Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Sementes
27/11/2016 (Nº 58) IMPLANTAÇÃO DO HORTO ESCOLA JARDIM VITAL
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IMPLANTAÇÃO DO HORTO ESCOLA JARDIM VITAL

 

José André Verneck Monteiro

Licenciado em Pedagogia pela Fundação Universidade do Tocantins, Especializado em Educação Ambiental pela Universidade Candido Mendes, Mestre em Práticas em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro & Global MDP. Publica seus trabalhos em www.jardimvital.tasksite.com.br

 

RESUMO

 

Este trabalho traz os conceitos adotados e o conjunto de ações empreendidas para a implantação do Horto Escola Jardim Vital, situado no Setor Vila Rosa, área urbana de Goiânia – Goiás. O ensaio foi elaborado a convite de Berenice Gehlen Adams para integrar a Seção Sementes na 58ª Edição da Revista Educação Ambiental em Ação, cujo tema é Educação Ambiental com Emoção.

 

Palavras-chave: sementes, orgânicos, agricultura urbana, educação ambiental.

 

Apresentação

 

Horto Escola Jardim Vital é um sítio agroecológico urbano, idealizado para sediar atividades educacionais inspiradas pela cultura da agrobiodiversidade e pelas técnicas de manejo sustentáveis para produção de alimentos saudáveis, sem uso de agrotóxicos.

Sua implantação teve início em junho de 2016. A produção gerada no Horto Escola destina-se ao fornecimento de alimentos in natura e mudas prontas para o plantio de hortaliças, aromáticas, condimentares, flores comestíveis e corantes naturais.

As atividades realizadas diariamente no preparo, plantio, colheita e propagação dos alimentos são úteis à educação ambiental e ao intercâmbio de pessoas interessadas em promover melhorias no sistema familiar de gestão ambiental e no cultivo doméstico de alimentos.

Especial atenção é dedicada à difusão de plantas alimentícias não convencionais, dentre elas o Espinafre-amazônico (Alternanthera sessilis), a Bertalha (Bassela alba), o Coentro-bravo (Eryngium foetidum), o Feijão-borboleta (Clitoria ternatea) e o Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata), esta última por seu alto valor nutricional aliado à facilidade de propagação (KINUPP & LORENZI, 2013).

Espera-se que o Horto Escola Jardim Vital seja propulsor do resgate do hábito de plantar e colher, da cultura dos alimentos saudáveis e que a iniciativa seja propagada em outras áreas, ampliando o fornecimento à população da Capital, de alimentos originados nos empreendimentos agrícolas situados nas porções urbanas e periurbanas de Goiânia e sua Região Metropolitana.

Breve histórico da área

 

O Horto Escola Jardim Vital está situado em uma área 1500m2, cuja propriedade pertence ao Sr. Luiz Roberto Botosso Junior, que a adquiriu do espólio do Sr. Melo Rosa, em 1992.

A aquisição ocorreu durante sua prestação de serviço como Oficial Temporário do Exército Brasileiro. A proposta inicial para a área foi implantar um campo de futebol para locação, atividade econômica que se mostrava promissora na década.

O bairro ainda era precário de urbanização, sem rede de água tratada, esgotamento sanitário, não havia iluminação pública, as ruas eram de terra e somente a Avenida Rio Verde era asfaltada.

Não havia edifícios. Os moradores do bairro viviam de modo simples, em habitações modestas. Muitos praticavam a agricultura doméstica.

A Vila Rosa assemelhava-se a um distrito rural, porém dentro da Capital.

À medida que os loteamentos foram vendidos a vegetação nativa foi dando lugar à abertura de ruas. E com a “limpeza” dos lotes hoje restam poucos exemplares remanescentes da flora típica do Cerrado.

As obras para implantação do campo de futebol foram iniciadas em 1994, quando Servidor Público e aluno de Arquitetura, o proprietário construiu pessoalmente parte das estruturas.

Em 1995 o campo de futebol começou a funcionar aos fins de semana até o ano de 1998, ocasião em que o proprietário foi residir na Cidade de Goiás e não designando a outrem as tarefas pertinentes ao funcionamento, interrompeu o negócio.

            Sem receber manutenção até 2010, o gramado e todo o imóvel foram tomados por um matagal, parte das estruturas edificadas sofreu vandalismo e furtos sucessivos.

Nessas condições o imóvel permaneceu sem uso por dois anos e veio a se tornar problema de saúde e segurança pública, ocasionando inclusive reclamações de moradores do entorno dirigidas ao proprietário.

            Entre 2010 e 2012 a área foi alugada para sediar um depósito de areia destinada à construção civil.

