Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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22/11/2007 (Nº 21) IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL NO CENTRO DE ESTUDOS DE PESSOAL – FORTE DUQUE DE CAXIAS - RJ
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Educação Ambiental em Ação - 21

IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL NO CENTRO DE ESTUDOS DE PESSOAL – FORTE DUQUE DE CAXIAS - RJ

Melos, Márcia Rejane Riccioni – Centro de Estudos de Pessoal- Forte Duque de Caxias – Exército Brasileiro – marciencias2002@yahoo.com.br

 

 

Resumo: Este artigo tem como finalidade apresentar uma metodologia para a implantação da gestão ambiental no Centro de Estudos de Pessoal (CEP) – Forte Duque de Caxias – Leme/RJ. O CEP é uma unidade militar que tem como missão especializar recursos humanos e desenvolver atividades e pesquisas no campo das ciências humanas, e apresenta como visão de futuro, atuar com responsabilidade sócio-ambiental. O CEP administra uma Área de Proteção Ambiental que facilita a introdução da educação ambiental na unidade. Desta forma, dividimos em etapas a implantação da gestão ambiental, iniciando pela sensibilização dos funcionários militares e civis, continuando com a busca de interesses e motivos de não participação dos funcionários. Com o resultado,  iniciaremos o trabalho no sentido de criar uma política ambiental do CEP. Várias atividades deverão integrar os diferentes setores e  assim atingir uma gestão ambiental participativa.

 

Palavras-chave: Gestão Ambiental Participativa, Proposta Metodológica, Educação Ambiental

 

  1. Introdução

            A gestão ambiental apresenta prática de gerenciamento que se baseia nos parâmetros do desenvolvimento sustentável. Essa atuação vem sendo reforçada nos últimos anos, tendo em vista a preocupação com os efeitos das ações antrópicas sobre o meio ambiente. Desde a Revolução Industrial, no final do século XVIII, o planeta vem sofrendo muitos impactos entre eles, os grandes aglomerados urbanos, e em conseqüência a expansão da agricultura, a apropriação dos recursos naturais, a produção de lixo não reciclável, etc. Na década de 1980, muitos países criaram leis e órgãos ambientais, para regular as atividades industriais e comerciais, tentando minimizar os impactos sobre o solo, água e ar.

            Em 1991, ocorreu a promulgação da “Carta de Roterdã” que definiu os “Princípios do Desenvolvimento Sustentável”. Esta carta possui 16 princípios que estabelecem a gestão ambiental como uma das mais altas prioridades das empresas. Foi criada também a série ISO 14000 e introduzida no Brasil em 1996.

            O Centro de Estudos de Pessoal - CEP (fig. 1), unidade do Exército Brasileiro, também se propõe a fazer parte destas empresas que se preocupam com o meio ambiente. O Exército Brasileiro possui o Parecer 050 – EME de 18 de junho de 2003, que se refere a prática da gestão ambiental em suas unidades, e o CEP, também possui como visão de futuro, atuar com responsabilidade sócio-ambiental.

                        O CEP é uma escola do Exército Brasileiro, onde desenvolve estudos e pesquisas na área de ciências humanas. Possui cursos pedagógicos para militares, como Coordenação Pedagógica, Psicopedagogia e Orientação Educacional, cursos de Idiomas entre outros. O CEP se localiza no Leme, Rio de Janeiro/RJ e administra uma Área de Proteção Ambiental que possui um órgão gestor onde fazem parte, pessoas da comunidade. Nesta APA encontramos o Forte Duque de Caxias (fig. 2 a , 2 b (CEP + Forte Duque de Caxias + APA)) que é visitado nos fins de semanas e feriados por turistas que são conduzidos pelos soldados da unidade. Além disso, encontramos nesta unidade, o rancho de oficiais e praças, salas de aulas, secretaria, setor de transporte, setor médico, alojamentos de soldados, oficiais e alunos, biblioteca, auditório, quadras de esportes, piscina, local de lazer com churrasqueira, vila de  sargentos, banheiros e vestiários etc. O CEP também realiza a colônia de férias para crianças de 4 a 12 anos no período das férias escolares.

