Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/09/2016 (Nº 57) PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE PEIXES ORNAMENTAIS
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PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE PEIXES ORNAMENTAIS

 

     Welloyane Páttila Barros de Souza Gomes

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), Porto Nacional, welloyane_bio@hotmail.com.br.

Endereço para correspondência: Rua 03, Quadra 17, Lote 11, S/Nº, Jardim dos Ipês, CEP: 77500-000, Porto Nacional – TO

 

            Fabio de Jesus Castro

Doutor em Ciências (Fisiologia) pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professor Adjunto do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas EaD da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Araguaína, fabiojcastro@uft.edu.br.

Endereço para correspondência: Avenida Paraguai, S/Nº, Setor Cimba, CEP: 77824-838, Araguaína – TO.

 

 

RESUMO

 

 

O presente trabalho objetivou compreender a percepção ambiental dos alunos de uma Escola Estadual no município de Porto Nacional – TO em relação a um tema especifico, os peixes ornamentais. Para tanto, foram aplicados questionários à 77 indivíduos, abordando desde a fauna do ambiente aquático até problemas ecológicos envolvendo os peixes ornamentais. A maioria das questões foram analisadas pela técnica qualiquantitativa do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Observou-se elevado nível de compreensão dos investigados em relação à ictiofauna e a importância da mesma para o ecossistema aquático. No entanto, houve baixa compreensão acerca do potencial ornamental das espécies de peixes. Verificamos ainda, certa carência no que tange à ecologia, pois, apesar dos alunos terem conhecimento satisfatório acerca dos problemas ecológicos relacionados à prática da aquariofilia os mesmos necessitam de informações sobre a dimensão destes problemas em uma larga escala. Diante disto, podemos perceber que há uma grande necessidade de esclarecimento sobre esses assuntos, sendo a educação ambiental uma ferramenta promissora.

Palavras-chave: Aquariofilia. Educação Ambiental. Discurso do Sujeito Coletivo

 

 

 

 

ABSTRACT

 

 

The present study aimed to understand the environmental perception of students from a public school in Porto Nacional city, Tocantins State – Brasil, in relation to a specific subject, the ornamental fish. For this purpose, a questionnaire was applied to 77 individuals, asking them about the aquatic environmental fauna and ecological problems regarding ornamental fish. Most of the questions were analyzed by the qualiquantitative technique called Collective Subject Discourse (CSD). According to the results, there was a high level of students understanding about fish population and its importance to the aquatic ecosystem. However, it was identified poor understanding about ornamental fish species potential. We also found a lack regarding ecology, because, despite the students have adequate knowledge about the ecological problems related to aquarium practices, they even need more complete information of these problems in a wide range. Thus, we can conclude that there is a need for student’s better comprehension on these issues, and environmental education could be a promising tool.

Keywords: Aquariofilia. Environmental education. Collective Subject Discourse

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

 

O meio ambiente vem sofrendo modificações que tem gerado preocupação mundial, cuja ação antrópica é a principal responsável. Tal problemática se agrava especialmente devido ao desenvolvimento industrial desenfreado. Diante disso, estudos alertam sobre os problemas ambientais ao mostrar que a superexploração dos recursos naturais está causando a sua escassez e comprometendo a disponibilidade para as gerações futuras (OLIVEIRA; CORONA, 2008).

 

Por isso, é de fundamental importância a prática da educação ambiental, afim de sensibilizar a sociedade à preservação. E para tal, o estudo da percepção ambiental é indispensável, visto que, pesquisas sobre percepção ambiental contribuem para a compreensão de como ocorre a relação entre o homem e o ambiente, ou seja, como cada indivíduo o percebe, quanto conhece sobre, o que espera dele, como o utiliza e sua atitude em relação a este (VILLAR et al., 2008). Tal concepção é influenciada por características pessoais como idade, personalidade, vivências, educação, entre outros (MELAZO, 2005).

 

 Além disso, a Educação Ambiental tem colaborado para minimizar os impactos ambientais, bem como ajudado na preservação da biodiversidade, uma vez que atua diretamente na formação de cidadãos mais conscientes ecologicamente e preocupados com a sustentabilidade socioambiental (MELAZO, 2005).

