Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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27/09/2019 (Nº 69) EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PARA AGRICULTORES DO TERRITÓRIO VALE DO SAMBITO, SEMIÁRIDO PIAUIENSE
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PARA AGRICULTORES DO TERRITÓRIO VALE DO SAMBITO, SEMIÁRIDO PIAUIENSE



Marina Gonçalves Leal¹, Jéssica Daniele Lustosa da Silva², Lucas Oliveira Braga3, Jéssica Pereira dos Santos4, Elaine Ferreira do Nascimento5; Polyanna Araújo Alves Bacelar6



1 Licenciada em Ciências Biológicas, Universidade Federal do Piauí / Universidade Aberta do Brasil, Polo de Apoio Presencial de Inhuma – PI. E-mail: marylealg1406@hotmail.com

2 Doutoranda em Agricultura Tropical pela Universidade Federal do Piauí / UFPI. E-mail: jessica.04lustosa@gmail.com

3 Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Piauí / UFPI. E-mail: lucasbraga.bio@gmail.com

4 Especialista em Gestão Ambiental pelo Instituto Superior de Educação São Judas Tadeu, Mestre e Doutoranda em Medicina Tropical pela FIOCRUZ PIAUÍ. E-mail: jessik_ssantos@hotmail.com

5 Assistente Social. Mestre e Doutora em Ciências pelo IFF/FIOCRUZ, Pesquisadora Fiocruz Piauí e docente do Programa de Pós-Graduação de Políticas Públicas da UFPI. E-mail: negraelaine@gmail.com

6 Doutoranda em Medicina Tropical pela FIOCRUZ, Mestre em Genética e Melhoramento pela UFPI. Professora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Piauí, Centro de Educação Aberta e a Distância, Teresina – PI. E-mail: polyannabio_gen@hotmail.com



RESUMO

A educação ambiental e o desenvolvimento sustentável podem ser considerados ferramentas importantes para auxiliar na redução aos impactos negativos causados pela ação antrópica no meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi promover a educação ambiental para 31 agricultores familiares do município de Inhuma, Piauí, Brasil, considerando suas vivências e por meio de exposições e diálogos. Foi realizada a aplicação de questionário semiestruturado para analisar o conhecimento empírico e foi desenvolvido um processo educativo de forma dinâmica com o auxílio de slides, imagens e diálogos. Por fim, os participantes foram convidados a avaliar a etapa educativa atribuindo o conceito ótimo, bom ou regular. Verificou-se que os agricultores possuem uma base empírica sobre educação ambiental e desenvolvimento sustentável, e a maioria entende que esses fatores colaboram com a mudança de comportamento da sociedade e com a preservação do meio ambiente. Também perceberam que existe a necessidade de mais ações sobre o tema, pois consideraram que a situação dos recursos naturais é de degradação. A maioria revelou que praticam atitudes sustentáveis no manejo do campo e expuseram aspectos de vulnerabilidade local como a degradação ambiental, o uso de agrotóxicos e a poluição das águas. A atividade educativa foi avaliada como positiva pelos participantes e percebeu-se que colaborou para o aumento da assimilação, organização do conhecimento e sensibilização deste público que trabalha diretamente com o meio ambiente. Além disso, contribuiu com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Assim, deve ser considerado que a ação precisa de continuidade e seja realizada com mais frequência com o público rural para reduzir a incidência de ações que podem colocar em risco a saúde do meio ambiente e a sua qualidade de vida.

Palavras-chave: Meio ambiente. Metodologia educativa. Agricultores Familiares.

 

ABSTRACT

Environmental education and sustainable development can be considered important tools to help reduce the negative impacts caused by anthropogenic action on the environment. The objective of this work was to promote environmental education for 31 family farmers in Inhuma, Piauí, Brazil, considering their experiences and through exhibitions and dialogues. A semi-structured questionnaire was applied to analyze empirical knowledge and a dynamic educational process was developed with the aid of slides, images and dialogues. Finally, participants were invited to evaluate the educational stage by assigning the optimal, good or regular concept. Farmers have been found to have an empirical basis on environmental education and sustainable development, and most understand that these factors contribute to changing society's behavior and preserving the environment. They also realized that there is a need for further action on the topic, as they considered that the situation of natural resources is degrading. Most revealed that they practice sustainable attitudes in the field management and exposed aspects of local vulnerability such as environmental degradation, pesticide use and water pollution. The educational activity was evaluated as positive by the participants and it was found that it contributed to the increase of assimilation, knowledge organization and awareness of this public that works directly with the environment. In addition, it contributed to the Sustainable Development Goals (SDGs) of the 2030 Agenda. Thus, it must be considered that the action needs continuity and is more often carried out with the rural public to reduce the incidence of actions that may endanger the health of the environment and its quality of life.

