Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Notícias
15/12/2015 (Nº 54) FPI PROMOVE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ENGAJA JOVENS EM PRESERVAÇÃO
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2252 
  

FPI PROMOVE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ENGAJA JOVENS EM PRESERVAÇÃO

Estudantes de 12 a 19 anos da rede pública aprenderam de forma didática e lúdica

 

Aposta da Fiscalização Preventiva Integrada na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do São Francisco), a educação ambiental se fez presente, de modo didático e divertido, para centenas de estudantes de 12 a 19 anos em escolas das redes públicas estaduais e municipais de Jaramataia, Minador do Negrão, Palmeira dos Índios, Major Izidoro e Estrela de Alagoas. E os jovens não estavam sozinhos: tiveram a companhia de professores, diretores das unidades de ensino e até de secretários municipais.

Para envolver os estudantes, a equipe de educação ambiental da FPI do São Francisco promoveu a “Gincana Ambiental”. Nela, foram realizadas atividades lúdicas, com várias temáticas relacionadas ao meio ambiente, a exemplo dos jogos relacionados aos biomas Mata Atlântica e Caatinga, bem como ao ecossistema Manguezal e a ambientes marinhos. O grupo também desenvolveu uma dinâmica de perguntas e resposta sobre animais nativos da fauna brasileira e um jogo de roleta com vários temas ambientais.

Durante a gincana organizada pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), os estudantes distribuídos realizaram uma coleta de resíduos (óleo de cozinha, pilhas, baterias de celulares, etc) para o reaproveitamento e destinação adequada. No final, as equipes vencedoras foram premiadas com o Projeto Navegando com o Meio Ambiente (Barco Escola), que ocorrerá até o fim do ano.

 

 “O que mais os animava era a possibilidade adquirir novos conhecimentos. A premiação também era bem atrativa, pois, além de propiciar uma viagem para Maceió, eles terão aula prática de educação ambiental a bordo de um catamarã. No projeto, os estudantes vão conhecer as belezas naturais e os impactos ambientais de um local até então desconhecidos por eles, como a Área de Proteção Ambiental Santa Rita, entre a capital e Marechal Deodoro”, explicou o coordenador da equipe, Pedro Normande, diretor de educação ambiental do IMA.

Paralelo à gincana, servidores da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) ministraram palestra com o tema "A importância da água", enquanto os da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) falaram sobre "Os perigos do uso indevido dos agrotóxicos para o meio ambiente". Já o Batalhão de Policiamento Ambiental trouxe informações sobre a taxinomia ambiental.

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) também integraram a equipe de educação ambiental.

 

Por que educar?

Segundo Pedro Normande, a educação ambiental equivale a uma ferramenta de orientação para tomada de consciência dos indivíduos frente aos problemas ambientais, principalmente quando se trata de um processo participativo, onde o educando assume um papel central do ensino/ aprendizagem pretendido.

“No contexto da FPI do São Francisco é de suma importância, pois desperta o aprendizado e o interesse dos jovens sobre as causas ambientais da sua região e, consequentemente, eles se tornam multiplicares do conhecimento adquirido, ajudando assim para a diminuição dos impactos negativo ao meio ambiente”, disse o coordenador da equipe de educação ambiental.

Mais do que na educação, a FPI do São Francisco aposta nos jovens para a preservação do meio ambiente. “Porque são eles que tomarão atitudes, ainda que de forma individual, na esperança de que sirvam de exemplo para as gerações mais novas, como também para gerações mais antigas. Temos a esperança de que eles consigam fazer com que a população em geral acorde para a gravidade da problemática ambiental e que devemos mudar nossos hábitos urgentemente”, justificou Pedro Normande.

 

Guardiões da natureza

Na visita aos municípios, os estudantes receberam kits dos “guardiões da natureza”, que continham camisetas, bottons e cartilhas educativas. A equipe também acompanhou o plantio de mudas nas cidades, incentivou a entrega de animais à equipe de fauna da FPI do São Francisco e promoveu palestras também voltadas para os gestores públicos municipais.

 

 “A questão ambiental está em alta por uma razão simples: a necessidade de sobrevivência. Quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças, maiores as chances de despertar nelas a consciência pela preservação. Por isso, a educação para uma vida sustentável deve começar já na sala de aula. Inclusive, é importante deixar claro que o Ministério Público defende que a educação ambiental faça parte da grade curricular do ano letivo de forma transversal e interdisciplinar. É preciso se explorar o meio ambiente com curiosidade, percebendo-se como ser integrante, dependente, transformador e, acima de tudo, capaz de ter atitudes de conservação”, defendeu Alberto Fonseca, também promotor de Justiça e coordenador da FPI do São Francisco.

E esse conceitos de educação defendido no discurso de Fonseca está embasado na lei federal nº 9.795/1999, que dispõe Política Nacional de Educação Ambiental. Em seu artigo 1º, ela diz que "entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."

 

Fonte: http://www.tribunahoje.com/noticia/162274/interior/2015/11/27/fpi-promove-educaco-ambiental-e-engaja-jovens-em-preservaco.html

Ilustrações: Silvana Santos