Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Ações e projetos inspiradores
14/03/2024 (Nº 86) PROFIN PROJETOS VIABILIZA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=4764 
  

PROFIN PROJETOS VIABILIZA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL

Em 2023, mais de 30 projetos receberam recursos, na ordem de R$ 5 mil/cada, para realização de atividades relacionadas ao meio ambiente e a sustentabilidade junto aos alunos

O Dia Mundial da Educação Ambiental, celebrado anualmente em 26 de janeiro, tem por objetivo fomentar uma maior conscientização sobre a necessidade de proteger o meio ambiente mediante a educação. A data também remete a outra reflexão: a educação ambiental é essencial em todos os níveis do processo educativo, no entanto, deve-se dar uma atenção especial nos anos iniciais da escolarização, já que é mais fácil conscientizar crianças e jovens sobre os dilemas socioambientais de nosso tempo do que os adultos.

Partindo desta premissa, a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) tem investido recursos públicos para o desenvolvimento de projetos voltados à educação ambiental e a sustentabilidade da nova geração de sergipanos. Em 2023, dos 400 projetos escolares contemplados pelo Programa de Transferência de Recursos Financeiros Diretamente às Escolas Públicas Estaduais (Profin), 34 propuseram atividades didático-pedagógicas com foco central na temática ambiental e receberam recursos na ordem de R$ 5 mil/cada para a execução dos mesmos.

Trabalhar a temática ambiental é essencial para o fortalecimento da educação. São projetos belíssimos que envolvem toda a comunidade escolar e trazem resultados positivos para o ambiente no qual são desenvolvidos. O meio ambiente é trabalhado em nossas escolas como tema transversal dos currículos escolares, permeando toda prática educacional. Isso é fundamental para garantir uma educação ambiental para todos o público estudantil e não somente para aquelas unidades que desenvolvem projetos pontuais”, avalia o secretário da Seduc, Zezinho Sobral.

Cuidar do meio ambiente

Com o mundo cada vez mais globalizado e o acelerado crescimento das cidades, que substituem os espaços verdes pelo concreto, vem diminuindo o contato direto das crianças com todos os elementos da natureza. Pensando em reduzir esse impacto, a Escola Estadual Maria José Santos Souza, em Nossa Senhora do Socorro, realizou o projeto multidisciplinar ‘O meio ambiente nosso de cada dia: transformando pequenos hábitos em ações de preservação ao meio ambiente’, cujo objetivo era sensibilizar os alunos do 6º ao 9º do Ensino Fundamental sobre a importância de cuidar do meio ambiente e motivá-los a construírem hábitos de preservação à natureza.

As ações contaram com a colaboração de todos os professores, em todas as disciplinas. Dentre as atividades contempladas pelo projeto pode-se destacar: palestras, debates, cinema, oficinas, teatro, trabalhos de customização de roupas, desfile de moda sustentável, aulas de campo na Floresta Nacional do Ibura e uma ‘Feira do Meio Ambiente’, com a exposição de trabalhos realizados durante o período do projeto. Através dessas atividades que abordaram temas como lixo, coleta seletiva, reciclagem, mudanças das paisagens do município de Nossa Senhora do Socorro, estatísticas e leis de direito ambiental, os alunos compreenderam que as ações humanas interferem na qualidade do ambiente.

Como resultado prático, a escola passou a ter lixeiras de coleta seletiva para que os alunos pudessem fazer a separação correta do lixo. Eles também tiveram a oportunidade de visitar uma cooperativa de reciclagem para conhecer a destinação dos resíduos sólidos urbanos e reconhecer os benefícios dessa prática para termos um planeta sustentável.

Na avaliação da coordenadora do projeto, Milliane Doria, a educação ambiental nas escolas contribui para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade. “Para isso, é importante que, mais do que informações e conceitos, a escola se disponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores e com mais ações práticas do que teóricas para que o aluno possa aprender a amar, respeitar e praticar ações voltadas à conservação ambiental”, salienta a professora.