Keywords: Environment. Educational methodology. Family farmers.



1 INTRODUÇÃO

O cenário ambiental sofre degradações por consequência do desenvolvimento urbano e a pouca sensibilização da sociedade quanto à preservação do meio em que vivem (POTT; ESTRELA, 2017; BEZERRA et al., 2019). A educação ambiental é uma ferramenta indispensável na transformação comportamental das pessoas com relação à utilização sustentável das riquezas naturais. Além disso, possibilita reconhecer o ambiente como intrínseco à sua vida, percebendo sua importância e identificando-se como parte dos seus componentes (ASSIS; CHAVES, 2013).

A conscientização da população por meio da troca de conhecimentos sobre o meio ambiente é um processo extremamente relevante para o equilíbrio da vida no planeta, uma vez que possibilita a preservação e aplicação sustentável dos recursos naturais e a manutenção da biodiversidade (SANTOS; SILVA, 2017; REIS, 2018). É importante ressaltar que os agricultores têm uma relação próxima com a natureza devido a sua utilização direta, sendo de extrema importância a conscientização desse público sobre a valorização dos recursos naturais. Portanto, é imprescindível que a população de agricultores rurais tenham conhecimento de que os impactos negativos da utilização inadequada do meio ambiente também influenciam diretamente sobre sua vida, uma vez que é onde garantem seu sustento.

Esse processo deve ser de formação dinâmica, permanente e participativa, capaz de ofertar conhecimentos de como gerenciar e melhorar as relações entre a sociedade humana e o meio em que se encontram. As pessoas envolvidas passam a ser agentes transformadores e participam ativamente pela busca por alternativas para a redução de impactos ambientais e para o controle social do uso dos recursos naturais (ROBERT, 2008; RIBEIRO et al., 2017; FREITAS, 2018).

Assim, a sensibilização ambiental promove conhecimentos, valores, competências e incentivo para que as pessoas se tornem capazes de agir de maneira individual ou coletiva, em prol da preservação e na busca de identificar meios para solucionar problemas ambientais (SOBRAL, 2014; LEITE et al., 2017). Além disso, deve-se enfatizar a necessidade de conciliar, em nível nacional e internacional, a proteção ambiental em relação ao desenvolvimento social e econômico (CAVALCANTI, 2018). Esforços neste sentido são realizados mundialmente, orientados pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 (BRASIL, 2017).

O desenvolvimento sustentável foi pensado para atender as necessidades da população mundial sem comprometer a vida das futuras gerações (BRUNDTLAND, 1988), sendo consolidado na ideia de regenerar as formas de posse do meio natural pelo homem. Tem como missão criar novas técnicas produtivas na tentativa de diminuir os impactos socioambientais ocorridos pelo atual modelo produtivo, prezando pela utilização correta desses recursos e não visando somente lucros (CORREIA; DIAS, 2016; LARA; OLIVEIRA, 2017).

A região semiárida, que apresenta insuficiência e irregularidade de chuvas, altas temperaturas, elevadas taxas de evapotranspiração, predominância do bioma caatinga, déficit hídrico, solo raso e argiloso, salinização da água e degradação ambiental por desmatamento e/ou erosão, merece maior sensibilização da sociedade quanto à preservação do ambiente (PEDROTTI et al., 2015; MARENGO et al., 2016). Este cenário do semiárido é agravado pela sobreposição das agroindústrias aos pequenos produtores rurais e pela contaminação do solo e água com o uso irresponsável de agrotóxicos (FONSECA et al., 2015; ARAÚJO; OLIVEIRA, 2017), somado a uma ausência do poder público na região. A exemplo dessa situação, pode-se citar o município de Inhuma que faz parte do Território Vale do Sambito, região do semiárido piauiense.

Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi promover educação ambiental para trabalhadores rurais em uma região do semiárido piauiense, tendo em vista a importância do seu ofício para a sociedade e preservação do território. Assim, foram realizadas explanações sobre o desenvolvimento sustentável e também foi identificado o nível de conhecimento dos agricultores familiares acerca da utilização de boas práticas ambientais.



2 MATERIAL E MÉTODOS

O presente estudo foi composto por agricultores integrantes da Associação de Moradores localizada no Caldeirão do Saco, Bairro Rural do município de Inhuma, semiárido Vale do Sambito, Piauí. Esta Associação abrange as localidades vizinhas Caatinga do Sítio, Aceiro e Ema. Estes associados eram compostos por homens e mulheres com faixa etária variada, que pertencem às quatro localidades supra citadas. A realidade familiar dos agricultores e sua relação com o ambiente rural do território de semiárido foram utilizadas como base para a produção deste trabalho. Optou-se por este público por estarem em contato direto com aspectos relativos às vulnerabilidades do meio rural, no qual ações de desenvolvimento sustentável e educação ambiental são consideradas essenciais.

O período de desenvolvimento desta pesquisa foi o segundo semestre de 2015. Primeiramente, houve uma visita para conhecer e observar as áreas de cultivo, dialogar a respeito dos objetivos e procedimentos da pesquisa e convidar os membros a participarem de forma livre e colaborativa.

Após, houve a aplicação de um questionário diagnóstico com sete questões objetivas e duas subjetivas de fácil entendimento sobre o tema abordado e que visou analisar o conhecimento empírico do público em questão (Figura 1A). Em seguida, foi desenvolvido um processo educativo que foi realizado de forma dinâmica e interativa com o auxílio de slides, imagens e diálogos (Figura 1B). Para o desenvolvimento da apresentação, utilizou-se o software Microsoft PowerPoint, versão 2013. Ao final, os participantes foram convidados a avaliar esta etapa educativa atribuindo o conceito ótimo, bom ou regular.

Figura 1 - Aplicação do questionário diagnóstico sobre o conhecimento empírico (A) e palestra educativa (B) para os agricultores.

Os resultados foram analisados de forma descritiva e as frequências absolutas das respostas foram calculadas, transformadas em porcentagem através de frequência simples e tabulados em planilha eletrônica no software Microsoft Excel 2016.



3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Caracterização do Público e Conhecimento Prévio Sobre Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável

Participaram desta pesquisa todos os 31 agricultores que eram integrantes da Associação de Moradores da região, sendo 20 mulheres e 11 homens com faixa etária variando de 25 a 90 anos. Predomina entre estes trabalhadores a característica de iniciarem a profissão no âmbito da sucessão familiar. Os fatores que contribuem ou não para o processo de trabalho familiar diferem conforme as tendências socioculturais e econômicas de cada região (GRIS et al., 2017). No Nordeste, em especial nas regiões semiáridas, a agricultura e sua sucessão apresenta desafios como a reforma agrária, queimadas, êxodo rural, viabilização econômica e fluxo da produção (CASTRO, 2012; ARRUDA; CUNHA, 2018).

Assim, foi possível observar que eles buscam, por meio da Associação de Moradores, apoio das lideranças políticas e organizações civis para o desenvolvimento de projetos e parcerias visando melhores condições de trabalho, tais como auxílio na infraestrutura física, equipamentos, insumos e capacitações. Isso é uma maneira de potencializarem a agricultura familiar na região e consequentemente, que a sucessão do ofício seja bem sucedida.

No questionário diagnóstico, os agricultores responderam sobre o que conheciam a respeito da educação ambiental. Dentre as respostas, 67,7% (21/31) responderam de forma coerente sobre o tema. O somatório de pessoas que não responderam, não lembrou e afirmou não saber, corresponderam a 25,9% (8/31); os demais responderam de forma imprecisa (Tabela 1). Isso mostra que ainda há algumas pessoas que não tem conhecimento sobre a temática em questão, principalmente no exercer da profissão. Resultado semelhante foi observado na pesquisa realizada com camponeses, na Paraíba, que identificou o conhecimento em torno da educação ambiental baseado no senso comum, de maneira superficial e desconexa (FONSECA et al., 2017).

