Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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27/11/2016 (Nº 58) DESAFIOS PARA FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA ESCOLA DE ASSENTAMENTO DO SUDESTE PARAENSE.
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DESAFIOS PARA FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA ESCOLA DE ASSENTAMENTO DO SUDESTE PARAENSE

 

Alderuth da Silva  Carvalho, Instituto Federal do Pará, alderu@yahoo.com.br

Ana Cláudia Silva, Instituto Federal do Pará, anacsilvaledoc@yahoo.com.br.

Lelis Araújo de Oliveira, Instituto Federal do Pará, lelis.oliveira@ifpa.edu.br

Acácio de Andrade Pacheco, Instituto Federal do Pará, acacio.pacheco@ifpa.edu.br

Madson Antonio Benjamin Freitas, Universidade Federal de Pernambuco, madbiologo2014@gmail.com

 

 

 

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo identificar os fatores que se constituem desafio para formação de Multiplicadores em Educação Ambiental numa escola de Projeto de Assentamento no Sudeste Paraense. A escola estudada se localiza no Projeto de Assentamento Reunidas, situada às margens da estrada Bom Jesus a aproximadamente 18km do centro urbano da cidade de Tucuruí, situada no sudeste do estado do Pará. Este estudo ocorreu no período de Agosto a Setembro de 2015 e tiveram como participantes 21 alunos (de todas as séries), 05 professores e 02 representantes da gestão da escola. Seguiu-se aplicação de questionários e para sistematização das respostas dos questionários propomos a utilização da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo-DSC (LEFEVRE, 2005). Concluímos com as entrevistas os desafios para formação de Multiplicadores de Educação Ambiental, perpassam a falta de formação e comprometimento dos professores, falta de estrutura da escola do campo, até a atuação pouco interessada da gestão da escola.

Palavras-Chave: Educação ambiental. Projeto de assentamento. Escola rural.

 

1 INTRODUÇÃO

 

A transformação radical do ambiente, com a substituição da paisagem natural por paisagens artificialmente estabelecidas pela humanidade, consome em grande escala os recursos naturais. O Avanço da tecnologia e conhecimento científico, além das atividades produtivas que se desenvolveram ao longo do tempo, geram grandes problemas ambientais com diferentes características e proporções, produzindo subprodutos como esgotos, resíduos e outros rejeitos que trazem efeitos negativos a comunidade. Mudanças de atitudes concernentes às relações com o meio ambiente são necessárias aos setores produtivos e à sociedade em geral, a fim de mitigar as consequências danosas.

 

Esses impactos são observados tanto no meio urbano quanto rural, ainda que segundo Santos (2010), no meio rural, os problemas ambientais ainda são considerados escassos, temos que ser conscientes dos funestos impactos provocados pela artificialização e o domínio dos processos naturais promovidos pela modernização do campo (SOARES, 2007). Deste modo, considerando as peculiaridades de surgimento e contexto das comunidades do campo, o perfil da escola rural busca a valorização do campo, englobando os espaços da floresta, da pecuária, das minas, da agricultura, dos pescadores, dos caiçaras, dos ribeirinhos e dos extrativistas, como espaço de inclusão social, a partir de uma nova visão de desenvolvimento (SOARES, 2007).

 

Como forma de mitigar os impactos negativos ao meio ambiente surgiu a necessidade de promover o desenvolvimento de forma sustentável, garantindo os recursos naturais para as futuras gerações. Para isso, Educação Ambiental (E.A.) surge com finalidade de promover o resgate e a criação de novos valores, os quais devem chegar a todas as pessoas em todos os níveis sociais, possibilitando acesso às informações relacionadas à legislação ambiental e mecanismos de participação individual e comunitária, potencializando os direitos constitucionais de cidadãos, de ter um ambiente ecologicamente equilibrado, priorizando o bem estar, considerando o meio histórico-cultural, recursos naturais e meios de produção.

 

  Além disso, a EA deve levar as pessoas a questionarem a si próprias e tudo o que se encontra a sua volta, assumindo a responsabilidade pela preservação do meio ambiente com atitudes verdadeiras e comprometidas com a formação de novas consciências e formas de condutas.

 

Segundo Dias (2004, p 523) E. A.  é:

Processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem novos conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir e resolver problemas ambientais, presentes e futuros.