            O CEP pretende atua com responsabilidade sócio-ambiental através da implantação do Sistema de Gestão Ambiental que “é a parte de um sistema da gestão de uma organização utilizada para desenvolver e implementar sua política ambiental e para gerenciar seus aspectos ambientais” (Mansur, 2004), utilizando das leis ambientais, iniciando pela Constituição Federal de 1988 no Art 225 onde diz que

 

 “Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

 

 

            O Meio Ambiente é descrito na Lei 6.938 - Política Nacional do Meio Ambiente, em seu Art 3 como: “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” pode também ser definido segundo Barbosa 2007, como “Tudo aquilo que nos cerca... é a totalidade dinâmica, uma troca permanente na qual insere-se toda uma rede de relações sócio-econômicas, éticas, estética e política.” No meio ambiente, encontramos recursos renováveis e não-renováveis, assim o seu consumo deve ser estudado e avaliado para que possamos pertencer a uma sociedade sustentável. Com o desperdício ou mesmo com a má utilização criamos as questões ambientais que estão presentes em nossas vidas e divulgadas diariamente na mídia, como: poluição, excesso de lixo, falta da água potável, comprometimento dos lençóis freáticos com produtos químicos, efeito estufa, buraco de ozônio, chuva ácida, eutrofização, entre outros.

            O desenvolvimento traz soluções e problemas, pois possibilita o crescimento populacional e em conseqüência a pobreza, a precariedade dos sistemas de saneamento básico, muda o padrão de consumo e provoca maior destruição de recursos naturais e degradação do meio ambiente. Devemos então ter um  “Modelo de desenvolvimento que atenda às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem as suas próprias necessidade.” 

            Desta forma, o impacto ambiental causado no meio ambiente, são todas alterações provocadas por motivos diversos, podendo ser positivos, porém aqueles que mais nos preocupa, são os que causam destruições do meio ambiente e ou perda da qualidade de vida . Sendo assim impacto ambiental é

“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas e das características socio-econômicas e culturais do ambiente causado por qualquer forma de matéria e energia, resultante da atividade humana que direta ou indiretamente, afete a saúde, as atividades sócio econômicas, as condições sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos naturais.” (Barbosa – Curso Cened - 2007)

            Para colocarmos em prática a Gestão Ambiental no CEP, precisamos identificar os aspectos ambientais, que são elementos das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente e pode ser significativo quando tem ou pode ter um impacto ambiental considerável. Os aspectos podem ser ligados ao processo produtivo, as matérias primas e recursos naturais e ligados ao produto. Estes conduzirão aos impactos ambientais e assim poderemos priorizar os impactos mais significativos. Após essa etapa se propõe planos de ação e após o desenvolvimento da atividade, reavalia os aspectos ambientais.  No CEP por ser uma escola,  as atividades desenvolvidas no CEP apresenta pouco impacto ambiental, visto que o produto é o conhecimento, contudo, utiliza-se para o ensino, o consumo de papel, tintas e outros. Ocorre a produção lixo, utiliza-se energia elétrica, tem consumo de água, entre outros. Faremos um resumo na tabela abaixo, que contem os aspectos ambientais analisados, os impactos ambientais e as possíveis interferências. Assim verificaremos as categorias do ar, água, resíduos, recursos naturais , meio antrópico, fauna/flora.

 

Gestão Ambiental - CEP

Categoria

Aspecto Ambiental

Impacto Ambiental

Providências

Ar – Emissões atmosférica

- Emissões de gases de combustão - automóveis e incineração de papel

- Alteração da qualidade so ar

- Contribui para formação do efeito estufa

- Verificar a regulagem dos motores

- Reciclar papel-oficina de reciclagem

Água – Efluentes líquidos

- Efluentes da cozinha

- Efluentes de serviços gerais

 

- Alteração da qualidade da água

- Redução da água potável

- Educação - orientação para a separação de óleo da água

Resíduos

- Resíduos da Cozinha – vidro, latas, lixo orgânico, papel, plástico, etc

- Resíduos Gerais – sucatas de metais ferrosos e não ferrosos, resido de papel, papelão, plástico, vidro, entulho, lâmpada, latas de tintas, etc

- Resíduos de serviços médicos

 

