Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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27/11/2016 (Nº 58) EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO SUPERIOR DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO SUPERIOR DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

ENVIRONMENTAL EDUCATION IN HIGHER EDUCATION OF BRAZILIAN SEMIARID

 

Edivan Rodrigues Lima Junior, Amanda Diogo Matos, Marcelo Campelo Dantas.

 

RESUMO

O trabalho analisou a percepção e conduta de universitários do curso de ciências biológicas da Faculdade de Educação de Crateús sobre o tema educação ambiental. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário semiestruturado a 92 alunos, evidenciando-se que 95,0% deles apresentaram uma visão voltada à tendência tradicional, em que se limitam a um conceito resumido e simplista, com foco somente na natureza. Bem como, a maioria, durante o ensino médio, viu essa temática apenas na disciplina de biologia, fato que mostra a falta de interdisciplinaridade ainda existente nas escolas da cidade.

 

Palavras-chave: Práticas de ensino. Percepção. Estudantes de Ciências Biológicas. Sustentabilidade.

 

ABSTRACT

 

This study analyzed the perception and behavior of university course of Biological Sciences, Faculdade de Educação de Crateús on the topic environmental education. To collect the data, we applied a semi-structured questionnaire to 92 students of the institution. It was evidenced that 95.0% of them presented a view toward the traditional trend, which they limit the environmental education to a brief and simplistic concept geared only to nature. As well as, most of them only studied this subject in biology discipline in the high school, a fact that shows the lack of interdisciplinary still existing in the city's schools.

 

Keywords: Teaching practices. Perception. Students of Biological Sciences. Sustainability.

1 INTRODUÇÃO

                   Um dos fatores relacionados com o mau andamento do ensino de Educação Ambiental (EA) nas escolas está relacionado à fragilidade das bases-teóricas utilizadas pelos professores (MAIA e CABRAL, 2012). Em relação a esse tema falta conhecimento teórico na formação para que sejam capazes de promover conhecimentos e valores ambientais (OLIVEIRA, 2007).

Nesse sentido, a educação para sustentabilidade deve ser trabalhada por todos, de modo a provocar mudanças no processo educativo para preparar a nova geração (FREIRE, 2007). A sustentabilidade não pode ser trabalhada unicamente por pesquisadores e docentes, ficando o contexto social esquecido. A inserção de EA deve atravessar os muros da universidade e conscientizar para a responsabilidade socioambiental (MARCOMIN e SILVA, 2009).

A sustentabilidade procura desenvolver-se de forma a superar o reducionismo e promover pensamentos e valores ambientais fundamentais para fortalecer a interação sociedade e natureza. Dessa forma, o professor é essencial para transformação da educação, produzindo valores de sustentabilidade em parte de um processo conjunto (JACOBI, 2003).

Temas relacionados a problemas ambientais locais devem ser trabalhados por professores e incorporados no cotidiano dos alunos para que possam compreender e procurar formas de solucionar problemas ambientais de sua região (COMPIANI, 2007). Desse modo há uma necessidade de formação ambiental continuada tanto para professores em licenciatura como dos educadores já formados (VERDI e PEREIRA, 2006; NOVICKI e PASSOS, 2013).

É evidente que a problemática ambiental engloba uma ampla variedade de problemas a ser discutido. Em vista disso, é útil um trabalho conjunto das ciências naturais e sociais para uma melhor abordagem do tema, porém, essa discussão parece não ter chegado ao ponto central da aplicação, como em escolas de ensino fundamental e médio, quando presente, é feita de forma limitada e fragmentada (PELEGRINI e VLASH, 2011).

Diante do exposto, o trabalho teve como objetivo analisar a percepção e conduta de universitários de uma faculdade pública do semiárido nordestino, sobre o ensino de Educação Ambiental.

 

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 ÁREA DE ESTUDO

2.1.1 Faculdade de Educação de Crateús (FAEC)

 

A FAEC é uma unidade acadêmica da Universidade Estadual do Ceará (UECE), localizada no município de Crateús – CE. A Faculdade possui 03 cursos de licenciaturas (Ciências Biológicas, Química e Pedagogia). O curso avaliado foi o de Ciências Biológicas que possuía 208 alunos matriculados regularmente no período do estudo.

 

2.1.2 Caracterização da Cidade de Crateús – CE

 

A cidade de Crateús encontra-se no Estado do Ceará a 293 km da capital Fortaleza e localizada entre a Latitude 05º 10’ 42” S e Longitude 40º 40’ 39”W. Possui uma população de aproximadamente 74.188 habitantes e área territorial de 2.985,41 km². O clima predominante é o tropical quente semiárido. Sua estação chuvosa vai de janeiro a abril. Sua economia é baseada na agricultura, indústrias e serviços (IPECE, 2014).