            Até 2014 serviu de pátio para o estacionamento de caminhões e máquinas pesadas.

Por conta de tantas ocupações e desocupações, negligência das imobiliárias e pelos efeitos do tempo, as edificações foram se deteriorando.

Durante todo o ano de 2015 o proprietário efetuou obras e reformas no local e preferiu corretar pessoalmente a locação do imóvel.

No início de 2016 alugou a área para o Sr. José Roberto Alves Silva, empresário do segmento de flores ornamentais, para servir de entreposto destinado à distribuição varejista de sua produção, situada em Goiatuba - GO.  

Em junho deste ano o Autor é convidado pelo atual locatário para compartilhar o espaço e implantar em parceria o Horto Escola Jardim Vital.

Estudo preliminar

 

A avaliação do terreno foi realizada no início do inverno e da estiagem, típica do Cerrado. As bananeiras estavam com poucas folhas e sem brotações.

Há poucos lotes vagos nas imediações. Todo o bairro é asfaltado e dispõe de saneamento, iluminação, rede comercial básica e atacadista, postos de combustíveis e transporte coletivo.

Os vizinhos com os quais foi estabelecido contato são predominantemente moradores antigos do bairro; demonstraram-se atenciosos e felizes com a notícia da implantação do Horto.

O altiplano situa-se próximo ao cume da vertente, é bem ensolarado e arejado, também exposto às rajadas mais expressivas de ventos. A declividade é suave, com drenagem superficial voltada à parcela posterior oposta a área de acesso, de onde verte para o exterior. Há nessa porção um poço do tipo cisterna, com água. Possibilidade mínima de enxurrada ou alagamento.

Apenas um edifício, situado na quadra vizinha, sombreava parcialmente o terreno naquela estação, e por curto período antes do ocaso.

Por seus usos anteriores de alto tráfego o solo apresentava-se compactado e seco, pobre em matéria orgânica, recoberto por brita e argila.

O perímetro é todo alambrado. A faixa destinada à calçada para pedestres era revestida de vegetação autóctone e espontânea.

Há na quadra próxima uma rotatória de 1000m2, com potencial para receber uma praça agroflorestal.

Aproximadamente 1 km de distância, na porção mais baixa da vertente há uma horta familiar e um bosque ciliar ao redor de um açude em construção.

            Da necessidade de adequar o espaço às atividades do Horto foi elaborado um croqui para situar a alocação dos canteiros, telados, cercas-vivas, árvores, rede hídrica, e demais estruturas requeridas (Figura 1).

 

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Figura 1 Estudo Preliminar para implantação do Horto Escola Jardim Vital

Implantação

 

            No dia 02 de julho de 2016 as famílias dos idealizadores plantaram no Horto as primeiras árvores, um exemplar de Pau-ferro obtido em porte juvenil (Figura 2) e uma Tamarindeira, cultivada pelo Autor por quase um ano desde a semeadura, na janela do apartamento em que reside (Figura 3).

            As árvores, por sua longevidade e resistência às adversidades simbolizam o valor do Horto Escola Jardim Vital para a sustentabilidade.

 

 

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Figura 2 Pau-ferro plantado no Horto Escola Jardim Vital por seus idealizadores no dia 02 de julho de 2016.

 

 

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Figura 3 Tamarindeira plantada no Horto Escola Jardim Vital por seus idealizadores no dia 02 de julho de 2016.

           

Outras árvores também foram plantadas durante a seca inicial, com distintas expectativas - para frutificar e atrair pássaros; para sombrear parcialmente a área de cultivo; para fornecer biomassa; para atuar como quebra-vento e repelente; fornecer alimentos e ornamentar: pitanga, abacate, moringa, ipê-amarelo, oiti, cajá-manga, caju, neem, laranja e goiaba. Também foram semeadas diversas espécies nativas.

            No perímetro externo do lote foi plantada uma bordadura florífera de Lantana camara, por sua rusticidade, atratividade de polinizadores e também pelo efeito cromático que será proporcionado. Em complemento ao volume desta bordadura foi plantada renque de yuccas, clusias, agaves, dracenas, polyscias e outros maciços, floríferos. Parte do perímetro interno recebeu cercas-vivas de bertalha, ora-pro-nobis e feijão-borboleta.

Os telados foram erguidos sobre postes de eucalipto alicerçados no solo por fundações de concreto magro, e intertravados por arame galvanizado ancorado no solo e na edificação adjacente. Sobre o arame pousa tela de sombreamento a 20% e sob o qual se fixou a rede de microaspersão. O solo dos telados foi nivelado com brita zero, para melhor acomodação dos vasos e bandejas de propagação, além de reduzir a emergência do generoso banco de sementes da vegetação invasora anteriormente profusa na área.

