Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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EDUCAÇÃO
AMBIENTAL NA FILOSOFIA, RESGATANDO A UNIDADE HOMEM-NATUREZA: ALTERNATIVA DE
ENFRENTAMENTO PARA DIAGNOSTICO DETECTADO Denise
Gamio Dias Doutoranda
em Educação – PPGE/FaE/UFPel, Enfermeira da Faculdade de Enfermagem da
Universidade Federal de Pelotas. E-mail:
denisegamiodias@hotmail.com Rua
Barão de Iguatemi 81, Simões Lopes CEP:
96025-030 Pelotas-RS Fone:
53-84334844 Avelino da
Rosa Oliveira Doutor em Educação,
Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas, Líder
do Grupo de Pesquisa FEPráxiS. E-mail:
avelino.oliveira@gmail.com Resumo: O
presente artigo pretende ir além dos números, das estatísticas epidemiológicas
levantadas e penetrar na subjetividade dos indivíduos e na sua relação com o
meio ambiente a fim de dar uma resposta efetiva para o diagnostico detectado
através da dialética marxista. Adentrando
na complexidade do meio ambiente e na concepção de natureza podemos construir
bases teóricas que fundamentem nossas práticas para talvez remodelar novas
formas de produzir, permitindo novas relações com a natureza e minimizando a
agressão ao meio ambiente. Palavras-chave:
Educação ambiental, filosofia, resgate homem-natureza. Introdução Sou
enfermeira egressa da Universidade Federal de Pelotas, iniciei minha trajetória
profissional na área hospitalar, trabalhando no intensivismo adulto (UTI Geral)
e pediátrico (UTI Pediátrica). Chamava-me bastante a atenção o grande número
de crianças, que em determinados períodos do ano, internavão por obstrução
intestinal por bolo de Ascaris lumbricoidesi
ou, ainda, crianças com diarréia persistente, a esclarecer, muitas vezes
diagnosticada como giardíaseii. Julguei
necessário aprofundar-me nestas questões e acabei deixando o modelo de saúde
Hospitalocêntrico, Médico-centrado e curativo para dedicar-me à Saúde Pública,
a prevenção de doenças nas Unidades Básicas de Saúde, pois acreditava que
nesta outra ponta da assistência eu poderia contribuir de forma mais efetiva
com a comunidade a qual trabalhava, minimizando as complicações que chegariam
a nível hospitalar como Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, Pré-natal
de baixo risco e, meu foco principal naquele momento, as Parasitoses
intestinais. Iniciei
o Mestrado em Parasitologia na UFPel onde realizei a Prevalência estacional de
enteroparasitoses em uma população de zero a quatorze anos no bairro Cohab
Tablada, Pelotas-RSiii. O trabalho estatístico/epidemiológico
desenvolvido não expressou indicadores visíveis que levassem a apontar pistas
para a explicação do fenômeno detectado, além da presença de esgoto a “céu
aberto” e cães errantes que, por si só, segundo a literatura, não perpetuam
a continuidade da cadeia epidemiológica das parasitoses para os índices
encontrados, apontando para a existência de outros fatores associados que não
são detectáveis em variáveis quantitativas de pesquisa. Acredito ser necessário
buscar um outro caminho, talvez complementar, para poder compreender/entender a
realidade identificada bem como apontar caminhos para seu enfrentamento. Como
hipótese, acredito que há uma série de fatores inerentes à comunidade que
devem ser investigados/levantados que fazem parte da subjetividades dos seres
humanos, da história da comunidade e de sua relação com o meio ambiente. Este
trabalho apontou-me questões mais abrangentes, direcionando meu olhar para as
questões ambientais não só no bairro, encontradas, mas no planeta, mediante a
crise ambiental em que vivemos. O aprofundamento/ a continuidade deste trabalho
é uma resposta/possibilidade de mudança real para o diagnóstico detectado, já
que este também é nosso compromisso enquanto pesquisador ético; professor,
formador de opinião, representante de uma Universidade Pública e ser humano
– além de coletarmos dados e constatarmos problemáticas temos o dever de
ajudar a comunidade estudada a buscar alternativas de solução ou enfrentamento
dos problemas. A
responsabilidade pode ser concebida como um modo de “responder”. Somos hoje
interpelados e convocados, enquanto professores, a dar uma resposta ética às
tarefas às quais nos confronta o mundo moderno e, principalmente, na pesquisa.