Tabela 1 - Respostas dos agricultores em relação ao conhecimento prévio sobre educação ambiental.

Respostas Sobre Educação Ambiental

Agricultores Participantes

N

(%)

Não respondeu, não lembra ou não sabe.

08

25,9

Temática que precisa ser mais divulgada.

01

03,2

Temática muito bem explanada.

01

03,2

Forma de respeito, proteção e cuidado com o meio ambiente; forma de deixar o mundo melhor, com pessoas mais conscientes ambientalmente; conscientiza as pessoas a preservarem o meio ambiente para que não venhamos a sofrer no futuro.

21

67,7

Total

31

100



Os agricultores foram analisados se compreendiam sobre a importância da prática de ações em educação ambiental, do total de entrevistados, 96,8% (30/31) confirmaram que é muito importante realizar estes atos em diversos lugares, como casas, escolas, roças, ruas e trabalho, para que as pessoas preservem o ambiente (Figura 2). Esses dados revelaram que mesmo não tendo definido o conceito adequado de educação ambiental, conseguem perceber a importância das atividades relacionadas ao tema. Resultado este semelhante ao estudo realizado em agricultores de Tupã, São Paulo, no qual 92% (n=11) relataram que a utilização das práticas ambientais na produção agrícola é um aspecto positivo e pode melhorar a qualidade de vida das pessoas no campo (LAMARA et al., 2015).

Figura 2 - Representação gráfica sobre a noção da importância da prática de ações em educação ambiental, pelos agricultores.

Todos os agricultores consideraram importante praticar atitudes de desenvolvimento sustentável e quando foi solicitado para que identificassem em que sentido relacionavam essa importância, 93,6% (29/31) deles acreditavam que contribui para amenizar os impactos ambientais. Dos demais, 3,2% (1/31) dos entrevistados não compreendiam corretamente e relacionaram a importância por poluir o meio ambiente e contribuir com o desmatamento das florestas. Além destes, 3,2% (1/31) não quiseram responder (Figura 3).

Figura 3 – Respostas dos agricultores, em porcentagem, da importância de realizar atitudes de Desenvolvimento Sustentável.

Assim, percebeu-se que os participantes desta pesquisa possuem uma base empírica sobre educação ambiental e desenvolvimento sustentável, certamente adquirida nas vivências familiares que são transmitidas através das gerações, visto que são noções necessárias para o manejo da terra com o intuito de renda e alimento. Precisa-se então, que redirecionem e usem os saberes populares para desenvolver trabalhos educativos sistemáticos (XAVIER; FLÔR, 2015).

Estas ações educativas podem fazer parte da rotina do agricultor, principalmente se as instituições governamentais por meios de políticas públicas na área subsidiem e incentivem de forma contínua (LAMARCA et al., 2015). Embora o modelo capitalista estimule o consumo crescente e irresponsável (ZANIRATO; ROTONDARO, 2016), o desenvolvimento sustentável é uma alternativa para diminuir os impactos e conciliar o crescimento econômico com os recursos naturais, como uma relação harmônica entre a questão financeira e o ambiente (SCHARF, 2004). No Irã, por exemplo, isso foi percebido como necessário devido à intensa destruição dos recursos naturais e a insustentabilidade ecológica no país (DINPANAH; LASHGARARA, 2008).

A maioria dos agricultores (96,8%) afirmara que o desenvolvimento sustentável colabora com a mudança de comportamento da sociedade e contribui com a preservação dos recursos e dos ambientes (Figura 4). A inclusão dessa relação no cotidiano dos trabalhadores rurais pode propiciar uma nova percepção nas associações entre o ser humano, economia, sociedade e natureza, promovendo uma reavaliação de valores e atitudes na convivência coletiva e individual (CARREGOSA et al., 2014). Pode-se perceber que o desenvolvimento sustentável é composto da interação entre três pilares: social, econômico e ambiental (SILVA et al., 2017). Uma visão complementar dessas dimensões permite alcançar resultados mais expressivos no que se refere à sustentação da qualidade de vida e manutenção do meio (STOFFEL; COLOGNESE, 2015).

