Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Artigos
11/09/2016 (Nº 57) DIALOGANDO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ECOPEDAGOGIA COM DOCENTES DE UMA ESCOLA MUNICIPAL (BELÉM, PB, BRASIL)
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2435 
  

DIALOGANDO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ECOPEDAGOGIA COM DOCENTES DE UMA ESCOLA MUNICIPAL (Belém, PB, Brasil)

 

 

Luiz Eduardo Paulino da Silva, Licenciada em Pedagogia e Pedagogia, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Especialista em Educação Ambiental, Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, eduardops25@hotmail.com

 

Jumaida Maria Rosito, Doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria, Brasil, professora associada da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, jmrosito@gmail.com

 

 

Resumo: Trata-se de uma pesquisa com os docentes de uma escola Municipal da cidade de Belém (PB). O objetivo foi avaliar a compreensão desses profissionais sobre Educação Ambiental e Ecopedagogia, e o nível de inserção desses conceitos em sua prática diária e na comunidade escolar. Para tanto, foi ministrada uma palestra sobre o tema; nessa mesma data, foi aplicado um questionário, pós-palestra, para avaliação do grau de esclarecimento dos docentes e da efetividade do encontro na elucidação de dúvidas e proposição de novos trabalhos. Os resultados demonstram que os educadores estão preparados e se sentem seguros para dar continuidade à inserção dos conceitos de educação ambiental em sua prática profissional; contudo o mesmo não pode ser dito sobre os princípios da ecopedagogia, uma vez que metade deles manifestou desconhecimento do assunto. A palestra de esclarecimento sobre os temas foi bem aceita e se mostrou um instrumento eficaz de sensibilização; proporcionou, também, um importante momento de discussão. 

 

 

Palavras-chave: Ecoeducação. Interdisciplinaridade. Mãe-Terra.

 

 

Introdução

 

A Terra é a casa de todos nós. Ela é o nosso lar (Brandão, 2005, p. 12). Se por um lado Brandão nos chama atenção para refletimos sobre o fato de a Terra ser a nossa casa, ser a casa de todos os seres viventes, Boff (2011) vem nos alertar que temos que cuidar dessa casa, limpá-la, arrumá-la, organizá-la e vivermos em harmonia com todos que estão inseridos no interior dela.

Segundo a ciência, o nosso planeta, a Terra, tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos e a vida existente sobre o planeta chega a 3,5 bilhões de anos. Nesse percurso da vida, os seres vivos foram vivendo em evolução constante. Alguns afirmam que nós, seres humanos, estamos por aqui há dois milhões de anos. Durante todo esse tempo, o homem precisou estar constantemente interagindo com a natureza, uma relação em que ambos pudessem ajustar relações de cuidado e necessidades.  

A relação que o homem tinha com a natureza era extremamente de submissão: aquele dependia do que esta poderia lhe oferecer. O homem estava em seu habitat sem noção alguma de que a natureza poderia ajudar-lhes e que o mesmo poderia preservar sua imensidão. O homem era totalmente submisso aos fenômenos naturais – o mesmo temia os raios, os trovões, as chuvas e o fogo –; não tinha nenhum controle sobre eles, vivendo como se estivéssemos apreciando uma grande obra de arte.

Contudo, com o passar do tempo, o homem sente a necessidade de explorar a natureza, de usufruir as riquezas que a mesma lhe proporcionava, havendo, assim, uma demanda de fatores que fizeram o sujeito ir conquistando e modificando seu habitat: o homem começa a viver da caça e da pesca, aprende a cultivar plantas, criar pequenas casas (aldeias) para sobreviver, fazer o fogo, buscar uma interação entre os ecossistemas que existem no planeta. É percebido que o homem primitivo vivia em equilíbrio com seu habitat, cuidavam do local que residiam e tinha a Terra como parte integrante da vida.

Em uma comparação histórica da sociedade primitiva com a sociedade atual, veremos um grande desequilíbrio ecológico que vem cada vez mais se alastrando por parte da sociedade em relação à natureza e todos os fatores que estão inseridos nela. Guerra (2011, p. 5) diz que ao longo dessa trajetória, nós, humanos, passamos a nos sentir “deuses” de todas as coisas e, ao fazê-lo, perdemos a capacidade de sonhar, de sentir e observar. O que o autor nos leva a refletir é se realmente nós não estamos nos tornando pessoas insensíveis, carentes, destruidores, sem flexibilidade alguma para as questões relacionadas à Mãe-Terra.