 

A Educação Ambiental não possui um currículo definido para ser trabalhado em ambiente formal ou não formal, no entanto consta nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S) para o Ensino Fundamental como tema transversal, devendo estar integrada às diversas disciplinas escolares, estando assim, associada à interdisciplinaridade, proporcionando a troca de experiências entre professores e alunos, envolvendo também a comunidade escolar nas reflexões acerca das questões ambientais, debatendo conflitos, rupturas, possibilitando a construção de novas formas de relação com o meio ambiente, sempre buscando refletir coletivamente a favor do diálogo, permeados pelo respeito mútuo, construindo a noção de respeito não apenas com o meio ambiente, mas com a comunidade e consigo próprio.

 

Dessa forma, a educação ambiental aliada a Formação de Multiplicadores de Educação Ambiental talvez seja o mais importante instrumento capaz de promover uma mudança de hábitos, atitudes e valores, o que é indispensável para a manutenção do equilíbrio ecológico e consequentemente, da vida na terra, sendo este o tipo de comprometimento socioambiental almejado pela escola rural.

 

Entende-se por Multiplicadores em Educação Ambiental, o sujeito que imbuído da dimensão ambiental do saber-fazer, incorpora valores e atitudes aos conhecimentos sobre os processos ambientais, para definir uma relação equilibrada dos indivíduos com o ambiente em que vivem, e de forma dinâmica garantir aos demais sujeitos a reflexão e ações pautadas nesses princípios (PEREIRA, 2005).

 

O perfil ideal do multiplicador deverá ser uma pessoa que já contribui ou pretende contribuir para a melhoria da qualidade de vida da coletividade, com sua atuação profissional ou comunitária.               Normalmente este indivíduo passa por algum processo de formação, como cursos ou treinos para se apropriarem de termos, conceitos e práticas voltados a Educação Ambiental. Os promotores desses processos de capacitação podem ser qualquer instituição de formação, como escolas, universidades, secretarias e organizações não governamentais de atuação socioambiental.

 

 A Formação de Multiplicadores Ambientais é um instrumento imprescindível para consolidação da melhoria de vida de uma comunidade, por meio do qual, os educadores proporcionarão aos educandos a construção de novos valores sociais e éticos adquirindo assim, atitudes de competências e habilidades voltadas para o cumprimento do direito a um ambiente ecologicamente equilibrado em prol do bem comum das gerações presentes e futuras.

 

Considerando as questões levantadas acima, num ambiente formal de educação como a escola, o trabalho com a Educação Ambiental pressupõe uma sensibilidade tanto por parte dos discentes quanto pelos docentes para a necessidade da Formação de Multiplicadores Ambientais. Formação essa, que está arraigada ao cuidado com o meio em que vivem.

 

É importante e fundamental que a Formação de Multiplicadores Ambientais na escola promova a formação de sujeitos, para torná-los aptos a compreenderem e a posicionarem-se frente aos desafios que a sociedade os impõe. Esta formação transfigura-se, portanto, um desafio, sendo importante um diagnóstico sobre as concepções atuais da comunidade escolar bem como o nível de envolvimento e comprometimento dos mesmos em ações de cunho ambiental. Assim, este trabalho tem por objetivo identificar os fatores que se constituem desafio para formação de Multiplicadores em Educação Ambiental numa escola de Projeto de Assentamento no Sudeste Paraense.

 

2 METODOLOGIA

 

Além do percurso e dos métodos de análise de dados, para melhor compreender o trabalho faz-se necessário conhecer um pouco sobre cenário da pesquisa.

 

A região norte do Brasil possui um grande histórico de conflitos de terra, onde o INCRA, órgão do governo federal, atua fortemente na reforma agrária, nesse contexto, entre os anos de 1987 e 2007, a região sul e sudeste do Pará recebeu cerca de 80 mil famílias distribuídas em 481 Projetos de Assentamento. Nessa região está localizada a cidade de Tucuruí, que conta com uma população de aproximadamente 97.128 habitantes (IBGE, 2010) e conhecida no Brasil e exterior como a "Cidade da Energia", em função da grande produção de energia na Hidroelétrica De Tucuruí. 

 

A escola estudada se localiza no Projeto de Assentamento Reunidas, situada às margens da estrada Bom Jesus a aproximadamente 18km do centro urbano da cidade de Tucuruí/PA. Oferece os níveis de Ensino fundamental I e II, atendendo cerca de 200 alunos, divididos nos períodos matutino e vespertino, oriundos de sete comunidades. Vale ressaltar que, o Projeto Político Pedagógico da escola está em fase final de elaboração, com finalização prevista para o mês de Agosto de 2015.

