Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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11/06/2019 (Nº 68) O PAPEL DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE AMBIENTAL
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O PAPEL DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE AMBIENTAL

Ane Carolline Donato Vianna1, Denise Lima Magalhães2, Cinoélia Leal de Souza3, Elaine Santos da Silva4, Adson da Conceição Virgens5, Jayne Santos Silva6, Leandro da Silva Paudarco7, Daniela Teixeira de Souza8



1Enfermeira. Centro Universitário de Guanambi. carollinedonatoenf@gmail.com

2Graduanda em Enfermagem. Centro Universitário de Guanambi. denisemagalhaes0605@hotmail.com

3Enfermeira/Doutoranda em Enfermagem e Saúde. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. cinoelia5@hotmail.com

4Enfermeira/Mestranda em Enfermagem. Universidade Federal São João Del-Rei. elaine-ss@live.com

5Graduando em Enfermagem. Centro Universitário de Guanambi. Adsonfg.1@gmail.com

6Graduanda em Enfermagem. Centro Universitário de Guanambi. jaynesantos0109@gmail.com

7Graduando em Enfermagem. Centro Universitário de Guanambi. leandropaudarco@hotmail.com

8Graduanda em Enfermagem. Centro Universitário de Guanambi. danielatsouzaenf@gmail.com



RESUMO: A Estratégia de Saúde da Família possui como objetivo a atenção integral, além de melhorar a qualidade de vida e autonomia dos usuários de acordo aos condicionantes e determinantes da saúde, e em sua equipe multiprofissional que possibilita a reorganização da atenção básica, há a participação do Agente Comunitário de Saúde, que realiza promoção da saúde, prevenção das doenças e agravos além da vigilância à saúde. Esse estudo objetivou identificar as ações realizadas pelo agente comunitário de saúde na promoção da saúde ambiental. Tratou-se de uma abordagem qualitativa exploratória, na qual foi utilizado um questionário semiestruturado para entrevistas individuais com 12 profissionais. Os dados coletados foram ordenados, classificados e distribuídos em eixos para análise, sendo a educação em saúde ambiental realizada na Estratégia de Saúde da Família e a promoção em saúde ambiental realizada pelo Agente Comunitário de Saúde. Os resultados mostram que há poucas orientações sobre a saúde ambiental, bem como a prevenção de outras doenças ambientais que não seja a dengue, e os profissionais afirmam que as visitas domiciliares são focadas na patologia e reconhecem a necessidade de capacitação profissional. Notou-se que, a importância do ACS na promoção da saúde ambiental é inquestionável, no entanto, ainda faz-se necessário a inserção da problemática ambiental nas práticas dos ACS para além de ações focadas no acompanhamento de doenças crônicas na área adstrita.

Palavras-chave: Agentes comunitários de saúde; Saúde ambiental; Estratégia saúde da família; Educação em saúde; Prevenção de doenças.



ABSTRACT: The Family Health Strategy aims at comprehensive care, in addition to improving the quality of life and autonomy of the users according to the determinants and determinants of health. In his team there is the participation of the Community Health Agent, which carries out health promotion, prevention of diseases and diseases in addition to health surveillance. The study was conducted with a qualitative exploratory approach, and the research instruments were a semi-structured questionnaire and individual interviews conducted with 12 professionals. The collected data were ordered, classified and distributed in axes for analysis, being the environmental health education carried out in the Family Health Strategy and the promotion in environmental health carried out by the Community Health Agent. This work was approved by the Research Ethics Committee. The results show that there are few guidelines on environmental health as well as the prevention of other environmental diseases other than dengue. The professionals affirm that the home visits are focused on the pathology and recognize the need for professional qualification. Therefore, more research and discussions are needed on issues that permeate public and environmental health, in addition to training for professionals working at this level of attention.

Keywors: Communityhealthagents; Environmental health; Family health strategy; Health education; Prevention of diseases.



