Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2018 (Nº 52) EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADA PARA QUESTÃO DO LIXO NO ENSINO FUNDAMENTAL II: DIALOGANDO COM OS ESTUDANTES
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADA PARA QUESTÃO DO LIXO NO ENSINO FUNDAMENTAL II: DIALOGANDO COM OS ESTUDANTES

 

Júlio César Rufino de Freitas

Escola Municipal Armando da Costa Brito – EMACB, Ipojuca- PE.

João R. de Freitas Filho

Universidade Federal Rural de Pernambuco- Departamento de Química, Recife –PE.

Juliano Carlo Rufino de Freitas, Ladjane Pereira da Silva Rufino de Freitas

Universidade Federal de Campinas Grande – Centro de Educação e Saúde, Cuité – PB.

 

 

 

RESUMO

A educação ambiental nos dias atuais é de fundamental importância no tocante a preservação ambiental do nosso planeta. É importante começar pelas crianças e jovens, pois o futuro do planeta são eles, a escola como uma organização que concentra informações e transmite conhecimento para aos estudantes, deve cumprir o papel de conscientizar sobre os problemas ambientais e deixar claro como amenizá-los ou evitá-los. A presente pesquisa tem como objetivo geral promover ações que possam conscientizar a comunidade escolar, quanto à questão do lixo na escola e no seu entorno. A metodologia utilizada consistiu em promover oficina de reciclagem e palestra, construir mural interativo ecológico, cartilha, folder e jornais. Como resultados, a comunidade escolar adquiriu maior consciência sobre a situação do meio onde vive e convive, tendo atitudes responsáveis e comprometidas com os cuidados ao meio ambiente.

 

 

PALAVRAS-CHAVE: Lixo, ambiente, conscientização

 

INTRODUÇÃO

 

Abordagem do termo lixo

 

Segundo Neto (2007), vindo do latim lix, que significa cinzas ou lixívia, a palavra lixo é comumente usada para se referir a todo material descartado pela sociedade, principalmente aquele gerado domesticamente.

O "lixo" pode ser considerado como uma invenção humana, pois em processos naturais não há lixo. As substâncias produzidas pelos seres vivos e que são inúteis ou prejudiciais para o organismo, tais como as fezes e urina dos animais, ou o oxigênio produzido pelas plantas verdes como subproduto da fotossíntese, assim como os restos de organismos mortos são, em condições naturais e reciclados.

Embora o termo “lixo” se aplique aos resíduos sólidos em geral, muito do que se considera lixo pode ser reutilizado ou reciclado, desde que os materiais sejam adequadamente tratados. Além de gerar emprego e renda, a reciclagem proporciona uma redução da demanda de matérias-primas e energia, contribuindo também para o aumento da vida útil dos aterros sanitários. Certos resíduos, no entanto, não podem ser reciclados, a exemplo do lixo hospitalar ou nuclear alerta (DIAS, 1992).

Ainda, segundo Dias (1992), o lixo e dos maiores problemas nas cidades brasileiras, os governantes tem investido “pesadamente” em sistemas de equacionamento do lixo. E quem mais sofre com os impactos causados pelo lixo e a comunidade. Como o lixo é citado entre os maiores problemas ambientais na comunidade; e consequentemente esta ligada à escola, e por ser um ambiente que produz grande quantidade lixo, e pela importância que a instituição escolar tem na formação de cidadãos mais responsáveis e conscientes. “O lixo foi citado pelos alunos como principal problema ambiental” (ZEPPONE, 1999).

Por ser parte integrante da sociedade e coresponsável pela sua transformação, torna-se necessário que a Escola ofereça meios para que seus estudantes participem se manifestem, criando a sua consciência crítica e comprometida com o meio ambiente. Os educadores têm um papel fundamental na inserção da Educação Ambiental.

