Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Relatos de Experiências
16/09/2018 (Nº 65) ESTRUTURAÇÃO DE MODELO VERTICAL DE CADEIAS: UMA EXPERIÊNCIA NA AGRICULTURA FAMILIAR
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ESTRUTURAÇÃO DE MODELO CONCEITUAL DE GESTÃO BASEADO EM

ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO COM INTEGRAÇÃO VERTICAL DE CADEIAS: UMA EXPERIÊNCIA NA AGRICULTURA FAMILIAR



Cristyano Ayres Machado, Professor da Secretaria de Estado da Educação de Sergipe, doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento PRODEMA Universidade Federal de Sergipe.

Gregório Guirado Faccioli, Professor, doutor em engenharia agrícola, professor do Programa de pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Universidade Federal de Sergipe PRODEMA.

Ernesto Frederico Costa Foppel doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento PRODEMA, Universidade Federal de Sergipe.

Juraci Santos,economista,mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento PRODEMA, Universidade Federal de Sergipe.

Alane Regina Rodrigues dos Santos, doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente Universidade Federal de Sergipe PRODEMA.

Thiago Perez Machado , mestrando em Desenvolvimento e Meio Ambiente Universidade Federal de Sergipe PRODEMA.



RESUMO

As vantagens da aglomeração produtiva remontam a obra de Marshall (1982[1890]), especialmente as externalidades advindas da especialização das firmas dentro de um aglomerado. Diversas escolas de pensamento econômico convergem, a partir daí, na percepção de que as relações entre as empresas e destas com outras instituições num espaço geográfico definido, assim como determinados parâmetros “ambientais”, tem um papel significativo na contribuição para o desenvolvimento competitivo. Alguns pesquisadores (Albagli, 2002; Aun, Carvalho e Koeff, 2005) citando os perigos, as limitações e dificuldades de se fazer uma transposição das experiências e metodologias estrangeiras para a nossa realidade, defendem e reforçam o conceito de arranjo produtivo local (APL), balizado “num entendimento mais apropriado sobre os conceitos-chave da literatura neoschumpeteriana – aprendizado e inovação – e numa dimensão espacial – território e sócio técnico – que seja capaz de captar esses conceitos” (Cassiolato e Lastres, 2002). Mesmo não existindo experiência anterior equivalente, optou-se fundamentar em APL com integração vertical de cadeias, as iniciativas de suporte ao modelo emergente, trazendo à tona uma forma alternativa de pensar o desenvolvimento regional/local, com suporte das “economias de aglomeração”. Há um consenso de que qualquer que seja o modelo conceitual escolhido, a estratégia teria que passar pelo adensamento das cadeias produtivas e ter, a cooperação como elemento-chave. Saliente-se que, o “grande salto” coletivo, consiste em possibilitar ao agricultor familiar condições de inserção competitiva e sustentável na produção agrícola e na produção de óleo vegetal, que possui maior valor agregado; contemplando as necessidades gerenciais de uma estrutura organizacional contemporânea.

Palavras-chave: aglomeração produtiva, economias de aglomeração e integração

vertical de cadeias.



ABSTRACT



The advantages of productive agglomeration go back to Marshall's work (1982 [1890]), especially the externalities arising from the specialization of firms within a cluster. Several schools of economic thought converge on the perception that relations between firms and firms with other institutions in a defined geographical area, as well as certain "environmental" parameters, play a significant role in contributing to competitive development. Some authors (Albagli, 2002, Aun, Carvalho and Koeff, 2005), citing the dangers, limitations and difficulties of transposing foreign experiences and methodologies into our reality, defend and reinforce the concept of local productive arrangement (APL) , which is based on a more appropriate understanding of the key concepts of neoschumpeterian literature - learning and innovation - and on a spatial dimension - territory and sociotechnical - capable of grasping these concepts "(Cassiolato and Lastres, 2002). Even without previous equivalent experience, it was decided to base APL with vertical integration of chains, initiatives to support the emerging model, and to bring to the fore an alternative way of thinking of regional / local development, supported by "agglomeration economies". There is a consensus that, whatever the conceptual model chosen, the strategy would have to go through the chain of production chains and have cooperation as a key element. It should be pointed out that the collective "big leap" consists of allowing the family farmer conditions of competitive and sustainable insertion in agricultural production and in the production of vegetable oil, which has higher added value; contemplating the managerial needs of a contemporary organizational structure.



