Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Relatos de Experiências
26/01/2018 (Nº 62) A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: AÇÕES DO LABORATÓRIO DE BIOLOGIA E DIVERSIDADE ANIMAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA EM URUGUAIANA-RS
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Revista Educação ambiental em Ação 33

A educação Ambiental e a Extensão Universitária: Ações do Laboratório de Biologia e Diversidade Animal da Universidade federal do Pampa em Uruguaiana-RS

Luis Roberval Bortoluzzi Castro1, Márcio Tavares Costa 2, Aline Goulart 2, Edward Frederico Castro Pessano 2

1 Programa de Educação em Ciência: Química da Vida e Saúde da Universidade Federal de Santa Maria

2 Laboratório de Biologia e Diversidade Animal da Universidade Federal do Pampa

Resumo:

Neste relato são apresentadas as atividades desenvolvidas pelo Laboratório de Biologia e Diversidade Animal da Universidade Federal do Pampa realizadas no ano de 2016 que visam atingir a comunidade em geral, afim de valorizar esses espaços de ensino por meio da extensão universitária.

Palavras-chave: Educação, Laboratório de biologia, Extensão universitária.

Abstract:

ENVIRONMENTAL EDUCATION AND THE UNIVERSITY EXTENSION: ACTIONS OF THE LABORATORY OF BIOLOGY AND ANIMAL DIVERSITY OF THE FEDERAL UNIVERSITY OF PAMPA IN URUGUAIANA

This report presents the activities developed by the Laboratory of Biology and Animal Diversity of the Federal University of Pampa conducted in the year 2016 aimed at reaching the community in general, in order to value these spaces of education through university extension.

Keywords: Education, Biology Laboratory, University Extension.

Introdução

A Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) foi fundada em 2008 e constitui-se de 10 campus no estado do Rio Grande do Sul. Entre as cidades beneficiadas com a instituição estão Alegrete, Bagé, Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Itaqui, Jaguarão, Santana do Livramento, São Borja, São Gabriel e Uruguaiana.

Nesta última, localiza-se o Laboratório de Biologia e Diversidade Animal (LBDA), que atende cinco, dos oito cursos de graduação presentes no Campus. Além de dar suporte ao Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, ao Curso de Especialização em Educação em Ciências e ao Curso de Especialização em Educação Ambiental.

Embora o LBDA desenvolva atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão envolvendo todos estes cursos, caracterizando-o como um ambiente multiusuário, o laboratório destaca-se pela sua ligação com o curso de licenciatura em Ciências da Natureza. Assim, somado ao ensino, o LBDA produz pesquisas na área da educação, ciências ambientais, formação de professores, zoologia, bem como consultorias externas. No entanto, a extensão tem se destacado a partir do ano de 2013, por meio de minicursos, participação em feiras de ciências e palestras oferecidas, juntamente com o recebimento do público externo em visitas agendadas.

Todas as atividades extensionistas realizadas pelos membros do laboratório têm como público alvo o ensino básico da cidade de Uruguaiana e região da fronteira oeste do estado do Rio Grande do Sul. Desta forma, o LBDA é aberto a visitações sem distinção de idade, pois o roteiro é adaptado a cada faixa etária. Adicionalmente, o laboratório reconhece a importância da formação continuada dos professores, a fim de beneficiar seus alunos, bem como, a complementação da formação dos futuros professores, egressos do curso de Ciências da Natureza e áreas afins. Portanto, minicursos e palestras são ofertadas a este público.

As visitações por turmas compostas de crianças e/ou adolescentes ao laboratório são guiadas com um perfil de oficinas. O ambiente conta com uma coleção com mais de 3000 espécimes, entre Poríferos, Cnidários, Equinodermos, Moluscos, Anelídeos, Artrópodes, Répteis e Mamíferos (BILHALVA et al., 2016). Destaca-se que esta coleção que é utilizada a priori no ensino, é uma grande atração para as crianças, principalmente.

A metodologia de oficina adotada, para Marcondes (2008), permite inter-relacionar e contextualizar a informação e, consequentemente, envolver os alunos num processo de promoção da ciência, permitindo que a construção do conhecimento seja na perspectiva de protagonistas e não de espectadores. As oficinas temáticas também se mostram como instrumentos facilitadores do ensino-aprendizagem como já previsto na literatura por Silveira et al., (2015), e corroborado pelos os relatos dos professores após as atividades no laboratório.

