Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2018 (Nº 52) ETNOZOOLOGIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: APLICAÇÃO NA CONSERVAÇÃO DA DIVERSIDADE DE ANFÍBIOS ANUROS NO SUDESTE DO BRASIL
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ETNOZOOLOGIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: APLICAÇÃO NA CONSERVAÇÃO DA DIVERSIDADE DE ANFÍBIOS ANUROS NO SUDESTE DO BRASIL

 

Autor 1: Alexander Tamanini Mônico

Instituição: UVV (Universidade de Vila Velha)

 

Autor 2: Silvia Ramira Lopes Caldara

Instituição: ESFA (Escola Superior São Francisco de Assis).

 

e-mail para contato: monico.alexander@gmail.com / alexandermonico@hotmail.com

 

Autor 1: Alexander Tamanini Mônico

Citação: MÔNICO, A. T.

Instituição: Universidade Vila Velha

Endereço para correspondência: Avenida José Ruschi, n° 04, Centro, Santa Teresa – Espírito Santo. CEP: 29650-000.

Referência profissional: Biólogo e mestrando em Ecologia de Ecossistemas.

e-mail: monico.alexander@gmail.com

 

Autor 2: Silvia Ramira Lopes Caldara

Citação: LOPES, S. R.

Instituição: ESFA (Escola Superior São Francisco de Assis) / Laboratório de Biologia Animal – Universidade Federal do Espírito Santo.

Título acadêmico: Doutor.

Referência profissional: Zoóloga, Professora e Coordenadora do Curso de Ciências Biológicas – ESFA.

e-mail: silviaramira@gmail.com

 

RESUMO

A falta de conhecimento da sociedade para com determinadas espécies pode induzir seu extermínio banal. A etnozoologia estuda o conhecimento tradicional do homem sobre os animais, em foco aos processos de interação de cada comunidade com sua fauna local. O presente trabalho teve como objetivo verificar a percepção dos alunos sobre os anfíbios anuros, visando ferramentas para a conservação, tanto na preservação de seu habitat natural, quanto para população não matar ou maltratar por medo/aversão. Além disso, objetivou-se mostrar as diferenças entre sapo, rã e perereca, expor a importância ecológica dos anuros na composição de ecossistemas, e assim tornar os alunos posíveis multiplicadores ambientais. O estudo foi realizado com 50 alunos, de faixa etária entre 11 e 12 anos, da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental “Darly Nerty Vervloet”, localizada na zona Rural de São Roque do Canaã, estado do Espírito Santo, sudeste do Brasil. Foi aplicado um questionario antes da intervenção, com perguntas simples, afim de verificar a percepção dos alunos sobre os animais em questão. Posteriormente foi realizada uma palestra com a finalidade de transmitir mais informações sobre os anfíbios anuros aos alunos, e por fim, aplicado um outro questionário após 25 dias, cuja finalidade foi verificar se houveram mudanças na concepção dos alunos. Percebeu-se por fim, que com a Educação ambiental e a intervenção, melhoraram-se as atitudes dos alunos para com esses animais.  Notou-se também que as crianças ficaram mais incentivadas e curiosas para conhecer as espécies da fauna do Brasil, e principalmente, da local.

 

Palavras-chave: Etnozoologia, Anfíbios, Educação Ambiental,

 

 

INTRODUÇÃO

O termo “etnozoologia” surgiu no final do século XIX nos Estados Unidos, conferido como “a zoologia da região tal como narrada pelo selvagem” (MASON 1899). O prefixo “etno” é referido ao sistema de aquisição e conhecimento típicos de uma dada cultura. Assim, a etnozoologia estuda o conhecimento tradicional do homem sobre os animais, em foco aos processos de interação de cada comunidade com sua fauna local (POSEY 1986). Atua de forma interdisciplinar dos pensamentos e percepções, dos sentimentos e dos comportamentos que relacionam o ser humano com as espécies de animais dos ecossistemas onde estão inseridos (AGUIAR et al. 2011).

Quanto à classificação zoológica popular, a sociedade humana percebe, identifica, classifica, categoriza e utiliza os animais de acordo com os costumes e percepções próprios de cada cultura, estabelecendo uma diversidade de interações com as espécies animais nas localidades onde reside (POSEY 1986).