INTRODUÇÃO

A Estratégia de Saúde da Família (ESF) atua como porta de entrada para todos os serviços de saúde, sendo conhecida como atenção básica ou primária, responsável por intervir na promoção da saúde, prevenção de agravos, dispor de diagnósticos e tratamentos, além da reabilitação e manutenção da saúde da população, visando uma atenção integral, melhora na qualidade de vida e a autonomia dos usuários de acordo aos condicionantes e determinantes da saúde (BRASIL, 2017).

Uma característica importante da ESF é a conformação da equipe de multiprofissional, formada primordialmente por enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, um médico generalista ou especialista em saúde da família, técnico de enfermagem e os agentes comunitários de saúde (ACS). Pode haver a participação dos profissionais de saúde bucal como o cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em saúde bucal (BRASIL, 2012).

Dentre esses integrantes, os ACS merecem uma atenção diferenciada, uma vez que é constatada sua importância no processo de saúde, onde representa o elo entre o sistema de saúde e a comunidade onde atua. Eles trabalham em torno de um conceito ampliado de saúde, no qual suas atividades são pautadas na interação com a comunidade e desenvolvimento da atenção integral disponibilizada pela unidade de saúde (LIBANIO; FAVORETO; PINHEIRO, 2014).

Nesse contexto, é importante compreender, que a partir da experiência bem sucedida do Programa de ACS criado em 1990, as relações entre usuários e equipe de saúde se consolida ao longo dos anos, promovendo o fortalecimento da estrutura dos serviços de saúde, devido o ACS desempenhar um papel expressivo no tocante à promoção da saúde, que consiste no empoderamento dos indivíduos e grupos sociais no que se refere ao direito de escolha e conhecimento técnico-científico acerca das medidas a serem tomadas para promover uma vida com mais saúde (FRAGA, 2011).

Dessa forma, vale ressaltar que o ACS é o elemento nuclear das ações em saúde, ele assume a corresponsabilidade com a Atenção Básica, integrado ao sistema de administração em saúde, esse profissional que é da comunidade e a representa dentro do serviço de saúde desempenhando o importante papel de mediador social, trabalho mais próximo à comunidade, humanizando, concretização e efetivação do conceito ampliado de saúde (GUERRA; JÚNIOR; FROTA, 2018).

Para isso, competem aos ACS as atividades e ações educativas tanto individuais quanto coletivas, fomentando a promoção da saúde, prevenção das doenças, agravos e vigilância à saúde em conformidade com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) além da abordagem direta dos núcleos temáticos de sua atuação, os quais vão desde o conceito de território, educação em saúde, participação e mobilização comunitária, ecossistema e saúde ambiental da população (FOGAÇA; TOMBINI; CAMPOS, 2017).

Sendo assim, o ACS pode ser compreendido na sua importante participação neste processo de promoção da saúde comunitária, devido todas as queixas e problemas de saúde de modo amplo serem transmitidas para a equipe de saúde que irá planejar estratégias voltadas individualmente ou coletivamente para a melhoria de vida daquela família ou grupos familiares (PESERICO et al., 2014).

Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS, 2018), juntamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde ambiental são todos os aspectos da saúde humana relacionada à qualidade de vida, fatores físicos, químicos, sociais, culturais, biológicos, além de incluir avaliações e controle de fatores ambientais que podem afetar a saúde humana.

Atualmente, é importante compreender que a questão ligada à saúde possui uma relação com diferentes determinantes, dentre os quais, o meio ambiente merece atenção, o que faz necessário resgatar o conhecimento diante da diversidade existente, e o ACS passou a desempenhar práticas entre o indivíduo, a família e a comunidade, atuando como orientador e, simultaneamente, como elo entre a ESF e a população local. Por este motivo, a profissão é entendida como ferramenta básica e determinante na promoção de uma saúde ambiental exitosa (CHAVES et al., 2017).

Nessa perspectiva, originou-se a curiosidade sobre como ocorre à atuação do agente comunitário de saúde na promoção da saúde ambiental. Uma vez que é um tema atual, relevante e necessita haver pesquisas atuais e discussões que permeiam este assunto, por isso, o objetivo foi identificar as ações realizadas pelo agente comunitário de saúde na promoção da saúde ambiental.



