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Para a ganância, toda a natureza é insuficiente. Sêneca
ISSN 1678-0701 · Volume XXIII, Número 91 · Junho-Agosto/2025
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14/06/2018 (Nº 64) EDUCAÇÃO AMBIENTAL VAI ALÉM DO CONTATO COM A NATUREZA E INTEGRA QUESTÕES SOCIAIS
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL VAI ALÉM DO CONTATO COM A NATUREZA E INTEGRA QUESTÕES SOCIAIS

Docente da Unicamp acredita que além do conhecimento da fauna e flora, o respeito entre as pessoas é fundamental para a proteção do meio ambiente.



O que você entende por educação ambiental? Para muitos a resposta está diretamente ligada ao contato com a biodiversidade, ao conhecimento sobre espécies da fauna e flora e ao manejo da terra. Essa ideia não está errada, mas quando ampliamos as possibilidades da educação ambiental podemos entendê-la de forma mais completa.

Para Sandro Tonso, professor de Educação Ambiental da Faculdade de Tecnologia da UNICAMP, as atividades que envolvem o contato com a natureza são necessárias na luta contra a degradação do meio, mas não são suficientes. “Não basta ficarmos fazendo visitas à áreas verdes, ou simplesmente estudarmos sobre características das espécies. É necessária uma discussão sobre essas vertentes da natureza, sobre as fragilidades e as ameaças que ela sofre no dia de hoje”, explica o professor, que relaciona questões ambientais, sociais e sociopolíticas. “As pessoas precisam entender que não existem questões ecológicas desvinculadas do modelo de desenvolvimento atual. Não adianta jogar o lixo no lugar certo e desrespeitar comunidades ribeirinhas ou populações rurais", completa.

"A educação ambiental deve ser desenvolvida de maneira a compreender que todos os seres são importantes, que todas as formas de vida são válidas e que não há um jeito melhor que o outro”

Além dos problemas de relacionamento entre as pessoas, a falta de informação é um outro dilema. “As formas como foram tratadas as questões ambientais nas últimas décadas não apresentam resultado. Nunca se falou tanto sobre a questão ambiental nos últimos 50 anos e, no entanto, nunca tivemos tantos desastres ambientais, de pequenas e grandes escalas, como nos últimos anos”, diz o professor, que mostra a necessidade de ampliar as discussões sobre as questões ambientais.

Não basta sabermos a importância das árvores ou o tanto de oxigênio que as algas marinhas produzem, porque essas informações são marteladas há 40 anos e não houve aumento no grau de consciência ambiental. O conhecimento que falta é o “por quê” das coisas. É necessário que as pessoas questionem mais, por exemplo, porque se usa e a quem interessa o uso de agrotóxico? Por que não é feita uma campanha de coleta seletiva efetiva?”, explica Sandro.

As pessoas e o meio ambiente

O professor defende ainda que a diminuição na degradação do solo e as melhorias nos níveis de preservação, por exemplo, dependem das relações interpessoais e do respeito ao próximo. “Quando uma pessoa joga um lixo na rua não falta conhecimento a ela de que aquilo não se faz, de que lixo se joga no lixo. O que falta é uma questão de respeito ao bem público, a ideia de que o espaço público não é o espaço de ninguém, mas sim o espaço de todos. O respeito ao meio depende totalmente do respeito aos outros”, completa.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/educacao-ambiental-vai-alem-do-contato-com-a-natureza-e-integra-questoes-sociais.ghtml





Ilustrações: Silvana Santos