 

Neste aspecto, a Educação Ambiental em conjunto com a Percepção Ambiental tem como meta identificar os problemas ambientais e a partir disso difundir o conhecimento à sociedade para que a mesma seja impactada, e assim pratique a preservação dos recursos naturais, possibilitando condições de sobrevivência tanto para os seres humanos quanto para os demais seres vivos (CUNHA; LEITE, 2009).

 

Diante disso, é dever da escola sensibilizar os alunos à preservação do meio ambiente através de ações educativas capazes de formar cidadãos mais instruídos e ativos na proteção ambiental (GEORGIN, OLIVEIRA, 2014; GRZEBIELUKA, KUBIAK, SCHILLER, 2014; NARCIZO, 2009). Onde a percepção influencia o processo de tomada de decisão, e esta é reflexo da educação ambiental, sendo essencial conhecer para saber preservar (BRANDALISE et al., 2009). 

 

Neste contexto, os peixes são recursos utilizados para diversos fins, dentre estes à ornamentação. Visto que eles desempenham um papel ecológico importante na manutenção da cadeia alimentar, torna-se necessário o uso responsável e sustentável dos mesmos, caso contrário, a exploração excessiva provocará a destruição deste bem faunístico, o que implica em um desequilíbrio ambiental, afetando toda a estrutura trófica.

 

Com isso, o presente trabalho objetivou conhecer a percepção dos alunos de uma escola estadual no município de Porto Nacional – TO, em relação a um tema especifico, os peixes ornamentais.

 

 

 

2 METODOLOGIA

 

2.1 ÁREA DE ESTUDO:

 

 

A pesquisa foi realizada na Escola Estadual Angélica Ribeiro Aranha. A mesma possui uma área total de 4.205,32 m² e está localizada na Rua 14, Quadra 247, Lote 04, no Setor Porto Imperial, Município de Porto Nacional – TO, sob às coordenadas 10°44'00.6"S 48°24'07.0"W.

 

Atualmente a escola possui 412 alunos e oferece o Ensino Fundamental do 4º ao 9º ano e o Ensino Médio da 1ª a 3ª série.

 

 

2.2 COLETA DE DADOS: 

 

 

Para avaliar a percepção dos alunos sobre os peixes ornamentais a pesquisa contou com um questionário estruturado (Anexo B). Os dados foram coletados no mês de junho de 2015 e os sujeitos envolvidos na pesquisa foram alunos de todas as turmas da 1ª, 2ª e 3ª série do Ensino Médio que participaram de forma voluntária.

 

Anteriormente à aplicação dos questionários, foi entregue à diretora da escola um Termo de Consentimento (Anexo A), onde a mesma autorizou a pesquisa. Além disso, todos os indivíduos foram informados acerca do objetivo do estudo, do anonimato na divulgação dos resultados desta pesquisa, e que esse trabalho acadêmico seria apresentado em eventos e periódicos científicos.

 

Escolheu-se trabalhar com alunos do Ensino Médio por se tratar da etapa final da Educação Básica. Com isso, acredita-se que os mesmos, embora não estudem especificamente sobre peixes ornamentais em sala de aula, tragam consigo um conhecimento prévio destes, associado às noções ecológicas e ambientais, as quais acredita-se que os alunos já dominem razoavelmente, tendo em vista que estes sim são assuntos trabalhados em sala de aula.

 

O questionário continha questões objetivas e subjetivas organizadas em 5 domínios de informação: A. Perfil do aluno; B. Caracterização do ambiente aquático; C. Conhecimentos sobre peixe ornamental; D. Relação indivíduo X peixe ornamental e E. Questões ecológicas.

 