 

2.2 COLETA DE DADOS

 

Para a coleta de dados foi aplicado um questionário semiestruturado para 92 alunos dos mais diversos semestres do curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas da FAEC nos meses de novembro de 2013 a fevereiro de 2014, o qual abordava informações sobre educação ambiental, consumismo e ações voltadas ao meio ambiente.

 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

A percepção de EA descrita pelos entrevistados é apresentada por 95 % como uma visão voltada para a tendência tradicional, na qual predomina a ideia de preservação do meio ambiente, conscientização a cerca dos cuidados com a natureza e os principais aspectos da mesma, deixando de lado a relação homem/natureza como parte de uma interação constante e esquecendo as mudanças de valores sociais para a formação de um cidadão crítico, visível quando eles utilizaram termos “preservar” e “cuidar”, como nas citações abaixo, onde para a distinção das falas optamos por utilizar as siglas “E1”, “E2”, “E3” e “E4” para preservar suas identidades:

E1 - “É um meio de preservação ao meio ambiente”.

 

E2 – “Seria uma maneira de cada um cuidar do ambiente de forma correta”.

 

E3 – “Saber reciclar, cuidar do meio ambiente sem degradá-lo”.

 

E4 – “Educação relacionada com a preservação do meio ambiente”.

 

Resultados semelhantes foram encontrados por Oliveira et al. (2007), Bezerra e Gonçalves (2007), Bezerra, Feliciano e Alves (2007) e Bento e Thomazi (2013), que obtiveram respostas das quais limitam a EA a um conceito resumido e simplista. Isso confirma a maneira bastante restrita de como a EA está sendo interpretada, com a necessidade de um maior aprofundamento e debate sobre o tema.

Apenas 5,0 % dos estudantes apresentaram uma visão ampla, isto é, a tendência genérica, integrada, que não retrata somente a natureza em si, mas engloba a sociedade em interação com o meio em que vive, de acordo com as citações de “E5” e “E6”:

E5 – “Estudo do ambiente para o desenvolvimento levando em conta os aspectos sociais, ambientais e econômicos”.

E6 – “A compreensão da interação entre o meio ambiente e o homem gerando respeito quando compreendemos que da conservação do meio depende a nossa própria sobrevivência”.

 

Novicki e Passos (2013), realizaram uma pesquisa entre 2008 e 2010 com estudantes do curso técnico de meio ambiente e encontraram resultados satisfatórios, com uma média de 95,0 % de pensamentos voltados a uma concepção de educação ambiental integradora. Percebe-se que isso está relacionado aos objetivos da escola, uma vez que trabalha de forma direta com educação ambiental, não sendo essa a realidade da maioria das outras instituições.

Foi observado que grande parte dos universitários (68,0 %), durante o ensino médio, estudou essa temática apenas na disciplina de biologia, o que evidencia que a EA ainda é restrita às disciplinas da natureza. Isso pode estar relacionado à má compreensão dos alunos acerca do que seja EA, uma vez que a maioria descreve EA de modo a englobar somente aspectos tradicionais como preservação e conservação da natureza e com relatos de EA somente em áreas da biologia (Tabela 1).

Essa informação pode está relacionada à falta de apoio aos professores, como o encontrado por Lins e Lisoviski (2010). Os entrevistados relatam que a falta de interesse e conscientização dos alunos, de apoio da comunidade e de materiais e recursos, são fatores que dificultam a abordagem do tema. Essa realidade dificulta uma melhor abordagem da EA, apesar do interesse de trabalhar isso em sala.

Tabela 1 - Disciplinas que abordaram Educação Ambiental no Ensino Médio.

Citações

N° Entrevistados

Entrevistados (%)

Biologia

40

68,0 %

Geografia

7

12,0 %

Química

6

10,0 %

Física

2

3,0 %

Sociologia

2

3,0 %

Português

1

2,0 %

Educação Física

1

2,0 %

Fonte: Elaborado pelo autor.