Keywords: productive agglomeration, agglomeration economies and integration

vertical of string



INTRODUÇÃO



A intensificação do processo de mudanças no ambiente competitivo globalizado dos últimos anos, tem justificado a multiplicação de trabalhos que visam analisar as condicionantes da competitividade de produtos e regiões. Os sistemas agroindustriais não fogem a esta regra. Inúmeros trabalhos têm sido conduzidos para analisar problemas, e propor alternativas que incrementem a competitividade de sistemas agroindustriais específicos. Os agentes empreendedores têm buscado conquistar a competitividade e sustentabilidade dos negócios pela ação gerencial organizada. Como estratégia de desenvolvimento local e regional, o sistema agroindustrial, em forma de arranjo produtivo local, com base na experiência italiana, se faz um repensar de estratégias e planejamento estratégico em torno de três grandes eixos, vistos como linhas paralelas de trabalho e não como etapas sucessivas, para que os agricultores familiares continuem a existir, se reinventar, e adaptarem-se ao contexto econômico de uma dinâmica de permanentes mudanças em que estão inseridos.

A iniciativa de estruturação do agronegócio no semi-árido sergipano, através do planejamento de uma forma de organização sistêmica de atuação, apresenta-se como uma oportunidade possível de superação cooperativa, importante alternativa estratégica para a região que enfrenta um processo de estagnação devido a problemas econômicos e tecnológicos nas atividades produtivas, ainda realizadas, com baixo índice de desempenho pela produção incipiente, baixa remuneração dos fatores e qualificação dos agricultores.

O objetivo deste artigo foi Estruturar uma versão de modelo conceitual e metodológico de gestão, com formação de arranjo produtivo local, baseado em economias de aglomeração com integração vertical de cadeias. Onde os objetivos específicos elencados são: a) fundamentar o modelo conceitual de gestão sobre os conceitos de sistema agroindustrial, cadeia produtiva, arranjo produtivo local, economias de aglomeração e integração vertical de cadeias, conforme revisão de literatura; b) priorizar a visão e abordagem de integração (território) e cooperação (firmas) através de Arranjo Produtivo Local, como estratégia de mobilização dos agricultores familiares (agentes produtivos) e demais atores (entidades de apoio) regionais/locais; c) segmentar a cadeia produtiva agroindustrial, de jusante a montante, em três macrosegmentos: comercialização, industrialização e produção de matérias-primas. d) promover a verticalização, assumindo o controle sobre diferentes etapas associadas à progressiva transformação de insumos em produtos finais”.

Neste artigo foram abordados os conceitos sobre sistemas agroindustriais e cadeias produtivas, principais sistemas de interesse; a referência analítica dos conceitos de arranjo produtivo local e de economias de aglomeração, pontos estratégicos de consolidação da sistemática do modelo de gestão; a estruturação da ideia dos eixos de trabalho, em linhas paralelas de dinâmica de distrito, de desenvolvimento da produção e, de acesso a novos mercados; e as considerações características do processo de integração vertical de cadeias produtivas. Ainda, são desenvolvidas abordagens sobre a Nova Economia Institucional (NEI), a Economia dos Custos de Transação (ECT), divididas em seções básicas: Os estudos de Coase (1937) e as contribuições de Williamson (1985); e, os pressupostos da abordagem conhecida como Gestão da Cadeia de Suprimentos (Cooper et al. 1997), que em perspectiva ao ambiente competitivo de negócios, opta-se por agrupá-los em quatro subconjuntos.

O estudo possui relevância teórica e prática. A relevância teórica caracteriza-se pelo enfoque sistêmico agroindustrial com formação em Arranjo Produtivo Local com suporte das economias de aglomeração e integração vertical de cadeias produtivas.

A relevância prática do estudo é verificada pela aceitação que tem o tema, quando discutido com os atores econômicos, sociais, políticos, pesquisadores e principalmente com os agricultores familiares.





REVISÃO DE LITERATURA



O balanço das atividades agrícolas na região semi-árida sergipana, sempre incipiente e desfavorável, atinge em cheio a agricultura familiar caracterizada pela flagrante ineficiência competitiva, de antecedentes de ações sobrepostas e desordenadas, tais como: a) inadequação do sistema de produção vigente; b) desorganização do mercado interno, com predominância marcante do agente intermediário, prejudicial tanto para o produtor como para o consumidor final; c) não ter acontecido melhoria tecnológica, na produção de sementes, no preparo do solo, no plantio e na colheita; e f) desarticulação do agricultor com o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel.