No domínio A foram incluídas informações sobre série, sexo e idade. As questões do domínio B, versaram sobre os tipos de animais presentes no ambiente aquático, a importância dos peixes para este ambiente e o conhecimento sobre as espécies de peixes. O domínio C incluiu questões de definição, caracterização e identificação de peixes ornamentais. Para a identificação das espécies foi elaborada uma pergunta afim de investigar quais os critérios que os alunos utilizam para definir se um peixe é ornamental. Nesta questão foram apresentadas imagens de peixes ornamentais e não ornamentais aos alunos, todas presentes no reservatório de Lajeado (localizado no rio Tocantins). Estas imagens foram omitidas na apresentação dos resultados deste trabalho por poderem possuir direitos autorais não identificados. É importante ressaltar que o presente trabalho considerou como sendo uma espécie ornamental aquelas cuja o nome está presente na lista de espécies permitida à captura e comercialização para fim ornamental, disponível no Anexo I da Instrução Normativa Interministerial No 001, de 3 Janeiro de 2012.  Para compreensão da relação individuo x peixe ornamental (domínio D) foram elaboradas questões a fim de saber a experiência dos alunos com a manutenção de peixes ornamentais e os impedimentos para tal. Por fim, o domínio E visou investigar os aprendizados adquiridos com a aquisição de um aquário, bem como, o conhecimento em relação a duas problemáticas ambientais envolvendo os peixes ornamentais (Superexploração e introdução de espécies).

 

 

2.3 ANÁLISE DE DADOS:

 

 

Foi realizada a análise quantitativa das questões objetivas e os resultados transformados em porcentagens. Sobre a questão que apresentava imagens de espécies de peixes, estas foram substituídas na apresentação dos resultados pelo nome cientifico das espécies.

 

Por outro lado, em relação às questões subjetivas, em duas foi utilizada analise descritiva e as outras sete foram analisadas pela técnica qualiquantitativa do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC).  Nesta técnica, são extraídos de cada resposta dos indivíduos Expressões Chaves (ECH) que correspondem às Ideias Centrais (ICs). A partir das ECH que apresentem ICs semelhantes ou complementares, são construídos um ou mais discursos-síntese, que são os DSCs escritos na primeira pessoa do singular, porém representando a coletividade (FIGUEIREDO, CHIARI, GOULART, 2013; LEFEVRE, CRESTANA, CORNETTA, 2003). Nestas questões, as ICs utilizadas para a construção dos discursos, foram apresentadas em tabelas

 

 

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

3.1 PERFIL DOS ALUNOS

 

 

A pesquisa contou com alunos da 1ª (32 alunos), 2ª (19 alunos) e 3ª (26 alunos) séries do Ensino Médio, perfazendo um universo amostral de 77 indivíduos. O percentual de mulheres e homens foram 47% e 53% respectivamente, com idade média de 16,5 anos (d=2).

 

 

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE AQUÁTICO

 

 

Quando os alunos foram solicitados a responder quais os animais vivem no ambiente aquático, todos eles foram capazes de identificar estes organismos, citando tanto os que habitam água doce quanto os que habitam água salgada, incluindo animais invertebrados e vertebrados, exceto alguns que incluíram plantas e algas, pois embora estes sejam seres vivos presentes no ambiente aquático o reino pedido no enunciado da questão foi o animal. Ainda houveram aqueles que colocaram diversos nomes populares de peixes em vez de colocar outros grupos. Tal resultado corrobora com o trabalho de Gasparini Jr. (2014), que ao investigar o conhecimento etnozoológico de alunos, observou que os mesmos possuíam um amplo conhecimento zoológico.

 

Ao questionar sobre as espécies de peixes que os alunos conheciam, percebeu-se que quase todos conhecem pelo menos três espécies. Com destaque para os peixes conhecidos por seus nomes populares: piranha (56%), tucunaré (52%), piau (40%), pacu (23%), corró (17%) e caranha (10%). Dentre os peixes citados, a maioria estão presentes no reservatório de Lajeado (localizado no rio Tocantins). Indicando que o fato dos alunos conhecê-los provavelmente é explicado pelo contato deles com este ambiente e devido a maioria ser utilizado para fim alimentar. Esse resultado vai ao encontro com os observados por alguns autores, em que pescadores e alunos detinham extenso conhecimento acerca da ictiofauna local (COSTA et al., 2014; SOUZA, BARRELLA, 2001).

A Tabela 1 mostra o compartilhamento das Ideias Centrais (ICs) obtidas das respostas dos indivíduos referente à importância dos peixes para o ambiente aquático. Cada indivíduo pode ter contribuído com mais de uma IC para a elaboração do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC).

 

Tabela 1- Frequência de ICs obtidas nas respostas dos 77 indivíduos, sobre a importância dos peixes para o ambiente aquático. Dados coletados em junho de 2015.

