Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/09/2016 (Nº 57) USO DE AGROTÓXICOS NA PRODUÇÃO DE HORTIFRÚTI: UM ESTUDO EM UMA PROPRIEDADE DA AGRICULTURA FAMILIAR
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USO DE AGROTÓXICOS NA PRODUÇÃO DE HORTIFRÚTI: UM ESTUDO EM UMA PROPRIEDADE DA AGRICULTURA FAMILIAR

 

 

André Socoloski

Bacharel em Ciências Contábeis - UNEMAT

Instituição: Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

Endereço: Rodovia MT - 358, Km 07, Jardim Aeroporto - Tangará da Serra / MT - CEP: 78300-000

E-mail: andresocoloski@gmail.com

 

CleciGrzebieluckas

Doutorado em Engenharia de Produção – UFSC

Instituição: Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT

Endereço: Rodovia MT - 358, Km 07, Jardim Aeroporto - Tangará da Serra / MT - CEP: 78300-000

E-mail: cleci@unemat.br

 

Andréia Rezende da Costa Nascimento

Mestranda do Programa em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola – PPGASP

Instituição: Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT

Endereço: Rodovia MT - 358, Km 07, Jardim Aeroporto - Tangará da Serra / MT - CEP: 78300-000

E-mail: rezende.andreia@hotmail.com

 

Josiane Silva Costa dos Santos

Mestranda do Programa em Ambiente e Sistema de Produção Agrícola – PPGASP

Instituição: Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT

Endereço: Rodovia MT - 358, Km 07, Jardim Aeroporto - Tangará da Serra / MT - CEP: 78300-000

E-mail: josiane.santos@unemat.br

 

Thiago Vargas Maldonado

Mestrando do Programa de Pós-graduação em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná (PPGCONT-UFPR)

Instituição: Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT

Endereço: Rodovia MT - 358, Km 07, Jardim Aeroporto - Tangará da Serra / MT - CEP: 78300-000

E-mail: maldonado_thiago@yahoo.com.br

 

Resumo

O objetivo do estudo foi descrever como é realizado o uso e aplicação dos agrotóxicos na produção de hortifrúti em uma propriedade da agricultura familiar em Tangará da Serra - MT. A pesquisa foi realizada em 2015 e usou como instrumentos de coleta roteiro estruturado, observação direta e entrevistas com a família. Foram levantados cultivares e os agroquímicos utilizados na propriedade, bem como aspectos socioeconômico da família e ambiental da propriedade. Identificou-se que há uso de agrotóxico em todas as culturas, sendo o tomate a que exige uma maior variedade e quantidade, no entanto não são usados equipamentos de proteção individual (EPIs). A família possui cultura predominante agrícola e tem como base econômica o cultivo de alface e tomate. No tocante as questões ambientais verificou-se que a propriedade encontra-se em dia com a Legislação Ambiental.

 

Palavras-chave: Risco. Contaminação. Embalagem. MeioAmbiente.

 

 

Abstract

The aim of the study was to describe how it is done the use and application of pesticides in grocery production in a property of the family farm in Tangara da Serra - MT. The survey was conducted in 2015 and used as structured script collection instruments, direct observation and interviews with family. Cultivars and agrochemicals were used raised on the property, as well as socio-economic aspects of family and environmental property. It was identified that there is use of pesticides in all culture, and tomato that requires a greater variety and quantity, however not used personal protective equipment (PPE). The family has agricultural predominant culture and its economic base growing lettuce and tomato. Regarding environmental issues it found that the property is on the day that the Environmental Legislation.

 

Key words: Risk. Contamination.Packing.Environment.

 

1            INTRODUÇÃO

O crescimento populacional de forma exponencial evidenciado no ultimo século, passando de dois bilhões de pessoas em 1922 (ALVES, 2007) para próximo de 7,3 bilhões em 2015 (COUNTRYMETERS, 2015) provocou o aumento na demanda por mais alimentos. Essa demanda, aliada à degradação ambiental e o monocultivo resultaram no surgimento de diversas pragas nas lavouras, exigindo assim melhorias das técnicas de produção, e fabricação de agrotóxicos (CASSIANO; MELO, 2014).