Cabe destacar, que enquanto a formação continuada, requerida por cerca de 70% dos profissionais da educação básica da região (COSTA et al., 2014) ocorre em grande parte por meio de minicursos e abordagens sobre a Educação Ambiental, com destaque ao Bioma Pampa e seus componentes, bióticos e abióticos. Ao longo destas formações utiliza-se a contextualização para desenvolver as temáticas, evidenciando assim uma estratégia com muitos benefícios já citados por Pessano et al., (2015), como a exploração de assuntos sociais, econômicos e ambientais, além de despertar o interesse dos participantes.

Neste cenário, as atividades extraclasse, as quais também participam os futuros professores, graduandos do Curso de licenciatura em Ciências da Natureza, envolvem suas ações de pesquisas e demais trabalhos investigativos, que são utilizados como plataforma nas ações extensionistas. Portanto, ao mesmo tempo em que se promove a difusão do conhecimento, contribui-se para com a formação destes licenciandos.

Por fim, nota-se que as atividades do LBDA se direcionam direta, ou indiretamente, às crianças e jovens do ensino regular a curto e médio prazo e nesta direção este relato de experiência objetiva compartilhar as atividades de extensão realizadas no laboratório envolvendo alunos do ensino regular, docentes e discentes.

O Ensino e a utilização de Laboratórios de Ciências e Biologia

No ensino superior os processos relacionados a formação de futuros educadores principalmente aqueles das áreas das Ciências da Natureza, apresentam a necessidade da existência de ambientes de ensino apropriados como os laboratórios, serão nestes locais que ocorrerão momentos imprescindíveis para a construção de conhecimentos, desenvolvimento de habilidades, relacionamento da teoria com a prática, momento de consolidação.

Na educação básica a utilização deste ambiente didático possuem outras finalidades, primeiramente esses ambientes não apresentam muita frequência de utilização, AUTORES apontam que os laboratórios estão sendo exterminados dos espaços escolares e dentre os motivos estão, a falta de interesse dos professores da área, falta de apoio das escolas, ausência de um técnico para manutenção do espaço, problemas com o controle de material como os reagentes químicos, problemas para a conservação de material de origem animal como animais em vidros de formol, álcool sem procedência e controle, indo de encontro a conservação ambiental.

Falando de educação básica, é possível dizer que estes espaços didáticos deveriam estar sempre preservados e conservados, pois são locais de importância imensurável, ao contrário dos mesmos espaços no ensino superior na educação básica os laboratórios deveriam funcionar como “alavancas” empurrando os educandos para o conhecimento, para próximo da realidade, abrindo e proporcionado momentos

Metodologia

O presente relato apresenta uma série de atividades que enfatizam a importância dos laboratórios de ciências neste caso de Biologia e diversidade animal da Universidade e com isso buscamos retratar a necessidade do movimento em relação ao processo educacional onde estes espaços precisam se adaptar para não ficarem perdidos no espaço e no tempo. Por isso enfatizamos a importância de atividades multicêntricas que possibilitem a esses espaços novos olhares da comunidade a fim de não pensarmos que laboratórios de ciências são espaços apenas de “bichos” em formol mas o quanto os usuários destes espaços podem contribuir de fato com os resultados de suas pesquisas para toda a comunidade. E diante deste cenário apresentamos algumas atividades que o LBDA da Unipampa vem desenvolvendo nos últimos anos a fim de oportunizar a pesquisa aos usuários e executar a função extensionista com a divulgação das atividades e assim oportunizando que a ciência esteja viva nas mais diversas localidades para os diversos públicos.

Resultados e discussão

Atividades realizadas

Visitas

De 2013 até o momento houveram 16 visitas realizadas por diferentes turmas de crianças e adolescentes ao LBDA. Turmas oriundas de colégios particulares (2), municipais (5) e estaduais (9). Estas visitações duraram entre 15 e 60 minutos e compreenderam de quatro a 32 alunos por turma (figura 1).