DSC referente às ICs da Tabela 1: Os peixes são de grande importância para o ambiente aquático, uma vez que servem de alimento para outras espécies de animais, incluindo outros peixes e até mesmo para os humanos. Dessa forma, eles contribuem para a manutenção da cadeia alimentar aquática, garantindo a conservação deste ambiente, de sua biodiversidade e consequentemente o equilíbrio do meio ambiente como um todo. Além disso, os peixes desempenham diversas funções no ambiente aquático, como decomposição e reposição de nutrientes e ainda o embelezam”.

 

De acordo com o DSC acima e os dados apresentados na Tabela 1, percebe-se que os alunos possuem conhecimento satisfatório acerca da importância ecológica dos peixes para o ambiente aquático. Resultados semelhantes foram encontrados em um estudo que investigou os conhecimentos etnoictiológicos de pescadores e ribeirinhos da Amazônia e verificou que os mesmos possuíam conhecimento empírico sobre as relações tróficas existentes no ambiente (LIMA,2003).

 

Observou-se ainda, que a IC “manutenção do equilíbrio” obteve maior frequência. Segundo Araujo (1997), o equilíbrio dos ecossistemas consiste na manutenção da estrutura trófica do mesmo. Logo, qualquer modificação nesta pode gerar desequilíbrios ecológicos. Com isso, os seres que compõem essa estrutura possuem um importante papel na manutenção deste sistema (ARAUJO, 1997).

 

Nessa estrutura, os animais constituem o grupo dos consumidores, aqueles que se alimentam de outros seres. Segundo Ricklefs (2010), estes podem se alimentar de plantas (herbívoros), outros animais (carnívoros) e de plantas e animais (onívoros).

 

Os peixes por sua vez, compõem vários níveis tróficos, atuando como herbívoros, carnívoros e onívoros. Além de predadores de diversos animais, eles também desempenham o papel de presas de organismos como: jacarés, peixes predadores, tartarugas e mamíferos aquáticos (CORTÉZ-GÓMEZ et al., 2015). E os peixes de pequeno porte ainda atuam como dispersores de sementes e predadores de larvas de insetos vetores de doenças humanas (IBAMA, 2008).

 

 

3.3 CONHECIMENTOS SOBRE PEIXE ORNAMENTAL

 

 

A Tabela 2 mostra o compartilhamento das ICs obtidas das respostas dos indivíduos referente à pergunta “O que são peixes ornamentais?”.

 

 

Tabela 2- Frequência de ICs obtidas nas respostas dos 77 indivíduos, referente a pergunta “O que são peixes ornamentais?”. Dados coletados em junho de 2015.

DSC referente às ICs da Tabela 2: “Os peixes ornamentais são espécies de peixes retiradas de rios e mares para serem criadas em aquários, com a finalidade de ornamentar determinado ambiente. Os mesmos são selecionados de acordo com alguns critérios, como a sua beleza, coloração alegre e atrativa, tamanho pequeno e por se alimentar de ração, visto que, dessa forma se torna mais fácil alimentá-los”.

 

Considerando que além de peixes outros organismos são usados em aquários e lagos com fins ornamentais, Ribeiro, Lima e Fernandes (2010) utilizaram a definição Organismos Aquáticos Ornamentais e as definiram como espécies aquáticas em qualquer estágio de desenvolvimento mantidas em aquários, tanques ou lagos ornamentais, com a finalidade de entretenimento e decoração, servindo ainda como ferramenta educativa. Essa definição vai ao encontro com o que a maioria dos alunos respondeu no presente trabalho.

                      

A Tabela 3 mostra o compartilhamento das ICs obtidas das respostas dos indivíduos sobre as características que definem uma espécie de peixe como ornamental. Cada indivíduo pode ter contribuído com mais de uma IC para a elaboração do DSC.

 

 

Tabela 3- Frequência de ICs obtidas nas respostas dos 77 indivíduos, referente às características que definem uma espécie de peixe ornamental. Dados coletados em junho de 2015.

DSC referente às ICs da Tabela 3: “As características que definem uma espécie de peixe ornamental são coloração atraente, tamanho, beleza, e forma. Todos os peixes ornamentais são bonitos, pequenos, possuem variedades de cores, listras, pintas, brilhos e formas corporais atraentes”.