Na área de cultivos ao ar livre foi aplicado calcário dolomítico, à razão 50g/m2. Os canteiros foram escavados até se encontrar solo menos compactado e preenchidos com substrato orgânico elaborado a partir da trituração e compostagem de matéria orgânica vegetal, sendo adicionado húmus, biofertilizante líquido e minhocas vermelhas da Califórnia. A brita que revestia a superfície foi realocada para corrigir depressões do terreno e recobrir o pátio de tráfego.

Inúmeros metros cúbicos de matéria orgânica provenientes de serviços de jardinagem têm sido levados para melhorar as condições físico-químicas do solo do Horto, inicialmente bastante precário em razão dos usos anteriores da área e por ação do fogo, equivocadamente utilizado em outras épocas para “limpar o terreno” (a queimada, embora seja mais rápida e comumente adotada, traz diversos prejuízos para o solo e seus microabitantes, para a qualidade do ar e para a segurança pública).

Inicialmente a rega foi feita manualmente, com auxílio de garrafões, somente o suficiente para resistir à seca. Hoje a água do poço é bombeada às zonas e distribuída por aspersores, apenas quando não chove.

Melhorias são notáveis no solo que está se formando e muitas sementes têm germinado desde o início do período chuvoso. Vários insetos e aves visitam as flores, os frutos e a água que lhes é oferecida.

Em novembro/2016 o acervo botânico do Horto Escola Jardim Vital conta com mais de 80 espécies, predominantemente de plantas alimentícias.

Boa parte do material usado nas estruturas foi obtido mediante o reaproveitamento de resíduos de obra, jogadas fora pela cidade.

A implantação foi realizada por três pessoas (veja o álbum).

Campo x Cidade: de onde vem nossa comida?

 

Hoje é comum a expressão: “se o campo não roça, a cidade não almoça; e se o campo não planta, a cidade não janta”. 

Mas não foi sempre assim. Antigamente as habitações urbanas eram mais horizontais e dispunham de jardim e quintal, onde se colhia fartura de vegetais frescos, sem ter de recorrer muito ao mercado. E também não se comia tanto produto alimentício industrializado quanto agora.

O modelo de agronegócio predominante exige altos custos socioambientais para sustentar toda a cadeia produtiva envolvida na história de vida da comida até que ela chegue à sua mesa.

Você alguma vez procurou saber de onde vem, e em quais condições foi produzido, colhido, preparado, embalado, transportado, armazenado, estocado e exposto seu alimento até o local onde você o adquire?

Consegue imaginar quantos processos, tratamentos, variações de temperatura, trepidação e contato com substâncias tóxicas podem ocorrer neste percurso todo?

Já teve a curiosidade de ler o rótulo para saber quantos kilômetros viajou sua refeição e quantas toneladas de Gases de Efeito Estufa foram emitidas pelos veículos usados no transporte para você suprir sua necessidade alimentar e nutricional?

Será possível estimarmos quanto plástico, tinta, metal, eletricidade, gás, lenha, petróleo, adubos químicos, agrotóxicos e nossa preciosa água são consumidos para mover toda essa engrenagem?

Isso tudo acontece, sem que muitas vezes se perceba o quanto o atual modelo agrícola é caro, extremamente poluente, e frágil, integralmente dependente da indústria química e petrolífera.

Sim, gera muitos postos de trabalho. Incontáveis pessoas trabalham desde o desenvolvimento e multiplicação em escala mundial das sementes geneticamente modificadas, adubos sintéticos e agrocrímicos (herbicidas, fungicidas, acaricidas, moluscidas, inseticidas, nematicidas e outros suicidas), as máquinas, combustíveis, peças e insumos, transportadores, atravessadores, atacadistas, distribuidores, comerciantes e até as pessoas que se encarregam de destinar o alimento estragado. Será que esses profissionais têm noção do impacto socioambiental resultante de seu trabalho?

E depois de tanta despesa e trabalho até a colheita, 30% de todo o alimento produzido no mundo vai para o lixo! (Assista ao Globo Repórter, 2011)

Mesmo em menor escala que na área rural, se as pessoas retomarem o hábito de plantar e colher em casa alimentar-se-ão melhor, e adicionalmente contribuirão para reduzir o impacto do agronegócio sobre o ambiente natural  (MONTEIRO, 2013).

A agricultura urbana pode representar um valioso recurso para obtenção familiar de renda, sendo hoje considerada umas das Profissões do Futuro (ESTADÃO, 2015).