As questões ambientais estão cada dia mais presentes no cotidiano da sociedade atual e assim a Educação Ambiental vem atuando como uma possibilidade de reencantamento, abrindo possibilidades de novos conhecimentos, metodologias e habilidades na perspectiva de uma educação interdisciplinar (JACOBI 2001). Nesse sentido, a educação ambiental se torna uma importante ferramenta para a conservação das espécies e do meio ambiente.

Sapo é o nome comum utilizado para designar todos os anfíbios anuros (sapos, rãs e pererecas).  Todos esses animais fazem parte da classe Amphibia, e ordem Anura, os desprovidos de cauda, que compreendem os típicos e populares sapos, rãs e pererecas (BERNARDE 2012). São considerados como um dos grupos com características mais peculiares do reino animal, pois apresentam, na grande maioria das espécies, metamorfose ao longo de seu ciclo de vida, não sendo observada em nenhum outro grupo de vertebrados (DUELLMAN & TRUEB 1994). São animais ectotérmicos, necessitando manter a umidade da pele para respiração cutânea, e fatores como temperatura e pluviosidade devem na influenciam o comportamento desses animais.

São componentes muito importantes das cadeias e teias ecológicas, atuando como agentes controladores de população de insetos e outros invertebrados, impedindo a proliferação de pragas e epidemias, além de serem parte da dieta de répteis, aves e mamíferos (BERNARDE 2012). Segundo Tocher (1998) podem ser importantes indicadores das condições de impactos ambientais, indicando a saúde geral de um ecossistema. Além disso, sua pele apresenta compostos químicos de interesse para grandes indústrias farmacêuticas, com possíveis poderes curativos ou analgésicos, se tornando assim, alvos fáceis da biopirataria (AGUIAR et al., 2011).

Devido todas essas características, juntamente com sua pele úmida e fria, tornam-se bem conhecidos pela sociedade, gerando lendas e crenças populares que despertam a curiosidade de crianças e adultos, mas a falta de conhecimento da sociedade para com determinadas espécies pode induzir seu extermínio banal (POUGH et al. 2001). Em certas regiões é notável a visão de um estereótipo negativo perante os anfíbios, assim a população acaba matando-os ou maltratando-os pela aversão ou antipatia com os mesmos, sendo que muitas pessoas nem conhecem a importância que os anuros desempenham na natureza. Um exemplo comum de maltrato é as pessoas jogarem sal de cozinha nos sapos que encontram em seus quintais, ou nas pererecas que procuram refúgio nas paredes dos banheiros. Esse ato é frequente em certas regiões, pois as pessoas os vêem como animais que precisam ser detidos. Com isso, notou-se a necessidade de educar a população sobre esse assunto, e um bom momento para aprenderem, é na infância.

O presente trabalho teve como objetivo verificar se a etnozoologia e a educação ambiental podem ser empregadas como ferramentas para mudança de  percepção dos alunos sobre os anfíbios anuros, visando a conservação de seu habitat natural, e agindo sobre a população, tornando os alunos possíveis multiplicadores ambientais.

 

 

MATERIAIS E MÉTODOS

            O estudo foi realizado em março de 2014 com 50 alunos, de faixa etária entre 11 e 12 anos, da 5ª e 6ª série do Ensino Fundamental da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental “Darly Nerty Vervloet”, localizada na zona Rural de São Roque do Canaã  (19° 44’19’’S, 40°39’32’’O), localizada na região noroeste do estado do Espírito Santo, Brasil.

            Respaudado pelo termo de Livre e Esclarecido  autorizado pelos pais/responsáveis legais pelos alunos, foi aplicado um questionário com o objetivo de conferir o nível de percepção dos alunos sobre os anfíbios anuros e se os mesmo compreendiam a importância desses animais para o ecossistema. O questionário (Anexo 1) continha 11 perguntas simples e de fácil compreensão.

            Passados três dias após a aplicação do questionário, reuniram-se as turmas e lhes foi apresentado um Palestra (em projeção de Data Show) sobre a “História Natural e ‘Mitos e Verdades’ sobre os Anuros”. Para essa apresentação, foram abordados pontos sobre a biodiversidade de anfíbios, a diferença entre as três ordens da Classe Amphibia, os mitos e verdades que giram entorno desses animais, as características que diferenciam os ‘sapos, rãs e pererecas’ entre si, seus habitas preferenciais, algumas características ecológicas e reprodutivas. Foi exibido vídeos de anuros em atividade vocal, e também o áudio com a vocalização de algumas espécies, com suas respectivas fotos.