Figura 1 -- Imagens ilustrando diferentes visitas ao Laboratório de Biologia e Diversidade Animal. Entre as atividades estão as explanações sobre animais peçonhentos (A), a ilustração de estruturas biológicas - pele (B), bem como de quelíceras (C), a apresentação da coleção zoológica (D) e a demonstração de vídeos pedagógicos.

Ao longo das atividades, espécies típicas do Bioma Pampa são apresentadas, as quais originam temáticas distintas e variadas indagações por parte dos estudantes. Os assuntos são direcionados de acordo com a faixa etária dos alunos (figura 2). Embora há pautas incomuns, como os fundamentos de ecologia e animais peçonhentos.

Figura 2 -- Imagem resumo de como ocorrem as atividades no Laboratório de Biologia e Diversidade Animal nas visitações. Quadros negros apontam assuntos incomuns, indiferente da faixa etária.

Minicursos

Drosophila melanogaster para o uso da ciência – Rede Novos Talentos

Em 2016 o LBDA auxiliou na realização de dois cursos de férias da Rede Novos Talentos. Os cursos abrangeram 80 alunos das escolas municipais Gen. Osório (Figura 3.A e B) e Cabo Luiz Quevedo (figura 3.C e D) durante a semana de atividades educacionais. Nas atividades os discentes puderam conhecer e debater sobre o uso de organismos vivos na ciência e realizar experimentos.

Figura 3 - Curso de Férias Drosophila melanogaster para o uso da ciência realizado no LBDA. Educandos da escola Municipal Gen. Osório (A e B) da escola Cabo Luiz Quevedo (C e D).

Serpentes gaúchas e suas toxinas

Em 2016 o LBDA ofertou este minicurso (figura 4) durante o III Simpósio Gaúcho de Herpetologia, ocorrido na cidade de Rio Grande – RS. Durante esta atividade buscou-se enfocar nas serpentes gaúchas. A carência de informações sobre o real perigo dos mesmos está entre as causas de sua mortandade. Abordou-se também ao longo da atividade o potencial toxicológico e farmacológico de suas peçonhas, temáticas deficientes e que poderiam minimizar o preconceito existente em relação aos ofídios. De forma geral, o minicurso desenvolveu-se entre o método expositivo, apresentando os devidos elementos; debate, com mitigação de dúvidas, curiosidades e possíveis conceitos aplicados de forma errônea e; prática, a fim de propor a aplicação do que foi assimilado. Ao final, explorou-se junto aos acadêmicos:

  1. Conhecimentos básicos-evolução, distribuição e biologia – a respeito dos ofídios, com ênfase nos exemplares do RS;

  2. Métodos elementares de reconhecimento de serpentes peçonhentas;

  3. Noções de como proceder quando alguém sofre uma exposição às mesmas;

  4. Técnicas para extração de toxinas;

  5. Características gerais e perspectivas de estudos das peçonhas.

Figura 4 - Minicurso “Serpentes gaúchas e suas toxinas”, desenvolvido por membro do Laboratório de Biologia e Diversidade Animal, desenvolvido no III Simpósio Gaúcho de Herpetologia em Rio Grande – RS.

Conhecendo os macroinvertebrados bentônicos para preservar os recursos hídricos

O LBDA ofertou este minicurso no dia 22 de novembro de 2016 no 8º Salão Internacional de Educação, Pesquisa e Extensão (SIEPE) da UNIPAMPA. Contou com a participação de 10 acadêmicos, e teve duração de 4 horas (figura 5).

A atividade foi dividida em dois momentos: um teórica expositiva, com abordagem de aspectos básicos do monitoramento biológico, utilização de macroinvertebrados como bioindicadores de qualidade ambiental; e outro prático, conhecendo os principais grupos de macroinvertebrados da região de Uruguaiana. Desta forma, buscou-se contribuir para novos olhares e possibilidades no ensino, partindo do princípio que conhecer pode ser a melhor forma para preservar.

Figura 5 - Minicurso “Conhecendo os macroinvertebrados bentônicos para preservar os recursos hídricos” realizado no 8º SIEPE em 2016. Slide inicial da primeira parte da atividade (A) e atividade prática (B).