Em qualquer lugar que direcionarmos o olhar, vemos que os latões ou sacos de lixo estão abarrotados de material reciclável, como garrafas, latas, papel, vidros, etc. Mesmo as regiões afastadas dos centros urbanos estão poluídas com lixo industrial e, se não bastasse, os rios e oceanos recebem continuamente o lixo que é produzido nas cidades. A cada dia, o lixo está se tornando um assunto polêmico, pois a sociedade aos poucos se conscientiza de que não basta jogá-lo fora e esquecê-lo, como se os latões de lixo fossem dar fim ao problema. Nesse aspecto, surge então a questão dos resíduos sólidos (lixo) como uma das mais sérias ameaças à população.

A capacidade de produzir lixo é inerente à condição humana. Durante muitos anos, produzindo uma quantidade incalculável de lixo, a sociedade moderna, nunca se deu conta do que faria com essa montanha de resíduos e, sempre foi mais cômodo se desvencilhar desse lixo todo em qualquer lugar, desde que fosse longe da visão de quem o produziu. Como primeira consequência desse fato, poluiu-se o meio ambiente, pela necessidade de livrar-se daquilo que para o homem, é inútil.

Sempre fomos acostumados a viver cercados de lixo, dentro e fora de nossas residências e nunca sequer chegamos a perceber. Se percebermos, muitas vezes não nos importamos. Compramos mais coisas do que realmente necessitamos e consumimos de forma desenfreada. Assim sendo, surgem os seguintes questionamentos: “O que fazer com tanto lixo produzido?”, “como eliminar esses resíduos sem que haja sobrecarga e prejuízos ao meio ambiente?”.

Na busca por achar as respostas à grande parte dos questionamentos atribuídos ao destino dos resíduos sólidos produzidos pela população, poderíamos citar, dentre várias alternativas, a reciclagem que, por si só, pode ser uma das soluções mais exequíveis aos problemas ambientais relacionados com o lixo.

Sobre a questão do lixo produzido diariamente pela população, Scarlato e Pontin (1992: 03), faz o seguinte comentário: ”por mais contraditório que possa parecer, o homem, dito inteligente, vem introduzindo em seu habitat uma espécie competidora: o lixo, resíduos da civilização”.

 

 

Situando a Educação Ambiental

Segundo Carvalho (2006), a Educação Ambiental é concebida inicialmente como preocupação dos movimentos ecológicos com a prática de conscientização capaz de chamar a atenção para a finitude e má distribuição do acesso aos recursos naturais e envolver os cidadãos em ações sociais ambientalmente apropriadas.

A expressão Educação Ambiental compõe-se de um substantivo e um adjetivo, que envolvem, respectivamente, o campo da Educação e o campo Ambiental. Enquanto o substantivo Educação confere a essência do vocábulo “Educação Ambiental”, definindo os próprios fazeres pedagógicos necessários a esta prática educativa, o adjetivo ambiental anuncia o contexto desta prática educativa, ou seja, o enquadramento motivador da ação pedagógica (BRASIL, 2004, p. 7).

Por outro lado, o professor precisa ter como horizonte a transformação de hábitos, mobilizando os estudantes para formação da consciência ambiental. A Escola deve favorecer o trabalho de questões ambientais, promovendo ações de integração, divulgação e discussão das atividades desenvolvidas, bem como elaborar uma política ambiental para a instituição. O incentivo à reciclagem e a utilização de materiais recicláveis são práticas que podem ser utilizadas pela direção, como aliado no processo de sensibilização-conscientização.

Segundo afirma Oliveira (1997), “a Educação Ambiental deve estar fundamentada na mudança de percepção dos seres humanos em relação à natureza”. Ela deve transformar a visão utilitarista dos recursos naturais em atitudes, valores e ações capazes de frear o acelerado processo de deterioração do meio ambiente.