            Ao final da palestra, os alunos puderam observar as diferenças entre esses animais em espécimes fixados e armazenados em álcool, disponibilizados pela coleção didática do Museu de Biologia Profº Mello Leitão, localizado em Santa Teresa – ES. Posteriormente, os alunos tiraram suas dúvidas e fizeram perguntas sobre o assunto. Mostraram-se contentes e empolgados ao verem os espécimes fixados.

Após  25 dias da aplicação do primeiro questionario e da palestra, foi aplicado um segundo questionário (Anexo 2) aos mesmos alunos, também com 11  perguntas, similar com o questionário inicial. Esse questionário teve por objetivo verificar se o emprego da etnozoologia e educação ambiental através de palestra e exposição dos espécimes fixados foram capazes de provocar  mudanças na percepção dos alunos sobre os anuros.

Os dados obtidos foram contabilizados e representados em tabelas e/ou gráficos feito no Microsoft Office Excel 2007.

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

            A elaboração do conhecimento pela criança é resultado de assimilação sensível, compreensível, imediata e única dos elementos do ambiente físico e cultural no qual o mesmo está inserido, sendo que esses conhecimentos objetivam a busca por explicações e entendimentos para o motivo dos fenômenos da natureza, assim as crianças atribuem significados para os termos usados em ciências antes mesmo do ensino formal dos conhecimentos científicos. Esta atividade traduz-se numa construção ativa de teorias simples, mas que dão sentido e explicam os diversos fenômenos naturais que os mesmos observam. Esse tipo de conhecimento é fundamental na interpretação dos elementos do meio e na aquisição de novas informações (RIBEIRO et al. 2012).

Na primeira questão, 70% dos alunos expuseram que possuíam “nojo” ou medo de anfíbios, o que aponta a aversão para com esses animais. Entretanto, vimos que após a intervenção, a concepção dos alunos muda, e que agora 80% deles afirmam não possuir mais esse sentimento. Notamos assim que a provável falta de conhecimento das crianças sobre esses animais pode ser o principal fator para a aversão sobre os mesmos.

Na Tabela 1, vemos o resultado de algumas das perguntas dos questionários, antes e após a intervenção.

 

Tabela 1. Resultado percentual de algumas das perguntas feitas aos alunos através dos questionário, antes e após a intervenção. (Temos: para as perguntas feitas antes da intervenção; para as perguntas após a intervenção).

 

Antes

Depois

PERGUNTAS

Sim

Não

Sim

Não

Tem nojo ou medo de sapos?

Tem nojo ou medo de sapos?

70%

30%

20%

80%

Você acha que todos os sapos têm veneno?

Todos os sapos têm veneno?

16%

84%

8%

92%

Você já jogou sal para espantar o sapo?  

É correto jogar sal para espantar o sapo?

54%

46%

4%

96%

Conhece alguém que já jogou?

Quando alguém quiser jogar sal no sapo, vai ensinar o correto?

84%

16%

100%

0%

O sapo dá "cobreiro"?

O sapo dá "cobreiro"?

86%

14%

8%

92%

O xixi do sapo pode cegar quando em contato com nossos olhos?

O xixi do sapo pode cegar quando em contato com nossos olhos?

76%

24%

0%

100%

Já ouviu algum sapo cantando?

Já ouviu algum sapo cantando?

88%

12%

100%

0%

 

Na última pergunta que encontrada na Tabela 1, foi deixado como “tarefa de casa” . Os alunos deveriam observar em suas residencias a noite,  se   anuro em atividade vocal, uma vez que todos residem em zona rural.

Como visto na Tabela 1, antes da intervenção, a grande maioria dos alunos acreditavam que a urina do sapo causava “cobreiro” (86%), e poderia cegar quando em contato com os olhos (76%). Os anuros urinam quando se sentem ameçados, porém, essas secreção não causa cegueira, nem sequer cobreiro. O termo “cobreiro” ou hérpes-zóster se refere a uma doença caracterizada por inflamações cutâneas, e é causada pelo mesmo vírus da catapora, o que não tem nenhuma relação com a urina do sapo. Não encontram-se dados na literatura sobre a origem deste mito, mas sabe-se que junto a ele, acredita-se também que a cura se dá através da benza, que é um tipo de oração com poderes curandeiros (ARAÚJO, 2007). Após a intervensão, 92% dos alunos entenderam que o  sapo não causa cobreiro e todos os alunos (100%) viram que a urina dos anuros não cega. Luchese (2013), em um trabalho com 34 alunos de, em média, 14 anos, realizado em três escolas públicas (duas destas em zona rural e uma escola em zona urbana) do município de Bento Gonçalvez, no estado do Rio Grande do Sul, encontrou resultados semelhantes aos do presente estudo, onde 70% dos alunos de Zona Rural e 83% dos alunos de Zona Urbana acreditavam nesse mito.