 Tais pragas interferem na vida das pessoas há milhares de anos, existindo registros na Bíblia, que insetos e fungos devastaram plantações. Naquela época, as pragas eram consideradas castigo dos deuses em razão do comportamento do homem, que sempre buscou maneiras de combate-las usando de rituais religiosos. No entanto, nem sempre os resultados eram satisfatórios surgindo a necessidade de desenvolver novos mecanismos de produção desencadeando a criação dos agrotóxicos, um dos grandes avanços da agricultura, resultando assim no aumento da produção de alimentos (BRAIBANTE; ZAPPE, 2012).

Estas substâncias são utilizadas, especialmente nos sistemas de monocultura em grandes extensões e também em pequenas propriedades com cultivos diversificados. Os agroquímicos também são usados na saúde pública para a eliminação e controle de vetores transmissores de enfermidades endêmicas como doença de chagas, malária, dengue entre outros (DOMINGUES, 2004).

O Brasil é líder mundial na utilização de agrotóxicos consumindo mais de 1 milhão de toneladas ano, uma média de 5,2 Kg por habitante (MILHORANCE, 2015; RADIO EBC, 2015). Mato Grosso lidera o ranking nacional no uso de insumos químicos atingindo média de 113 mil toneladas ano, isso se deve a produção de grandes monoculturas de exportação como a soja, o milho e o algodão (HOLLAND, 2012).

A agricultura familiar é responsável por produzir aproximadamente 80% dos alimentos consumidos no mundo (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTURA – FAO, 2014), no Brasil, aproximadamente 70% do alimento consumido é oriundo da agricultura familiar (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – MDA, 2016). Segundo Melo e Vilela (2007) no Brasil 60% da produção de hortaliças advém de propriedades de exploração familiar com menos de 10 hectares, maximizando tanto o uso do espaço quanto do tempo.

A participação das hortaliças nas venda de agrotóxicos no Brasil representa entre 3 a 5% no volume total (ALMEIDA; CARNEIRO; VILELA, 2009), neste contexto o objetivo do estudo é descrever como é realizado o uso e aplicação dos agrotóxicos na produção de hortifrúti em uma propriedade da agricultura familiar em Tangará da Serra - MT. Justifica-se a pesquisa em razão de que na maioria das vezes não há um detalhamento dos tipos e quantidades de produtos químicos utilizados na produção de hortifrúti das propriedades familiares. Embora existam estudos que tratam do uso desses em hortaliças (ALMEIDA; CARNEIRO; VILELA, 2009; SOUZA et al, 2012; RIZZATO et al, 2015) no Estado de Mato Grosso estes ainda são incipientes.

2             REFERENCIAL TEÓRICO

2.1         Histórico, definição e classificação dos agrotóxicos

A produção de agrotóxicos foi pensada incialmente para ser uma arma química, na Primeira Guerra Mundial, porém, utilizada somente na Segunda Guerra Mundial. Após o fim dos conflitos os químicos das forças armadas voltaram à produção dos agrotóxicos para a agricultura, pois concluíram que, se são letais para humanos, provavelmente seriam para os insetos (LISBOA; SENA; DUTRA, 2007; BRAIBANTE; ZAPPE, 2012). A partir de então com a revolução verde (1950) deu-se o inicio ao amplo uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos, uma nova era tecnológica que iria modificar as bases de produção agrícola mundial, principalmente nos países em desenvolvimento os quais tinham a responsabilidade de acabar com a fome do mundo (PERES; MOREIRA, 2003).

No Brasil, a utilização de agrotóxicos teve origem entre as décadas de 60 e 70, quando no campo iniciava um progressivo processo de automação das lavouras, juntamente com o programa de maquinário e utilização de produtos agroquímicos. Sua implementação foi estimulada pelo Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), que vinculava a concessão de empréstimos aos agricultores à fixação de um percentual a ser gasto com produtos químicos, considerados, então, símbolo da modernidade no campo (MOURA, 2005).

