Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Arte e Ambiente
14/12/2010 (Nº 34) Novos ares, múltiplas imagens
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NOVOS ARES, MÚLTIPLAS IMAGENS

NOVOS ARES, MÚLTIPLAS IMAGENS[i]

Cláudia Mariza Mattos Brandão[ii]

 

 

Todos os dias espécies animais e vegetais desaparecem; idiomas são esquecidos; tradições perdem sentido; sentimentos se convertem em seus contrários, e espaços se transformam engolidos/incorporados pelo novo que emerge em meio às antigas estruturas

A dinâmica das relações sociais contemporâneas determina uma configuração ímpar para as suas metrópoles. Temos aí uma condição histórica a ser desvendada. O fenômeno traz à tona a experiência ímpar proporcionada pelo espaço urbano pós-moderno, como um vínculo entre complexos processos de produção cultural e transformações singulares.

A cidade como um espaço privilegiado de signos e imagens, mais parece um teatro labiríntico formado por diferentes palcos interligados por redes de interações sociais. Com uma configuração que por vezes beira o caos, ela é o lugar da fusão entre o fato e a imaginação. O pluralismo de estilos e os jogos estabelecidos entre as mensagens e as imagens dão visibilidade à heterogeneidade e à diferença, redefinindo a estética do urbano.

Parece que vivemos num mundo enquanto outro cresce e se multiplica num jogo especular. Os espelhos urbanos multiplicam e ampliam os espaços de acordo com uma lógica para a qual parece não haver limites para a ilusão enganosa. A anatomia dessa nova espacialidade nos revela a ontologia da realidade e nos apresenta referências a um modo de viver que cada vez mais parece ser menos o “nosso”. Afinal, estamos imersos nesse palimpsesto que mais parece uma miragem. Assim é Buenos Aires, e tantas outras cidades plasmadas em imagens que ludibriam as percepções. Assim somos nós, projeções anônimas, pequenos pontos de luz perdidos nos pixels da fotografia. 

 

Que estranha cena descreves e que estranhos prisioneiros,

São iguais a nós.

Platão, A República, livro VII

 

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[i] Todas as imagens são de minha autoria, realizadas com câmera digital Sony DSC H9, em Buenos Aires, Argentina, em novembro de 2010.

[ii] Professora assistente do Instituto de Artes e Design, Universidade Federal de Pelotas, coordenadora do PhotoGraphein - Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação, grupo de pesquisa UFPel/CNPq, www.photographein.com.br

attos@vetorial.net

Ilustrações: Silvana Santos