Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2018 (Nº 52) CONHECIMENTO ETNOBIOLÓGICO DE PESCADORES ARTESANAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DE PIRABAS, NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ
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CONHECIMENTO ETNOBIOLÓGICO DE PESCADORES ARTESANAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DE PIRABAS, NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ

 

Rafael Anaisce das Chagas¹

Wagner Cesar Rosa dos Santos²

Ana Virgília Pereira do Vale³

Carlos Romildo Santos de Sousa4

 

¹ Graduando de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural da Amazônia, rafaelanaisce@hotmail.com

² Graduando de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural da Amazônia, wagpesca@yahoo.com.br

³ Graduanda de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural da Amazônia. anitabenaion@hotmail.com

4 Graduando de Engenharia de Pesca da Universidade Federal Rural da Amazônia, carlinhos23@hotmail.com

 

Resumo

O propósito deste estudo é descrever o conhecimento de pescadores artesanais do município de São João de Pirabas, nordeste paraense, acerca do comportamento, usos de hábitat, aspectos reprodutivos e migração da pescada-gó Macrodon ancylodon, buscando a valorização do conhecimento empírico. Os resultados apresentados revelam que o saber dos pescadores acerca da ecologia e biologia, com ênfase nos aspectos do comportamento, distribuição, reprodução, e alimentação são relevantes quando comparados aos estudos científicos relacionados a esse peixe. Os pescadores indicaram também os principais fatores (bióticas e abióticas) que determinam a migração para dentro ou fora do estuário. Desta forma, é destacado no presente trabalho o papel fundamental da etnoictiologia na obtenção de dados plausíveis para o manejo da pesca a partir do conhecimento de pescadores.

 

Palavras–chave: Ecologia. Pesca artesanal. Pescada-gó.

 

Introdução

A etnobiologia caracteriza-se percepção humana sobre os recursos naturais, ou seja, os processos empregados na classificação dos elementos presentes nos ecossistemas (BEGOSSI, 2004). Este conhecimento baseia-se em informações empíricas, orientado na prática e, no caso das populações costeiras, engloba saberes sobre o comportamento dos peixes, o ambiente marinho e as interações neste ecossistema (THÉ, MADI & NORDI, 2003), sendo etnoictiologia a denominação da inter-relação entre o homem e o peixe (ADAMS, 2000; COSTA-NETO, 2001).

 

Resultados de estudos sobre a etnoictiologia demonstram que os pescadores exibem um conhecimento detalhado sobre o comportamento dos peixes, o qual é aplicado nas estratégias de pesca e geralmente condiz com as observações científicas (MARQUES, 1991; COSTA-NETO, 2001). Contudo, a tarefa de combinar o saber de uma região com o conhecimento científico não é simples e requer o delineamento de metodologias que integrem os dados e informações de cada tipo de conhecimento (VALBO-JORGENSEN & POULSEN, 2000). A etnociências, forma atual de incorporação entre os dois saberes, visam subsidiar as políticas públicas no manejo pesqueiro regional (BATISTA, ISAAC & VIANA, 2004), pois contribuem para planos de manejo e conservação de ecossistemas (BEGOSSI, 1993), através de modelos de gerenciamento de recursos naturais por povos nativos (BEGOSSI et al., 1999).

 

Para Santos e Ferreira (1999), apesar do reconhecimento da importância das populações pesqueiras artesanais e da necessidade do melhor conhecimento da dinâmica de suas pescarias afirmam que há pouca informação etnoictiológica levantada na região amazônica, que tem como a pesca uma das atividades mais tradicionais, desempenhando um papel importante na economia e no processo de ocupação humana na Amazônia.

 

Desta forma, o presente estudo pretende investigar o conhecimento de pescadores artesanais do município de São João de Pirabas, acerca de informações do comportamento, usos do habitat, reprodução, morfologia e migração da pescada-gó Macrodon ancylodon Bloch & Schneider, 1801 buscando a valorização do conhecimento empírico e destaque do papel fundamental da etnoictiologia na obtenção de dados plausíveis para o manejo e da pesca.