METODOLOGIA

Tratou-se de um estudo qualitativo exploratório, que é aquele que busca a compreensão do modo de vida do indivíduo ou de grupos específicos, interessado nas crenças, valores e costumes trazidos pelo mesmo (BAUER; GASKELL, 2015), concomitante com o método utilizado na pesquisa exploratória, que se faz possível maior familiaridade com o problema e o aprimoramento de ideias.

A população de estudo foi definida por conveniência, sendo entrevistados 12 agentes comunitários de saúde atuantes na Estratégia de Saúde da Família (ESF) da cidade de Guanambi-BA, localizada a 796 km da capital Salvador (IBGE, 2010). Os dados foram coletados através de entrevistas individuais que ocorreram nas unidades de saúde.

Para coleta de dados foi realizada uma entrevista individual com cada participante, juntamente com o auxilio de um questionário semiestruturado, flexível ao andamento da entrevista, instrumento que foi composto por questões relacionadas as orientações sobre proteção do meio ambiente, a educação em saúde realizada para a comunidade, além das orientações sobre aspectos ligados a saúde e o meio ambiente. Cada entrevista teve a duração média de 15 minutos.

Anterior a coleta, foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), retirado as dúvidas que surgiram dos profissionais e iniciado após a autorização dos mesmos, assegurando a privacidade dos dados pessoais. Ao final desse processo, as entrevistas foram transcritas para posterior análise dos dados.

A análise dos dados seguiu os princípios de Bardin (2011) e dividido em três etapas: a primeira foi à ordenação desses dados coletados, segundo a identificação dos profissionais por número e posterior transcrição, e por fim, a classificação dos resultados por eixos para serem analisados e discutidos.

Subsequente foram definidas as categorias para análise: a educação em saúde ambiental realizada na estratégia de saúde da família e a promoção em saúde ambiental realizada pelo agente comunitário de saúde. E na terceira fase dessa pesquisa foi executado o tratamento dos dados, utilizando da análise minuciosa e divisão segundo o tema principal, para a exposição e discussão dos resultados.

O trabalho seguiu a Resolução 466/2012 sobre pesquisa com seres humanos, preservando os direitos dos participantes e garantindo sigilo das identidades. O estudo em questão foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e aprovado no dia 05 de dezembro do ano 2017, sob o protocolo CAAE: 79882217.8.0000.0055.



RESULTADOS E DISCUSSÃO

O grupo entrevistado foi composto por 12 profissionais ACS, que atuavam na Estratégia de Saúde da Família (ESF) em uma cidade localizada no interior da Bahia. Desses profissionais, 83,3% eram do sexo feminino com faixa etária entre 41 a 60 anos e sua maioria, correspondendo a 75% dos entrevistados trabalhavam a mais de sete anos nessa ESF.

O grupo de ACS estudado destacou que possui maior contato com a população através das visitas domiciliares para observação dos domicílios, e é nesses momentos que realizam observações pertinentes e questionam sobre as condições de higiene dos moradores do local, assim como, o modo de armazenamento e dispensa de alimentos e resíduos, além de discutir sobre alterações que podem surgir durante o encontro.

Essas ações realizadas por esses ACS em sua micro área de atuação são realizadas a partir de um planejamento coordenado e avaliadas juntamente com o coordenador da unidade, o enfermeiro, para melhor adequar a situação, propiciar melhor relação entre a equipe e os adscritos. Destacaram também, que antes do processo, durante ou após essas ações, acontece à realização de palestras ou oficinas para melhor fixação do assunto, explanar possíveis intervenções e juntos chegarem ao acordo sobre o melhor a ser realizado dentro da população assistida.

Sendo assim, de acordo com os resultados obtidos através das entrevistas realizadas com os ACS, foram elencadas duas categorias para análises, sendo elas: a educação em saúde ambiental realizada na estratégia de saúde da família; e a promoção em saúde ambiental realizada pelo agente comunitário de saúde.



A EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

É sabido que a ESF tem como responsabilidade acolher, escutar e solucionar a maioria dos problemas de saúde da população, fortalecendo o vínculo entre profissional e usuário. Essa proximidade aumentará a corresponsabilidade, e ambos poderão vir a trabalhar em conjunto para melhorar situações que interferem diretamente a saúde, sendo ela de natureza física, emocional ou em relação ao ambiente que está inserido, e para essa demanda é indicado que a unidade assista de 3000 a 4000 pessoas adstritas em sua área de cobertura (BRASIL, 2011).

Apesar de ser um assunto que está presente em todos os lugares, nem sempre é lembrada ou dada a sua devida importância, e durante a entrevista com os ACS, foram realizadas algumas perguntas que permeavam desde os temas das atividades realizadas na unidade às orientações sobre o meio ambiente destinado a população adstrita.

Em relação à temática, no nosso instrumento utilizado para a coleta de dados havia uma pergunta subjetiva a respeito da ação da equipe em realizar orientações sobre a proteção do meio ambiente, e caso a resposta fosse afirmativa, solicitaríamos exemplos. Entretanto, 42,5% dos entrevistados afirmaram não haver nenhum tipo de orientação.

A1: “Não” (ACS, masculino, 1 ano na ESF).

A6: “Não” (ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).



Dentre os 58,4%, as respostas foram diversas, desde profissionais que afirmavam falar sobre o descarte correto do lixo (17%), outras declararam que momentos sobre as orientações para a proteção do ambiente eram raros.

A9: “Às vezes, só quando realizam palestras” (ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).

A12: “Descarte correto do lixo” (ACS, feminino, há 3 anos na ESF).

A4: “Quando há necessidade, mas não é com frequência” (ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).



Um estudo realizado por Dias et al. (2018) sobre a temática em questão, seu resultado mostrou que os profissionais entrevistados por eles compreendiam a relação entre saúde e meio ambiente, e ainda reforçaram a ideia de que a salubridade do território interfere na qualidade de vida de toda a população. Segundo os autores, o conhecimento prático e cientifico dos profissionais atuantes na ESF é de extrema importância para alcançar a efetividade das ações de intervenção realizadas na comunidade.

A partir disso, ao analisar as respostas dos participantes do nosso estudo, percebeu-se uma insegurança ao exemplificar as orientações realizadas para população sobre a proteção do meio ambiente, além de 42,5% dos profissionais afirmarem que não fazem esse tipo de atividade.

Guerra, Júnior e Frota (2018), defendem que os ACS enfrentam as pressões de demandas das mais diversas dentro da comunidade, desde problemas relacionados à família e outro que acabam envolvendo as relações humanas até problemas de ordens sociais, desviando na maioria das vezes a importância e a atenção aos problemas e situações de saúde relacionada ao meio ambiente.

Diante disso, como os assuntos sobre o meio ambiente e quais as ações corretas que devem ser feitas para protegê-lo ou diminuir os danos à natureza são negligenciados, foi questionado sobre quais eram as orientações repassadas à comunidade, seja em forma de sala de espera, palestras ou oficinas.


A3: “HiperDia, puerpério, amamentação, prevenção do câncer de colo de útero”
(ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).

A8: “Hipertensão arterial, diabetes mellitus, dengue” (ACS, masculino, há mais de 7 anos na ESF).



Durante as entrevistas com os participantes, foi notório que as ações educativas realizadas pelos profissionais atuantes na atenção básica seguia o calendário disponibilizado pelo Ministério da Saúde, onde há a comemoração de tipos de promoção da saúde em cada mês (BRASIL, 2017). Dentre os meses mais conhecidos, em como suas ações, está o outubro rosa e novembro azul, ou possuem como intuito a disseminação de informação sobre o câncer de mama, útero e ovários e o câncer de próstata.

Além dessas atividades, quando analisado dentre os programas mais realizados neste nível de atenção, está o HiperDia, programa que visa o acompanhamento de indivíduos portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus (BRASIL, 2013).