Dentre os agricultores familiares consultados, que se sentem prejudicados desde o advento do século XXI, a grande maioria aponta na mesma direção. Os agricultores familiares culpam a instabilidade e a desorganização do mercado interno, mas admitem que possam ter se saído melhor, caso tivessem percebido o perigo em tempo. Não perceberam porque estavam atarefados com os problemas do dia-a-dia e não tinham a formação necessária para interpretar sozinhos os sinais de alerta. A partir dessas conclusões, a razão é de com a participação dos agricultores familiares e demais atores, produzir conhecimentos, pois existe um saber legítimo, ancorado no saber-fazer e na experiência, que são importantes e devem servir de indicadores, na construção de um modelo de gestão para o agronegócio.

Quatro aspectos justificam a providencial e necessária estruturação de modelo conceitual e metodológico de gestão: primeiro, a importância da “inovação gerencial” para os pequenos produtores familiares; segundo, pelos sistemas agroindustriais integrados de gestão, constituírem recurso importante para a inovação gerencial; terceiro, tratando-se de uma proposta de solução para a agricultura familiar no tocante a seus problemas de gestão, que com as transformações no ambiente socioeconômico, tornar-se-á evidente e imperativa às organizações a necessidade de mudanças para garantir a sua própria sobrevivência; e quarto, pela inexistência de pesquisas com ênfase sobre o tema.

O estudo pode ser justificado a partir de três aspectos: quanto à relevância, a complexidade, e ao ineditismo.

O modelo conceitual de gestão evidencia a necessidade premente de se dar respostas mais rápidas às oportunidades de negócios, de aumentar a competitividade de toda a cadeia e de construir vantagens competitivas sustentáveis. É importante salientar que qualquer que fosse o modelo escolhido, ele deveria responder ao “grande salto” coletivo que é o de possibilitar ao agricultor familiar, condições de inserção competitiva e sustentável na produção agrícola e, acesso à organização da produção e comercialização do óleo vegetal, que possui maior valor agregado. A opção é desenhar proposta de arquitetura ajustada a exigências que contemple as necessidades gerenciais de uma estrutura organizacional contemporânea.

A concepção do modelo conceitual de gestão com formação de Arranjo Produtivo Local se configura com a aglomeração sistematizada de unidades produtivas de agricultores familiares, caracterizada interdependente cadeia de produção de insumo agrícola, interagindo direta e indiretamente, com prevalência das relações de recíproca confiança e cooperação, com diferentes partes da cadeia de produção de óleo vegetal (âncora), com vistas a agregar valor ao produto final. A leitura técnica compreende a integração vertical, dos inputs das etapas de produção do insumo agrícola, até a produção agroindustrial de óleo e sua comercialização.

O professor Ray Goldberg, da Universidade de Harvard, publicou em 1957, com John Davis, a obra “A Concept of Agribusiness”, fazendo em lugar da tradicional análise isolada sobre a agricultura, o enfoque sistêmico que vai da produção de insumo agrícola até a distribuição, passando pela produção agrícola e agroindustrial. Como forma de inserir a agricultura num contexto sistêmico de cadeia produtiva, conceituou-se o agribusiness, como sendo “a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas; das operações de produção nas unidades agrícolas; do armazenamento, processamento e distribuição de produtos agrícolas e itens produzidos a partir delas” (Batalha, 2007, p.25).

Como alternativa de análise do agribusiness, a Analyse de filière (cadeia de produção agroindustrial) surgia na década de 60 pela Escola Francesa de Organização Industrial, diferindo do enfoque Goldberg, vez que a análise parte do produto final e o encadeamento seguem de jusante a montante em direção à matéria-prima que deu origem. O conceito de filière pela Escola Francesa de Organização Industrial consiste em: “Cadeia (filière) é uma sequência de operações que conduzem à produção de bens. Sua articulação é amplamente influenciada pela fronteira de possibilidades citadas pela tecnologia e é definida pelas estratégias dos agentes que buscam a maximização dos seus lucros. As relações entre os agentes são de interdependência ou complementariedade e são determinadas por forças hierárquicas. Em diferentes níveis de análise a cadeia é um sistema, mais ou menos capaz de assegurar sua própria transformação”.