 

Materiais e Métodos

O estudo foi realizado em junho de 2014 no município de São João de Pirabas (00°46’29” S; 47°10’38” W), situado no nordeste paraense, distante 190 km da capital Belém, abrange uma área de 709,4 km2 possuindo aproximadamente 20 mil habitantes.

 

Escolheu-se o primeiro entrevistado aleatoriamente e, em seguida, foi adotada a amostragem do tipo snow ball (ALBUQUERQUE & LUCENA, 2004), que consiste na indicação dos novos informantes pelos próprios entrevistados. No total foram empregados 12 formulários semiestruturados previamente elaborado sobre informações da pescada-gó (M. ancylodon) no que diz respeito ao horário de captura, alimentação, uso do hábitat, reprodução e migração. Os critérios utilizados para a escolha da espécie de estudo baseou-se em Barboza e Pezzuti (2011) onde (1) verificou-se a existência de informações ecológicas na literatura científica para a espécie e (2) a importância do ponto de vista sócio-econômico desta espécie para os pescadores do município.

 

A análise das informações obtidas foi estritamente qualitativa, efetuada por meio da interpretação do discurso dos entrevistados, buscando, sempre que possível, justapor o modelo percebido (conhecimento etnoecológico) ao modelo operacional (conhecimento científico).

 

Resultados e Discussão

A espécie M. ancylodon, localmente conhecida por pescada-gó, é um dos principais recursos pesqueiros de valor comercial do Brasil (HAIMOVICI, MARTINS & VIEIRA, 1996). Quando perguntados sobre o melhor horário de captura da pescada-gó, 50% dos pescadores comentaram que a noite seria o melhor horário para a captura, 30% considera compreende que seja melhor durante o dia e 20% afirma que pode ser qualquer horário, dependendo apenas da maré.

 

Relacionando sobre a alimentação, todos comentaram que a pescada-gó se alimenta de animais pequenos (tais como, camarões, sardinhas e pescada-gó menores), ou seja, uma espécie carnívora. Sobre o local de alimentação, 40% acusa que esse peixe se alimenta ao longo da costa norte, 30% comenta que a região do município de S. J. de Pirabas seria a área de alimentação e 30% disse que segue a direção do cardume, ou seja, não há uma definição de local fixo de alimentação, variando de acordo com o aporte de alimento. A afirmação dos pescadores coincide com trabalhos feitos por Juras e Yamaguti (1985) e Magro, Cergole e Rossi-Wongtschowski (2000), onde revelam um habito alimentar carnívoro, com evidências a canibalismo alimentando-se preferencialmente de camarões e peixes, sendo este último dominante na dieta à medida que os indivíduos crescem (FONSECA & CASTRO, 2000).

 

Sobre o local em que a pescada-gó é encontrada, 70% afirma que encontra-se esse peixe em toda costa norte e 30% a encontra no estuário. De acordo com Fonseca e Castro (2000) a pescada-gó é um peixe costeiro, demersal, que habita ambientes de substratos arenosos, ocorrendo no Atlântico Ocidental, desde a Venezuela até a Argentina (FIGUEIREDO & MENEZES, 1978; YAMAGUTI, 1979) e apresentando diferentes estratégias biológicas quanto à distribuição espacial e abundância relativa durante seus respectivos ciclos de vida (CAMARGO & ISAAC, 1998; CAMARGO, 1999).

 

Em relação a identificação de um indivíduo adulto, 80% os pescadores citaram que os adultos possuem um comprimento superior à 25cm, enquanto que 20% cita que esta categoria inclui animais acima de 15cm. Sobre a diferenciação sexual, 20% dos pescadores comentam que o abdômen da fêmea é mais “arredondado”, enquanto que 80% afirmam que a diferenciação sexual através da morfologia externa é difícil, podem identificar facilmente através da morfologia interna através da “ova”. A denominação “ova” conferem com o estádio de maturação avançada, ou seja, indivíduos maduro segundo na escala determinada por Vazzoler (1996), com ovários desenvolvidos, ovócitos maduros, ocupando quase toda a parte interna da cavidade celomática, com grandes vasos sanguíneos e de fácil extrusão.

