Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Apresentação
03/06/2016 (Nº 56) EDITORIAL DA 56ª EDIÇÃO DA REVISTA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM AÇÃO 5 de Junho – Aniversário de 14 anos de publicação on-line
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2332 
  

EDITORIAL DA

56ª EDIÇÃO DA REVISTA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM AÇÃO

5 de Junho – Aniversário de 14 anos de publicação on-line

 

Meio Ambiente, Ecologia, preservação, consciência ecológica, responsabilidade ambiental, são palavras que passam batido por algumas pessoas que “ainda” não se importam com o que acontece no Planeta, provavelmente porque estão envoltas ou empacotadas nas comodidades do mundo moderno, que, a cada dia, fica mais e mais artificial, porém, mais atrativo e hipnotizante. Estamos todos rodando em uma esteira de produção e levados para os templos do consumo.

Duarte Jr., estudioso do tema “saber sensível” sempre fala que a educação precisa trabalhar os sentidos, os sentimentos, as sensações, pois estamos ficando cada vez mais anestesiados. Ele diz:

“Vivemos uma educação atrelada aos ditames e a demanda do mercado, esse todo poderoso deus contemporâneo. É assim que o nosso cotidiano carrega hoje um enorme poder anestésico. E por isso produz um bloqueio quase deliberado da nossa capacidade sensível”.

Uma animação na Internet mostrou um super mercado para atender as pessoas dentro dos seus carros. Havia muitas prateleiras rotativas, cada uma delas com um tipo de produto, imitando os corredores dos mercados atuais. Outra cena mostrou como estas prateleiras são abastecidas, tudo com longas esteiras partindo de grandes depósitos de produtos, dos mais variados tipos, tudo muito bem organizado, limpo e prático. O carro chega, entra em um corredor (dentre muitos corredores, para atender vários veículos ao mesmo tempo). O motorista segue um trajeto e vai parando, de prateleira em prateleira. Escolhe o produto apertando um botão. O produto cai em uma esteira que vai direto para o caixa no final do trajeto. Assim, sem sair do carro, as compras são feitas. Após pagar, a pessoa recebe sacolas e mais sacolas com as suas compras e parte feliz da vida. Vi gente, muita gente vibrar e curtir o engenhoso e futurista mercado. Eu fiquei triste, lamentei... Lamentei porque este projeto reflete a continuidade deste sistema que insiste em fazer pouco caso das pessoas quando oferecem cada vez comodidades para a aquisição de produtos, na maioria artificiais, embalados com materiais caros que logo são descartados... Este sistema é um grande desrespeito para com as pessoas, os animais, as plantas, e uma irresponsabilidade com a vida!

Ouvi, em um filme, a fala de uma mãe para o filho com necessidades especiais, explicando a ele que todas as pessoas são iguais, porque todas precisam das mesmas coisas para viver: ar, alimento, moradia, água... E que apenas elas têm uma diferença: algumas são boas, outras não. Achei bem interessante essa visão da mãe do garoto, e muito sensata. Eu a traduziria - para trazer ao contexto da Educação Ambiental – da seguinte forma: existem dois tipos de pessoas, as responsáveis e as irresponsáveis. E, conforme João Bosco da Silva, autor da frase que nos inspirou para esta edição:

“A responsabilidade social e a preservação ambiental significa um compromisso com a vida.”

O nosso compromisso com a vida, portanto, é defendê-la, através da Educação Ambiental, e mais, é preservá-la, e garantir que as gerações presentes e futuras tenham um ambiente sadio para viver, como garante a Constituição do nosso País. Essa é a nossa maior responsabilidade.

E é com muito orgulho que hoje estamos completando 14 anos de publicação, neste Dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia.

A todos, uma ótima leitura!

www.revistaea.org

 

Bere Adams e Equipe da revista Educação Ambiental em Ação.

 

Ilustrações: Silvana Santos