- Alteração da qualidade do solo

- Perda de recursos naturais

- Ocupação de aterro

- Fazer compostagem com os resíduos orgânicos da cozinha

- Coleta seletiva

- Redução da geração de resíduos

- Fazer a descarga de materiais antigos

Recursos Naturais

- Consumo de energia elétrica

- Consumo de gás combustível

- Consumo de água

- Consumo de materiais não renováveis

- Consumo de materiais renováveis

- Contribui para o esgotamento/ redução da disponibilidade de recursos naturais

- Contribui para o efeito estufa

 

- Educação para a economia de água, luz e gás – palestras e oficinas

- Comparar contas e verificar se houve economia ( propor um mês de economia e passar para os funcionários a diferença)

Fauna/Flora

- Poda de árvores

- Aumento de animais domesticáveis (gato)

- Aparecimento do caramujo Africano

- Danos a Flora

- Danos a Fauna

- Superpopulação - desequilíbrio

- Recuperação da Flora e Fauna – produção de mudas e plantios

- Poda orientada de árvores

- Controle dos gatos e  caramujo africano

Meio Antrópico

- Consumo de água

- Consumo de energia elétrica

- Consumo de gás

- Uso de matéria prima

- Consumismo

- Diminuição de recursos naturais

- Produção de lixo

- Melhoria da conscientização Ambiental  da comunidade

 

            Temos como finalidade lançar mão de ferramentas para a criação de um plano de Gestão Ambiental no CEP para melhor desenvolver nossas atividades em consonância com as normas estabelecidas para uma sociedade sustentável e para  contribuirmos com a melhor condição da vida humana sobre a face da Terra. Para isso, o CEP, estabelecerá metas aplicáveis à organização ou a parte dela, com meios e prazos no qual eles devem ser atingidos e para avaliação, definiremos itens de controle.

            A política ambiental do CEP será formulada após a aplicação de questionários que visualizem a preocupação da  maioria dos integrantes.

            Contudo, encontramos um entrave, a não disponibilidade da grande parte de funcionários a participarem da proposta. Esse é o conflito que teremos de gerenciar. De acordo com a classificação estamos diante de um conflito de integração que “ocorrem em função dos tipos de relacionamentos entre pessoas ou grupos de interesse. Surgem quando se negligenciam oportunidades para persuasão ou a persuasão é ineficiente, existem valores diferenças de valores...”. O que percebemos é que a intenção da instituição existe, porém algumas pessoas que aqui trabalham não possuem os mesmos valores institucionais. Se torna um conflito interno. Para tentar gerenciar esse conflito, tentaremos implementar algumas ações mitigadoras para a implementação do sistema de gestão ambiental nesta unidade.

 

  1. Metodologia

            O trabalho iniciou a partir de 2006 com um projeto de educação ambiental, realizando anualmente um ciclo de palestras para os soldados recrutas da unidade que constam dos seguintes assuntos: Biomas Brasileiros (Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica), Valores do Brasil e Legislação Ambiental. Realizamos também um curso de Educação Ambiental para a capacitação de soldados que conduzem escolas visitantes e um curso de Meio Ambiente para soldados da unidade (fig. 3). Os cursos são em média de 40 horas, com a finalidade de sensibilizar os soldados para a preocupação com o meio ambiente, o seu local de trabalho e a Área de Proteção Ambiental. No ano de 2006 trabalhamos com  o “Projeto Jovens Talentos” da FAPERJ e CECIERJ, que construiu uma metodologia para a visita ao caminho ecológico (fig. 4) que conduz ao Forte Duque de Caxias, chamamos de caminhada ecológica competitiva. A Colônia de Férias a partir de 2007, apresentou a oficina de meio ambiente, onde promovemos atividades lúdicas com a intenção de fazer a criança perceber a dinâmica ambiental, se sensibilizar para a preservação da biodiversidade existente em sua comunidade, etc. Em algumas oportunidades, como no programa de leitura, e palestra para todo os funcionários, aproveitamos para expor assuntos relacionados a educação ambiental realizadas nesta unidade. Algumas apresentações em congressos realçaram o trabalho em Educação Ambiental iniciado nesta unidade.

            Essas ações de alguma forma, já atraíram pessoas envolvidas com o tema e buscamos parcerias, observadas na semana do meio ambiente realizada este ano, onde tivemos funcionários envolvidos nas atividades. Contudo, percebemos que para a implantação do sistema de gestão ambiental, ainda falta desenvolver algumas ações. Desta forma técnica estudaremos formas de sensibilizar o restante do pessoal.