Quando perguntados sobre o que os anfíbios comem, foram lhes dadas três alternativas: (1) insetos, (2) carne ou (3) frutas. Todos os alunos, antes e após a intervenção, responderam corretamente, insetos. 

Mesmo parecendo um questão óbvia e simples, quando perguntados:
“Se morrerem todos os sapos do mundo, fará alguma diferença para o meio ambiente?”, e dada apenas duas alternativas: sim, causará um desequilíbrio ambiental, ou; não, eles não servem para nada, a resposta foi surpreendente. Antes da intervenção, 6% acreditavam que esses animais não serviam para nada, e não haveriam problemas se eles desaperecessem. Mas, felizmente, após a intervenção, todos os alunos (100%) responderam que aconteceria um desequilíbrio ambiental.

Outro ponto interessante foi quando lhes foi perguntado, antes na intervensão: “Qual sua reação quando vê um sapo?”, e dada quatro alternativas: (1) corre ou grita; (2) joga sal nele; (3) fica com medo, mas não faz nada, e; (4) não faz nada com ele. No processo de análise das respostas, foi visto que um(a) aluno(o) colocou uma alternativa a mais. O próprio, manualmente, escreveu: “mata o sapo”, e assinalou a resposta. Isso remete a ideia de que a sociedade vê os anuros como animais sem importância e que necessitam ser detidos. No entanto, quando perguntados novamente, após a intervenção, todos os alunos (100%) assinalaram a opção “não faz nada”. Logo, o gráfico da imagem 1 representa o resultado de como os alunos se portavam quando se deparavam com um anuro, antes da intervenção.

 

Imagem 1. Reação dos alunos ao se depararem com algum anuro, antes e após a intervenção.

 

Por fim, foi perguntado aos alunos se eles sabiam a diferença entre “sapo, rã e perereca”, e quais eram. Antes da intervenção 40% disseram saber as diferenças, porém, dentre os que tentaram responder, ninguém acertou (0%), sendo que as principal resposta foi “o sapo é o macho, a rã é a fêmea e a perereca o filhote”, e apenas 16% responderam parcialmente corretas. No questionário aplicado após a intervenção, 96% dos alunos disseram saber essas diferenças. Desta vez, 52% respondeu corretamente, 44% parcialmente correto e apenas 4% não errou a resposta, conforme demonstrado na imagem 2.

 

 

Imagem 2. Relação dos alunos que responderam as diferenças entre sapo, rã e perereca, antes e após a intervenção.

 

 

Corrobando com a ideia de Barros (2005), as pessoas precisam ter a concepção de que não existe organismo vivo que não possui nenhuma função em nosso planeta, todos os seres vivos têm sua devida importância. Nesse sentido, viu-se que a intervenção através da Educação Ambiental melhora as atitudes proporcionando um melhor convívio entre os seres humanos e os demais animais, incentivando uma melhor interação com as espécies da fauna brasileira, contribuindo para a conservação e proteção da biodiversidade existente.

 

CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

 

AGUIAR, A.R.; ARAÚJO JR, C. A. P; FERREIRA, K. G. 2011. Percepção sobre anfíbios em  estudantes universitários e populares de comunidades interioranas do estado do Rio Grande do Norte. In SEABRA, G. & MENDONÇA, I. 2011. Educação Ambiental: responsabilidade para a conservação da sociobiodiversidade. Editora Universitária da Uinversidade Federal da Paraíba - UFPB. pp 169-174.

 

ARAÚJO, S. A. 2007. Paradoxos da modernidade: a crença em bruxas e bruxaria em Porto Alegre. Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, 246 p.

 

BARROS, F. B. 2005. Sapos e seres humanos: uma relação de preconceitos? Texto elaborado apartir da palestra “Sapos e seres humanos: uma relação de preconceitos?”. Universidade Federal do Pará - UFPA. 11p.

 

BERNARDE, P. S. 2012. Anfíbios e Répteis. Introdução ao estudo da Herpetofauna Brasileira. Curitiba. Anolis Books. 320p.