Vive-se em um tempo em que todas as coisas estão direcionadas à globalização, tecnologia e capitalismo, e por que não dizer, ao individualismo. Homens e mulheres buscam mais o ter, o ser e o poder do que a partilha, os valores e a confraternização com o próximo. Segundo Boff (2011, p. 17), “precisamos de um novo paradigma de convivência que funde uma relação mais benfazeja para com a Terra e inaugure um novo pacto social entre os povos no sentido de respeito e de preservação de tudo que existe e vive”.

 Por esse viés, novas abordagens de pensamento aparecem, e a busca por mudanças é visível na construção de novos paradigmas. As instituições escolares são repensadas a partir deste ‘novo’ e, com isso, são discutidas novas concepções de educação, que atendam e respondam às demandas do momento.

Neste novo enfoque de educação, surge a Educação Ambiental (EA) que emerge da percepção do cuidar do meio ambiente, e a Ecopedagogia, uma vertente do conhecimento sistêmico, compreendida como uma nova teoria da educação; ela nasce a partir da necessidade de enfrentamento dos problemas que atingem a humanidade neste milênio e a busca pela preservação do meio ambiente e ações para a sustentabilidade (PEREIRA et al., 2007). A Ecopedagogia apresenta novas categorias interpretativas sobre o mundo, a educação, a sociedade e a relação entre o homem e a natureza.

Este trabalho surge de um olhar voltado para as práticas emergentes que precisam ser percebidas pelas pessoas em relação à natureza, fazendo com que o ser humano saia deste “ser individual” como se não estivesse inserido em um contingente global. Esse tema foi abordado, inicialmente, em um projeto intitulado “Fortalecendo a formação da professora da primeira infância” (PROLICEN), que deu ênfase à formação continuada de professores de uma Creche filantrópica, no município de Solânea – PB, em 2013. Os conceitos de Educação Ambiental e Ecopedagogia foram então trabalhados utilizando-se instrumentos como músicas, peças teatrais, leituras, recursos audiovisuais e sonoros, entre outros. Nesse contexto, surgiu a ideia de trabalhar essa temática tão importante também com os docentes da E. M. E. F. Alice de Melo Viana, município de Belém (PB).

Esse trabalho teve como objetivo geral sensibilizar os docentes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alice de Melo Viana (Belém, PB, BR), sobre os conceitos de educação ambiental e ecopedagogia.

Para dar sustentáculo ao objetivo geral, utilizamos os seguintes objetivos específicos: esclarecimento sobre a diferença entre os conceitos; fornecimento de subsídios para as vivências desses temas em sala de aula e avaliação do nível de envolvimento dos docentes com a inserção desses conceitos em sua prática diária e na comunidade escolar.

Para tanto, durante uma palestra sobre o tema, foram aplicados questionários, pré e pós-palestra, para avaliação do grau de esclarecimento dos docentes e da efetividade do encontro na elucidação de dúvidas e proposição de novos trabalhos.

 

A relação homem e natureza

 

Há muitos séculos a relação do homem com a natureza pode ser descrita como de dominação, exploração e manipulação; a natureza é utilizada como meio de apropriação e transformação do mundo, sempre estando à serviço da humanidade.

Contudo, é importante percebermos que esta relação de controle da natureza é motivada muitas vezes, pelo o tipo de compreensão que se tem dela. De acordo com Gonçalves (1998) o conceito de natureza não é algo natural, como muitos pensam, mas esta é uma construção social criado por homens e mulheres no decorrer dos tempos. Sendo assim, cada sociedade e cultura formulam seu próprio entendimento de natureza, e é este entendimento que fundamentará a relação entre as partes. 

Nas sociedades ocidentais, “a natureza se define, [...] por aquilo que se opõe a cultura. A cultura é tomada como algo superior e que conseguiu controlar e dominar a natureza” (GONÇALVES, 1998, p. 26-27). Este tipo de concepção da natureza como algo a ser dominado está relacionado à cultura cristã; o cristianismo enxerga a natureza como algo a ser conquistado pelo homem, partindo de uma ideia antropocêntrica de que o mundo foi um presente de Deus e, por isso, precisa ser governado e submetido pelos os homens que são os superiores desse mundo. Encontramos esse pensamento exposto na Bíblia Sagrada:

 

Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra. [...] 28. Deus os abençoou: Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra (BÍBLIA SAGRADA, Gênesis, capítulo 1, versículos 26 e 28, 1993, P.49-50).

.

 

No entanto, algumas culturas e povos, como, por exemplo, as populações indígenas da América, desenvolveram uma relação de respeito e intimidade com a natureza considerando-a como uma deidade, ou seja, como algo sagrado, que não podia ser destruída ou maltratada pelos os seres humanos. Para esses povos a natureza é considerada como uma mãe, que nutre e dá vida aos seus filhos. Chamada de ‘mãe terra’ por alguns, a natureza, como o planeta, deve ser preservada, pois a garantia de sobrevivência desses povos e de seus descendentes depende dessa conservação.