            Percebemos que apesar de muitas pessoas já se envolverem direta ou indiretamente nas ações ambientais, existe um grupo que entende a educação ambiental, e em conseqüência as ações ambientais, como algo infantil, desta forma deveremos envolver as pessoas que trabalham nas diversas seções e divisões existentes na unidade, assim teremos que determinar os fatores de complicação para a não participação do SGA. Acreditamos que possa ser duas as causas, a falta de valores ambientais ou a falha de comunicação, não tendo as informações corretamente e provocando a preocupação no aumento de atividades.

            Para iniciarmos esse processo, dividiremos em fases. A primeira fase será de mapear e identificar as causas do conflito. Teremos então que verificar e mapear nas seções e divisões, através de questionários, as possíveis causas identificando a hipótese mais provável. Faremos a auto-avaliação da instituição através de seus funcionários, verificaremos o interesse de cada um. Solicitaremos sugestões de assuntos de interesse dos funcionários para possíveis palestras sobre as questões ambientais. Assim verificaremos o interesse sobre os assuntos ambientais e com os resultados poderemos atuar de forma a estimular a participação da maioria.

            Na segunda fase, faremos questionário para verificar como está o SGA da empresa. Diante das respostas poderemos fazer a discussão e chegar em um consenso, propondo uma política ambiental na unidade. O status atual pode ser feito através de questionários de auto-avaliação, será um primeiro passo para situar o estágio atual da empresa quanto a gestão ambiental.

            Na terceira fase haverá promoção de discussão sobre questões ambientais através de palestras e Informações de palestras e seminários em outras instituições sobre o assunto, para os integrantes do CEP. Informações pela intranet (sistema de informação interna) sobre assuntos e sites interessantes sobre o assunto.

            Na quarta  fase formaremos a política ambiental do CEP. A política ambiental da unidade deverá ser desejada pela comunidade local para solucionar e ou participar de algum problema existente na unidade. É assim, um movimento participativo, porém como tirar da inércia essas pessoas? Como sensibilizar essas pessoas? Como promover valores ambientais a essas pessoas? Seria assim um processo participativo que gerenciaria toda atividade, incluindo a transformação, o acompanhamento e a avaliação do processo.

            Na quinta fase ocorrerão reuniões setoriais onde serão verificados os impactos causados pelas ações de trabalho e serão feitas palestras que facilitem o entendimento das ações ambientais para a sustentabilidade. Estabeleceremos metas, definiremos claramente as responsabilidades ambientais de cada uma das áreas e do pessoal administrativo.

            Na sexta fase será planejado e proposto as pessoas, embasando com informações e documentos possíveis ações a serem executadas em cada setor.Possíveis propostas por setor:

-     Setor do Ginásio – Cuida da área esportiva e do caminho ao Forte Duque de Caxias

·         Projeto de compostagem: produção de humus para a jardinagem e colônia de férias

·         Palestra sobre a APA, biodiversidade, reciclagem e compostagem

         Setor de Ensino – Juntar papel para a reciclagem, para a produção de folder da APA, economia de energia elétrica. Identificação da fauna e flora para a transmissão dos conhecimentos para os guias ao Forte e a confecção de folder, folhetos e livretos explicativos. Promover cursos de meio ambiente e educação ambiental para os soldados.

         Setor de Comunicação – Juntar papel para a reciclagem, distribuir folder e econimia de luz

. Atividades durante datas comemorativas: semana do meio ambiente, dia da árvore, etc.

         Setor de Alimentação – Participar do projeto de compostagem, economia de água e energia elétrica..

·         Palestras sobre conservação de alimentos, higiene, doenças transmitidas por alimento, projeto compostagem.

·         Oficina de compostagem para visitantes da APA.

·         Projeto horta

         Companhia de soldados – Serviços de limpeza e auxílio aos demais setores. Economia de água, energia elétrica.

·         Palestra sobre reciclagem, higiene, sociedade sustentável

·         Projeto reciclagem de papel

·         Oficina de reciclagem de papel para visitantes da APA e colônia de férias.

·         Oficina de artesanato em reciclagem para os visitantes da APA, colonia de férias e comunidade.