 

Observou- se com o DSC acima, que os alunos acreditam que o fato de um peixe ser ornamental depende de características que o mesmo possui. De acordo com Ribeiro, Lima e Fernandes (2010) é comum os indivíduos associarem os peixes ornamentais àqueles peixes pequenos, coloridos, com formas belas e elegantes. Porém, é imprescindível deixar claro que na literatura não existem critérios que dê suporte para o reconhecimento de peixes potencialmente ornamentais, pois apesar de diversas espécies de peixes ornamentais se enquadrarem nesta descrição, existem espécies também utilizadas na aquariofilia que não são pequenas e que não possuem alguma ou nenhuma, das características descritas acima.

 

Deste modo, apenas um dos alunos respondeu: “Varios tipos de peixes, podendo ser grande, pequeno, feio, bonito, colorido ou não”. Indicando que o potencial ornamental independe de características morfológicas específicas. Portanto, para que uma espécie seja considerada ornamental ela precisa constar na lista de espécies permitidas ao uso para esta finalidade. Onde, para a construção dessa lista são levados em consideração alguns parâmetros relacionados à biologia, ecologia e taxonomia das espécies (IBAMA, 2008).

 

Diante disso, é de suma importância levar essas informações a sociedade através de práticas de educação ambiental, para que não haja manutenção desses organismos baseada somente em características de seus interesses, mas prioritariamente levem em consideração a permissão da legislação vigente, uma vez que a mesma se preocupa com a preservação das espécies. E por isto, se alguma espécie não possui tal permissão, pode ser indicativo de que apresente algum impedimento, como: estar ameaçada de extinção, não ser descrita cientificamente, possuir uso representativo na pesca alimentar, entre outros (IBAMA, 2008).

 

A Figura 1 apresenta as espécies de peixes ornamentais (Thoracocharax stellatus, Apteronotus aff. Albifrons, Gymnotus cf. carapo, Geophagus spp, Ancistrus aguaboensis e Anostomus ternetzi) e não ornamentais (Cichla piquiti, Oxydoras niger, Hydrolycus armatus, Leporinus affinis) que foram apresentadas aos estudantes na forma de imagens para que os mesmos as classificassem a seu critério.

Figura 1- Percentuais obtidos através das respostas dos 77 indivíduos, sobre quais peixes eles consideraram ornamentais. Dados coletados em junho de 2015.

 

Observa-se na Figura 1, que aproximadamente 93% dos alunos acreditaram que o Anostomus ternetzi seria uma espécie ornamental e que pouco mais de 10% julgaram o Oxydoras niger como tal. De acordo com a legislação vigente o A. ternetzi é ornamental e o O. niger não é. No entanto, acredita-se que tais percentuais foram mera coincidência, uma vez que pouco provavelmente os alunos possuam conhecimento dessa legislação, e supõe-se que teriam jugado estes pelas suas características, por exemplo, o A. ternetzi é um peixe colorido e de pequeno porte, possuindo comprimento inferior a 10 cm (QUEIROZ et al., 2013), além de apresentar listras horizontais atrativas. Logo, essas características provavelmente influenciaram os alunos a considerá-lo ornamental. Esta associação também pode ser observada para quase todas as espécies que obtiveram um grande percentual, inclusive para o Leporinus affinis que não é considerado ornamental e ainda assim apresentou percentual alto. Isto provavelmente se explica pelo fato do mesmo ser um peixe bonito e atraente, possuindo coloração cinza-amarelada com faixas transversais, cerca de 30 cm de comprimento e peso de aproximadamente 150 gramas (SANTOS; JEGU; MERONA, 1984).

 

Já o O. niger é um peixe de coloração uniformemente acinzentada, de grande porte, com comprimento de aproximadamente 1 m, chegando a pesar cerca de 20 kg (CHICRALA et al., 2013). Supostamente por isso, o mesmo obteve um percentual menor de alunos que o consideraram ornamental. Esta associação também pode ser verificada para quase todas as espécies que apresentaram um baixo percentual.

 

No entanto, vale ressaltar que ser pequeno e colorido, são critérios que não podem ser empregados para classificar uma espécie como ornamental, pois peixes grandes, pretos, brancos e transparentes são utilizados na aquariofilia da mesma forma que os pequenos e coloridos o são (RIBEIRO; LIMA; FERNANDES, 2010).