Tozoni-Reis et al.(2013), defende que a Educação Ambiental aponta para um processo de construção da relação humana com o ambiente onde os princípios da responsabilidade, da autonomia, da democracia, entre outros, estejam sempre presentes. Esta concepção muito de perto dialoga com a de Loureiro (2004), para quem a Educação Ambiental deve ser realizada pela articulação dos espaços formais e não formais de educação; pela aproximação da escola com a comunidade em que e insere e atende; pelo planejamento integrado de atividades curriculares e extracurriculares; pela construção coletiva e democrática do projeto político-pedagógico e pela vinculação das atividades de cunho cognitivo com as mudanças das condições objetivas de vida.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ministério da Educação (BRASIL,1998), a preocupação em relacionar a educação com a vida do estudante — seu meio, sua comunidade — não é novidade. Ela vem crescendo especialmente desde a década de 60 no Brasil. Exemplo disso são as atividades como os “estudos do meio”. Porém, a partir da década de 70, com o crescimento dos movimentos ambientalistas, passou-se a adotar explicitamente a expressão “Educação Ambiental” para qualificar iniciativas de universidades, escolas, instituições governamentais e não governamentais, por meio das quais se busca conscientizar setores da sociedade para as questões ambientais. Um importante passo foi dado com a Constituição de 1988, quando a Educação Ambiental se tornou exigência a ser garantida pelos governos federal, estaduais e municipais (artigo 225, § 1o, VI).

Cabe ressaltar, também, que, tradicionalmente, segundo Pereira (2010, p. 27), no ensino de Ciências a abordagem de temas sobre o meio ambiente é realizada nas seções relacionadas à Ecologia. Nesse caso, os livros incentivam os estudantes a desenvolverem uma postura de conservação, uso e manejo correto do ambiente, ou seja, destacam-se assuntos associados basicamente a conhecimentos biológicos / ecológicos. Para o autor, às vezes, o meio ambiente é apresentado como sendo a natureza para apreciação e preservação, somente.

Segundo Pereira (2010, p. 33-34) são muitas as concepções sobre o meio ambiente que aparecem nos livros didáticos. Entre elas consta a concepção ambiental generalizante, como sendo a que define meio ambiente de forma ampla, vaga e abstrata; a naturalista, que trata o meio ambiente como sinônimo de natureza e como o lugar onde os seres vivos habitam, bem como enfatiza os fatores bióticos e abióticos na composição do meio; a biocêntrica, a que aparece quando, no repertório conceitual, considera-se o ser humano como um ser vivo que se encontra inserido no meio ambiente, sem que este, necessariamente, tenha utilidade para o homem. A concepção Antropocêntrica também aparece e é caracterizada quando a razão de ser do meio ambiente é considerada como a serviço do homem e de sua existência. Outra concepção é a multidimensional, que considera o meio ambiente como um sistema complexo, resultante da interação entre fatores diversos como os biológicos, físicos, químicos, culturais, históricos, políticos, econômicos, numa configuração em constante mudança.

Diante o exposto os objetivos da pesquisa são descritos a seguir:

1. Conscientizar os estudantes sobre a questão dos resíduos sólidos, desencadeando uma postura em defesa do meio ambiente;

2. Sensibilizar os discentes para os problemas ambientais do meio onde vivem e convivem, e ;

3. Implantar a Coleta Seletiva, ensinando-os a associação dos tipos de materiais com as respectivas cores dos recipientes coletores;

4. Confeccionar lixeiras para coletas do lixo

5. Confeccionar  folder, Cartilha e jornais para divulgação

6. Promover debates e oficinas com os estudantes

 

PERCURSO METODOLÓGICO

 

LOCAL DA PESQUISA

A presente pesquisa caracteriza-se como qualitativa, de caráter exploratório, pois evidencia o objeto de pesquisa sem a preocupação de medir ou classificar os dados coletados. A escola escolhida para a realização das atividades fica localizada em Nossa Senhora do O, em Ipojuca (PE). Atende a estudantes do primeiro ano do ensino fundamental até estudantes do nono ano do ensino fundamental. Pertence à rede municipal de ensino de Ipojuca. Funciona nos turnos matutino e vespertino e fica localizada no ambiente urbano, próximo a muitas residências e de um comércio bastante movimentado. Além disso, recebe estudantes diversas classes sociais, predominando de pouco poder econômico.

 

 

 

SUJEITOS DA PESQUISA

Participaram desta pesquisa duas professoras desta Escola, que ensinavam nos turnos matutino e vespertino, em turmas do Ensino Fundamental - séries iniciais. A turma objeto de estudo possui um total de 29 alunos frequentando regularmente as aulas, sendo que 45% dos estudantes são do sexo feminino e 55% são do sexo masculino. A faixa etária dos estudantes dessa turma analisada variou dos 10 aos 16 anos de idade.

