético está condicionado, em sua maior parte, às espécies que ocorrem em fisionomias florestais. Entretanto, ressalta-se que ainda pouco se sabe sobre a produtividade da lenha dos Cerrados (REZENDE et al., 2006). Vale e Felfili (2005) avaliaram a distribuição da biomassa e o potencial calorífico de espécies de um cerrado sensu stricto em Brasília, encontraram que das 47 espécies amostradas, 21 apresentaram poder calorífico acima da média, destacando Dalbergia miscolobium, Hymenaea stigonocarpa, Pterodon pubescens e Sclerolobium paniculatum, como as espécies que obtiveram maior produção por planta e por hectare. O estudo sobre o potencial energético do cerrado pode servir como subsídios para a gestão energética da sua flora de maneira sustentável.

Quanto ao possível uso apícola, 74,5% das espécies foram enquadradas nessa categoria. No Nordeste, a diversidade da flora apícola é elevada, baseia-se na produção através da flora silvestre, caracterizando-se como uma atividade de baixo custo e sustentável (PEREIRA et al., 2004; SANTOS et al., 2005).  

De acordo com Reis e Cosmastri-Filho (2003) a exploração da flora apícola causa baixo impacto ambiental, permitindo assim o emprego permanente dos recursos naturais e preservação do meio ambiente sendo, portanto, considerada uma atividade conservadora das espécies. Entretanto, ressalta-se que apesar da atividade estar em ascensão, um dos grandes problemas associados à flora apícola e em especial no Nordeste consiste na falta de informações sobre os aspectos ecológicos desta flora, gerando assim prejuízos com relação a sua produtividade (PEREIRA et al., 2004).

Vilela et al. (2000) estudando a cadeia produtiva do mel no Piauí constatou a necessidade do conhecimento da flora apícola, como estratégia para o desenvolvimento da produção no Estado. No Piauí, na região de cerrados, destacam-se os estudos realizados por Torquato (2006) em uma comunidade quilombola no município de Esperantina, constatando a presença de 96 plantas associadas a abelhas, sendo a família Leguminosae (Cronquist) a mais representativa. Em cerrado rupestre no município de Castelo do Piauí, Castro e Costa (2007) encontraram 43 espécies vegetais de uso apícola, a família Leguminosae (Sistema Cronquist) também apresentou o maior número de espécies visitadas por abelhas, seguida por Rubiaceae, Lamiaceae, Polygalaceae, Malvaceae e Vochysiaceae, estes autores constataram que o município apresentava condições propícias para o desenvolvimento da atividade melífera na região.

Para a categoria medicinal, foram encontradas 68,5% das plantas analisadas. Esta categoria também foi bastante representativa em outras áreas de cerrado (RODRIGUES; CARVALHO, 2001; NETO; MORAES, 2003; FRANCO; BARROS, 2006; AQUINO; WALTER; RIBEIRO, 2007; MONTELES; PINHEIRO, 2007; OLIVEIRA-JÚNIOR; CONCEIÇÃO, 2010; RODON NETO et al., 2010; PEREIRA et al., 2012). 

O potencial alimentício foi evidenciado em 57,4% das plantas encontradas na área de estudo, destacam-se as espécies Byrsonima crassifolia, Caryocar coryaceum, Eugenia dysenterica, Hancornia speciosa e Mouriri pusa. Estas são consideradas espécies de grande potencial econômico e de altíssima a média prioridade para estudos e incentivos (FERREIRA  et al., 2005). Os frutos do cerrado apresentam cores e aromas atrativos, além de grande valor nutricional (SILVA et al., 2008). Soares et al. (2009) afirma que existe um mercado promissor para as frutas nativas do Cerrado, a ser melhor explorado pelos agricultores, uma vez que, todo o aproveitamento desses frutos tem sido realizado de forma extrativista e predatória. Para Augostini-Costa et al. (2006) apesar das frutas nativas do cerrado apresentarem grande aceitação por parte da população local, a falta de investimentos, fatores relacionados a características socioculturais, desconhecimento do valor dessas frutíferas e de tecnologias que aumentem a sua produção, impedem que as mesmas sejam comercializadas em escala industrial. Esta fato é corroborado por Ferreira et al. (2005) que ressalta que a falta de conhecimento sobre as frutas nativas não cultivadas geram prejuízos ecológicos, nutricionais, sociais e econômicos.

Os potenciais de uso forrageiro e ornamental também foram considerados para mais de 50% das espécies estudadas. A família Fabaceae é a mais representativa quanto ao uso forrageiro. Santos, Barros e Araújo (2007) estudando uma área de cerrado em Monsenhor Gil (PI) encontraram 70% do total de plantas da área estudada como forrageiras, tendo a família Leguminosae (Cronquist; Fabaceae/APG) como a mais representativa em número de citação. Castro et al. (2008) encontraram  resultado semelhante para uma área de cerrado no Mato Grosso do Sul, sugerindo que a utilização de pastagem nativa no cerrado diminuiria a pressão sobre os remanescentes de vegetação. De acordo com Borges (2002) existem cerca de 200 espécies no Cerrado com características ornamentais nos mais variados hábitos de crescimento, entretanto subutilizadas. Apesar da elevada diversidade no Cerrado destas plantas, estudos dessa natureza são escassos.