Figura 4 - Respostas dos agricultores sobre como o desenvolvimento sustentável pode colaborar com o meio ambiente.

Com relação ao entendimento dos entrevistados sobre a atual condição do meio ambiente, 90,3% (28/31) dos agricultores compreendem que há uma necessidade de cuidados com os recursos naturais, pois consideraram que a situação destes é de degradação. Isso revela que percebem as modificações e desgastes em que o cenário ambiental se encontra, o que facilita nas etapas sequentes do processo educativo que são a sensibilização e a conscientização (PEREIRA et al., 2013; OLIVEIRA; SILVA, 2016). Enfatiza-se que é preciso reconhecer que as reservas naturais estão se esgotando, que há muita poluição, desmatamento, impermeabilização do solo devido a urbanização, entre outros fatores que precisam de atenção e cuidados específicos (PASQUALOTTO; SENA, 2017).

Os agricultores foram averiguados quanto à contribuição, durante suas atividades no campo, para a preservação do meio ambiente. Apenas 12,9% (4/31) não responderam e a maioria revelou que praticam atitudes sustentáveis no manejo do campo, como o agricultor A que afirmou ‘procuro transmitir conhecimento sobre o meio ambiente’ e o agricultor B relatou ‘planto mais árvores’. Verificou-se ainda que 32,3% (10/31) procuram não desmatar, evitam poluições e queimadas (Tabela 2).

Tabela 2 - Respostas dos agricultores em relação às suas contribuições, durante as atividades de campo, para preservação do meio ambiente, mostrando quantidade e dados percentuais.



Respostas Sobre Atividade de Preservação Ambiental

Agricultores Participantes

Quantidade

Percentual (%)

Promovo educação ambiental

01

3,2

Não desmato o meio ambiente, evito poluir e fazer queimadas

10

32,3

Reutilizo alguns materiais e jogo o lixo no lixo

09

29,1

Não utilizo produtos tóxicos

01

3,2

Planto mais árvores

01

3,2

Não desperdiço e nem poluo as águas

05

16,1

Não respondeu

04

12,9



Este dado reforça os achados desta investigação científica, que mesmo não tendo uma compreensão detalhada de educação ambiental e desenvolvimento sustentável, os sujeitos da pesquisa possuem base empírica e desenvolvem algumas atividades no cotidiano, cuidando do meio rural mesmo que de forma simples, abstrata e não correlacionando à temática abordada. Além do mais, foi possível pontuar alguns aspectos importantes que podem ser detalhados em capacitações específicas, como o reflorestamento, degradação ambiental, o uso de agrotóxicos, reuso de materiais e poluição das águas.



3.2 Atividade Sobre Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável

Realizou-se uma exposição oral interativa com utilização de slides e imagens, abordando sobre: i) o cenário ambiental e atitudes negligentes à sua preservação; ii) conceitos, objetivos e contribuições da educação ambiental e desenvolvimento sustentável e iii) a relação destes temas com a agricultura familiar.

Entre os diálogos ocorridos no processo educativo, o público considerou importante esse tipo de atividade, mostrou compreender sobre a educação ambiental e que o desenvolvimento sustentável é uma forma de atender as necessidades das gerações presentes sem, no entanto, comprometer as gerações futuras. Conseguiram também assimilar que a educação ambiental juntamente com o desenvolvimento sustentável representam uma saída capaz de mudar a realidade do cenário ambiental. Ademais, a adoção de ações sustentáveis possibilita, a médio e longo prazo, um planeta em boas condições de equilíbrio para as diversas formas de vida. Garante ainda os recursos naturais necessários para as próximas gerações (CARVALHO et al., 2015).