 

Este estudo foi realizado na Escola Municipal de Ensino fundamental PA Reunidas no período de Agosto a Setembro de 2015 e tiveram como participantes 21 alunos (de todas as séries), 05 professores e 02 representantes da gestão.

 

Efetivou-se a aplicação de questionários com 05 perguntas abertas (anexo 1), aos  três grupos supracitados da comunidade escolar, sendo alguns questionamentos direcionados a apenas um grupo.

 

As perguntas do questionário foram elaboradas de forma a delinear e facilitar a identificação de potencias empecilhos à efetivação da formação de multiplicadores de Educação Ambiental.

 

 Para sistematização das respostas dos questionários propomos a utilização da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo-DSC (LEFEVRE, 2005) para possibilitar análise e discussão qualitativa e levantamento quantitativo.

 

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Na aplicação da primeira pergunta direcionada exclusivamente aos alunos, foi feito o seguinte questionamento: Os professores fazem alguma abordagem com relação ao meio ambiente durante as aulas? De quais disciplinas?  A afirmação, “alguns professores falam um pouco, porém mais é a professora de ciências” aparece em 52,2 % das respostas. Os outros 42,8 % dos educandos afirmam: “Só a professora de ciências mesmo”. Assim, percebe-se que o tema ainda não é trabalhado de forma interdisciplinar conforme os princípios de educação ambiental, não havendo a efetivação da proposta de interdisciplinaridade sugerida pelos PCN’s.

 

Levantamos a hipótese de que os professores de ciências trabalham mais esse tema devido à afinidade da educação ambiental com conteúdos próprios das ciências naturais, como recursos naturais, reinos animais e vegetais, corroborado por MEDINA (2002). Mais também mostra a visão limitada de associar o meio ambiente a temas relacionados apenas aos recursos naturais, deixando de lado as as relações sociais. É necessário ressaltar nas jornadas pedagógicas a importância da Educação Ambiental em todas as disciplinas, para garantir um processo efetivo de ensino aprendizagem, promovendo a superação do preconceito que a Educação Ambiental deve ser preocupação apenas das Ciências Naturais.

 

Alguns alunos ainda destacaram a preocupação dos professores apenas com o repasse de conteúdos, porém a prática pedagógica deve estar a serviço da mudança e não na estaticidade da educação friamente tecnicista que deforma e treina os discentes na execução de suas atividades anti-humanistas.

 

Sobre o segundo questionamento: Quais são as ações de educação ambiental executadas na sua prática docente em sala de aula?  No que se refere à maneira como os docentes estão explorando a educação ambiental com seus alunos, 100% enfatizaram que tal assunto é exposto apenas oralmente, por meio de conversas informais e, ainda, “de vez em quando através de compreensão e interpretação oral”.

 

Ainda que a forma oral de exposição seja imprescindível, não é indicado que este seja o único método adotado pelo docente, uma vez que consideramos o professor um profissional competente e essa competência, segundo PERRENOUD (2000 apud SANTOS, 2010) é a capacidade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações) para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações. Esse comportamento demonstra desinteresse por parte dos professores pela adequação da práxis pedagógica aos assuntos relacionados à Educação Ambiental.

 

Para o questionamento: Na escola existe algum projeto ou atividade regular relacionada à educação ambiental? Aplicada aos três grupos da comunidade escolar (gestores, professores e alunos) obteve-se 100% de respostas negativas como: “não que eu saiba” “ainda não foi possível fazer”. A falta de projetos e/ou atividades com cunho ambiental na escola põe em cheque o papel da instituição formadora pautada na instrução do cidadão, que segundo PENTEADO (2001), esta será aquela que fomos capazes de construir a partir da consciência ambiental que temos e das participações escolares que fomos capazes de coordenar no dia-a-dia do nosso trabalho escolar, organizando o processo de ensino num amplo processo de comunicação. Assim, a escola não deve ficar alheia a essas questões, visto que este é um ambiente propício à formação de sujeitos críticos e reflexivos que deverão atuar em prol do bem estar da comunidade.