 

Em relação a percepção sobre a época de reprodução e como identificar essa época, em totalidade, os pescadores afirmam que o período de reprodução é de junho a agosto, sendo neste período os peixes se deslocam para áreas se substrato com pedras e “lama”, onde segundo os pescadores, é uma área “remanso”. Em relação do modo como ocorre essa reprodução, os pescadores comentaram que não sabia descrever. O período de reprodução citado pelos pescadores está entre o período verificado por Ikeda (2003), no qual divide em dois períodos de desova ao longo do ano. Para (SILVANO & BEGOSSI, 2002; SILVANO et al., 2006) uma explicação para a ausência de conhecimento dos pescadores sobre a reprodução da pescada-gó se deve ao fato dos eventos reprodutivos serem curtos e difíceis de serem observados, ao contrário de outros aspectos biológicos como habitat e alimentação.

 

Segundo os pescadores, a migração da pescada-gó ocorre por conta da disponibilidade de alimento e do movimento da maré, sendo que os indivíduos adultos seguem um sentido do estuário para o mar aberto. Camargo (1999) descreve que a migração ocorre de acordo com as fases do seu ciclo de vida e com as mudanças nas condições ambientais, em especial a entrada e saída das águas do mar, em virtude dos movimentos das marés. Barboza e Pezzuti (2011) encontraram resultados semelhantes a este estudo, adicionado as fatores migratórios a fuga de predadores e proteção contra alguns tipos de pescarias, como fatores importantes na distribuição espacial e temporal desses peixes.

 

Quando perguntados sobre a situação atual da pesca desse peixe, com ênfase sua disponibilidade no meio ambiente natural, os pescadores afirmam que este pescado vem diminuindo ao longo dos anos, principalmente devido os constantes arrastos efetuados na costa litorânea. Essa diminuição da disponibilidade de pescada-gó citada pelos pescadores explica-se devido a pesca artesanal que ocorre tradicionalmente na região Norte, sendo que nesta região, segundo Paiva (1997), não existe uma espécie alvo, e sim um produto composto por grande diversidade de espécies de peixes e crustáceos, que é comercializado localmente, e pelo exportação da “grude”, a bexiga natatória dos peixes. Outro fator e a atuação excessiva da pesca industrial, principalmente com a frota de pesca de arrasto do camarão Farfantepenaeus subtilis e da piramutaba Blachyplathystoma vaillantii, que fazem com que outros recursos pesqueiros, além desses dois, sejam capturados e, dentre eles, a pescada-gó (IKEDA, 2003).

 

Estudos etnoictiológicos vêm revelando o conhecimento detalhado de pescadores sobre hábitat de peixes, e segundo Doria et al. (2008) as comunidades amazônicas são reconhecidas pelo apurado conhecimento tradicional acumulado, sendo que nas pescarias, o convívio diário do ribeirinho com o ambiente aquático somado a necessidade de exploração, lapidou a experiência do pescador o qual é capaz de reconhecer com eficiência a distribuição das espécies exploradas, as variações sazonais na abundância e os movimentos migratórios. Para Berkers et al. (2006) os conhecimentos cientifico e tradicional, se mostram complementares na construção e no sucesso dos novos planos de gestão formas de gestão.

 

Conclusão

O conhecimento ecológico tradicional do pescador do município de São João de Pirabas é forte e informativo, sendo capaz de gerar informações básicas sobre etnoictiologia da pescada-gó, o que permite adequar a política da pesca para o manejo deste a partir do conhecimento de pescadores.

 

Referências

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Ilustrações: Silvana Santos