Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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ESTUDO AVALIATIVO SOBRE O GRAU DE CONHECIMENTO DOS VISITANTES DO MUSEU NACIONAL / UFRJ EM RELAÇÃO À TEMÁTICA EVOLUÇÃO MIRANDA, N. F.¹; MARINS, L.F.O.¹; AZEVEDO, V. M.¹; PANTOJA, S.C.S.² mirandanathaliaf@gmail.com; (21) 992665127 – Rua Iriquitiá nº 145 casa 12/201 [1] Alunos de Graduação do curso de Ciências Biológicas da Universidade Castelo Branco, Av. Santa Cruz, 1631, CEP 21710250. Realengo, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. [2] Prof. Assistente, orientador - Universidade Castelo Branco, Centro de Ciências da Saúde e Biológicas do curso de Ciências Biológicas. Universidade Castelo Branco Av. Santa Cruz, 1631, CEP 21710250. Realengo, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
RESUMO
Antigamente, até o século XIX, existia o fixismo, onde se supunha que as espécies eram imutáveis, as formas em que haviam surgido permaneceriam sem qualquer mudança para sempre. Com as teorias de evolução biológica foi possível, através de fatos, constatar que os seres vivos não são imutáveis. A pesquisa teve como objetivo investigar o grau de conhecimento dos visitantes do Museu Nacional / UFRJ a respeito da temática evolução e foi realizada no ano 2016, a partir da coleta de dados através de questionários avaliativos. Foi visto a falta de conhecimento da maioria dos entrevistados, evidenciando que é preciso uma melhor qualidade no estudo sobre evolução nas escolas e em cursos sobre a área biológica. INTRODUÇÃO
Muito se mudou na sociedade com o passar dos tempos, vivemos a era da informação, do avanço científico e tecnológico (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1999/ MARANHÃO et al. 2011), ao pensarmos em uma sociedade contemporânea antes de qualquer coisa devemos entender como ela consome e se apropria de informação (BERNARDI, 2007). Nos dias atuais, o sujeito que desenvolve o gosto pela leitura e o interesse pela produção científica e tecnológica, encontra uma vasta fonte de informações, uma vez que os meios de comunicação midiática têm ampliado, consideravelmente, seus espaços para a divulgação dos feitos da ciência e da tecnologia. Nesses meios de divulgação científica, temáticas relacionadas à Biologia, como a evolução, têm encontrado ampla abertura, despertando a atenção dos leitores (MARANHÃO et al. 2011). De acordo com o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (1999), somente ter a informação não implica ter conhecimento. O conhecimento deverá ser fruto do processamento dessa informação, aplicação da mesma na resolução de problemas significativos e reflexão sobre os resultados obtidos. Mudanças pedagógicas na educação se fazem necessárias, assim como a criação de ambientes para que o aluno realiza atividades e construa o seu conhecimento (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1999). Criado por D. João VI, em 06 de junho de 1818, o Museu Nacional / UFRJ que está vinculado ao Ministério da Educação é um exemplo de ambiente para absorção e construção de conhecimento. Inicialmente, sediado no Campo de Sant'Anna, é a mais antiga instituição científica do Brasil e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina. Originalmente denominado de Museu Real, foi incorporado à Universidade do Brasil em 1946. Atualmente o Museu integra a estrutura acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MUSEU NACIONAL, 2016). Até meados do século XIX, a maior parte das pessoas via tanto os humanos, como os outros animais, seres que mantinham, sem qualquer mudança, as formas com as quais haviam surgido. Essas formas seriam também aquelas com as quais permaneceriam para sempre. Essa era uma visão de mundo na qual a permanência era a regra e, por isso, e era denominada "fixismo". Além de supor que as espécies são imutáveis, a visão fixista crê em um Deus criador, o qual teria originado o mundo tal como nós o vemos hoje (MEYER & ELHANI, 2005). Segundo MEYER & ELHANI (2005) a modificação das espécies ao longo do tempo, ilumina a nossa compreensão sobre seres vivos de dois modos. Em primeiro lugar ela implica que há relações de parentesco entre os seres vivos, para cada organismo vivo, há ancestrais que o precederam. Em segundo lugar, a evolução nos permite investigar como ocorreram as mudanças nos seres vivos. As teorias de evolução biológica propõem que os seres vivos não são imutáveis: aqueles que são vistos atualmente nem sempre existiram, nem sempre tiveram a mesma forma e nem sempre existirão. O presente estudo teve por objetivo investigar o grau de conhecimento dos visitantes do Museu Nacional / UFRJ à cerca da temática evolução. METODOLOGIA
O trabalho foi realizado com visitantes do Museu Nacional / UFRJ, durante o mês de maio de 2016. Para análise dos dados foi utilizado o software estatístico Microsoft Excel do pacote Office 2007. A principal metodologia utilizada foi o estudo quantitativo e qualitativo de coleta de dados através de questionários avaliativos compostos por 11 questões relacionadas a dados gerais e conhecimentos sobre evolução dos entrevistados que autorizaram participar da pesquisa. A partir da pesquisa realizada no Museu Nacional do Rio de Janeiro gerou os resultados expostos nos gráficos apresentados. A faixa etária dos entrevistados variou entre 15 a 50 anos. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gráfico 1 – Sexo dos entrevistados.
Fonte: Próprio
O gráfico 1 mostra que 67% dos entrevistados são do sexo feminino e 33% do sexo masculino.
Gráfico 2 – Respostas quanto ao nível de escolaridade.
Fonte: Próprio
Foi observado que 32% tinham o Ensino Médio Completo, enquanto 30% já possuíam a graduação completa e 23% estão cursando sua graduação. O Ensino Fundamental Incompleto, Fundamental Completo e Ensino Médio Incompleto apresentaram 5% cada do total dos entrevistados. Foi possível constatar também, que as pessoas com ensino incompleto não possuem uma noção básica de evolução.
Gráfico 3 – Resposta a respeito do conhecimento sobre evolução.Fonte: Próprio
Todos os entrevistados afirmaram saber o que é evolução. Segundo PANTOJA (2016), quando falamos de evolução, lembramo-nos de desenvolvimento e alterações progressistas para melhorar, porém ela indica particularmente o desenvolvimento biológico. A teoria da evolução tem por princípio o desenvolvimento dos seres vivos; ao contrário do que sugere a palavra “progresso”, o desenvolvimento das espécies vivas não envolve um progresso contínuo, do simples para o complexo, pois muitas vezes ocorre o inverso.
Gráfico 4 – Resposta sobre a crença na evolução.
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