 

Na pergunta feita apenas a professores: você se sente capacitado para formar multiplicadores de educação ambiental? Em 75% deles a resposta é de que não se sentem capacitados para formar multiplicadores de educação ambiental alegando que é “preciso ter mais conhecimento e domínio sobre o assunto para poder repassá-lo” e apenas 25% afirmam se sentirem capacitados para formar multiplicadores de educação ambiental, esse corrobora com CARVALHO (2004), ao dizer que o professor está hoje despreparado e sem condições de atender as exigências de um trabalho que incorpore a temática ambiental de forma consciente.

 

No que diz respeito às atribuições do profissional da educação para nosso século (BRASIL, 2002), os técnicos do Ministério da Educação e Cultura (MEC) afirmam que a formação de um educador deve estimulá-lo a buscar um aprendizado contínuo, pesquisar, investir na própria formação, utilizando criatividade, sensibilidade e capacidade de interagir com outras pessoas. Dessa forma, acreditamos que esse potencial deva ser incentivado ou incrementado, através de uma efetiva participação dos cursos oferecidos pelo governo (ZUQUIM, 2010) e inserir essa formação na rotina das jornadas pedagógicas elaboradas pela própria escola.

 

A docente que afirma estar preparada para contribuir na formação de multiplicadores de educação ambiental a faz, pois possui uma formação de técnica em meio ambiente além da licenciatura.

 

Quando professores e gestores foram indagados sobre: Quais as principais dificuldades encontradas para desenvolver atividades (aulas, intervenções, palestras e eventos) relacionadas à educação ambiental?  Os motivos foram diversos, muitas vezes aparecendo no mesmo discurso. Os mais comuns foram: o desinteresse dos assentados presente no discurso “o maior desafio é fazer com que a comunidade participe (...) a comunidade ainda precisa ser trabalhada e acreditar nessa parceria da escola com a família”.  A falta de parcerias entre os docentes como no trecho, “é muito difícil juntar os professores” e aceitação do tema por parte dos próprios docentes, relatado em, “Mesmo que o professor não tenha conhecimento sobre determinado assunto, eles recusam a participar do projeto falando que a matéria dele não tem nada haver com aquilo”. Ainda são citados problemas estruturais, falta de recursos pedagógicos e logísticos da escola como, “aqui não temos auditório, projetor multimídia, transporte para trazer as famílias” e “os recursos são mínimos”. Totalizando percentuais semelhantes para cada justificativa, de 33%.

 

Sem dúvida o não interesse da comunidade representa um desafio para a efetivação da educação ambiental, uma vez que esta deve transpor a distância social, adequando-se à realidade local, às necessidades e diferenças. Não é um trabalho fácil, por isso exige um grande esforço coletivo, mas que pode oferecer ótimos resultados e grandes benefícios (GRAÇA, 2012)

 

No que tange a falta de parceria entre os docentes, para MEDINA (2002) o trabalho em equipe é imprescindível para planejamento e execução de atividades de educação ambiental, uma vez que as equipes reforçam níveis de comprometimento, compartilham objetivos, crescem conceitualmente e por isso persistem naturamente ao longo do tempo.

 

Sobre a realidade e consequências geradas pela precariedade da estrutura física da escola e do campo, SANTOS (2011) encontrou problemas semelhantes em uma escola do meio rural e atribui tais problemas a desatenção dos órgãos públicos responsáveis pela gerência e aplicação dos recursos á educação e também a inércia do estado Brasileiro.  Nesse sentido devemos estar atento para as etapas do processo e não buscar o imediatismo, frente à aquisição de habilidades, valores e experiência.

 

4 CONCLUSÕES

 

Diante dos resultados podemos afirmar que formação de Multiplicadores de Educação Ambiental é de suma importância considerando o contexto rural em que a escola estudada está inserida, enfrentando inúmeros desafios. Em todas as perguntas, obtivemos resultados que representam reais empecilhos para formação de Multiplicadores de Educação Ambiental, que perpassa a falta de formação e comprometimento dos professores, até a atuação displicente da gestão.

 

A falta de atividades ou projetos regulares para promover educação ambiental é um dos desafios mais contundentes para formação de multiplicadores, no entanto nos discursos notamos que esse fato não representa problema algum para gestão ou para os professores, demonstrando que os próprios agentes para promoção da Educação Ambiental necessitam de urgente sensibilização para a importância da Educação Ambiental na realidade nacional e principalmente local, bem como importância desse tipo de formação na escola, visto que esta é uma responsabilidade contemporânea, por isso sua inserção na escola mostra-se inevitável para formação humana.