De acordo com a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989 agrotóxicos e afins são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas. São utilizados nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas podendos ser em ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. Esses produtos e agentes só poderão ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura. (BRASIL, 1989);

Os agrotóxicos possuem duas classificações: a toxicológica e o potencial de periculosidade ambiental. A toxicológica é definida pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que classifica os agrotóxicos em quatro classes Classe I: Extremamente Tóxico; Classe II: Altamente Tóxico; Classe III: Medianamente Tóxico; e Classe IV: Pouco Tóxico (ANVISA, 2009). Ainda existem produtos que não recebem classificação toxicológica, por apresentarem características teratogênicas, carcinogênicas e mutagênicas, ou causarem distúrbios hormonais, pois o registro desses é proibido (BRASIL, 1989; ANVISA, 2009).

Já o potencial de periculosidade ambiental é realizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Baseia-se nos parâmetros de bioacumulação, persistência, transporte, toxicidade a diversos organismos, potencial mutagênico, teratogênico e carcinogênico. São classificados em: Classe I: Produto Altamente Perigoso; Classe II: Produto Muito Perigoso; Classe III: Produto Perigoso; e Classe IV: Produto Pouco Perigoso (IBAMA, 1996).

De acordo com Yamashita (2008) os agrotóxicos e afins são classificados de acordo com sua função: Inseticidas: controlam insetos; Fungicidas: destroem ou inibem fungos; Herbicidas: combatem plantas invasoras; Desfolhantes: eliminam folhas indesejadas; Fumigantes: combatem bactérias do solo; Raticidas: combatem ratos e outros roedores; Moluscocidas: combatem moluscos; Nematicidas: combatem nematoides; Acaricidas: utilizados no combate a ácaros. Os grupos químicos das principais classes são apresentados no quadro 1.

Quadro 1 - Classificação química das principais classes de pesticidas

Classe

Grupos Químicos

Inseticidas

Organoclorados

Organofosforados

Carbamatos

Piretróides (sintético)

Fungicidas

Ditiocarbamatos

Organoestânicos

Dicarboximidas

Herbicidas

Glicina substituída

Derivados do ácido fenóxiacético

Dinitrofenóis

Pentaclorofenol

Fonte: Rodrigues (2012)

 

As classificações químicas apresentadas no quadro 1 são as principais classes usadas no mundo, sendo que o herbicida é o mais utilizado no Brasil, representando cerca de 50% do total anual  (JARDIM; ANDRADE; QUEIROZ, 2009).

2.2         Risco da utilização dos agrotóxicos

Os agrotóxicos representam risco químico potencial aos seres humanos e a todo bioma em geral (MOURA, 2005). Além dos perigos aos seres humanos, nos aspectos ocupacionais, alimentares e de saúde pública, sabe-se que a utilização no ambiente pode provocar efeitos indesejáveis, tendo como consequência mudanças no funcionamento do ecossistema afetado (SPADOTTO, 2006). Segundo Soares e Porto (2007) ao decidir sobre o uso de agrotóxicos, devem ser calculados o custo benefício, devendo ser considerado como custo, não somente oprivado com a aquisição do produto e aplicação, mas as externalidades causadas por esses tanto para humanos quanto para o meio ambiente (Figura 1), e os benefícios são os ganhos de produtividades obtidos, e a perda de produtos pós colheita evitada.

Figura 1 - Externalidades do uso dos agrotóxicos

Fonte: Soares e Porto (2007)

O aumento do uso de agrotóxicos representam um risco para o ser humano, uma vez que podem ser encontrados nos alimentos, seja diretamente, como resultado da aplicação na produção, transporte ou armazenamento, ou indiretamente como no caso de animais de corte alimentado com ração vegetal contaminada, provocando diversas doenças pois, alguns produtos químicos  possuem componentes que podem atuar como “disruptores endócrinos” (MOURA, 2005).

Os trabalhadores rurais são os que mais correm o risco de contaminação pelo uso exagerado dos agrotóxicos, uma vez que, preparam as caldas, fazem a aplicação, limpam os maquinários que são utilizados na pulverização bem como a colheita das culturas. Esse risco depende da exposição e fatores como: a toxicidade do produto em humanos; as condições da exposição e os níveis de exposição ocupacional (DOMINGUES et al, 2004).