Artemia Salina como modelo para bioensaios de toxicidade

Realizado durante a IV Semana Acadêmica e III Mostra de Trabalhos do Curso de Farmácia da UNIPAMPA, contou com a presença de sete acadêmicos. Ao longo do minicurso (figura 6) foi apresentado aos estudantes um modelo experimental de baixo custo econômico, que atualmente é utilizado para avaliação de toxicidade e estresse oxidativo no LBDA. Posteriormente os mesmos eram desafiados a construir questionamentos e hipóteses que pudessem ser verificadas com modelo experimental.

Figura 6 - Minicurso “Artemia Salina como modelo para bioensaios de toxicidade”. Exposição teórica (A) e início da parte prática (B).

Formação Continuada

Répteis, ênfase em serpentes

O minicurso intitulado “Répteis, ênfase em serpentes” foi o primeiro curso de formação continuada realizado pelo LBDA. Contou com o apoio da 10ª Coordenadoria Regional de Educação, e os participantes caracterizaram-se como professores de ciências da rede estadual de educação básica oriundos da cidade de Uruguaiana, Barra do Quaraí, Alegrete e Itaqui. Ao total, foram 58 profissionais que puderam rever ao longo do processo a identidade, abrangência, biologia, aspectos evolutivos e conservativos dos répteis, além do tópico em ofídios e acidentes com os mesmos.

Parte deste trabalho pode ser visualizado em http://repteis.wixsite.com/home.

Estratégias e Métodos de Ensino

No segundo semestre de 2016, o LDBA ofertou uma ação de extensão para a formação continuada de professores a fim de difundir e debater metodologias e estratégias educacionais. O curso ocorreu entre os meses de maio à dezembro de 2017 em uma escola técnica em agropecuária. A atividade, que visava a melhoria dos processos de aprendizagem, contemplou 20 docentes.

Na ocasião, as atividades desenvolvidas abordaram:

  1. Panorama do Ensino no Brasil: A crise educacional

  2. A evolução científica e tecnológica X Estratégias de Ensino Conservadoras

  3. Diagnóstico da Realidade

  4. Contextualização e Interdisciplinaridade

  5. Trabalhando com artigos científicos

  6. A Problematização através do Arco de Maguerez

  7. Trabalhando com Temas Geradores

  8. Usando a Pedagogia de Projetos

  9. Oficinas Temáticas como Estratégia de Ensino

  10. A Educação a Distância como Alternativa

  11. Avaliação

Palestras

Rio Uruguai como tema contextualizado integrador

Em 2016, o coordenador do LBDA ministrou com a palestra intitulada o “Rio Uruguai como tema contextualizado integrador” (figura 7) em 2016. A atividade foi parte do I Seminário de Educação Ambiental “Contribuindo para novos Olhares”, ocorrido em Uruguaiana. O evento contou com a participação de 100 profissionais da educação.

Figura 7 - Participação do coordenador do LBDA no 1º Seminário de Educação Ambiental de Uruguaiana em 2016. Slide de apresentação da palestra (A), Palestra (B) e Público do evento (C).

Palestras em escolas da rede pública

Dentre as palestras realizadas pelos representantes dos LDBA em escolas, destacamos as atividades junto aos educandos da Escola Cabo Luiz Quevedo (figura 8.A), da qual o assunto chave foi ciência. Também destacamos as falas realizadas com os educadores da Escola João Batista Luzardo (Figura 7.B), onde os professores se fizeram presente para dialogar a respeito da temática Bioma Pampa. Esta ação possibilitou investigar a percepção e a relação do tema junto ao público.

Figura 8 - Palestras realizadas em escolas da rede pública no município de Uruguaiana. Ação realizada com alunos da Escola Cabo Luiz Quevedo (A) e com educadores da Escola João Batista Luzardo (B).

Participação em Feiras de ciências

Ao longo do segundo semestre de 2016 o LBDA participou de quatro feiras de ciências realizadas em escolas da rede pública de Uruguaiana. Entre elas estão as feiras realizadas nas escolas Dom Hermeto e Dom Bosco (Figura 9).

Figura 9 - Participação do LBDA em feiras de Ciências. Feira da escola estadual Dom Hermeto (A) e da escola municipal Dom Bosco (B).