A partir do século XVIII, com o surgimento da Revolução Industrial e a influência da mecânica newtoniana, a dicotomia nas relações homem-natureza é acentuada, contribuindo, assim, para a decadência do meio ambiente, vivenciada nessa época pelo determinismo mecanicista de caráter utilitário e funcional presente nas relações sociais e na ciência, caracterizado pela grande capacidade de dominar e transformar a natureza a todo o custo (PEREIRA et al., 2007).

O mundo passou a ser compreendido nesse contexto histórico a partir do real e do concreto, e a natureza é concebida cada vez mais como um objeto a ser possuído e transformado pelo o homem. Diante disso, e com a nova divisão social do trabalho provocado pelo processo de industrialização, a natureza passa a ser pensada como algo distante e exterior ao ser humano, que precisa a todo o momento ser separada e dominada para promover o progresso do capitalismo.

 

Assim,

 

A ideia de uma natureza objetiva e exterior ao homem, o que pressupõe uma ideia de homem não-natural e fora da natureza, cristaliza-se com a civilização industrial inaugurada pelo capitalismo. As ciências da natureza se separam das ciências do homem; cria-se um abismo colossal entre uma e outra e, [...] tudo isso não é só uma questão de concepção de mundo [...] (GONÇALVES, 1998, p.35).

 

 

O processo empregado para a produção de bens e riquezas na civilização ocidental utiliza-se da natureza de maneira irresponsável, partindo da crença que os seus recursos são infinitos e que, a qualquer momento, estão ali para servir ao homem e a seus objetivos. Com isso, a natureza passou a ser um recipiente descartável, importante para ser usada e manipulada, colocando em risco o futuro das próximas gerações que necessitam desses recursos para sobreviver.

A transformação sofrida, que gerou a grave crise ambiental que estamos vivendo, fez com que o homem repensasse sua relação com a natureza e procurasse superar a dualidade que os separa, buscando, assim, uma nova compreensão da realidade que enxerga o ser humano não mais como exterior a natureza, mas uma parte integrante dela. 

Todos os problemas atuais gerados, em boa parte, pelo desenvolvimento do capitalismo, colocam em risco constantemente a espécie humana – é o caso da crise ambiental.  O consumismo exagerado incentivado pelas propagandas e meios de comunicação, assim como a busca pelo o bem-estar e a falta de discernimento das pessoas, leva as pessoas a tomar atitudes e construir comportamentos agressivos com a natureza. A busca pelo o prazer imediato é mais forte do que a consciência das consequências de atos praticados todos os dias.

Há uma crise de percepção nas pessoas neste novo milênio, e isto pode significar um grande perigo para a humanidade. Sem perceberem que a espécie humana está se encaminhando para a autodestruição, as pessoas poderão em algumas décadas, entender que as oportunidades de barrarem o apocalipse já não existem mais.

 

Dessa maneira,

 

pela primeira vez na história da humanidade, não por efeito de armas nucleares, mas pelo descontrole da produção, podemos destruir toda a vida do planeta. É a essa possibilidade que podemos chamar de era do exterminismo. Passamos do modo de produção para o modo de destruição; teremos que viver daqui para a frente confrontados com o desafio permanente de reconstruir o planeta. Temos talvez pouco mais de 50 anos para decidir se queremos ou não destruir o planeta (GADOTTI, 2005, p. 15).

 

A era do exterminismo está presente nas ações humanas que tem provocado: o aquecimento excessivo do planeta, a poluição dos rios e mares, o desflorestamento, a extinção de várias espécies de animais e plantas, entre outros desastres. A cada dia a vida se torna mais insustentável e a sensação de insegurança diante dos fenômenos naturais, assusta. 

A sociedade atual enfrenta uma crise ambiental que têm consequências diretas sobre ela mesma. Diante desse quadro, algumas instituições, organismos, governos e movimentos organizados iniciam uma luta para reverter este processo de destruição, e conferem a educação papel privilegiado na superação dos atuais problemas ambientais.