Os sintomas de intoxicação podem ser diferentes em cada pessoa, de acordo com o tipo de produto e exposição que sofreu (Quadro 2).

Quadro 2 – Principais sintomas de intoxicação por agrotóxicos

Irritação ou nervosismo

Ansiedade e angustia

Fala com frases desconexas

Tremores no corpo

Indisposição

Fraqueza

Mal-estar

Dor de cabeça

Tonturas

Alterações visuais

Vômitos

Cólicas abdominais

Respiração difícil

Dores no peito e falta de ar

Vertigens

Convulsões

Desmaios

Náuseas

Perda de consciência e até coma

Queimaduras e alterações na pele

Salivação e sudorese aumentadas

Dores pelo corpo inteiro, em especial nos braços, pernas e peito

Irritação de nariz, garganta e olhos, provocando tosse e lágrimas

Urina alterada seja na quantidade ou na cor

Fonte: Lisboa, Sena e Dutra (2007)

A intoxicação por agrotóxico pode ser classificada em três tipos: aguda, subaguda e crônica. Aguda é aquela que os sintomas surgem rapidamente, pouco tempo após a exposição excessiva a produtos extremamente ou altamente tóxicos, os sintomas são nítidos e objetivos e podem ocorrer de forma leve, moderada ou grave. A subaguda é aquela que os sintomas surgem mais lento, por exposição moderada ou leve a produtos altamente tóxicos ou medianamente tóxicos, os sintomas são subjetivos e vagos. A crônica é aquela que se caracteriza por um surgimento mais tardio dos sintomas, meses ou anos, por exposição pequena ou moderada a produtos tóxicos ou a múltiplos produtos, podendo causar danos irreversíveis, como paralisias e neoplasias (DOMINGUES et al, 2004).

Se usado corretamente os agrotóxicos causam pouco impacto, mas, se utilizado de forma indiscriminada põe em risco tanto o meio ambiente como também as pessoas que entram em contato com esses produtos, pois traços de resíduos de pesticidas presentes no solo, água, ar e alimentos podem ser perigosos à saúde (CASSALet al, 2014). Porém a contaminação por agrotóxicos pode afetar o meio ambiente de forma indireta, aumentando a resistência de pragas ou eliminando indesejáveis predadores naturais de certos micro-organismos (VEIGA; SILVA; VEIGA, 2005), uma vez que certas substancias como, por exemplo, o Aldrin e o DDT levam respectivamente 6 e 30 anos para desaparecer 95% no meio ambiente (DOMINGUES et al, (2004).

3             METODOLOGIA

3.1          Caracterizarão da pesquisa e instrumentos de coleta

A pesquisa é de natureza descritiva com abordagem quali-quantitativa e usou como estratégia de pesquisa o estudo de caso. As pesquisas descritivas buscam investigar, analisar, registrar e classificar os fatos ou fenômenos sem a interferência do pesquisador (RICHARDSON et al, (2012). A abordagem quantitativa busca quantificar dados e normalmente envolve análise estatística, já a qualitativa visa coletar informações das opiniões, costumes, hábitos e anseios dos entrevistados, pode ser utilizada para explicar as descobertas feitas pela pesquisa quantitativa (MALHOTA, 2010). O estudo de caso é uma investigação empírica que analisa  um fenômeno contemporâneo dentro de um  contexto da vida real (YIN, 2005). Portanto,  acredita-se que a pesquisa se enquadra nos parâmetros descritos acima.

Os instrumentos de coleta foram roteiro estruturado, observação direta e entrevistas com a família composta por 5 membros, o casal e três filhos adultos. Com base nesses instrumentos foram levantados aspectos socioeconômico da família e ambiental da propriedade bem como os cultivares e agroquímicos utilizados.