Envolver a comunidade escolar

Outro exemplo de educação ambiental bem-sucedida vem do Colégio Estadual Doutor Alcides Pereira, em Maruim, que garantiu o engajamento de toda a comunidade escolar por meio da execução de dois projetos: o primeiro, ‘Horta escolar: um espaço de aprendizagem’, está sendo realizado com alunos da 1ª e 3ª séries do Ensino Médio; enquanto o segundo, ‘Esgoto domiciliar do Povoado Mata de São José’, contempla os alunos da 2ª série do Ensino Médio.

De acordo com o coordenador do projeto e professor de Química, Aldair Ferreira Silva, os dois projetos têm como finalidade desenvolver nos estudantes o conhecimento científico e crítico, por meio de metodologias científicas apropriadas à educação ambiental. Desta forma, a escola tem promovido a vivência do alunado com a arte de cuidar da terra de modo sustentável no espaço escolar. Além disso, junto com a comunidade local, a escola busca solução sustentável para o problema ambiental dos despejos de esgotos domiciliar no povoado Mata de São José.

A cada dia que passa a questão ambiental tem sido considerada como um fato que precisa ser trabalhada com toda sociedade e, principalmente, nas escolas, pois os jovens bem informados sobre os problemas ambientais vão se tornar adultos mais preocupados com o meio ambiente, além do que eles vão ser multiplicadores desses conhecimentos em suas casas, com seus familiares e vizinhos”, frisa o professor.

Investimento na educação e no conhecimento

Os recursos do Profin Projetos destinam-se, de maneira exclusiva, para cobertura de despesas com os projetos pedagógicos das escolas beneficiárias e devem ser aplicados de maneira restrita, conforme os itens descritos no projeto de pesquisa de cada unidade escolar. Esses itens são definidos em conjunto com o Conselho Escolar da instituição e selecionados pela Comissão Regional, que analisam as finanças e contratam os serviços descritos de acordo com o projeto.

De acordo com a diretora do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase), Eliane Passos, o propósito do programa Profin Projetos é fornecer apoio financeiro adicional às escolas públicas da educação básica da rede estadual em Sergipe, visando implementar melhorias tanto em sua estrutura física quanto educacional, com o intuito de assegurar o acesso, a permanência e o aprendizado de todos os alunos. “Isso é alcançado por meio do compromisso com o desenvolvimento de uma escola orientada para a formação de cidadãos, a efetividade e a democratização de políticas públicas inclusivas nas áreas de educação, esporte, lazer, juventude, cultura e meio ambiente, bem como fortalecer a participação da comunidade e a administração autônoma da escola”, destaca a gestora.

Segundo a coordenadora do Núcleo Profin, Josimara Santos Cruz, a novidade para 2024 é a quantidade de projetos que poderão ser submetidos por unidades escolares de ensino em tempo integral. “Em 2023, o ‘Valor Projeto Escolas’ (VPPE) em R$ 5 mil para cada projeto aprovado pela entidade, seguia os seguintes critérios: escolas com até 500 alunos têm o direito de submeter um projeto; escolas com 501 a 1.000 alunos têm o direito de submeter dois projetos; já as escolas que possuam a partir de 1.001 alunos têm o direito de submeter três projetos. Neste ano, as escolas de ensino em tempo integral terão suas chances duplicadas, ou seja, escolas com até 500 alunos têm direito de submeter dois projetos; escolas com 501 a 1.000 alunos têm o direito de submeter quatro projetos; e as escolas que possuam a partir de 1.001 alunos têm o direito de submeter seis projetos”, conclui. A abertura de novo edital do Profin Projetos 2024 será divulgado nos próximos dias no Portal da Seduc.

Fonte: Governo de Sergipe (www.se.gov.br)





Fonte: Governo de Sergipe (www.se.gov.br)



Ilustrações: Silvana Santos