O conceito de Commoditties enfatiza a coordenação e o filière da Escola Francesa privilegia as relações tecnológicas. Os conceitos convergem em relação ao agribusiness, realizam cortes verticais no sistema econômico para estudar sua lógica de funcionamento.

O enfoque sistêmico do agribusiness mostra que o núcleo emissor da interação na cadeia alimentar principia na figura do consumidor (Pinazza, 2001). A partir deste agente, irradia-se para os outros agentes, passando pela atividade agrícola propriamente dita e depois pelas atividades a sua montante. O consumidor exige qualidade, preço, disponibilidade, tem preferências e ainda pode rejeitar. Isto implica que as exigências do consumidor final são os principais indutores de mudanças do sistema.

Nada obstante, Farina e Zylbersztajn (1996) ressaltam que no Brasil os termos agribusiness, sistemas agroindustriais, cadeias produtivas e complexas agroindustriais são, muitas vezes, usados indistintamente. Os sistemas agroindustriais contribuem para a definição da amplitude e extensão do que se entende por agronegócio e seus diferentes elos ou etapas. Por meio dessa abordagem o sistema agroindustrial é entendido como um nexo de contratos e apoia-se em uma cadeia produtiva, abrangendo segmentos antes, dentro e depois da porteira, Farina e Zylbersztajn (1996). Esse enfoque inaugura o estudo do agronegócio baseado em uma visão sistêmica, à montante (de dentro, anterior à empresa) e à jusante (p/fora da empresa), e é importante para o apoio à tomada de decisões corporativas (Amaral, et. al, 2003, p.67).

Uma outra forma de organização da produção que tem sido discutida na literatura é o conceito de Milieu Innovateur, que foi inserido por iniciativa do GREMI (Groupe de Recherche Européen sur les Milieux Innovateurs), e procura desenvolver um enfoque comum que permitisse uma análise territorializada do processo de inovação, enfatizando o papel do ambiente ou meio (milieu) no processo de desenvolvimento tecnológico (Cassiolato e Lastres, 2002, p. 15-16). Milieu Innovateur pode ser definido como um conjunto de elementos materiais (firmas e infraestrutura), imateriais (conhecimento) e institucionais (regras e estrutura legal) que compõem uma complexa rede de relações direcionadas à inovação. Neste conceito a firma não é considerada como um agente isolado no processo de inovação, mas um importante elemento de um ambiente sistêmico com capacidade para inovar. Este conjunto de elementos e relacionamentos é representado por vínculos entre firmas, clientes, organizações de pesquisa, sistema educacional e demais autoridades que interagem de forma cooperativa (Cassiolato e Lastres, 2002, p. 15-16).

Outro formato que contribui para a caracterização dos sistemas produtivos é conhecido na literatura como cadeia produtiva. Este tipo de organização da produção resulta da crescente divisão do trabalho e da maior interdependência entre os agentes econômicos. ((As cadeias produtivas apresentam três importantes aspectos: i) um conjunto de etapas consecutivas; ii) divisão do trabalho; e, iii) não se restringem, necessariamente, a uma mesma região ou localidade. Com bases nestes aspectos a cadeia produtiva pode ser definida como o encadeamento de atividades econômicas através das quais circulam (transformados e transferidos) diversos insumos, incluindo desde as matérias-primas, máquinas e equipamentos, produtos intermediários até sua distribuição e comercialização.

Esse formato organizacional pode ser identificado a partir de análises das relações interindustriais expressa em matrizes de insumo-produto. Outro fato a ser destacado está relacionado à possibilidade de encontrarmos cadeias produtivas inseridas dentro de arranjos produtivos, ou mesmo podendo assumir uma maior abrangência espacial como de âmbito nacional ou mundial (Cassiolato e Lastres, 2002, p.6). O estudo de cadeia produtiva, possibilita visualizar o comportamento das atividades envolvidas nas diversas etapas da produção. Desta forma, para que se estude o agronegócio, mister se faz uma análise do que seja uma cadeia produtiva (Michels, 2001).