3.2          Área de estudo

O estudo foi realizado em uma propriedade familiar no município de Tangará da Serra MT localizada a 4,5 Km do centro da cidade. Possui 6,05 hectares, se dedica ao cultivo de frutas e hortaliças e a mão de obra é estritamente familiar. A identificação das cultivares produzidas, os produtos agroquímicos utilizados, a quantidade e frequência de aplicação em cada cultura foi com base em entrevista e observação direta. Já a identificação do grupo químico e as classificações dos agrotóxicos usados na propriedade utilizou-se dos rótulos e ou bulas fornecidas pelo produtor.

Também foi indagado se conhecem a legislação no que se refere ao uso do agrotóxico, destino dado às embalagens e se sabem dos riscos que esses produtos causam tanto ao ser humano quando ao meio ambiente.

4             RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1         Aspectos sociais, econômicos e ambientais da propriedade

 Os proprietários possuem respectivamente 61 e 55 anos de idade, aposentados, ambos ensino primário.  Migraram do Estado do Paraná (PR) para Tangará da Serra (MT) na década de 70 e em 80 se conheceram e constituíram família, composta por três mulheres e dois homens. Três (dois homens e uma mulher) possuem ensino superior e vivem com os pais, somente um deles cursou o Ensino Superior em Universidade Pública, os demais por meio de Financiamento Estudantil (FIES) e Programa Universidade para Todos (PROUNI). O trabalho no campo é realizado pelo proprietário e dois filhos enquanto os afazeres domésticos ficam a cargo da esposa e filhas.

Parte da propriedade (50%) foi recebida de herança e a outra adquirida através de permuta, dando continuidade a sucessão familiar de pai para filho. O investimento na propriedade é realizado com recursos próprios, nunca buscaram fontes externas de financiamento. A família possui uma casa de alvenaria de 140m2 e, três veículos uma Parati ano 1994, uma S10 ano 2001, que são usados para entrega da produção, e uma Honda Biz ano 2008/2009. O faturamento médio mensal da família, excluídos os custos de produção, é cerca de 7,5 salários mínimos.

A infraestrutura de produção consta com um sistema de irrigação por aspersor e gotejamento, três estufas para o cultivo de tomate com cerca de 350m2 cada, e uma de 12m2 para a produção de mudas, e demais equipamentos manuais (bomba costal ferramentas manual em geral). O único serviço contratado é hora máquina para preparar o solo.

Até 2003 a família trabalhava com a cafeicultura e outras culturas temporárias como o milho e arroz. A partir de então, começaram a trabalhar com a hortifruticultura, deixando as demais atividades de lado, pois verificaram maior lucratividade, em razão da facilidade em comercializar parte dos produtos diretamente para os consumidores uma vez que apenas cerca de 150 metros separa a propriedade do bairro mais próximo. Segundo o proprietário essa proximidade possui pontos positivos e negativos: o positivo é a venda direta e o negativo é a presença de vândalos que furtam alguns produtos. Além da comercialização direta (in situ) também é feita a comercialização no atacado por meio de pedidos e no varejo duas vezes por semana.

A propriedade possui Cadastro Ambiental Rural (CAR), área de preservação permanente (APP) e Reserva Legal (RL), ambas 30m à margem do córrego Palmital que abastece o sistema de irrigação.

4.2         Aspectos agroquímicos da propriedade

 Em termos de volume o mais usado é o herbicida (13 litros/ano), representando mais de 50% dos produtos químicos utilizados na propriedade (Quadros 3 e 4).

Quadro 3 - Herbicidas utilizados na propriedade e suas classificações

Nome Comercial

Ingrediente Ativo

Grupo Químico

Classificação Quanto a Ação

Classificação Toxicológica

Classificação Ambiental

Quantidade Usada por ano

Gramocil

Paraquate, Diurom

Ureia + bipiridilio

Herbicida não seletivo de ação não sistêmica

Classe I – Extremamente Tóxico

Classe II – Muito Perigoso

7 litros

Roundup

Glifosato

Glicina substituída

Herbicida não seletivo de ação sistêmica

Classe II – Altamente Tóxico

Classe III - Perigoso

5 litros

Targa 50 EC

Quizalofope-p-metílico

ácidoariloxifenoxipro-piônico

Herbicida graminicida seletivo

Classe I – Extremamente Tóxico

Classe II – Muito Perigoso

1 litros

Total de herbicidas

13 litros

Fonte: Dados da pesquisa

No tocante à variedade o inseticida é o mais usual (Quadro 4). Dado semelhante foi encontrado no estudo de Marques, Neves e Ventura (2010) Londrina - PR, que na produção de hortaliças, os inseticidas predominaram. Segundo o produtor, essas variedades são necessárias pelo fato de alguns insetos criarem resistência a um produto, sendo indispensável outra variedade coadjuvante no controle das pragas.