 

Os fundamentos da educação ambiental

 

Antes do surgimento da Ecopedagogia, as discussões que giravam em torno das questões ambientais na educação estavam centralizadas no âmbito da Educação Ambiental (EA). A mesma, historicamente, começou a ganhar visibilidade nas últimas quatro décadas a partir de alguns encontros e conferências internacionais:

  • A Conferência de Estocolmo, Suécia, 1972: primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. A Declaração de Estocolmo teve a questão ambiental como foco, reconhecendo a dimensão humana no meio ambiente, e as questões ambientais passaram a ser tratadas de uma forma mais global e racional, no entanto, não se aprofundou na educação ambiental.
  • O Encontro Internacional em Educação Ambiental, Belgrado, 1975: realizada pelo PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Primeira reunião mundial dedicada à educação ambiental. A Carta de Belgrado que a afirma que a EA é vital para confrontar a crise ambiental e também chama atenção para a influência da economia internacional sobre a problemática ambiental e ressalta a necessidade de mudanças radicais no sentido de novos estilos de desenvolvimento.  
  • A Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental, Tbilisi, 1977: representou o marco teórico e metodológico da Educação Ambiental no mundo. A declaração de Tbilisi teve 41 (quarenta e uma) recomendações e discutiram-se os pressupostos educacionais para resolução dos problemas ambientais e a estratégia para sua implantação em diferentes países.

Esses encontros e conferências foram importantes para a consolidação de alguns compromissos que pudessem solucionar os principais problemas ambientais da atualidade. Além disso, contribuíram com a formação de uma definição sólida sobre a Educação Ambiental.

            A partir de toda essa discussão em torno da construção de uma definição que melhor representasse o significado da Educação Ambiental, ela passou a ser compreendida no contexto atual como um processo no qual indivíduos e coletividade constroem como afirma NETO, (2010, p.23) “valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.

            Com o tempo, a educação ambiental começou a fazer parte dos currículos das escolas formais, inserida em várias disciplinas e projetos educativos, pautada de maneira interdisciplinar; a EA não se restringe a uma disciplina específica, oferecendo com isso, conhecimentos que permitem que os alunos, reflitam sobre a crise ambiental e desenvolvam atitudes sustentáveis com o planeta.

Assim, pode-se dizer que a escola:

 

tem papel fundamental de articuladora dessas questões tão importantes para se superar a crise ambiental, pois essa questão precisa fazer parte das experiências vividas pelos alunos para que tenham conhecimento e possam refletir em suas práticas, bem como buscar soluções para os problemas existentes. As experiências de vida são determinantes na construção do conhecimento e podem, pois, influenciar, em grande medida, o modo de conhecer, de agir, de sentir e de pensar dos alunos (NETO, 2010, p. 23).

 

            A premissa inicial que a educação ambiental precisa fazer uma ligação com a vida cotidiana dos alunos para ganhar significado, não aconteceu com o tempo. Focalizada mais no plano dos conhecimentos e informações, a EA começou a apresentar suas limitações. 

            Muitos autores que refletiam sobre a importância da EA como meio de contribuir com a preservação do meio ambiente, fizeram críticas ferrenhas sobre a centralização que se dava nos conteúdos e o grande distanciamento da EA da realidade vivida pelos seres humanos. A questão ambiental não estava sendo suficientemente pedagógica e transformadora como se imaginou (NETO, 2010).

 

 

Metodologia 

 

O trabalho foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental ”Alice de Melo Viana”, situada no município de Belém (PB), na microrregião do agreste paraibano (Figura 1). A Escola oferece o Ensino Fundamental II, de 6º ao 9º ano, sendo apenas o ensino regular nos dois turnos: matutino e vespertino.

DSC_0002

 

Figura 1 – Vista parcial da E. M. E. F. Alice de Melo Viana (Belém, PB, Brasil)

 

 

 

O quadro docente é composto por dez professores, todos com formação superior concluída, alguns especialistas e outros em fase de conclusão do curso. O público alvo foi o universo dos docentes que atuam na escola no ano de 2014.

 

Etapas do trabalho com os docentes

 

Como incentivo para a reunião com os docentes em torno do tema, foi realizada uma palestra na própria escola; por ser interativo, esse momento proporcionou a troca de ideias entre palestrante e público-alvo, resultando em um rol de sugestões que poderão ser incorporadas à prática docente de cada um.

Para avaliação do grau de entendimento docente sobre educação ambiental e ecopedagogia, foi aplicado um questionário posterior à palestra.

 

Palestra sobre Educação Ambiental e Ecopedagogia

           

A palestra foi ministrada a todos os docentes ativos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alice de Melo Viana; o encontro foi de aproximadamente três horas, com início às 14 horas, com comparecimento de todos.

O título da palestra foi: Ecopedagogia e Educação ambiental, natureza, razão e história. Na palestra foram apontados alguns itens importantes como a carta da Terra (Gadotti, 2009), cidadania planetária, o cuidado com a terra e com os quatro elementos da natureza. Partindo desses elementos, foram abordadas questões do cotidiano, como lixo e poluição, exploração de ambientes naturais e relação homem e natureza, com enfoque na diferenciação entre a ecopedagogia e a educação ambiental em uma dimensão cotidiana. Nessa palestra foram utilizados alguns recursos audiovisuais, como, data show e vídeo, caixa de som, notebook, levando em consideração a sala de aula como espaço de partilha e de discussão entre docentes e pesquisador.