Uma cadeia produtiva se constitui basicamente pelo encadeamento de ligações entre empresas de produção, empresas fornecedoras, empresas prestadoras de serviços, instituições de apoio, até chegar ao consumidor final, tendo sempre como núcleo um determinado produto. Estas ligações podem ser tanto comerciais como contratuais, e as empresas de produção podem ser tanto industriais como agrícolas, enquanto as empresas fornecedoras poderão fornecer tanto insumo como de matéria-prima (Bianco, 2003).

A aplicação do conceito de cadeia produtiva é fundamental para o estabelecimento do agronegócio. Este tem demandado constante aprimoramento das cadeias produtivas. Os atores do sistema cadeia produtiva: são os agentes tomadores de decisão que podem interferir na coordenação da cadeia (Zylbersztajn, Farina & Santos, 1993).

O ambiente institucional refere-se aos conjuntos de leis ambientais, trabalhistas, tributárias e comerciais, bem como, as normas e padrões de comercialização. Portanto, são instrumentos que regulam as transações comerciais e trabalhistas.

As cadeias produtivas agrícolas devem suprir o consumidor final de produtos em qualidade e quantidade compatíveis com as suas necessidades e a preços competitivos. Por esta razão, é muito forte a influência do consumidor final sobre os demais componentes da cadeia e é importante conhecer as demandas desse mercado consumidor.

A constituição das cadeias produtivas não segue padrões pré-estabelecidos. Pois, cada arranjo, depende de inúmeras variáveis, que normalmente estão associadas aos contextos regionais e as exigências de mercado. A análise prospectiva de cadeias produtivas pode oferecer produtos em prol do desenvolvimento do agronegócio do semiárido sergipano, como: a) identificação de fatores críticos de competitividade (eficiência, eficácia, qualidade) e sustentabilidade ambiental, em relação a cadeias produtivas competidoras, principalmente em relação aos elos agrícola e agroindustrial; b) oferecer subsídios à elaboração de políticas públicas de melhoria de competitividade das cadeias estudadas; c) oferecer subsídios aos integrantes da cadeia estudada, para aprimoramento da coordenação e da competitividade.

No Brasil ainda predomina uma visão tradicional da agricultura entendida, como um setor fornecedor de matérias-primas para o setor industrial e não como um setor integrante de um segmento mais amplo e parceiro importante no processo de transformação e agregação de valor. É comum a empresa se questionar se deve ou não se estruturar verticalmente. A resposta passa por várias etapas, mas aos olhos comuns sempre há vantagens, uma vez que a empresa “cresce”. Entretanto, essa análise nem sempre é verdadeira, havendo necessidade de um modelo econômico que sustente seu sucesso.

A verticalização ocorre quando “a empresa assume o controle sobre diferentes estágios (ou etapas) associados à progressiva transformação de insumos em produtos finais” (Britto, 2002b, p.313). A integração vertical é, portanto, atuação em mais de um estágio do processo produtivo. Para se entender os motivos que levam uma empresa a se verticalizar, deve-se recorrer ao conceito de custo de transação.

Segundo Perry (1989), uma firma pode ser descrita como verticalmente integrada se ela envolve necessariamente dois processos de produção em que (1) a produção total do processo upstream é empregada ou em parte ou totalmente como a quantidade de um insumo intermediário dentro do processo downstream; ou quando (2) a quantidade total de um único insumo intermediário que é utilizado em um processo downstream é obtida, em parte ou totalmente, da produção do processo upstream.

Para Grant (2002), integração vertical refere-se à propriedade de empresas com atividades relacionadas verticalmente. Quanto maior a propriedade da empresa e controle sobre estágios sucessivos da cadeia de valor para o seu produto, maior é o seu grau de integração vertical, caracterizando a verticalização. A integração vertical pode ocorrer em duas direções: integração para trás, onde a firma controla a produção de seus inputs; ou integração para frente, onde a empresa controla seus clientes (distribuição). Ainda de acordo com Grant (2002), a integração vertical pode ser total ou parcial (parte dos elos da cadeia). A integração vertical evita os custos de usar o mercado, mas ao se internalizar as transações, os custos de administração são incorporados ao negócio.

De acordo com Slack et al (1997, p.183), “integração vertical é o grau de posse de uma organização ou rede da qual faz parte”. Esta, pode ir desde o 1º ao último elo da cadeia sobre a qual atua a empresa, sempre agregando o máximo de valor à sua matéria prima.