Quadro 4 - Agrotóxicos utilizados na propriedade e suas classificações

Nome Comercial

Ingrediente Ativo

Grupo Químico

Classificação Quanto a Ação

Classificação Toxicológica

Classificação Ambiental

Quantidade Usada por ano

Assist

Óleo Mineral

Hidrocarbonetos Alifáticos

Inseticida e acaricida de contato, e adjuvante

Classe IV – Pouco tóxico

Classe IV – Pouco perigoso

4 litros

Belt

Flubendiamida

Diamida do ácido ftálico

Inseticida de contato

Classe III – Medianamente tóxico

Classe III - Perigoso

0,25 litros

Evidence

Imidacloprido

Neonicotinoides

Inseticida sistêmico

Classe IV – Pouco tóxico

Classe III - Perigoso

1 Kg

Cobre Atar BR

Óxido Cuproso

Inorgânico

Fungicida e Bactericida de Contato

Classe IV – Pouco Tóxico

Classe III - Perigoso

2 Kg

Iharaguen-s

Polioxietilenoalquifenol éter

Não contém na Bula

Espalhante Adesivo

Classe II – Altamente Tóxico

Classe IV – Pouco perigoso

1 litros

ManzateWG

Mancozebe

Alquilenobis

Fungicida Protetor

Classe I – Extremamente Tóxico

Classe II – Muito Perigoso

2 Kg

Pirate

Clorfenapir

Análogo de pirazol

Inseticida e Acaricida de contato

Classe III – Medianamente tóxico

Classe II – Muito Perigoso

1 litros

Fonte: Dados da pesquisa

Verifica-se (Quadro 5) que as culturas com maior uso de agrotóxicos são abóbora, brócolis, couve-flor, repolho, pepino, tomate e vagem. Segundo o agricultor, essas culturas sofrem um forte ataque de insetos sendo necessária a aplicação preventiva, que é realizada uma vez por semana. Informa também que, o herbicida Targa 50 EC é utilizado somente quando existe uma forte invasão de capim.

Quadro 5 - Agrotóxicos utilizados nas culturas e frequência de uso

Cultura

Agrotóxicos Aplicados

Frequência de Aplicação

Abacaxi

Gramocil

1 vez por ano

Abobora

Targa 50 EC

1 vez no ciclo produtivo

Assist; ManzateWG; Evidence

1 vez por semana

Alface

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Almeirão

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Banana

Gramocil

1 vez no ano

Berinjela

Pirate

Quando verificar ataque de insetos

Beterraba

Pirate

Quando verificar ataque de insetos

Brócolis

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; Pirate; ManzateWG

1 vez por semana

Cenoura

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Couve

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; pirate

Quando verificar ataque de insetos

Couve-flor

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; Pirate

1 vez por semana

Jiló

Assist; Pirate

Quando verificar ataque de insetos

Mandioca

Gramocil; Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Milho Verde

Gramocil

1 vez no ciclo se houver necessidade

Pepino

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; Pirate; ManzateWG

1 vez por semana

Pimenta

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; ManzateWG

Quando verificar necessidade

Pimentão

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; ManzateWG

Quando verificar necessidade

Quiabo

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Repolho

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; Pirate

1 vez por semana

Rúcula

Targa 50 EC;

1 vez no ciclo se houver necessidade

Tomate

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; Belt; Evidence; Cobre Atar BR; ManzateWG; Pirate