As ações desenvolvidas no laboratório têm se mostrado de grande relevância e interesse para as instituições de ensino no município de Uruguaiana, pois o LBDA tem sido constantemente procurado para desenvolver novas ações de extensão. Nesse sentido e com o objetivo de continuar compartilhando suas atividades e produções, foi criado em 2015 um site institucional do laboratório, o qual pode ser acessado pelo link: http://porteiras.s.unipampa.edu.br/lbda/

No ano de 2016 o site recebeu modificações e através do mesmo podem ser baixados artigos e livros oriundos de trabalhos no laboratório ou por pesquisadores parceiros, bem como, ter acesso a coleção didática de zoologia, a qual está passando por nova atualização em 2017.

Considerações Finais

As experiências relatadas aqui não computaram as atividades de Ensino, nem de Pesquisa realizadas no laboratório. Os relatos são referentes a algumas atividades de Extensão desenvolvidas pela equipe do LBDA, consideradas importantes por seus membros por apresentarem diretamente ideais em prol do desenvolvimento educacional.

Para tanto, o laboratório conta com apoiadores que, em conjunto “externam” - fazem com que expanda-se, e assim multiplica-se - o conhecimento acadêmico. Deixando para trás o conceito de uma estrutura física e, assim, busca reflexões e leva consigo informações a fim de partilhar com muita dedicação e humildade ao seu público alvo.

De forma geral, estas atividades almejam a desmistificação da ciência por parte dos discentes, de modo que os mesmos iniciem um olhar cientifico de maneira a fazer ciência. No entanto, também proporciona noções da rotina de um laboratório, bem como, disponibiliza novas ferramentas de aprendizagem.

Ao longo de sua trajetória os objetivos do LBDA foram, e vão, se remodelando. Neste caminho, considera-se que o movimento da ciência deve partir de ações simples, mas sólidas da universidade. E na Extensão, ao estar junto das unidades escolares, percebe-se os diversos problemas ligados a educação. Alicerçando a busca por melhorias para melhor atender os diversos públicos.

Ao chegarmos ao final deste documento podemos evidenciar a importância do processo educacional que necessita acompanhar o movimento das ações tecnológicas presentes no mundo e ao alcance de todos, pois caso contrário corre-se o risco de perdermos a essência da educação no contexto básico escolar porque tudo fica ultrapassado se sem atração dos atuais aprendizes e isso não é diferente nos laboratórios de ciências e ou biologia sejam do ensino básico ou universitário e a única maneira de não entrar em “extinção” é a adaptação desses espaços como as aqui relatadas onde um laboratório além de abrir as suas portas leva as informações científicas aos diversos públicos e assim busca acompanhar o avança das tecnologias para se apresentar atraente a fim de poder levar a ciência para a comunidade.

Referências bibliográficas

BILHALVA, W. P.; PESSANO, E. F. C.; CARVALHO, A. V.; COSTA, M. T.; CASTRO, L. R. B. Coleções Biológicas Como Instrumento De Extensão Universitária Na Promoção Da Educação Ambiental. Anais do 8º siepe Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão. Uruguaiana, RS, V. 8,N. 2. 2016.

COSTA, M. T.; COSTA, M. T.; ALMEIDA, S. do C. D. Perspectivas da Educação Ambiental na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Revbea, São Paulo, v.9, n.2, p. 200-213, 2014.

MARCONDES, M. E. Proposições metodológicas para o ensino de química: oficinas temáticas para a aprendizagem da ciência e o desenvolvimento da cidadania. Em Extensão, v.7, p. 67-77, 2008.

PESSANO, E. F. C.; LANES, K, G.; LANES, D. V. C.; FOLMER, V.; PUNTEL, R. L. A Contextualização como estratégia para a formação continuada de professores em uma unidade de atendimento socioeducativo. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v.14, n.3, p. 340-360, 2015.

SILVEIRA, M. G.; SOARES, J. R.; SANTOS, M. E.; LANES, K. G.; PESSANO, E. F. C.; PUNTEL, R.; FOLMER, V. A Contribuição de oficinas temáticas ambientais na formação inicial de alunos do curso Normal Médio. Revista Ciências & Ideias, v.6, p. 1-13, 2015.

Ilustrações: Silvana Santos