Segundo Williamson (1985), integração vertical é um conceito bastante genérico, podendo ser caracterizado como “a combinação de processos tecnologicamente distintos (p.ex: produção, processamento, distribuição, vendas) dentro das fronteiras de uma mesma empresa, ou seja, sob um mesmo comando decisório (seja um indivíduo, empresa, conglomerado, instituição ou outra forma), e envolvendo a propriedade total dos ativos”.

De acordo Vasconcellos (2002), a partir do momento que uma empresa começa a desempenhar fases ou atividades de seu processo que anteriormente eram feitas por seus fornecedores, diz-se que essa empresa está se integrando para trás. Por outro lado, quando a empresa se desloca em direção de seus clientes, tem-se então a integração para frente.

Em Vasconcellos (2002), podem-se encontrar algumas razões que levam uma empresa à adoção de uma postura de verticalização:

a) Redução de custos – dividida em três tipos: custo de coordenação; Custos de processo; e, Custos de distribuição.

b) Mecanismo de aproximação com o cliente – operação de vendas direta para o consumidor, estreitando assim seu contato com o consumidor final;

c) Proteção em atividades específicas – tentativa em manter sigilo sobre suas competências essenciais, como tecnologias, conhecimentos e processos que a diferenciam e a fazem única. Portanto, é essencial que esta atividade seja desempenhada internamente;

d) Intenção de crescer em tamanho – quando decide adicionar uma outra atividade à organização, após a estabilidade alcançada em sua fatia de mercado;

e) Segurança quanto ao fornecimento – a verticalização fornece maior controle nas questões de qualidade e preço, atendimento ao consumidor, escoamento da produção.

A integração vertical entre firmas é utilizada como instrumento para garantir à oferta de insumos e/ou a demanda pelos produtos. Quando a firma não demonstra capacidade para obter a quantidade de insumos desejada ao preço corrente ou para vender a quantidade de produtos maximizadores de lucros ao preço do produto corrente – ou seja, quando o mercado está em desequilíbrio aos preços estabelecidos devido a alguma imperfeição, a integração vertical pode ser utilizada como forma de garantir o equilíbrio do mercado. A contenção de custos causada pela integração vertical é consequência de redução do número de etapas do processo de produção, da redução do custo de transporte, do melhor controle das programações, da redução da necessidade de informações, da diminuição de custos de transação e por menores custos provenientes de relações estáveis.

A integração ainda permite que uma atividade da empresa que seja mais lucrativa financie segmentos menos lucrativos. Com a integração vertical, a firma cresce, a taxa de lucro não diminui e é possível a obtenção de economias de escala e de escopo (Porter, 1990).

A integração vertical, entretanto, possui também algumas desvantagens. Porter (1990) aponta alguns dos custos estratégicos da integração vertical. A superação de barreiras de mobilidade é um desses custos uma vez que a integração vertical necessita de escala, de financiamento e de investimentos maiores. A integração vertical também leva a um aumento de barreiras à saída devido, entre outros, ao aumento da quantidade de ativos específicos. Os custos fixos de uma empresa aumentam com a verticalização. Além disso, as flutuações que ocorrem em uma etapa da cadeia são transmitidas para todas as outras, assim, a integração vertical eleva a alavancagem da empresa e aumenta o risco do negócio.

Os riscos estratégicos também podem ser elevados pois a integração vertical em alguns casos exige grande investimento de capital e estes podem ser maiores do que a capacidade da empresa levantar fundos. Outros problemas estão relacionados ao fato da empresa ser obrigada a investir em atividades de baixo retorno e investir em desenvolvimento de capacidade tecnológica, uma vez que a empresa fecha o acesso às pesquisas dos fornecedores ou consumidores. A maior estrutura da empresa levará ainda a problemas de flexibilidade e de velocidade de resposta às mudanças no ambiente (Porter, 1990).



METODOLOGIA



Este artigo foi resultado de uma pesquisa aplicada, porque objetivou discutir teoricamente aglomerados e sistemas produtivos, e, propor o desenvolvimento de uma sistemática específica geradora de conhecimento prático para a estruturação de modelo de gestão. Predominando características de exploratória e empírica, porque se pretendeu fazê-la através do estudo de uma realidade ocorrente no ambiente institucional e das relações contratuais, num contexto em condições características da região semiárida, ambiente de trabalho interativo dos agricultores familiares. Exploratória porque avança sobre um terreno pouco conhecido, procurando mapeá-lo e divisar os parâmetros de sustentabilidade das estruturas dos elementos que compõem a produção de semente, a extração do óleo e a comercialização, principais elos da Cadeia Produtiva de Negócios Agrícolas (CPNA).