Esta responsabilidade é em primeiro lugar uma responsabilidade humana e antes
de falar de qualquer responsabilidade do filósofo é preciso sustentar a
responsabilidade do homem. (BERTEN, 2004) Delineamento
da Pesquisa
Direcionando
a Metodologia:
Do
ponto de vista metodológico, não há contradição, assim como não há
continuidade, entre investigação quantitativa e qualitativa. Ambas são de
natureza diferentes. A investigação quantitativa atua em níveis de realidade
e tem como objetivo trazer à luz dados, indicadores e tendências observáveis.
A investigação qualitativa, por sua vez, trabalha com valores, crenças,
representações, hábitos, atitudes e opiniões. (MINAYO & SANCHES, 1993)
Um método não exclui o outro, apresentam objetivos diferentes, podendo haver
complementaridade entre eles. Para
Minayo, 1998, a metodologia é o caminho do pensamento e a prática exercida na
abordagem das teorias e está sempre referida a ela. A metodologia inclui as
concepções teóricas de abordagem, o conjunto de técnicas que possibilitam a
construção da realidade e o sopro divino do potencial criativo do pesquisador. A
mesma autora refere, ainda, que a pesquisa qualitativa necessita
indiscutivelmente da crítica interna e externa na objetivação do saber. Neste
sentido, requer essencialmente uma abordagem dialética que compreenda para
transformar e cuja teoria, desafiada pela prática, seja repensada
permanentemente. Para
começar a compreensão do processo de investigação concretizado e buscar
caminhos que apontem para um enfrentamento da problemática identificada
realizei o que chamaria de uma “mistura” de hermenêutica com análise do
discurso, construindo a memória da comunidade, a fim de resgatar,
historicamente, a vida da comunidade e sua relação com o meio ambiente, através
de entrevistas com moradores que vivenciaram a trajetória de construção do
bairro. A
hermenêutica a que me refiro não é a de Paul Ricoeur
a qual se limita à interpretação de textos, mas sim a de Gadamer que avança
para a razão subjetiva, propondo alternativas à modernidade em termos de
conhecimento na trilha de Heidger que também aborda os modos de compreensão, já
apontando para o diálogo que nada mais é que a justaposição do eu e do
outro. Nesse
sentido, Gadamer faz alusão à Hegel, Platão, entre outros, filósofos que tração
uma linha de interpretação e localização da verdade do conhecimento,
colocando a hermenêutica como reinvenção do conhecimento e da busca pela
verdade. Concordo
com Schleiermacher quando faz referência à hermenêutica não visa apenas o
saber teórico, mas sim o uso prático, isto é, a práxis ou a técnica da boa
interpretação de um texto falado ou escrito. Trata-se aí da compreensão, que
se tornou desde então o conceito básico e a finalidade fundamental de toda a
questão hermenêutica. Schleiermacher define a hermenêutica como reconstrução
histórica e divinatória, objetiva e subjetiva, de um dado discurso. Acredito
que o resgate da história de vida e comunidades possa ser feito de modo hermenêutico,
fazendo a leitura de vida e de mundo das pessoas envolvidas. Nesse
contexto, a hermenêutica é um modo de filosofar importante para adentrar nas
questões educacionais, pois pressupõe a análise dos pré-conceitos,
desconstruindo a razão instrumental, propondo o diálogo – linguagem – como
modo de filosofar para se chegar à verdade e validá-la. Complementarmente,
acredito, a análise do discurso, campo disciplinar da linguística, analisa
construções ideológicas presentes em um texto. A Análise do Discurso é
proposta a partir do materialismo filosófico que põe em questão a prática
das ciências humanas de forma reflexiva. A análise do discurso apresenta
duas vertentes; uma americana, mais tradicional, representada por
Givón e outros estudiosos, preocupados,
de um lado, com as formas de construção linguística do texto enquanto sequência
de frases. Iniciada na década de 50 por Harris cujos trabalhos mostram a
possibilidade de ultrapassar as análises confinadas meramente à frase, ao
estender procedimentos da lingüística distribucional americana aos enunciados
e, de outro lado, a francesa fundada no final dos anos 60 com Jean Dubois e
Michel Pêcheux a qual concebe a linguagem como mediação necessária entre o
homem e a realidade natural e social. Essa mediação é o discurso. (ORLANDI,
1999) Segundo
Silveira (1998), a Análise do Discurso de linha francesa
privilegia em seus estudos a noção de sujeito e de interdiscursividade,
acrescentando a ambas as noções de história e de ideologia.