 

 Com os resultados desse trabalho esperamos iniciar essa sensibilização, para garantir a formação de multiplicadores de Educação Ambiental e as medidas cabíveis para inseri-la tanto na rotina da escola, com a devida participação da comunidade escolar, quanto nos documentos que regem a instituição como o Projeto Político pedagógico, que ressaltamos estar em processo de construção na escola estudada.

 

REFERÊNCIAS

 

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação Ambiental: a formação do sujeito  cológico. São Paulo: Cortez, 2004.

 

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9a ed. São Paulo. Gaia, 2004.

 

GRAÇA, Luziray Barbosa. CAMPO, Marcella Pereira da Cunha. Educação ambiental nas escolas: realidades e perspectivas. Educação Ambiental em ação. Revista eletrônica. Número 39, Ano X. Mar/Mai.2012.

 

IBGE. Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População. Resultados da Amostra. IBGE, 2010. Disponível em http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=150810.Público acesso em 20 de fevereiro de 2015.

 

LEFÈVRE, Fernando; LEFÈVRE, Ana Maria Cavalcanti. Discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). 2 ed. Caxias do Sul, RS: Educs, 2005.

 

MEDINA, Naná Mininni. Formação de multiplicadores para educação ambiental. In: Pedrini, A. G. (Org.). O contrato social da ciências: unindo saberes na Educação Ambiental.  Petrópolis: Vozes, 2002.p 47-70.

 

______. Ministério da Educação. Gestão: educadores para o século 21: competências e desafios. Brasília: MEC/SETEC, 2002. (não paginado)

                

PENTEADO, Heloísa Dupas. Meio Ambiente e Formação de Professores. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2001 (Coleção Questões da Nossa Época; v. 38).

 

PEREIRA, A.R. Forma-Ação De Agentes Multiplicadores Em Educação Ambiental na comunidade Do Engenho-Município De Bragança-Pará.2005.

 

SANTOS, M.M.C.;SANTOS FILHO.M.B.; SANTOS.V.M.C.;SOUZA.M.F.M.; RODRIGUES.F.C. Educação Ambiental e homem do campo: vivência a partir de classes multisseriadas. In:Encontro nacional dos geógrafos,16, 2010. Porto Alegre. Anais XVI Encontro nacional dos geógrafos. Porto Alegre. Associação dos geógrafos  Brasileiros,2010. p.1-11.

 

SANTOS, Elâine Fernandes.SILVA, Josefa Mendes. LÚCIO, Antônio Barbosa. O descaso da educação do/no campo: as dificuldades enfrentadas por professores e alunos da escola no campo no interior de alagoas (um estudo de caso). Revista Homem, Espaço e Tempo,  Ceará, p.1-17,  mar/set. 2011.

 

SOARES, Nádia Bolzan. TOMAZETTI, Elisete Medianeira. Educação Ambiental no meio rural: Estudo das práticas ambientais da Escola Dario Vitorino Chagas, Comunidade Rural do Umbu - Cacequi/RS. In: Seminário de Educação Ambiental, 2007, Santa Maria. Seminário de Educação Ambiental: Compartilhando Experiências, 2007.

 

ZUQUIM, Fernanda Alves. FONSECA, Alysson Rodrigo. CORGOZINHO, Batistina Maria de Sousa. Educação Ambiental no ensino médio: conhecimentos, vivências e obstáculos. Revista eletrônica. Número 32, Ano IX. Jun/Ago.2010.

ANEXO I

 

As 5 perguntas aplicadas aos grupos de interesse da comunidade escolar.

 

 

1)Os seus professores fazem alguma abordagem  sobre o meio ambiente durante as aulas? quais disciplinas? (Aplicada aos alunos)

 

2)Quais são as ações de educação ambiental executadas na sua prática docente em sala de aula? (Aplicada aos professores)

 

3) Na escola existe algum projeto ou atividade regular relacionada à educação ambiental? (Aplicada aos alunos, professores e gestores)

 

 

4)Você se sente capacitado para formar agentes multiplicadores de educação ambiental? (Aplicada aos professores)

 

5)Quais as principais dificuldades encontradas para desenvolver atividades (aulas, intervenções, palestras e eventos) relacionadas a educação ambiental? (Aplicada aos professores e gestores)

Ilustrações: Silvana Santos