O estudo de ordenamento territorial desenvolvido pela Embrapa na região, compreende como campo de pesquisa, os municípios de: Poço Verde, Tobias Barreto, Simão Dias, Riachão do Dantas, Carira, Ribeirópolis, Macambira, Monte Alegre, N.Sª da Glória, N.Sª Aparecida e Frei Paulo, considerados aptos à exploração da cultura da mamona (Ricinus Communis L.), dada as condições climáticas e edáficas favoráveis ao bom desempenho da cultura de oleaginosa – BRS 188 Paraguaçu; BRS149 Nordestina e BRS Energia. O ordenamento teve como base o Zoneamento Agrícola de risco climático (Embrapa, 2006), seguidas as recomendações de Amorim Neto et al (1999), que define as condições próximas ao ótimo ecológico, considerando os critérios de temperatura média do ar (entre 20 e 30°C) (Silva ,1981), precipitação pluviométrica superior a 500 mm no período chuvoso (Távora, 1982), altitude entre 300 a 1500 s.n.m.(Azevedo et al., 1997), e solo com textura arenosa a franco-argilosa, bem drenados e sem problemas de salinidade ou sodicidade. Dados de altitude, precipitação, temperatura e classificação de solo foram extraídos do Banco de Dados Hidrometeorológico da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE, 1990a, 1990b, 1990c, 1990d, 1990e, 1990f,1990g, 1990h,1990i) e dos Levantamentos Exploratórios – reconhecimento de solos dos Estados do Nordeste Brasil, 1972a e 1972b; EMBRAPA, 1976 e 1977). Informações sobre tradição de cultivo obtidas no Banco de Dados Agregado da FIBGE(2002).

Neste mesmo curso alternativo, segundo Nota Técnica de avaliação de cultivares girassol no Estado de Sergipe, realizada pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (2008), ficou demonstrado que o girassol (Helianthus annuus), entre alternativas de espécies com potencial para biodiesel, tem boa adaptação ao clima de Sergipe, podendo ser cultivado em praticamente todo o estado. Os ensaios realizados nos municípios de Carira, Frei Paulo, Nª Sª das Dores e Simão Dias, em duas redes experimentais nos anos agrícolas de 2006/7 e registraram médias de produção de 1600 a 2600 kg/ha, superiores à média nacional de 1500 kg/ha. O potencial para a produtividade do conjunto de cultivares: BRS Gira 20, BRS Gira 18, BRS Gira 14, M 734, BRS Gira 13, EXP 1446 e Agrobel 960 avaliados, evidenciam as condições edafoclimáticas propícias ao desenvolvimento da cultura do girassol.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo diferentes no ponto de partida da análise, a utilização conjunta dos dois modelos é interessante porque o commodity system approach está mais relacionado com a coordenação; enquanto que o filière, privilegia as relações tecnológicas. Mas, ambos convergindo em relação ao conceito de agribusiness, realizam cortes verticais no sistema econômico para estudar sua lógica de funcionamento.

O enfoque sistêmico do agribusiness mostra que o núcleo emissor da interação na cadeia alimentar principia na figura do consumidor (Pinazza, 1995). O consumidor exigindo qualidade e preço, e ainda podendo rejeitar, torna-se o fator determinante e indutor de mudanças do sistema.

Fixando-se nos detalhes do referencial teórico, uma mudança de paradigma se faz necessário, aonde o pensar sistêmico deve tomar lugar à frente da maneira de pensar atual dos agricultores familiares, disseminando-se um pensamento mais cooperativo, não lineares integrativo (Capra, 1982).

Já nos referimos a Chayanov,(1985) que vê na agricultura familiar, uma forma diferente de organização da produção agrícola, tendo em vista seu formato micro, capaz de combinar um conjunto de fatores, tornando-a competitiva quando comparada a outras formas de produção agropecuária. Para a análise da evolução da organização da produção econômica da agricultura familiar, a leitura de Chayanov é central no sentido que “propõe que o agricultor familiar seja o próprio agente do desenvolvimento” (Badalotti, 2003) e que na “integração vertical” está à forma de incorporação deste setor à economia.