 

Já na faculdade, notou-se que o tema é trabalhado em mais disciplinas, como Etnobiologia e Educação Ambiental, Ecologia, Flora da Caatinga, como mostra a tabela 2. Todavia, vale ressaltar que os estudantes são do curso de Ciências Biológicas, o que torna obrigatório estudarem tal assunto. Em pesquisa realizada por Verdi e Pereira (2006), o curso que mais possui disciplinas relacionadas à EA é Ciências Biológicas. Apesar da Faculdade pesquisada apresentar vários cursos que abrangem EA, essa abordagem é feita de modo fragmentado e principiante. De acordo com Teles (2011), a interdisciplinaridade é fundamental para inserção de assuntos complexos como a sustentabilidade no ensino superior.

 

 

Tabela 2 - Disciplinas que abordaram Educação Ambiental na faculdade.

 

Citações

N° Entrevistados

% Entrevistados

Etnobiologia e Educação ambiental

33

32,0 %

Ecologia

14

19,0 %

Flora da Caatinga

12

11,0 %

Ecologia Regional

8

8,0 %

Geociências

8

9,0 %

Biologia Geral

6

7,0 %

Biologia Evolutiva

1

1,0 %

Zoologia

1

1,0 %

Fonte: Elaborado pelo autor.

 

A EA é um tema que se faz urgente no meio social, haja vista que o futuro depende da relação entre o homem e a natureza junto à utilização dos recursos ainda existentes (COSTA, PAIVA e FIGUEREDO, 2006). Em virtude disso, foram sugeridas pelos universitários, propostas a serem trabalhadas em sala de aula. As palestras (23,0 %) foram umas das estratégias mais citadas. No entanto, 31,0 % dos graduandos escolheram a opção “outros” (Figura 1).

Na análise de dados realizados por Borges e Lima (2007), com professores participantes do I Encontro Nacional de Ensino de Biologia (I ENEBIO), constataram que as estratégias mais utilizadas por eles para transmitir à temática EA foram as palestras/filmes, atividades extraclasse, como campanhas na comunidade, trilha, saída de campo, estudo do meio, jogos didáticos, atividades envolvendo leitura e escrita, entre outros. Isso evidencia as múltiplas maneiras de trabalhar EA nos diversos ambientes da escola, bem como no meio externo, podendo ser trabalhado por todos independente da disciplina lecionada. Tal fato foi posto por Bezerra, Feliciano e Alves (2007) e Bento e Thomazi (2013), que evidenciaram em suas pesquisas professoras que trabalham EA através de atividades de campo, passeios e excursões. 

 

 


Figura 1: Maneiras de como trabalhar Educação Ambienta pelos estudantes. Fonte: elaborado pelo autor.

 

Outro questionamento deste estudo foi sobre a participação realizada pelos universitários em cursos voltados à EA. Apenas 28,0% haviam participado destes e afirmaram que fora muito útil para sua formação. Evidencia-se que a busca por mais conhecimentos a cerca de EA por parte dos estudantes é reduzida, podendo ser um fator que influencia na má compreensão da EA. Fato evidenciado no trabalho de Costa, Paiva e Filgueira (2006), na qual apenas 7,35% afirmaram ter participado de algum outro projeto voltado ao meio ambiente.

Para entender melhor a percepção dos estudantes referente à prática sustentável, procurou-se conhecer a conduta adotada por eles no cotidiano, como a separação do lixo doméstico, fundamental para o processo de reciclagem, descarte de pilhas e aparelhos eletrônicos, utilização de sacolas plásticas e reutilização de garrafas PET.

A princípio foi questionada a separação de lixo seco do úmido, uma prática bastante simples e fácil de realizar. No entanto, constatou-se que apenas 37,0 % praticavam essa ação. Resultado parecido com o de Rossato e Neto (2014), que apenas 20,0 % dos entrevistados separavam o lixo em casa. Já no estudo levantado por Mucelin e Bellini (2008), 59,0 % dos entrevistados faziam a separação do lixo em suas residências. A separação de lixo mais comum é separação do material seco dos resíduos orgânicos. Os dados obtidos evidenciam uma falta de consciência, e a separação de lixo em casa, muitas vezes, pode está relacionada ao fato de haver ou não coleta seletiva na cidade ou no bairro onde a pessoa mora.

Os entrevistados afirmaram ainda utilizarem sacolas plásticas para o armazenamento nas compras em geral (86,0 %). Para Fabro et al. (2007) isso se dá, por que boa parte da sociedade não conhece os problemas criados pelas sacolas plásticas. Não há uma cultura voltada para consciência ambiental, além das muitas falhas existentes no sistema educacional. Segundo Oliveira et al. (2012), as sacolas plásticas causam diversos problemas ambientais como degradação do meio ambiente, morte de animais, poluição, entre outros.