 

ESTRATÉGIAS UTILIZADAS

1. Análises em diversas bibliografias para construção do referencial teórico que embasou todo o trabalho;

 

2. Aplicação de um questionário com o corpo docente, pretendendo saber seus conhecimentos sobre Educação Ambiental, como estão sendo transmitidos esses conhecimentos para os estudantes e as atitudes dos mesmos com relação à situação mundial no que se refere ao Meio Ambiente.

 

3. Produção de Cartazes, Cartilha Ecológica, Folder e Jornais impressos.

 

    Foram utilizados materiais recicláveis e reciclados para confecção de cartazes, cartilha, Folder e jornais.

 

4. Debates temáticos

 

    Na sala de aula, foram formados grupos de discussão para refletir sobre a situação atual do nosso planeta e do meio ambiente, os quais tiveram a participação ativa dos estudantes. Foram elaborados murais interativos e ecológicos (Figura 1).

 

 

Figura 1. Mural interativo e ecológico construídos por estudantes.

 

 

 

 

5. Oficinas de reciclagem artesanal de papel, garrafas PET e outros.

 

Na realização da oficina de reciclagem foi implantado o programa dos quatro Rs: 1. Reduzir, 2. Reutilizar. 3. Reciclar e 4. Repensar. Usando as quatro ações, os estudantes puderam dar uma grande ajuda para reduzir o acúmulo de lixo e preservar os recursos naturais de hoje e os de amanhã. Nesta atividade foi necessário o uso de liquidificador, papeis sem utilidade, água e uma peneira. Na oficina de uso de garrafas PET e outros , os estudantes confeccionaram vários objetos.

 

6. Finalmente, realização de Workshop para culminância dos trabalhos, sobre coordenação dos professores.

 

ANALISANDO OS RESULTADOS

 

Inicialmente o grupo de trabalho teve o  primeiro contato com a escola, onde conheceu o ambiente da pesquisa: estudantes, professores e demais funcionários. O primeiro passo foi à visita ao local onde seriam desenvolvidas as ações, conhecer as pessoas e a realidade da escola, os estudantes e um pouco da metodologia de ensino, utilizada pelos professores.

Na identificando as informações do grupo sobre o tema: foi elaborado e aplicado  um questionário com perguntas subjetivas, cujo objetivo foi fazer um levantamento dos conhecimentos e pré-conceitos existentes entre os integrantes do grupo de trabalho. As perguntas elaboradas foram: 1) o que é lixo para você?  2) Como você realiza o tratamento dos resíduos sólidos nas suas residências? 3) Você sabe o que é reciclagem?

Com relação às respostas dadas pelos entrevistados, observou-se que para 80% dos entrevistados, entre professores e estudantes, no que se refere ao que é lixo responderam: “lixo é lixo”, “é qualquer coisa que não presta para aproveitar e é jogado fora”. Com relação a segunda pergunta, a maioria respondeu que estes eram ensacados, colocados na calçada e coletados pelos caminhões de limpeza urbana. Apenas 10%, dos estudantes respondeu que o lixo era jogado em terrenos baldios.

Quanto à reciclagem do lixo, 80% dos estudantes responderam que não sabiam do que se tratava. Os 20% que conheciam algo sobre o tema achavam a reciclagem um dos pontos principais para a proteção da natureza e para a sobrevivência do próprio homem.

As oficinas (Figura 2), com duração de quatro horas foram organizadas em grupo. Neste momento os estudantes foram orientados para trazerem caixas de papelão, garrafas PET, jornais velhos, revista, papel ofício riscado, tudo que antes fora denominado de lixo, além de cola, tesoura e fita adesiva, dentre outros. De pose dos materiais, em sala de aula, os estudantes, colocavam-se o tema de cada turma na lousa e sem utilizar material novo, apenas lixo, eles tinham que fazer um cartaz onde mostrassem todas as características do assunto em pauta, utilizando recortes de revistas que eram colados em folhas de jornal.