Obras como as de Abramovay (1992) e Veiga (1991) desenvolvidas a partir da década de 1990, buscam sustentar a concepção e a defesa do conceito de agricultura familiar enquanto categoria de análise da realidade rural e, do setor como uma das formas de produção agropecuária, pela qual a maioria dos países desenvolvidos tem feito a opção em seus projetos de desenvolvimento. Para Abramovay (1992), o peso da produção familiar na agricultura é único no capitalismo contemporâneo, pois em nenhum outro setor da economia, a produção e a gestão familiar têm tanto significado. Portanto, talvez o caminho mais viável para o desenvolvimento do meio rural brasileiro.

A trajetória de subsistência da agricultura familiar, tem ocupado seu espaço físico e econômico restrito, com predomínio das ações isoladas, diferente daqueles poucos agricultores familiares centrados em ações coletivas, que em nível de propriedade, mostram-se como organizações produtivas, com base tecnológica alternativa, focada com o meio ambiente, compreendendo no âmbito externo, o associativismo, a um processo de industrialização agrícola , e o desenvolvimento local, com oportunidades de emprego e comercialização da produção das propriedades familiares.

Nas unidades de agricultura familiar em Sergipe, os limites e dificuldades são grandes. Transcorridos mais de vinte anos, a forma de convivência política e econômica da agricultura familiar é ainda polêmica entre as próprias organizações que compõem o ambiente do meio rural. Neste espaço, a agricultura familiar sergipana, tem sido avaliada com potencial, para a intensificação de suas ligações dinâmicas em atividades solidárias, capazes de propiciar oportunidades de geração de ocupação produtiva e renda, até aqui adormecidas.

Embora encarado de maneira positiva, como base de projetos capazes de motivar o surgimento local e regional de oportunidades, o agricultor familiar focado em ações isoladas, continuam ainda desorganizados e inadequados na gestão do processo de produção e comercialização, somente atingindo resultados incipientes e desestimuladores.

As causas recentes e centrais do declínio do cultivo de oleaginosas, tem prejudicado o consumidor final, atingindo fortemente o produtor, devido aos baixos preços, o que tem impossibilitado o retorno dos investimentos na produção e reduzido à confiança dos produtores e demais atores envolvidos no agronegócio.

Para os agricultores familiares, a estruturação de modelo de gestão com formação de Arranjo Produtivo Local, é oportuna e de fundamental importância, já que os recursos são escassos. Na atual circunstância é bastante propícia a decisão em concentrar esforços na criação de uma ambiência na articulação dos múltiplos atores sociais, para realizar sinergicamente as intervenções que se ressalta a importância do fomento e disseminação de uma cultura de cooperação. Não há visibilidade competitiva para os agricultores familiares sergipanos fora da cooperação. Os agricultores familiares precisam cooperar para adquirir escala que lhes possibilitem comprar, produzir e vender com eficácia. O aumento do poder de compra, acesso coletivo a novos mercados, produção em larga escala, aquisição compartilhada de tecnologias, comercialização profissionalizada, ações de pesquisa e desenvolvimento, estratégicas em parceria, são alguns dos muitos exemplos de cooperação que já estão ocorrendo entre agricultores familiares nas mais diversas regiões do país, em decorrência da aplicação da cultura da cooperação.

A análise empreendida neste trabalho, reconhece a importância das atividades produtivas articuladas por uma lógica comum, em atuação conjunta dos agricultores familiares; mostra que as economias externas tem papel fundamental para a geração de vantagens competitivas aos produtores inseridos em sistemas produtivos; e, ressalta a necessidade de ampliação do círculo de relações dos agricultores com os agentes locais, aí incluído o poder público comprometido nos três níveis, fazendo prevalecer decisões políticas públicas assentadas em estratégias de ações sistêmicas, indispensáveis para que a região e o local deixem de ser assimilado ao abandono e ao atraso.

Esta pesquisa constitui-se da maior relevância, pois consiste na busca de uma contribuição teórica por meio da proposição de uma perspectiva de modelo conceitual de gestão, com inserção da categoria social de agricultura familiar envolvida com a produção agrícola consorciada de alimentos com oleaginosas, num contexto de inovação gerencial a partir da formação de arranjo produtivo em região periférica, com sistema de integração vertical de cadeias produtivas.



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Ilustrações: Silvana Santos