·         Curso de Meio Ambiente, Educação Ambiental, Introdução a Gestão Ambiental, Drogas e Doenças Sexualmente Transmissíveis, para soldados e cabos da unidade.

 

            Na sétima fase será divulgado internamente e externamente a política ambiental, os objetivos e metas e as responsabilidades do CEP. Com a política ambiental definida, iniciaremos a oitava fase, obter recursos necessários para a implantação do SGA.

            Na nona fase que será o treinamento de pessoal, serão feitas palestras e/ou reuniões para a transmissão de informação aos funcionários – palestras setoriais, assim estarão preparados para a décima fase, que é a execução de ações localizadas. Será verificada a viabilidade das ações e a interligação das ações nos diversos setores.

            A décima primeira fase é a avaliação das ações, em que verificaremos se as pessoas estão agindo de acordo com o combinado e redefiniremos as ações. Terá acompanhamento constante das ações e monitoramento com possíveis mudanças comportamentais e planejamento com alternativas reparatórias.

            A décima segunda fase é a continuidade de sensibilização com palestras para propiciar discussão sobre as questões ambientais.

            Neste momento o CEP estará em condições de passar para a sua décima terceira fase, que  poderá integrar com a comunidade.    Proporcionar a escolas vizinhas, oficinas e palestras sobre as questões ambientais e educação ambiental.

            Como décima quarta fase verificaremos a conciliação dos interesses da instituição com os funcionários. Conciliar os diferentes interesses existentes entre todos os envolvidos – pessoal e a instituição.

            A última fase, décima quinta, será da avaliação/reflexão, onde será avaliado o grau de atendimento aos requisitos legais e seu principal planejamento; Identificação dos passivos ambientais da empresa. Avaliação dos procedimentos internamente adotados em relação as questões ambientais; Avaliação das práticas e procedimentos adotados. Registros de não conformidade; Avaliação das relações com a comunidade e outras partes interessadas. Essas diversas svaliações serão feitas através de observação e entrevistas.

            Cada fase terá um tempo previsto, registrado na tabela abaixo:

           

Fase

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abr

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1 - Mapear e identificar as causas do conflito

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2 - Status atual

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3 - Promoção de discussão sobre questões ambientais

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4 - Formação da política ambiental no CEP

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5 - Reuniões setoriais

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6 - Planejamento

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7 - Divulgação interna e externamente da política ambiental

 

 

 

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8 - Obter recursos necessários para a implantação do SGA.

 

 

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9 - Treinamento de pessoal

 

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10 - Execução de ações localizadas

 

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11 - Avaliação das ações

 

 

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12 - Palestras para propiciar discussão sobre as questões ambientais

 

 

 

 

 

 

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13 - Integração com a comunidade

 

 

 

 

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14 - Verificar a conciliação dos interesses da instituição com os funcionários

 

 

 

 

 

 

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15 - Avaliação/reflexão

 

 

 

 

 

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  1. Conclusão

            O Sistema de Gestão Ambiental incorpora várias ações que buscam interligar setores e departamentos com a meta de atingir a sustentabilidade dos recursos naturais e econômicos para uma maior qualidade de vida social, assim o Centro de Estudos de Pessoal a Área de Proteção Ambiental e o Forte Duque de Caxias, atuam e corroboram com os objetivos da sustentabilidade e desenvolvem ações que contribuam para uma sociedade mais consciente.

            Assim, concluímos que a nossa proposta de implementar planos de ação para um programa de gestão ambiental, visa o treinamento e a conscientização dos funcionários, possibilitando a instituição obter conquistas de seus objetivos e metas ambientais que contribuirão para a construção de uma sociedade sustentável e para atingir a visão de futuro que  o CEP possui de responsabilidade sócio-ambiental.

 

 

  1. Referências

         BARBOSA, Sandra. Curso de gestão ambiental. CENED – 2007.

         Constituição Federal – Artigo 255 – 1988.

         MANSUR, Elizabeth de Souza. Sistema da gestão ambiental – meio ambiente – NBR isso 14001:2004. Apostila da apresentação no CEP/RJ, 2004.

         Política Nacional do Meio Ambiente

         Política Nacional de Educação Ambiental

 

Ilustrações: Silvana Santos