 

Novamente fica visível a necessidade de ações educativas que contribuam para a compreensão dos indivíduos acerca do potencial ornamental das espécies de peixes, visando sempre a preservação deste recurso.

 

 

3.4 RELAÇÃO INDIVÍDUO X PEIXE ORNAMENTAL

 

 

A Tabela 4 mostra o compartilhamento das ICs obtidas das respostas dos indivíduos sobre os impedimentos para possuir um aquário com espécies ornamentais. Cada indivíduo pode ter contribuído com mais de uma IC para a elaboração dos DSC.

 

Tabela 4- Frequência de ICs obtidas nas respostas dos 77 indivíduos, referente aos impedimentos para possuir um aquário com espécies ornamentais. Dados coletados em junho de 2015.

1° DSC referente às ICs da Tabela 4: O fato de não ter um aquário em casa se justifica pelos cuidados que o mesmo exige. É necessário um conhecimento correto acerca da alimentação desses animais, bem como o horário mais apropriado para alimentá-los. Exige ainda disponibilidade de tempo por parte do aquariofilista, além de uma série de cuidados com a higienização do aquário. Soma-se ainda a falta de espaço para alocá-los, a presença de outros animais domésticos na residência que poderia matá-los, por exemplo, gatos e o impedimento financeiro, uma vez que a prática da aquariofilia demanda demasiados custos”.

 

2° DSC referente às ICs da Tabela 4: Não há impedimento algum em se ter aquário em casa, uma vez que, assim como na criação de outros animais domésticos, é necessário apenas responsabilidade e o cumprimento dos cuidados exigidos”.

 

Dos indivíduos envolvidos no estudo, aproximadamente 12% afirmaram ter possuído um aquário de peixes em suas residências. Isto ao que indica a Tabela 4 e o DSC referente a esta, é devido alguns impedimentos citados pela maioria, como o alto custo e a exigência de cuidados.

 

No entanto, se comparada com outras manutenções de animais domésticos, a aquariofilia é sem dúvida a mais acessível financeiramente e a que exige menos trabalho (ALCON, 2015; ROCHA, 2014). Sem contar nos guias, manuais e informações disseminadas nos meios de comunicação acerca desta prática, o que a torna fácil e acessível a qualquer indivíduo.

 

 

3.5 QUESTÕES ECOLÓGICAS

 

 

A Tabela 5 mostra o compartilhamento das ICs obtidas das respostas dos indivíduos sobre os ensinamentos que o uso de aquário em casa pode oferecer. Cada indivíduo pode ter contribuído com mais de uma IC para a elaboração dos DSC.

 

Tabela 5- Frequência de ICs obtidas nas respostas dos 77 indivíduos, sobre os ensinamentos que o uso de um aquário em casa pode oferecer. Dados coletados em junho de 2015.

1° DSC referente às ICs da Tabela 5: Com o uso de um aquário aprendemos a cuidar e alimentar os peixes que vivem nele, realizar limpeza do mesmo e trocar a água para que não falte oxigênio a eles. Esta compreensão pode se estender aos cuidados e preservação de todos os peixes presentes no ambiente aquático natural, dos demais animais, à natureza e ao meio ambiente como um todo. Além disso, compreendemos a importância de se manter a água do planeta limpa para que os animais nela presentes não morram. Podemos ainda acompanhar o dia-a-dia dos peixes e assim aprender mais sobre eles, como seus hábitos e comportamentos”.

 

2° DSC referente às ICs da Tabela 5: Ter um aquário em casa não oferece nenhum ensinamento”.

 

Embora 5,13% dos alunos acreditem que possuir um aquário com espécies ornamentais não lhes trazem ensinamentos, a maioria se expressaram de forma contrária e exemplificaram alguns deles no 1° DSC referente às ICs da Tabela 5.  

 

É esperado que a maioria dos indivíduos que possuam aquário de peixes em suas residências sejam mais sensibilizados à preservação do ambiente aquático, visto que através dos cuidados diários com seus peixes, eles podem aprender gradativamente quão delicado é o equilíbrio da natureza e consequentemente a respeitar mais.