Todo o discurso é uma prática, uma ação do sujeito sobre o mundo. A
Análise do discurso visa compreender como um objeto simbólico produz sentido.
As palavras refletem sentidos de discursos já realizados, imaginados ou possíveis.
É desse modo que a história se faz presente na língua. Nesse
sentido, optei por realizar o resgate da memória da comunidade Cohab Tablada
através da vertente francesa, pois acredito que desta forma conseguirei
adentrar o discurso dos moradores e reconstruir, historicamente, a relação
dos indivíduos com o meio ambiente. Caminho
percorrido até o momento
Foi
realizada a construção do memorial descritivo da comunidade Cohab Tablada
mediante utilização da hermenêutica e análise de discurso citadas
anteriormente. Percebi, nesta trajetória, que a construção do resgate histórico
da memória da comunidade perpassa pelo processo dialético, na medida em que
desconstrói ou fragmenta a história da comunidade, possibilitando sua
reconstrução com significados próprios que, na síntese, permite explicar os
fenômenos e/ou apontar direcionamentos. É uma possibilidade que ultrapassa o
racional, trazendo elementos que ampliam nossa sensibilidade e permitem o
despertar para um trabalho educativo. Acredito que esta sensibilidade poderá
ser explorada num outro momento. Ao
questionar a população a cerca da questão ambiental percebi um reducionismo
expressivo, uma vez que “a questão ambiental”, na grande maioria das falas,
e porque não dizer na totalidade delas, limitava-se a um único objeto: o
“lixo”. Isto pode ocorrer por inúmeros motivos, sejam eles culturais da própria
comunidade ou sócias. Os dados emergidos durante a construção da memória da comunidade e em
especial o reducionismo verificado apontam para a necessidade de realização de
uma pesquisa teórica e, em especial, pesquisa filosófica, que aprofunde o
conceito de natureza para melhor entendimento e direcionamento da problemática
ambiental hodierna, pois, talvez, esta perda do significado do conceito de
natureza e meio ambiente, ao longo da história, seja uma chave para
adentrar as questões ambientais de forma mais abrangente e efetiva. Neste
sentido, o aprofundamento teórico e a clareza conceitual permitirão resgatar
os fundamentos da Educação Ambiental, permitindo a mesma constituir-se como
campo eficaz do conhecimento, uma vez que, da forma como está sendo
direcionada, não pode ser considerada como tal. Definindo
metodologia
A intenção é desenvolver um estudo exclusivamente teórico-bibliográfico.
A fundamentação teórica para
investigar e analisar a questão ambiental será a partir de um ponto de vista
de totalidade, usando o método dialético de Marx. Pesquisa
Teórica
Reflexões
sobre questões metodológicas, sobretudo pesquisa teórica, vêm sendo cada vez
mais necessárias e presentes no contexto acadêmico, indicando um movimento de
ressignificação da prática de investigação em Ciências Humanas e Sociais.
Nesse cenário, a perspectiva sócio-histórica-filosófica constitui-se como um
enfoque teórico-metodológico profícuo para a área da Educação e em
especial para a Educação Ambiental, possibilitando a discussão e a análise
das dimensões epistemológicas, apontando para a construção de teorias
fundamentadas que possam ser aplicadas, posteriormente, na prática educacional,
evidenciando resultados mais efetivos e em maior escala, já que a complexidade
do meio ambiente requer pesquisas que apontem para um horizonte de totalidade.
Neste sentido, a teoria sustenta a prática, fundamentando-a com concepções de
mundo, de ética, de comprometimento, de instituição, uma vez que sou
representante de uma universidade pública que tem compromisso com a comunidade,
sinto-me eticamente comprometida e responsável pelas questões sócio-ambientais,
caracterizando, na minha concepção, a inseparabilidade da teoria-prática,
para a resolução, de forma efetiva, das questões da contemporaneidade. O
sentido da produção e da apropriação do conhecimento está situado no lugar
do compartilhamento, isto é, da conversação e da tolerância, pois é uma prática
social e política de conhecimento, configurando a possibilidade de um projeto
educativo emancipatórioiv e de uma epistemologia qualitativav. O
debate epistemológico faz-se necessário, principalmente na Educação
Ambiental. Precisamos perguntar sobre o tipo de conhecimento que produzimos, se
é adaptativo ou se adquire significado de totalidade; qual a sua natureza, se
é alienadora ou emancipatória, se reproduzimos a repetição ou se mudamos e
transformamos a realidade social? Quais são as teorias que nos constituem, qual
a idéia de homem que defendemos? E de natureza? O ser humano e o meio ambiente
são encarados como aspectos constitutivos ou instrumentais da realidade? São
considerados ou banalizados neste processo? No que se refere à educação, já
que há uma linha tênue que liga a educação, a filosofia e a sociedade a qual
desenvolvemos o trabalho enquanto educador. De que maneira este trabalho
contribuirá para a área educacional? O que se apresenta como possibilidade de
horizonte para área ambiental esta pesquisa? Nos dias atuais, pensar a superação
do sistema capitalista seria um exagero, já que vivemos num mundo contemporâneo?