Isso confirmou que utilizar imagens, interação e/ou outros materiais de forma a envolver o público a partir de suas vivências com o ambiente contribuem com a sensibilização e aprendizagem das pessoas (NUNES et al., 2017). É o que foi demonstrado em Madagascar, com o uso de quadrinhos ilustrativos para orientações no manejo sustentável da terra (STENCHLY et al., 2019). No Brasil, ações pontuais já foram registradas, como a abordagem sobre a biodiversidade entomológica em Inhuma, Piauí (MARINHO et al., 2018); a educação ambiental desenvolvida em jovens filhos de agricultores, no Espírito Santo (LÍRIO et al., 2013); e a sensibilização ambiental em educandos do 6º ao 9º ano em Buriti dos Lopes, Piauí (GOMES et al., 2018).

Verificou-se a satisfação do público quanto à atividade educativa realizada, neste quesito, 90,3% (28/31) dos agricultores avaliaram como ótima e 9,7% (3/31) como boa (Figura 5).

Figura 5 – Gráfico representativo da avaliação dos agricultores sobre a realização da palestra educativa.

Desta forma, percebeu-se que estes trabalhadores conseguiram assimilar as principais informações compartilhadas, se mostraram predispostos a desenvolver atitudes sustentáveis, querem se capacitar e ampliar seus conhecimentos. A experiência educativa foi expressamente positiva, revelando-se indispensável e ratificando ser uma estratégia que influencia as pessoas para que repensem sobre o mundo, enquanto espaço de convivência entre si e com a natureza (SABINO; AMARAL, 2015). No México, experiências de formação visando a construção de conhecimentos relacionados à agricultura sustentável e tradicional, dialogada com a Agroecologia, constitui o eixo de ação mais importante para a rede formada por trabalhadores do campo, sendo um componente estratégico de seus processos de resistência e autonomia (HERNÁNDEZ; HERNÁNDEZ, 2010). Contudo, faz-se necessária a continuidade da educação ambiental para este público, para que se qualifiquem e perpetuem as boas práticas no manejo do ambiente.



4 CONSIDERAÇÕES FINAIS



Os agricultores rurais participantes desta pesquisa desenvolveram o ofício por sucessão familiar e buscam se estabelecer por intermédio da Associação de Moradores da região, ao qual são vinculados, em conjunto com parcerias políticas locais e organizações civis.

Os resultados do questionário diagnóstico mostraram que tinham um conhecimento empírico sobre educação ambiental, desenvolvimento sustentável e sua importância, porém não correlacionavam corretamente os conceitos e práticas sobre estas temáticas. Este conhecimento é proveniente das vivências passadas pelas gerações e do senso comum. Além disso, revelaram-se conscientes da situação crítica que se encontra o cenário ambiental e realizavam pontualmente atitudes de preservação do meio ambiente, durante as atividades do cotidiano, mesmo de forma não sistematizada.

Foi possível identificar alguns aspectos críticos de vulnerabilidade local como a degradação ambiental, o uso de agrotóxicos e a poluição das águas. Portanto, seria ideal que os agricultores fossem orientados por meio de capacitações específicas e acompanhamento direcionado. Para isso é aconselhável o uso de diferentes formas de abordagens educativas que os norteiem nestas questões.

A atividade de educação ambiental realizada colaborou para o aumento da assimilação, organização do conhecimento e sensibilização deste público que trabalha diretamente com o meio ambiente. Esta ação, em nível local, contribuiu com as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 relacionadas à educação ambiental e desenvolvimento sustentável que foram: metas 2.3 e 2.4 do objetivo 2; meta 4.7 do objetivo 4; meta 11.6 do objetivo 11; e meta 12.8 do objetivo 12. No entanto, frisa-se que a ação precisa de continuidade, visto que é algo de caráter contínuo.

Com o êxito no desenvolvimento da atividade educativa, ratifica-se que é necessário utilizar metodologias de ensino para a educação ambiental como as desenvolvidas neste estudo, bem como a inserção de outros métodos que também sejam adequados ao público alvo e funcione como uma ferramenta efetiva para diminuir atitudes imprudentes com o meio.

Existe a necessidade de tornar essa temática mais presente na vida de todos, procurando uma nova concepção da realidade em que vivemos. Entretanto, há que se lembrar da importância da agricultura para a comunidade, que para ser efetiva e produtiva deve contar com uma mão-de-obra saudável e fazer uso correto dos recursos naturais que dispõem.



REFERÊNCIAS



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Ilustrações: Silvana Santos