 

Diante disto, alguns autores veem o aquário como uma importante ferramenta de educação ambiental e o utiliza como tal, visando dentre outras coisas, a preservação da biodiversidade (ARDEL, SANTOS, 2012; ROCHA, 2014). Rocha (2014) defende ainda a utilização do aquário como ferramenta interdisciplinar, uma vez que fazendo uso do mesmo, desenvolveu diversas atividades para alunos da 5ª e 6ª série abordando assuntos de diversas áreas do conhecimento como: matemática, física, química e biologia.

 

A Tabela 6 mostra o compartilhamento das ICs obtidas das respostas dos indivíduos sobre os problemas que podem ocorrer ao meio ambiente e/ou a biodiversidade em virtude da superexploração de peixes ornamentais. Cada indivíduo pode ter contribuído com mais de uma IC para a elaboração do DSC.

 

Tabela 6- Frequência de ICs obtidas nas respostas dos 77 indivíduos, sobre os problemas que podem ocorrer ao meio ambiente e/ou a biodiversidade em virtude da superexploração de peixes ornamentais. Dados coletados em junho de 2015.

DSC referente às ICs da Tabela 6: A superexploração de espécies de peixes ornamentais pode levar à extinção das mesmas e, consequentemente, o ambiente aquático perderá as funções ecológicas que tais espécies desempenhavam. A cadeia alimentar seria comprometida, tendo em vista, que uma espécie depende de outra para sobreviver. Com isso, outras espécies também entrarão em extinção e tais problemas afetarão o equilíbrio ambiental”.

 

A problemática mais apontada pelos alunos em decorrência da superexploração de espécies ornamentais foi a extinção das mesmas (Tabela 6). Logo, com a extinção estas são eliminadas da cadeia alimentar resultando em desequilíbrios ecológicos. Visto que, a extinção de um membro da cadeia gera o aumento populacional de sua presa e a diminuição do seu predador e posteriormente o desaparecimento do mesmo (ARAUJO, 1997).

 

Embora a maioria dos alunos tenham se mostrado conscientes de alguns problemas provocados pela superexploração de peixes ornamentais, percebe-se que poucos sabem a dimensão destes problemas em uma larga escala. Neste sentido, a educação ambiental pode contribuir para a conservação e manejo sustentável deste recurso.

 

A Tabela 7 mostra o compartilhamento das ICs obtidas das respostas dos indivíduos sobre os problemas que podem ocorrer ao meio ambiente e/ou a biodiversidade devido a introdução de espécies de peixe ornamental não-nativa. Cada indivíduo pode ter contribuído com mais de uma IC para a elaboração dos DSC.

 

 

Tabela 7- Frequência de ICs obtidas nas respostas dos 77 indivíduos, sobre os problemas que podem ocorrer ao meio ambiente e/ou a biodiversidade devido a introdução de espécies de peixe ornamental não-nativa. Dados coletados em junho de 2015.

1° DSC referente às ICs da Tabela 7: Ao introduzir uma espécie de peixe exótica em um determinado ambiente aquático natural, duas situações poderão ocorrer. Em uma delas, a espécie de peixe poderá morrer, uma vez que não está adaptada às condições locais, por exemplo, se retirarmos um peixe de água doce e colocá-lo em água salgada o mesmo não resistirá, pois sua funcionalidade não se ajusta a tais condições. Em uma segunda situação, poderá acontecer de o peixe se adaptar neste local. Caso isso aconteça, o mesmo poderá competir com as espécies nativas por alimento, se reproduzirá desenfreadamente, pois não terá predador para sua espécie. Com isso poderá extinguir espécies nativas, o que resultará em um desequilíbrio à biodiversidade e consequentemente ao ambiente”.

 

2° DSC referente às ICs da Tabela 7: “A introdução de espécies exóticas em um ambiente aquático natural não acarretará nenhum problema a este ambiente e tão pouco à biodiversidade local”.