 

Questionário

 

O questionário foi elaborado para uma maior compreensão do conhecimento dos educadores sobre o tema Educação ambiental e Ecopedagogia e a possibilidade de inserção desses temas na prática docente.

Após a palestra os docentes receberam um questionário que buscava avaliar, em primeiro lugar, a efetividade dessa atividade no esclarecimento sobre essa nova pedagogia. O questionário arguiu, também, sobre as possibilidades de inserção desses conceitos em sala de aula, além da busca de sugestões e atividades relacionadas à Educação Ambiental e Ecopedagogia, o questionário com questões abertas, contou com um tempo de 30 minutos para os docentes responderem.

O questionário foi aplicado no dia da palestra. Houve o cuidado de obedecer à ética necessária no que tange a pesquisa com seres humanos, respeitando-se, sobremaneira, a voluntariedade e confidencialidade dos participantes. Para tanto, foram distribuídos termos de consentimento livre e esclarecido para cada participante (TCLE).

 

Análises dos resultados

 

Esse trabalho pode ser considerado um estudo descritivo que teve como instrumento de avaliação um questionário.

Alguns dados foram organizados em forma de gráficos, outros foram organizados em forma de quadro elaborados a partir das respostas transcritas das perguntas abertas do questionário.

As afirmações dos docentes foram mantidas da mesma maneira que foram escritas, com seu nome preservado.

 

Resultados e discussão: Conhecimento prévio em Educação Ambiental e Ecopedagogia

 

Questionados se já tiveram condições de inserir alguns (ou vários) princípios sobre a educação ambiental na sua sala de aula, todos os professores avaliados responderam “sim”. Esse é um resultado animador; era esperado que todos os docentes já tivessem sido, de alguma maneira, sensibilizados com os princípios básicos da Educação Ambiental e sua importância, mas isso não significaria, necessariamente, que esses princípios tivessem sido incorporados a sua prática.

Esse resultado, portanto, depõe a favor da escola em termos de engajamento a esse projeto educacional.  Quanto ao contato com o conceito de Ecopedagogia, cinco professores responderam já terem conhecimento (50%) e os outros cinco, não (50%). Segundo a figura 2, dos 50% que conhecem o conceito, dois (20%), disseram que tiveram contato com o termo através de jornais ou livros, um (10%), já ouviu falar através da televisão e dois (20%) responderam que foram sensibilizados por outros meios, como através de diálogos com colegas e pesquisadores da área.

 

 

Figura 2 – Meio de acesso dos docentes da E.M.E. F Alice do Melo Viana (Belém, PB, Brasil) a

     informações sobre Ecopedagogia (Resultados expressos em percentagem).

 

           

 

Sendo a Ecopedagogia um tema ainda pouco conhecido, se faz necessário, para a sua apreensão, tratá-lo em cursos de formação continuada para docentes, em palestras nas escolas, tratando de questões referentes ao desenvolvimento de hábitos ambientalmente corretos, como também deve-se instigar os docentes a lecionar em uma abordagem curricular interdisciplinar. 

 

A carta da terra afirma que a Ecopedagogia implica numa mudança radical de mentalidade em relação à qualidade de vida e ao meio ambiente, que está diretamente ligada ao tipo de convivência que mantemos com nós mesmos, com os outros e com a natureza (SANTOS, 2013, p. 49).

 

 

Podemos perceber que os educadores do Ensino Fundamental II precisam ultrapassar as barreiras do livro didático, buscando inserir o processo de ensino-aprendizagem tanto dentro quanto fora do espaço escolar, debatendo e discutindo questões que possam ser inseridas no currículo da escola. O professor não pode trabalhar de forma isolada, como se estivesse distante do mundo. Partindo desta premissa é que a Ecopedagogia apresenta uma amplitude de valores e conhecimentos que não deixam o planeta dividido, mas constitui-se em um elo entre a Mãe-Terra e seus filhos (nós que habitamos).

Nessa dimensão entre o desafio do docente e as questões que envolvem a Ecopedagogia, é preciso entender que o professor deve ser um formador de ideias, deve ser aquele que busca tratar, em sala de aula, de questões relevantes à consciência planetária, como também despertar nos educandos reflexões sobre as questões como as agressões aos nossos ecossistemas.

 

Diferença entre educação ambiental e ecopedaogia na perspectiva docente

 

 

A ecopedagogia, não deve ser vista como oposição à educação ambiental, pois de certa maneira ela consegue incorporá-la e oferecer estratégias e meios para a sua realização concreta, no entanto, a ecopedagogia está mais voltada para uma educação sustentável, ou seja, uma ecoeducação, que é compreendida como um conceito muito amplo do que a educação ambiental pela sua profundidade na relação do ser humano com a natureza (GADOTTI, 2009).