É importante ressaltar que, as espécies encontradas neste levantamento apresentaram mais de um uso específico, sendo consideradas, portanto, de uso múltiplo. Espécies de uso múltiplo são aquelas que fornecem vários produtos tais como folhas, cascas, madeira, resinas, frutos ao longo do seu ciclo de vida podendo ser utilizados para diversos fins (RIBEIRO et al., 2008). As espécies com maior alternativa de uso foram: Agonandra brasilienses, Annona coriacea, Aspidosperma macrocarpon, Hancornia speciosa, Hymenaea stigonocarpa e Terminalia fagifolia. Rodon Neto  et al. (2010) também encontraram A. macrocarpon como uma espécie de uso múltiplo. H. stigonocarpa e H. speciosa foram citadas por Guarim-Neto e Pasa (2009) como espécies que obtiveram maior maximização de uso em uma área de cerrado no Mato Grosso. De acordo com Ribeiro et al. (2008), H. speciosa e E. desynterica são espécies de uso múltiplo de ampla aceitação no mercado.

De acordo com Ratter et al. (2003) A. macrocarpon, H. speciosa e H. stigonocarpa apresentam ampla distribuição nos cerrados, sendo encontradas em mais de 50% das 376 áreas de cerrado levantadas no Brasil.

            Vale destacar que as espécies analisadas apresentaram outros tipos de usos com base na bibliografia consultada, sendo estes: reflorestamento: Annona coriacea; Bowdichia virgilioides, Plathymenia reticulata, Qualea grandiflora, Qualea parviflora; artesanato: Aspidosperma macrocarpon, Terminalia fagifolia, Salvertia convallariodora; Syagrus cocoides, óleo e cera: Anacardium occidentale, Astronium fraxinifolium, Himatanthus drasticus, Hancornia speciosa; Q. parviflora; tintorial: Agonandra brasilienses, Handranthus caraiba, Caryocar coriaceum, Erythroxylum suberosum; corantes: Q. grandiflora, dentre outros.

 

Síndrome de dispersão

 

Dentre as 54 espécies analisadas, apenas duas não foram classificadas (Vitex sp e Pterodon abruptus (Moric.) Benth.).  Das 52 espécies analisadas 59,2% (32) são zoocóricas, 31,42 % são anemocóricas e 9,32% são autocóricas.  A maior ocorrência de espécies zoocóricas, mais de 50% no Cerrado de Jerumenha, corrobora com os dados encontrados em outras áreas de cerrado (VIERA  et al., 2002; COSTA; ARAÚJO; LIMA –VERDE, 2004; TOPPA, PIRES; DURIGAN, 2005; CAMILOTTI; PAGOTTO; ARAÚJO, 2011).  Ainda, o elevado número de espécies zoocóricas revela a estreita relação entre plantas e animais, através da influência da fauna sobre o estabelecimento destas espécies. Considerando que área é utilizada para a produção de carvão vegetal, o não aproveitamento desta de forma sustentável pode influenciar também na preservação da fauna local.

A proporção de espécies anemocóricas está dentro do intervalo encontrado para áreas de cerrado 26,7% a 38,7% (WEISER; GODOY, 2001; TRINDADE; ZAZZINI; SANTIAGO, 2007; CAMILOTTI; PAGOTTO; ARAÚJO, 2011). Destacam-se as famílias Bignoniaceae e Fabaceae, neste estudo como as de maior número de espécies com este tipo de dispersão.

Apenas duas espécies deste levantamento foram caracterizadas como autocóricas (Dimorphandra gardneriana Tul., Stryphnodendron coriaceum Benth.). A pequena ocorrência de espécies autocóricas no cerrado já era esperada, pois segundo Vieira et al. (2002) esta síndrome é pouco frequente em áreas de cerrado.

 

CONCLUSÕES

 

Fabaceae foi à família de maior destaque em número de espécies e gêneros, padrão semelhante para áreas de Cerrado. Os dados de potencialidade econômica para as 54 espécies revelaram uma gama de usos subexplorados na vegetação. Os potenciais de uso que mais se destacaram foram madeireiro, apícola e medicinal.

Foram encontradas espécies com mais de um tipo de uso, sendo consideradas de uso múltiplo. A maior parte das potencialidades explicitadas nesse estudo pode ser explorada com sucesso através de um plano de manejo adequado. 

A síndrome de dispersão de maior ocorrência foi a zoocoria, seguido por anemocoria e autocoria. Revela-se com o padrão de zoocoria, a estreita relação entre a plantas e os animais da área, considerando que esta será utilizada para o plantio de eucalipto, o desmatamento dessas áreas refletirá na preservação destes animais.

A exploração racional dos recursos da flora do cerrado constitui uma valiosa ferramenta para a sua preservação. Ressalta-se a necessidade de estudos voltados para o levantamento do potencial de uso de plantas em áreas de Cerrado no Piauí em virtude do crescimento da conversão cerrado/ monocultura, bem como os mecanismos de dispersão, uma vez que, através deste conhecimento é possível explorar de forma sustentável a flora da região.

 

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Ilustrações: Silvana Santos