 

A introdução de espécies não nativas é um problema mundial, causado principalmente pela ação antrópica sobre os ambientes. A mesma tem crescido muito e está se tornando um dos problemas ambientais mais preocupantes (VITULE, 2009). O autor ressalta ainda, que a aquariofilia é uma das responsáveis pela pratica intensiva na introdução de espécies. Isto ocorre devido a facilidade de conseguir espécies oriundas do mundo inteiro em lojas de aquarismo (AGOSTINHO; PELICICE; JULIO JR., 2005). Ainda segundo os autores, por diversos motivos alguns aquaristas acabam soltando esses peixes em ambientes aquáticos naturais (oceanos, lagoas, rios, córregos) ou artificiais (represas, açudes, canais) pensando ser a melhor solução para não sacrificá- los.

 

A introdução de espécies provoca outro enorme problema, a invasão biológica, a qual consiste na acomodação e proliferação das espécies não-nativas introduzidas levando a desequilíbrios na comunidade. Estas são responsáveis pela imensa perda de biodiversidade no planeta, consequentemente pelo desequilíbrio ambiental (SAMPAIO, SCHMIDT, 2013; AGOSTINHO, THOMAZ, GOMES, 2005; HILBIG, MAKRAKIS, 2009). Visto que, após a introdução de uma espécie alóctone, esta passa a competir fortemente com as espécies autóctones pelo nicho ecológico, levando-as à extinção local (GARUTTI, 2003; PINHEIRO, 2004). Outro problema é a ausência de um predador na fauna local para a espécie invasora, assim a mesma não poderá ser controlada, resultando na proliferação desequilibrada desta (ARAUJO, 1997; PINHEIRO, 2004). Garutti (2003) ressalta que a inserção de poucos exemplares de uma população não existente em um ambiente natural, também provoca a diminuição da diversidade genética da espécie.

 

Diante dessas informações, percebe-se o quanto a introdução de espécies não nativas é deletéria ao meio ambiente. No entanto, assim como para a sua causa, a solução deste imenso problema também depende de ações dos homens (VITULE, 2009).

 

Com isso, é imprescindível informar e sensibilizar a sociedade intensivamente através da educação ambiental, para prevenir problemas futuros (HILBIG, MAKRAKIS, 2009; LEÃO et al., 2011; VITULE, PRODOCIMO, 2012). Pois, a maioria dos indivíduos não conhecem a dimensão dos impactos causados por essa problemática e acabam por contribuir inconscientemente com a disseminação de espécies, como por exemplo, soltando animais domésticos em ecossistemas naturais (LEÃO et al., 2011). Por isso, o autor recomenda ainda a inserção do tema “invasões biológicas” em currículos escolares.

 

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

O presente trabalho contribuiu para a compreensão da maneira com que o ser humano percebe o ambiente aquático, de modo especial, os peixes ornamentais, e a sua importância para o ecossistema aquático.

 

Nossos dados mostraram que os alunos possuem um conhecimento satisfatório acerca da fauna aquática, em especial, da ictiofauna, bem como da sua importância para o meio ambiente. E também indicaram a necessidade de esclarecimento sobre o potencial ornamental das espécies de peixes, visando a conservação deste recurso e/ou a utilização sustentável do mesmo, pois, quase todos os alunos afirmaram que todos os peixes pequenos e coloridos podem ser usados para fim ornamental. No entanto, sabemos que antes de qualquer medida que vise à exploração deste recurso, deverão ser considerados os condicionantes determinados pela legislação vigente, além da realização de estudos ecológicos que contribuam com informações sobre as espécies.

 

Os dados apontaram ainda, uma carência no que tange a ecologia. Pois, apesar dos alunos terem conhecimento satisfatório acerca de alguns problemas ecológicos relacionados à pratica da aquariofilia, os mesmos citaram mais problemas primários, como morte do animal caso o mesmo seja introduzido ou extinção de espécies ornamentais caso haja uma superexploração das mesmas. Poucos falaram de problemas subsequentes, como o desequilíbrio trófico, caracterizando dificuldade de uma visão ecossistêmica ampla, indicando, portanto, a educação ambiental como uma ferramenta promissora. E sendo a escola, uma das mediadoras de tal educação, poderá esta contribuir na difusão dessas informações, por meio de palestras e práticas educativas.

 

Sugere-se a implantação de aquários nas escolas como ferramenta de educação ambiental. E a realização de novos estudos, com pescadores, ribeirinhos e população em geral para verificar a variação da percepção em relação aos peixes ornamentais.

 

 

 

 

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Ilustrações: Silvana Santos