Conclusão

 

É possível cultivar alimentos no ambiente urbano, em casa ou apartamento que receba sol, e assim prover ao menos parte da necessidade familiar de vegetais frescos.

Se há cultivo de alimentos nas cidades e em seu entorno, os custos socioambientais tendem a diminuir.

Aí entra uma questão de escolha: continuar a sustentar as grandes corporações transnacionais envolvidas no modelo hegemônico de agronegócio; ou preferir plantar em casa parte de seu alimento.

Se por quaisquer razões não for possível implantar uma horta ampla, experimente o cultivo em vasos.

E quando for adquirir alimentos, prestigie o trabalho desenvolvido pela rede local de agricultura. Desse modo seu dinheiro chega diretamente às pessoas que trabalham para que o alimento chegue fresco e sem agrotóxicos, à sua mesa.

Experimente novos ingredientes e receitas. Ao se pesquisar na Internet a expressão “Plantas Alimentícias Não Convencionais”, ou “PANC”, são obtidos muitos resultados que podem lhe ser interessantes alternativas vegetais em termos de cor, sabor, propriedades nutricionais e inovação gastronômica.

Nas feiras, estimule o cultivo e a comercialização das PANC, para que esta categoria especial de recursos alimentares venha a se tornar mais amplamente conhecida e acessível à população.

De maneira que seu uso culinário contribua para proporcionar melhor qualidade de vida, principalmente quando estas plantas vierem a compor a merenda escolar, sobretudo entre as comunidades em risco de vulnerabilidade socioambiental, insegurança alimentar e nutricional.

 

De mãos dadas com a terra

 

Especial agradecimento do Autor à esposa Patrícia, nosso filho Kauã, demais familiares, amigos e entusiastas da horticultura.

À luz deixada por nossos ancestrais na forma de conhecimento a respeito do universo botânico e seus usos para suprir as necessidades da humanidade.

Aos pesquisadores empenhados em manejar o ambiente de modo harmônico, para que sua vitalidade seja ampliada.

            Grato a todas as pessoas que participaram deste início, e às empresas parceiras nesta jornada, até o momento desta publicação: Goiânia Garden Center, pelo Pau-ferro bem desenvolvido e pela sombra que proporcionará; Goiânia Flores e Plantas, pelo estímulo e pelas cores doadas ao Horto; Cerrado Alimentos Orgânicos, pelas cinzas de seu fogão que nutrem as primeiras árvores e pelas sobras de verduras, as quais foram saboreadas pelas ajudantes da Casa da Minhoca, na Composteira elaborada pela Morada da Floresta e cedida pelo Projeto Residência Resíduo Zero; o Substrato Ouro Negro, que fundamental para amaciar e devolver a vida àquele chão; aos Catadores de Material Reciclável que contribuem para a Gestão de Resíduos do Horto; e à Terra Molhada Sistema de Irrigação pela presteza em solucionar a rede de água, sem a qual não há vida, cultura, agricultura, nem nada.

            Aos jovens de todas as idades que dedicaram seu tempo a este relato de experiência. Estejam à vontade para participar também desta rede de pessoas que trabalha em benefício de outras pessoas e do ambiente integral.

Pela gentil convivência e valiosa dedicação em aprender e ensinar, a escrita deste memorial é dedicada ao Sr. Adelson Ferreira de Brito, e família.

 

 

 

Referências

 

AGRICULTURA URBANA. Altair Toledo Machado & Cynthia Torres de Toledo Machado. Planaltina, DF : Embrapa Cerrados, 2002. Disponível em . Acesso em 20 nov 2016.

ESTADÃO. Profissões do Futuro: agricultura urbana. A produção local de alimentos pode transformar a relação das pessoas com a comida, a cidade, a saúde – e com elas mesmas. Disponível em . Acesso em 26 nov 2016.

GASES DO EFEITO ESTUFA: Dióxido de Carbono (CO2) e Metano (CH4). Disponível em . Acesso em 26 nov 2016.

GLOBO REPÓRTER: Desperdício de Alimentos. 2011. Disponível em .  Acesso em 18 nov 2016.

JARDIM VITAL. Apresentação Geral do Empreendimento. 2015. Disponível em . Acesso em 25 nov 2016.

KINUPP, V.F.; LORENZI, H. Plantas Alimentícias Não-Convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. Nova Odessa: Ed. Plantarum, 768p. 2013.

MONTEIRO, J.A.V. Do Mato ao Prato. Revista Educação Ambiental em Ação. Número 49, Ano XIII. Setembro-Novembro/2014. ISSN 1678-0701. Disponível em . Acesso em 22 nov 2016.

 

 

Ilustrações: Silvana Santos