Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Cresce pressão por medidas eficazes contra as
mudanças climáticas
12/12/2008 - 01h12 Por Juliana Radler, especial para a Envolverde/Rebia Nos últimos dois dias da Conferência da ONU de Mudanças Climáticas, que ocorre em Poznan, na Polônia, cresce a pressão pública para que os ministros dos 192 países que integram a Convenção consigam alinhar suas posições no sentido de implementar o futuro acordo para redução das emissões dos gases do efeito estufa. Esse acordo, que entrará em vigor entre 2012 e 2020, substituindo o Protocolo de Quioto, deverá ter metas de redução mais ambiciosas, chegando a 40% de corte das emissões nos países desenvolvidos até 2020. Esse é o percentual estimado pelos cientistas para que o aquecimento global não ultrapasse dois graus Celsius de elevação, considerado ainda como um nível "seguro"de aquecimento. Nesta quinta-feira, dia 11 de dezembro, os ministros do meio ambiente chegaram a Poznan para as rodadas de negociações finais. Enfrentando um frio de quase zero Graus, manifestantes de organizações não governamentais protestavam na entrada do Centro de Convenções, com cartazes e faixas pedindo "Justiça Climática", e "O mundo está de olho em vocês". A Oxfam Internacional realizou uma dramatização comparando as emissões de CO2 por habitante de países ricos e industrializados em relação às emissões das populações de países da África, como Mali e Uganda. Nos Estados Unidos, por exemplo, cada habitante emite anualmente 20 toneladas de CO2 e no Japão a média é de 10 toneladas. Em Mali, na África sub-saariana, um dos países mais afetados pela desertificação acentuada pelo aquecimento do planeta, a emissão per capita por ano é de 0,1 tonelada. E em Bangladesh, onde, anualmente, milhares de pessoas são afetadas pelas enchentes, a emissão é de 0,3 toneladas. "Isso é injusto. Isso é uma grande injustiça", gritavam os manifestantes. Os mais pobres do mundo são os que menos emitem, mas os que mais sofrem com os impactos das mudanças climáticas causadas pelos mais ricos. A pressão da sociedade civil parace ter surtido algum efeito. Poucos minutos após o protesto, o secretário geral da ONU, Ban Ki Moon ,abriu seu discurso na Plenária referindo-se à escultura do Greenpeace que foi montada na entrada do Centro de Convenção. "Muitos de vocês devem ter notado na entrada deste centro uma grande escultura no qual o planeta é engolido por uma onda de emissões de gases do efeito estufa. Infelizmente, isso não é uma metáfora", ressaltou o secretário-geral. * Juliana Radler é jornalista e documentarista da Sumaúma Documentários Socioculturais e Ambientais (http://www.sumauma.org">http://www.sumauma.org) e está em Poznan, Polônia, acompanhando a Conferência do Clima. (Envolverde/O autor) © Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída. |