É viável? Podemos pensar diferente e propor algo inovador em termos
educacionais, na educação ambiental? Este
é o debate com a educação proposto; são inúmeras questões que surgem
quando pensamos às questões ambientais; dessa forma, acredito ser necessário,
remetermo-nos à pesquisa teórica para buscar indicativos de respostas para um
enfrentamento mais efetivo/adequado à problemática ambiental vivenciada. A
metodologia proposta é conhecer pelas causas, sendo que o mais importante é
buscar a gênese, a origem. Nesse sentido, pode-se dizer que Marx, Engels,
Hegel, Spinoza estão iluminando essa perspectiva de trabalho, pois todos
estavam interessados em processos e na gênese dos fenômenos. Para
o enfoque sócio-histórico, o método é uma questão central e essencial, isto
é, não é visto como algo a priori nem a posteriori ao processo de investigação,
mas, como algo que é simultaneamente pré-requisito e produto, instrumento e
resultado do estudo (Vygotsky, 1984, p. 74). O método é indispensável e
constitutivo de todo o processo de conhecer. Desse
modo, busca-se a análise dos processos e não dos objetos, bem como procura-se
revelar as relações dinâmicas, causais e hierarquizadas, reais e oculta aos
fenômenos, isto é, revela-se a gênese e as bases dinâmico-causais. Para
tanto, descobre-se a natureza e a origem de tal fenômeno no seu processo de
mudança, considerando o seu desenvolvimento histórico e reconstruindo os seus
diferentes aspectos nas suas diversas fases e transformações. A
teoria marxiana pressupõe o uso de instrumentos teóricos que permitam ao homem
transformar a natureza e, nesse mesmo ato, mudar a si mesmo. Em se tratando de
homem, falar de meio ambiente em termos somente ecológicos é ignorar a história
humana, a constituição do sujeito, da subjetividade e da afetividade. (Molon,
2005) Uma
das grandes riquezas da perspectiva sócio-histórica é potencializar o diálogo
com as diversas áreas do conhecimento, promovendo novos modos de produção e
apropriação do saber, do sentir e do fazer, em abordagens interdisciplinares. Neste
sentido, a perspectiva sócio-histórica possibilita enfrentar antigas questões
educacionais e, ao mesmo tempo, lança novos horizontes, apontando caminhos para
enfrentamento das questões ambientais e educacionais. Acredito
que traçando este caminho conseguirei responder a seguinte questão de
pesquisa: De que forma a filosofia pode contribuir para o resgate da unidade
homem-natureza? Para
tanto construímos os seguintes objetivos. Objetivos
Objetivo
Geral
Investigar
se há possibilidade de resgate da unidade homem-natureza através da filosofia. Objetivos
Específicos
Investigar, ao longo da história da filosofia, a concepção da relação
homem-natureza, de forma dialética. Identificar em que momento histórico houve esta ruptura e de que maneira
se sucedeu. Averiguar a possibilidade de resgate desta concepção, através da
filosofia, para enfrentamento da emergência ambiental hodierna. Nesta
perspectiva, a pesquisa em andamento apresenta o seguinte tema e problema de
pesquisa, respectivamente: Delimitação
do tema:
Educação ambiental na filosofia, resgatando a unidade homem-natureza. Definição
do problema:
De que forma a filosofia pode
contribuir para o resgate da unidade homem-natureza? A
partir deste trabalho poderemos apontar caminhos para o enfrentamento da problemática
ambiental hodierna de forma efetiva, abrangente e viável. Considerações parciais
Acreditamos que o desenvolvimento
deste trabalho será uma resposta/possibilidade de mudança real para o
diagnostico detectado nesta comunidade sendo considerado um avanço nas discussões
da questão ambiental dentro da filosofia e da saúde.