Nesse sentido, quando perguntados sobre qual seria a principal diferença entre os conceitos educação ambiental e ecopedagogia, alguns dos entrevistado descreveram que a EA é um assunto que se leva mais a prática no dia a dia e a ecopedagogia é algo amplo.

Destacaram-se três apreciações, que melhor representam o entendimento dos professores sobre essa diferença:

 

Educação ambiental – é um assunto que se leva mais a prática no dia a dia. Ecopedagogia – estuda-se algo mais amplo, mais teórico que se precisa de mais tempo para tal reflexão e entendimento.

 

Educação ambiental é algo voltado para a preservação do ambiente, no entanto a ecopedagogia é algo amplo voltado para uma mudança na essência do ser, considerando assim, todos os seres da Mãe Terra.

 

Educação ambiental é mais superficial enquanto a ecopedagogia é mais profundo, vai até o cuidar do meio ambiente para um cuidado com a humanidade como todo.

 

Percebe-se que os educadores tiveram uma compreensão minuciosa do que venha a ser ecopedagogia, não confundindo com educação ambiental e tão pouco, com ecologia ou uma ciência à parte, já que a mesma está entrelaçada, com outras áreas do conhecimento. Quando se fala em Ecopedagogia é preciso entender a necessidade de ultrapassar os muros da escola, uma vez que a mesma trata das relações humanas, de espiritualidade, de força cósmica, de humanização e politização, valores éticos e morais, de lutas de movimentos pela causa do outro e pelo cuidado com a nossa Mãe-Terra. Este movimento é abrangente no que diz respeito ao carinho que o homem pode ter em seu fazer ecológico (BRANDÃO, 2005).

Ainda nessa perspectiva Gadotti (2009, p. 91) afirma que a “ecopedagogia pretende desenvolver um novo olhar sobre a educação, um olhar global, uma nova maneira de ser e de estar no mundo, um jeito de pensar a partir da vida cotidiana [...]”. A partir das ideias deste autor, pode-se discorrer que os educadores tiveram uma compreensão sobre a ecopedagogia voltada para a construção de um projeto utópico de sociedade que promove mudanças profundas nas relações humanas, sociais e ambientais.

Educação ambiental e ecopedagogia na prática docente.

 

 

Como afirma Delors et al. (1999, p.89), “[...] a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser”. Nesse sentido os sujeitos, devem ter essa percepção de aprendizagem com a natureza. Qual o sentido de morar em uma casa, estudar em uma escola, sentar na praça, participar de eventos culturais, frequentar o teatro, estudar numa biblioteca, ir ao cinema, consumir produtos agrícolas, caminhar nesta biosfera, se não respeitamos e preservamos tudo isto?

Nessa perspectiva, quando perguntados se acham mais simples inserir os conceitos de EDUCAÇÃO AMBIENTAL ou de ECOPEDAGOGIA em sua prática docente, dois professores (20%) citaram a ecopedagogia como mais fácil de ser trabalhada e oito (80%) apontaram a educação ambiental. Algumas dessas respostas estão destacadas a seguir.

 

→Educação ambiental. Na docência fica mais fácil ser trabalhado com os alunos. É um tema a qual os mesmos entenderiam mais.

 

→A educação ambiental, porque é um termo mais usual, mas conhecido por muitos.

 

→Pelo que conheço agora com certeza a ecopedagogia ela é algo que vai além das paredes da sala de aula, ela tem que nos acompanhar no nosso viver e sem dúvida nenhuma é importantíssimo passar para os alunos para eles também passarem adiante.

 

→Educação ambiental, porque é mais fácil impor uma ordem, do que mexer com a sensibilidade das pessoas.

 

→A ecopedagogia, pois é um conceito mais amplo que levará os alunos a um momento de reflexão.

 

 

Percebe-se que os docentes, em sua maioria, acreditam que colocar em prática a educação ambiental é mais conveniente, é mais simples e que a temática é acessível ao conhecimento dos alunos. No entanto é preciso compreender que se faz necessário dialogar com outros processos que façam dos sujeitos pessoas pensantes no que se trata da natureza, uma vez que estamos intrinsecamente envolvidos nela; somos parte de um corpo natural que vivemos dentro dela e para ela. Referimo-nos à natureza. Não somos seres isolados, somos uma interconexão que perpetua a existência da vida dos mais complexos seres vivos. Se pensarmos isolados, sozinhos e apenas com discurso pronto não estamos fazendo parte de um processo natural que emerge em grande dimensão e somos parte desta dimensão.