 

LUCHESE, M. S. 2013. A herpetologia no ensino fundamental: o que os alunos pensam e aprendem. Trabalho de Conclusão de Curso, UFRGS. 54p.

 

JACOBI, P. R. 2001. Diálogo, sustentabilidade e utopia. In: SEGURA, D. S. B. Educação Ambiental na escola pública: da curiosidade ingênua à consciência crítica. São Paulo: Annablume: Fapesp.

 

MASON, O. T. 1899. Aboriginal American zootechny. American Anthropologist, vol.1, n.1, pp. 45-81.

 

POSEY, D. A. 1986. Entomologia de tribos indígenas da Amazônia. In RIBEIRO, D. (ed.). Suma Etnológica Brasileira. Vozes/Finep. . v.1, pp. 251-272.

 

RIBEIRO, C. D. L.; RIBEIRO, P. P.; IRIAS, N. G. & SILVA, M. T. H. 2012. Educação Ambiental: Desvendando a concepção das crianças em relação aos anfíbios anuros. Revista Mediação, v.1, pp. 54-65.

 

TOCHER, M.D. 1998. Diferenças na composição de espécies de sapos entre três tipos de floresta e campo de pastagem na Amazônia central. In GASCON & MONTINHO, P. (Eds.) Floresta Amazônica: dinâmica, regeneração e manejo. INPA, Manaus. pp. 219-233.

 

 

ANEXOS

 

Anexo 1

 

* Questionário aplicado antes da intervenção

 

 

QUESTIONÁRIO – ETNOCONHECIMENTO SOBRE ANUROS

 

      Tem nojo ou medo de sapos? (   ) Sim / (   ) Não

      Você achar que todos os sapos têm veneno? (   ) Sim / (   ) Não

      Você já jogou sal para espantar o sapo? (   ) Sim / (   ) Não

      Conhece alguém que já jogou sal para espantar o sapo?  (   ) Sim / (   ) Não

      O sapo dá cobreiro? (   ) Sim / (   ) Não

      O xixi do sapo pode cegar? (   ) Sim / (   ) Não

      Você já ouviu algum sapo cantando? (   ) Sim / (   ) Não

 

      O que os anfíbios comem? (   ) insetos / (   ) frutas / (   ) carne

 

      Se morrerem todos os sapos do mundo, fará alguma diferença para o meio ambiente?

(   ) Sim, ocorrerá um desequilíbrio no meio ambiente.

(   ) Não, eles não servem para nada.

 

·        Qual será sua reação quando encontrar um sapo?

(   ) Correr ou gritar

(   ) Jogar sal nele

(   ) Ficar com muito medo, mas não fará nada

(   ) Não faz nada com ele.

 

      Você sabe as diferenças entre sapo, rã e perereca?

(   ) Sim / (   ) Não

            Se sim, qual?

                        Sapo: _________________________________________________

                        Rã: ___________________________________________________

                        Perereca: ______________________________________________

 

 

 

ANEXO 2

 

* Questionário aplicado após a intervenção.

 

 

QUESTIONÁRIO – ETNOCONHECIMENTO SOBRE ANUROS

 

      Tem nojo ou medo de sapos? (   ) Sim / (   ) Não

      Todos os sapos têm veneno? (   ) Sim / (   ) Não

      É correto jogar sal para espantar o sapo? (   ) Sim / (   ) Não

      Conhece alguém que já jogou sal para espantar o sapo?  (   ) Sim / (   ) Não

      O sapo dá cobreiro? (   ) Sim / (   ) Não

      O xixi do sapo pode cegar? (   ) Sim / (   ) Não

      Você já ouviu algum sapo cantando? (   ) Sim / (   ) Não

 

      O que os anfíbios comem? (   ) insetos / (   ) frutas / (   ) carne

 

      Se morrerem todos os sapos do mundo, fará alguma diferença para o meio ambiente?

(   ) Sim, ocorrerá um desequilíbrio no meio ambiente.

(   ) Não, eles não servem para nada.

 

·        Qual será sua reação quando encontrar um sapo?

(   ) Correr ou gritar

(   ) Jogar sal nele

(   ) Ficar com muito medo, mas não fará nada

(   ) Não faz nada com ele.

(   ) Matará ele.

 

      Você sabe as diferenças entre sapo, rã e perereca?

(   ) Sim / (   ) Não

            Se sim, qual?

                        Sapo: _________________________________________________

                        Rã: ___________________________________________________

                        Perereca: ______________________________________________

 

 

 

 

Ilustrações: Silvana Santos