É
fundamental o conhecimento acerca da complexidade do ambiente e das relações sócio-econômicas
do local em que se está inserido, pois, dessa forma, pode-se construir bases teóricas
e práticas para, talvez remodelar novas formas de produzir, permitindo novas
relações com a natureza, minimizando a agressão ao meio ambiente. Assim,
passa-se da relação de domínio e exploração para uma relação de cooperação
e de inter-relação que se fundamentará num paradigma ecológico diverso do
paradigma existente. Notas finais: i Ascaris
lumbricóides é um parasita conhecido como “lombriga intestinal”. Este
microorganismo infecta os seres humanos e mais freqüentemente as crianças.
Aloja-se normalmente no intestino delgado e às vezes dirige-se para outras
partes do corpo. Seu comprimento pode variar de 15 a 25 cm. ii Infecção do intestino
delgado provocada pelo protozoário Girada lamblia. iii Pelotas
é uma cidade de médio porte situada no sul do Brasil. Cohab Tablada é um
bairro desta cidade. O trabalho foi desenvolvido na área mais carente do
bairro. iv
Expressão utilizada por Boaventura
de Souza Santos (1996, p.17) no artigo Para uma pedagogia do conflito. Projeto
educativo emancipatório que é produto da iniciativa humana, o qual implica
recuperar a capacidade de espanto e de indignação e a produção de
subjetividades inconformistas e rebeldes, além de ser um projeto de memória e
denúncia, de comunicação e cumplicidade. v
Este conceito é desenvolvido por
Fernando González Rey (1997) no livro Epistemología cualitativa y
subjetividad. Significa que o qualitativo caracteriza o processo de
conhecimento, portanto não se define pelo uso exclusivo de métodos
qualitativos. Referências Utilizadas BERTEN,
A. Filosofia social a responsabilidade social do filósofo, editora
Paulus, 2004. DIAS,
Denise Gamio Prevalência estacional de enteroparasitoses em ciranças de zero a
quatorze anos da Cohab tablada, Pelotas-RS. Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Pelotas. 2005. FLICKINGER,
Hans-Georg O Ambiente epistemológico da
educação ambiental. Revista Educação
e Realidade. 19(2):197-207 jul/dez 1994. GADAMER, Hans-Georg. Verdade
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trad. de Flávio Paulo Meurer. Petrópolis: Vozes, 1997. MARX, K. O
Capital – Crítica da Economia Política. São Paulo: Abril
Cultural, 1983 (vol. I., tomo 1). ________ Manuscritos
Econômicos e Filosóficos. In:
FROMM, Erich. Conceito Marxista do Homem, 7ª ed., Rio de Janeiro, Zahar
Editores, 1979, pp. 83-170. MINAYO
MC & Sanches O 1993. Quantitativo-qualitativo:
oposição ou complementaridade? Caderno de Saúde Pública
9(3):239-262. MINAYO,
M. C. S. Pesquisa social — teoria, método e criatividade. Rio
de Janeiro: Vozes, 1998. MOLON, S. I. Contribuições
epistemológicas da perspectiva sócio-histórica para a educação ambiental.
Ijuí: Ed. Unijuí, 2005. ORLANDI, Eni P. As histórias
das leituras. Leitura: teoria & prática. Porto Alegre: Mercado
Aberto, Ano 3, p. 7-9, jul. 1984. ____________. Discurso e
leitura. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993. 168 p. ____________. A
linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. 4. ed. São Paulo:
Pontes, 1996a. 280 p. ____________. Interpretação:
autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. 2. ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1996b. 150 p. 17 ____________. Análise
de discurso: princípio e procedimentos. Campinas: Pontes, 1999. 100 p. RICOEUR,
Paul. Interpretação
e Ideologias Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1990. SCHLEIERMACHER F. D. Hermenêutica:
arte e técnica da interpretação.
Petrópolis: Vozes. 1999 SILVEIRA Rogéria Pacheco. Silenciamentos no discurso pedagógico: interferindo no currículo? Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Básica, Centro de Ciências Humanas, Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. 1998. VYGOTSKY, L.S. Pensamento
e linguagem. Trad. M. Resende, Lisboa, Antídoto, 1979. A formação social
da mente. Trad. José Cipolla Neto et alii. São Paulo, Livraria Martins Fontes,
1984. |