Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Plantas medicinais
19/09/2003 (Nº 2) CANELA-DA-ÍNDIA E CRAVO-DA-ÍNDIA
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(Ano I, vol.2, setembro/2002)

Canela-da-índia (Cinnamomum zeylanicum Nees.)
Família das Lauráceas

A canela, originária do Ceilão, foi muito disseminada por suas propriedades aromáticas. Seu uso é conhecido desde os tempos de Grécia e Roma Antigas. Com a intensificação do comércio marítimo pelas rotas comerciais para o continente europeu, a canela foi introduzida na Europa como especiaria e, posteriormente, difundiu-se para todo o mundo.

A casca da canela é extraída dos ramos, sendo utilizada como aromatizante de cosméticos, como conservante e como aromatizante tanto para produtos farmacêuticos como alimentícios.

No Brasil existem diversas plantas semelhantes a caneleira-da-índia e popularmente também chamadas de canela.

Os efeitos terapêuticos da canela são ações carminativas (anti-flatulência), combate a dores abdominais, estimulantes, tônicas, emenagogas (restabelece o fluxo menstrual), antiespasmódicas e anti-sépticas.

Infusão – indicado para gripe
Em uma xícara de água fervente colocar 5gr de casca de canela, 5gr de eucalipto, 10gr de alcaçuz. Os ingredientes devem ser deixados em infusão por cerca de dez minutos. Filtrar o líquido e bebe-lo bem açucarado.

Vinho Medicinal – indicado como reconstituinte
Em um litro de um bom vinho macerar, por 12 horas, 40gr de casca de canela, e 30gr de casca de quina. Filtrar o líquido e colocá-lo em uma garrafa. Tomar um calicezinho antes das refeições principais

Precaução: o uso por mulheres grávidas não é indicado pois causa estimulação uterina, podendo vir a prejudicar a gravidez.



Cravo-da-índia (Eugenia caryophyllata Thunb.)
Família das Mirtáceas

O cravo-da-índia, em séculos atrás, era tão disputado que países europeus , como Holanda e França, costumavam entrar em disputas comerciais acirradas por sua posse. No começo do século XIX, plantações de cravos-da-índia foram levadas a países tropicais, dentre eles o Brasil.

Muito conhecido por seu uso como condimento na culinária, seu suas propriedades anestésicas e anti-sépticas também são difundidas.

O óleo de cravo-da-índia é um anestésico eficiente e a ação da mastigar um cravo pode eliminar uma dor bucal e também higienizá-la. Os chás são indicados contra náuseas e indigestões. Como anti-séptico, o uso de tinturas pode tratar infecções por fungos e outros microrganismos.

Infusão – indicado para gripes, resfriados, rouquidão, tosses
Ferver uma xícara de água e colocar em infusão dois cravos. Quando o líquido estiver morno, não frio, empregá-lo para fazer bochechos que têm o poder de acalmar as dores de dentes provocadas pela cárie. A infusão, como colutório, é muito eficaz encontra o mau-hálito.


Referências Bibliográficas:

BALMÉ, F. Plantas Medicinais. São Paulo: Hemus, 1978
SCHIPER, L.P. Segredos e virtudes das plantas medicinais. Rio de Janeiro: Reader’s Digest Brasil, 1999.
Ilustrações: Silvana Santos