 

 

Figura 2. Oficinas temática com a participação d os estudantes.

 

Ao final das oficinas (Figura 3), cada grupo de estudantes, fez uma análise sobre o mesmo e começaram a perceber que “lixo não é simplesmente lixo” que diante deles estava um trabalho de boa qualidade feito com materiais que seriam descartáveis (lixo) e o esforço deles, e nada se foi gasto com material. Com isso começaram a perceber a importância econômica desse resíduo sólido.

 

 

Figura 3. Trabalho feito pelos estudantes com materiais que seriam descartáveis (lixo).

 

Outra atividade que mostrou como o interesse dos estudantes foi a confecção de folder com frases sobre o tema meio ambiente, como esta da figura 4.

 

 

Figura 4. Folder confeccionado por grupo de estudantes.

 

            Os estudantes demonstraram dedicação e entusiasmo durante a confecção de jornais impressos (Figura 5). Ao confeccionar este, eles aprenderam conceitos e características do lixo, elaboraram textos, desenhos e cartazes, encenaram peças de teatro com fantoches e trabalharam com reaproveitamento de materiais.

 

 

Figura 5. Jornal impresso confeccionados e divulgados pelos estudantes.

 

A culminância aconteceu em forma de Workshop (Figura 6), inicialmente com uma palestra sobre meio ambiente, proferida pelo professor de Ciências e em seguida houve a apresentação dos trabalhos dos estudantes – Jornais, Cartilhas, Folder, cartazes, objetos construídos e implantação da coleta seletiva do lixo. A coleta seletiva de lixo na escola foi realizada utilizando caixas de papelão. A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade. Além de gerar renda para milhões de pessoas e economia para as empresas, também significa uma grande vantagem para o meio ambiente, uma vez que diminui a poluição dos solos e rios.

 

 

Figura 6. Culminância dos trabalhos através de Workshop.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

A pesquisa realizada na Escola Municipal de Ipojuca mostrou o quanto possuem consciência e criatividade para o destino correto do lixo e como escola e professores podem contribuir para ampliar o conhecimento de todos a respeito desta temática. Mudando atitudes pessoais e coletivas pode-se salvar o mundo da ameaça. Por outro lado, os objetivos inicialmente propostos foram alcançados.

As informações referentes à coleta seletiva de lixo, reciclagem e o problema do lixo foram levadas aos estudantes, como também conscientizá-los a respeito da responsabilidade de cada um no meio em que estão inseridos.

Para que haja o desenvolvimento sustentável, tem que haver consciência ambiental da sociedade como um todo, e as escolas, professores, educadores tem que fazer seu papel, para se chegar ao desenvolvimento sustentável. Acredita-se que uma boa ferramenta para uma consciência ambiental se faz através do ensino formal, colocando em prática, atitudes ecologicamente corretas, para o bem estar da população.

A comunidade extramuros juntava-se para observar e ouvir a apresentação feita pelos próprios estudantes. Ficou evidente, que a ideia surgiu dos próprios estudantes e professor da disciplina de Ciências, não satisfeitos por estudarem a reciclagem do lixo urbano e observarem que nas mediações da escola, local de residência de muitos e de transição o problema da falta de conscientização da população com o lixo era enorme, fato observado durante a caminhada. Os professores de Ciências coordenaram atividades e forneceram materiais para o estudo sobre o assunto, ficando os estudantes livre para se organizarem e selecionar o material.

 

BIBLIOGRAFIA

 

BRASIL, Ministério da Educação o do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

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NETO, J. T. P. Gerenciamento de Lixo Urbano: Aspectos Técnicos e Operacionais. 1. ed. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2007. 129 p.

OLIVEIRA, G. P. Educação Ambiental voltada para a formação profissional na área ambiental e florestal. Piracicaba, ESALQ, 1997. (Dissertação para obtenção do título de Mestre na área de Ciências Florestais).

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ZEPPONE, R. Educação Ambiental: Teorias e Práticas Escolares. 1ª ed. São Paulo. Jm, 1999.

 

Ilustrações: Silvana Santos