Para Morin (1995, p. 85) isto é possível desde a escola elementar se estendendo por toda a vida, pois a transdisciplinaridade não estabelece fronteiras ao conhecimento, em suas palavras.

 

 “... uma criança pode compreender muito bem que, quando ela come, cumpre não somente o ato biológico, mas também o ato cultural, o ato da comensalidade; pode compreender que esta alimentação foi escolhida em função das normas que lhe foram transmitidas por sua família, sua religião, etc.” (MORIN, 1995, p. 85)

 

 

Na perspectiva do autor,  essas temáticas: Ecopedagogia e Educação Ambeinteal devem ser tratadas com o individuo desde a infância até a idade adulta, levando sempre os mesmos a refletirem suas práticas do cotidiano.  Portanto é  preciso o professor buscar interligar conhecimento teórico com a práticas dos educandos para uma compreensão mais aguçada.

 

Envolvimento da comunidade escolar no contexto de Educação Ambiental e Ecopedagogia

 

 

Em seu livro ‘Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela Terra’, Boff (2011) aborda reflexões que fazem compreender que o cuidado é preciso, e, sem esse cuidado por nós, pelo outro, por nossa casa, por nosso trabalho, por nossa igreja, pela rua em que residimos, pelo país e por nosso planeta, ocorrerá o que chamamos de descaso; e, sendo assim, seremos iguais ao leão vendo a ave trabalhar e apenas criticando por fazer sua parte.

 

Precisamos de um novo paradigma de convivência que funde uma relação mais benfazeja para com a Terra e inaugure um novo pacto social entre os povos no sentido de respeito e de preservação de tudo que existe e vive. Só a partir desta mutação faz sentido pensarmos em alternativas que represente uma nova esperança (BOFF, 2011, p. 17).

 

 

            No processo de ensino-aprendizagem a busca pela construção de um mundo sustentável onde o cuidado com o planeta e com o outro estejam presentes nas práticas das pessoas é uma das finalidades da ecopedagogia. No entanto, ela não pode ser compreendida como uma Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) e, sim, como uma educação sustentável. 

            A educação sustentável por sua vez, não se preocupa apenas com uma relação saudável com o meio ambiente, mas com o sentido mais profundo do que fazemos com a nossa existência, a partir da vida cotidiana (GADOTTI, 2009). Por isso que a ecopedagogia também é definida como uma educação sustentável, pelo seu caráter profundo de conceber a relação do ser humano com o mundo.

Partindo desse entendimento foi perguntado aos docentes se considerariam importante, nesse momento do ano letivo, que a escola promovesse um evento, envolvendo alunos, docentes, direção e comunidade, na divulgação desses conceitos. Algumas das respostas são transcritas a seguir.

Sim, para todos entenderem a diferença e a importância entre cada um. E também levarem em prática para a vida atual.

 

Sim, porque essas pessoas estariam por dentro dessa realidade do cuidar do meio ambiente, já que é uma herança que deixamos para as futuras gerações.

 

Sim, porque o aluno tem que conhecer a diferença de educação ambiental e ecopedagogia, que há diferença entre um e outro.

 

Sim, pois conceitos como estes devem ser trabalhados não só em sala de aula, mas com a comunidade em geral.

 

Sim porque toda escola e comunidade colocariam em prática com uma consciência mais clara.

 

 

Percebe-se que os docentes, em unanimidade, gostariam que houvesse um trabalho relacionado com esses temas na escola, uma vez que a instituição de ensino deve ser um espaço de sensibilização, levando em consideração não apenas os educandos, mais todos os que de forma direta ou indireta fazem parte do ambiente educacional.

            Sensibilizar o educando, a família, a comunidade e os envolvidos na escola é missão dela. Cabe à gestão, supervisão, coordenadores e docentes trabalharem projetos voltados diretamente para essas áreas de conhecimento, tendo a iniciativa no processo de ensino e aprendizagem dando ênfase a questões tão bem-conceituadas, quanto a Educação Ambiental e Ecopedagogia.

            Seja qual for a mudança deve iniciar pela conscientização, que deve ser precedida pela convicção. A escola está situada em um contexto social, político, econômico e cultural. Ela deve corresponder às expectativas da comunidade, do Estado e do sistema econômico, além das ideologias dos que fazem a educação acontecer (MENDES, 2013). Nessa perspectiva é cabível à mesma, tratar de relações de Ecovivência, Ecosustentabilidade e Ecoformação, focando na pessoa do discente como fator primordial do ambiente escolar.

 

Considerações finais

 

Este diálogo não se esgota aqui, pois existe um campo fértil de avaliações que precisam ser realizadas para melhor definir a contribuição da ecopedagogia para a formação de educadores. Mesmo se revelando como atual, a ecopedagogia encontra-se em processo de elaboração, por isso as suas bases conceituais estão abertas para novas contribuições.