1 vez por semana

Vagem

Targa 50 EC

1 vez no ciclo se houver necessidade

Assist; ManzateWG; Pirate

1 vez por semana

Fonte: Dados da pesquisa

O tomate é a cultura que tem uma maior variedade de agrotóxicos usado na propriedade, que são aplicados uma vez por semana, menos que a relatada por Carvalho (2014) no qual os produtores fazem em média duas a três aplicações por semana de acordo com as condições climáticas. As culturas que tem uma menor utilização são o abacaxi, a banana e a mandioca, que usa somente o herbicida Gramocil, com apenas uma aplicação por ano, sendo que essas culturas não têm nenhum contato direto com o pesticida, pois o herbicida usado é do tipo contato, ou seja, mata as plantas que tiverem contato com o mesmo.

O responsável pela aplicação de agrotóxicos relata que nunca fez uso equipamento de proteção individual (EPI), no entanto, não há casos intoxicação na família. A justificativa pelo não uso é o calor e o desconforto, mas declara ser cauteloso ao aplicar os pesticidas em relação a posição do vento para não ser atingido diretamente pela calda,  e não caminhar nos locais que foi aplicado por um determinado período. Motivo semelhante do não uso dos EPIs foi encontrado no estudo de Marques, Neves e Ventura (2010), os quais identificaram que 30% dos entrevistados não utilizavam EPIs, e dos que disseram usar, 75% não faziam o uso do equipamento completo. Por outro lado Souza et al, (2012) em Santa Inês – MA, verificaram que  67% dos produtores não faziam uso de nenhum tipo de equipamento de proteção.

No que se refere às embalagens dos agrotóxicos, o agricultor não recebe nenhuma orientação sobre o descarte correto no momento da compra do produto, mas diz saber da obrigatoriedade da logística reversa, porém não a faz, o destino final dado é queima. Em Boqueirão – PB, Nogueira e Dantas (2013) identificaram que 62,5% dos agricultores pesquisados não descartavam as embalagens adequadamente, em Santa Inês – MA,Souza et al. (2012), verificaram que 50% dos produtores descartavam as embalagens junto ao lixo comum e os demais próximo a plantação.

Quanto ao receituário agronômico, o agricultor relata que não possui orientação técnica para a aquisição dos produtos, pois a mesma se dá por meio de vendedores de insumos e ou outros produtores, corroborando, portanto, com Souza et al. (2012) que também verificaram ausência de orientações especializadas no uso de agrotóxicos. Já na aplicação o agricultor recebe orientação através do filho, técnico em mecanização agrícola.

5             CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo permitiu identificar que há uso de agrotóxico em todas as culturas, sendo o tomate a que exige uma maior variedade e quantidade, no entanto não são usados equipamentos de proteção individual (EPIs).  A família possui cultura predominante agrícola e tem como base econômica o cultivo de alface e tomate. No tocante as questões ambientais verificou-se que a propriedade encontra-se em dia que a Legislação Ambiental.

Apesar de haver preocupação com o meio ambiente e com a saúde dos consumidores, o produtor corre risco de contaminação, por não ter orientação de pessoal qualificado, e principalmente pelo não uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) no momento do manuseio dos produtos químicos. Portanto, sugere-se que façam o uso de EPIs para evitar problemas de saúde pela exposição direta como o uso dos agrotóxicos.

 Recomenta que sejam feitos trabalhos semelhantes em outras propriedades da agricultura familiar, tanto no município tangaraense quanto em outros a fim de confrontar os resultados aqui obtidos. Sugere-se também que seja feita uma analise química dos produtos, a fim de verificar o índice de contaminação dos produtos pelos agrotóxicos utilizados bem como estimar o risco destes à saúde humana.

REFERÊNCIAS

ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Parte 1 - Agrotóxicos, Segurança Alimentar e Nutricional e Saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO, 2012.

ALMEIDA, Vicente Eduardo Soares de; CARNEIRO, Fernando Ferreira; VILELA, Nirlene Junqueira. Agrotóxicos em hortaliças: segurança alimentar, riscos socioambientais e políticas públicas para promoção da saúde. Tempus, v. 4, n. 4, p. 84-99, 2009.

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Ilustrações: Silvana Santos