AS MENTIRAS DA PROPAGANDA DA ALIMENTAÇÃO

Ricardo Lyra

Vocês já tomaram a sopa de galinha caipira, aquela que faz cocoricó? (o cocoricó dá alguma qualidade a sopa?)

Vocês conhecem aquele achocolatado com sabor de energia? (existe realmente esse sabor?)

Vocês sabiam que para fazer sucesso tem que tomar ZeroCal? (será que para se fazer sucesso tem que tomar adoçante?) 
Vocês já detonaram uma geladeira cheia de produtos artificiais?

Agora me respondam: É gostoso ou é saudável? (este era o dilema de uma propaganda de uma grande multinacional) 

Vocês já viram uma laranja com nariz de carambola, cabelos de gomos de tangerina e no seu interior polpa de maracujá? Pois fiquem sabendo que chegou MID, o refresco que é a cara da fruta (resta saber de qual é a fruta).

Vocês já observaram que: "Quando as coisas na vida ficam mais bonitas, mais verdes, mais deliciosas, repare, há produtos agrícolas (Basf) por perto. Como por exemplo, Kresoxim-Methyl, princípio ativo do fungicida Stroby." (propaganda da Basf relacionando a beleza da natureza aos seus produtos químicos)

O homem atual é impelido para o consumo, através do impulso invisível da publicidade, que através de um círculo mágico, faz o consumidor pagar, quando compra, o próprio estimulo que o estimula a comprar. É preciso saber escolher os alimentos necessários a nossa existência, e procurar racionalizar integralmente sua exploração.

É preciso saber frear o pavoroso crescimento da publicidade, que entra por todos os poros da nossa intimidade.

É muito comum encontrarmos produtos que falseiam as relações do homem com a natureza em imediato detrimento desta e, por conseguinte, do próprio homem. Quantos produtos, que na conquista de novos consumidores, têm sua realidade deformada pela forma em que são apresentados? Deformações estas que nada tem haver com o produto. As crianças são as principais vítimas.

Portanto, acredito que um dos maiores adversários da alimentação orgânica é a publicidade das grandes indústrias de alimento.

Fonte: http://alimentopuro.blogspot.com.br/2011/03/as-mentiras-da-propaganda-da.html