Já a cerca do descarte de pilhas e aparelhos eletrônicos, 72,0 % dos estudantes de biologia não descartam corretamente tais objetos. Como mostra a pesquisa apresentada por Brum e Silveira (2011), onde seus entrevistados usavam o lixo comum para efetuar o descarte e desconhecem os problemas à saúde que o mesmo pode causar. A partir desses resultados fica evidente a necessidade de um trabalho educativo para que tenham conhecimento sobre o processo de descarte e os problemas de saúde que o lixo eletrônico pode provocar e para que se conscientizem e transmitam esse conhecimento para o meio social. Para Rossato e Neto (2014), certos produtos não podem ser descartados sem que se tenha conhecimento dos problemas e danos que poderá causar tanto ao meio ambiente quanto para à população em geral.

Percebe-se que os caminhos trilhados pela humanidade nas últimas décadas estão provocando um esgotamento dos bens naturais, privação do capital ecológico e diminuindo a possibilidade futura de vida humana no planeta. Faz-se urgente a necessidade de novos caminhos que promova a preservação do planeta e a possibilidade de continuidade de vida da humanidade e de outras espécies (SILVA e SANTOS, 2007; CIDIN DA SILVA, 2004).

Visando o futuro do planeta, é necessário mudanças no atual modelo de desenvolvimento, o qual busca somente o acúmulo de riquezas e criar um modelo voltado para o crescimento econômico sustentável de modo a respeitar o meio ambiente e utilizá-lo racionalmente. A educação é um elemento chave para a formação de uma consciência ecológica (GOMES, 2006).

Dos estudantes questionados, 93,0 % afirmaram que suas compras são voltadas para necessidade. Contudo, quando perguntados a respeito de serem consumistas, 57,0 % responderam que se julgavam razoáveis, de forma a evidenciar uma oposição de ideias. Os dados ainda apresentam que 39,0% se julgam pouco consumistas e apenas 4,0% não se consideram. Porém, a grande maioria dos entrevistados, cerca de 86,0 %, afirmou possuírem entre 1 a 5 aparelhos eletrônicos para consumo próprio. Apenas 10,0 % dos entrevistados disseram que alguns destes aparelhos já não eram mais necessários (Figura 2).

 


Figura 2: Quantidade de aparelhos eletrônicos por pessoa. Fonte: Elaborado pelo autor.

 

O consumismo não é uma postura de natureza pessoal, mas sim uma prática intrínseca do modelo econômico adotado no Brasil, o capitalismo. E a mídia, sem dúvida, é a principal responsável por ampliar uma visão consumista na sociedade. De um lado, ela mostra a crise no meio ambiente, e do outro ela difunde um modelo de desenvolvimento socioeconômico, voltado para destruição da natureza, bem como urbanização, industrialismo, consumismo, dentre outros (RAMOS e RAMALHO, 2002).

Ao se perguntar qual nota poderia se autoavaliar em relação às atitudes para com o meio ambiente, cerca de 36,0% dos universitários se autoavaliaram com nota 7,0, outros 20,0 % com nota 6,0 e ainda 19,0 % com 8,0. Porém, de acordo com as respostas, há uma incoerência, pois poucos são os resultados que demonstram hábitos voltados para o cuidado com o meio ambiente.

O desenvolvimento sustentável só alcançará seu real objetivo quando ocorrer uma quebra de paradigma e a uma conscientização por todos que o planeta terá grandes problemas se não forem tomadas atitudes sérias de preservação aos recursos naturais ainda disponíveis (PASSOS et al., 2013).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Em suma, nota-se que as bases do ensino de Educação Ambiental no ensino médio e superior, na região, ainda são fracas e pouco discutidas. Os alunos saem do ensino básico sem uma percepção ideal dos aspectos socioambientais, da relação homem e meio ambiente. O despreparo dos futuros docentes da FAEC é evidente quanto ao conhecimento adquirido sobre Educação Ambiental, pois apresentam uma visão simplista do conceito da mesma. Além de apresentarem condutas, como os hábitos, que não se adequam ao perfil de uma pessoa consciente aos cuidados ambientais.

É necessário que a Educação Ambiental seja trabalhada de forma mais complexa na região do Sertão de Crateús no Estado do Ceará, levando em consideração os aspectos sociais, econômicos e culturais. Além de fazer palestras e “conscientizar” as pessoas a mudarem suas posturas, é indispensável que toda a sociedade esteja envolvida e não apenas as escolas e universidades, a quem cabe o papel de produzir e disseminar o conhecimento.

 

 

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Ilustrações: Silvana Santos