Com certeza a discussão desse assunto deve ser vista como um fenômeno  complexo, uma vez que muitos ainda desconhecem a importância dessa temática, acreditando que a ecopedagogia é apenas um ramo da Biologia, da Pedagogia ou Ecologia, quando que na realidade a ecopedagogia é mais abrangente.

Espera-se que este estudo contribua como orientação, reflexão e subsídios no que se refere a uma escola atuante com educadores que estimulem os educandos a continuarem seus estudos com um olhar diferente para a biosfera em que vivemos. Nessa dimensão precisam alcançar outros voos, sendo sujeitos mais criticos, atuantes e porque não dizer corretamente ecopedagógicos.

 

 

 

 

Referências

 

ARAÚJO, Carlos Eduardo de; LIMA, Aurino Ferreira apud Gadotti. A ecopedagogia de Francisco Gutiérrez e sua inserção no Campo acadêmico brasileiro (2001-2010). Artigo cientifico, 2011.

 

Bíblia Sagrada. Trad. do Centro Bíblico Católico. 90. ed. São Paulo: Ave Maria, 1993.

 

BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. 17. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

 

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos: escritos para conhecer, pensar e praticar o município educador sustentável. 2. ed. Brasília: MMA, Programa Nacional de Educação Ambiental, 2005.

BRASIL. Ministério da Educação – MEC. Estudo exploratório sobre o professor brasileiro com base nos resultados do Censo Escolar da Educação Básica 2007 / Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. – Brasília: Inep, 2009.

 

CANDAU, Vera. (org.). Didática: questões contemporâneas. Rio de Janeiro: Forma e Ação, 2009.

DELORS, Jacques et al. Educação: Um Tesouro a Descobrir. UNESCO, MEC, Cortez Editora, São Paulo, 1999. Os quatro pilares p. 89-102

FREIRE, Paulo. (1979). Educação e Mudança. 31ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. 6ª ed. São Paulo: Peiropólis, 2009.

 

________. Pedagogia da terra e cultura de sustentabilidade. Revista Lusófona de Educação, Lisboa, v. 6, n. 6, p. 15-29, jul./dez. 2005.

 

________. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre, Ed. Artes Médicas,

2000

 

GONÇALVES, C. Walter Porto. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 1998.

GUERRA, Rafael Torquemada Guerra. Bases da Educação Ambiental. Caderno Cb Virtual 7. João Pessoa: Ed. Universitária, 2011.

GUTIÉRREZ, Francisco. PRADO, Cruz. Ecopedagogia e Cidadania Planetária. 4ª ed. São Paul, Cortez, 2008

 

 

LUCK, Gilda Maria Grassi. Ecopedagogia, egopedagogia e intelectopedagogia: pedagogia em ação. 2002. Tese (Doutorado em engenharia da Produção), Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2002.

MENDES, Raimundo de Assis. Família e escola: uma convivência que deve ser pacífica. Curso: Especialização em Gestão e Administração Escolar, UFMA, 2013.

MIRANDA, Daniele Janaina Pereira. Educação e Percepção Ambiental: O despertar Consciente do saber ambiental para a ação do Homem na natureza. Revista eletrônica de mestrado em Educação Ambiental. ISSN 1517-1256. 19 julho a dezembro de 2007.

 

MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Col. Epistemologia e Sociedade. Lisboa: Astória, 1995.

NETO, P.C.M. Educação Ambiental em uma perspectiva da ecopedagogia: análise de projetos desenvolvidos no programa Agrinho em uma cidade do DF. 2010. 129f. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, UnB, Brasília, 2010.

PEREIRA, C. M. M. C.; MARÓN, J. R. L.; FREITAS, M. J. C. C.; MAGALHÃES, H. G. D. Ecopedagogia: Uma nova pedagogia com propostas educacionais para o desenvolvimento sustentável. Educação Técnica Temática – ETD, v. 8, n. 2, p. 80-89, jul. 2007.

PRODANOV, Cleber Cristiano. FREIRAS, Ernani Cesar de.  Metodologia do trabalho científico [recurso eletrônico]: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. – 2. ed. – Novo Hamburgo – Rio Grade do Sul – Brasil: Feevale, 2013. Modo de acesso: www.feevale.br/editora

 

SOUSA, Nísia B.A.P.; GONZAGA, J.B. Magnus. Educação Ecológica: uma nova consciência na pós-modernidade. Natal: Editora da UFRN, 2010.

SANTOS. Jefferson Silva de Barros. A ecopedagogia na formação docente: um estudo de caso no curso de licenciatura em pedagogia do Campus III da UFPB. Bananeiras, 2013.

Ilustrações: Silvana Santos