Percebe-se que as ESF ainda realizam e seguem o modelo biomédico, onde há mais atenção na prevenção de agravos e morbidades, sendo diferentes ações poderiam ter também resultados positivos na saúde da população seria as orientações sobre os alimentos, hábitos saudáveis e como refletem de forma positiva na saúde (BRASIL, 2013),

É importante destacar, que a ESF é caracterizada pela promoção e prevenção da saúde, e essas ações podem ser classificada como o primeiro nível das medidas realizadas, o que constitui suas práticas desenvolvidas antes mesmo da instalação da doença no indivíduo, fundamentada na ação de compartilhar com a população em geral recomendações que favoreçam a melhora na qualidade de vida (MENDES; FERNANDEZ; SACARDO, 2016).

Como o ACS é um profissional ativo, que trabalha em campo no seu dia a dia, é de se prever sua relevância se tratando de promoção da saúde e prevenção de agravos, mas observa-se que a educação em saúde ambiental realizada pela estratégia de saúde da família é precária e reflete de forma negativa na saúde ambiental e consequentemente, na saúde pública, pois, através das orientações corretas destinadas a população é possível melhorar a realidade em que a ESF está inserida.



A PROMOÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL DESEMPENHADA PELO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

Atualmente, com o intuito de contribuir para uma melhor qualidade de vida e reduzir os alarmantes índices de morbimortalidade da população, o governo brasileiro investiu na educação em saúde, e historicamente foi instituído o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em 1990, iniciando a jornada dos ACS (BRASIL, 2017).

O Ministério da Saúde construiu um conjunto de competências básicas para compor o perfil deste profissional, que consiste em integração da equipe com a população local; planejamento, avaliação e promoção da saúde; prevenção e monitoramento de riscos ambientais e sanitários; prevenção e monitoramento a grupos específicos e morbidades da comunidade (FRACOLLI et al., 2013).

Devido a importância da realização dessas atividades, os ACS merecem uma atenção diferenciada, uma vez que é constatada sua importância no processo de saúde, onde representa o elo entre o sistema de saúde e a comunidade onde atua. Os agentes trabalham em torno de um conceito ampliado de saúde, no qual suas atividades são pautadas na interação com a comunidade e desenvolvimento da atenção integral disponibilizada pela unidade de saúde (LIBANIO; FAVORETO; PINHEIRO, 2014).

O ACS é uma categoria primordialmente responsabilizada por fazer o intercâmbio entre a população e a equipe de saúde, com importante atuação no tocante ao levantamento de dados para o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), favorecendo, assim a atualização dos dados epidemiológicos (BROCH, 2018).

Dessa forma, é importante frisar, que competem aos ACS às atividades como o desenvolvimento de ações educativas tanto individuais como coletivas em suas visitas domiciliares, exemplificadas como no combate aos problemas e agravos de saúde existentes, e essas ações são voltadas principalmente para as situações de risco, fomentando assim, a promoção da saúde, prevenção das doenças, agravos e vigilância à saúde em conformidade com os princípios e diretrizes do SUS (FOGAÇA; TOMBINI; CAMPOS, 2017).

Durante o momento da entrevista, uma das questões levantadas foi à educação em saúde ambiental, onde questionamos se os profissionais de saúde realizam educação em saúde nos domicílios, através de visitas domiciliares, e em forma de mutirão para prevenção da dengue e demais doenças ambientais e, caso afirmassem, ocorria a solicitação de exemplos dessas orientações. Somente um ACS relatou fazer educação em saúde voltada para a prevenção dessas doenças:



A2: “Água armazenada para prevenção de doenças” (ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).



A prevenção de doenças é a melhor ação no âmbito da saúde, além de ser de grande valia para o indivíduo o não adoecimento e consequentes transtornos provocados pela doença, são positivos também para o Estado que não arca com gastos relacionados a internações, tratamentos e reabilitação dos indivíduos (MADEIRA et al., 2018).

Diante disso, podemos destacar que os fatores ambientais possuem interações que vão desde o cunho físico, químico, biológico, social, cultural e especialmente econômico, além de alterações climáticas, fatores que implicam na vida humana e dos demais seres vivos, portanto, percebe-se que a compreensão dessas relações é extremamente importante para o equilíbrio das ações entre meio ambiente e saúde (DIAS et al., 2018).

Segundo Ribeiro (2015) com o desenvolvimento humano houve um aumento das doenças crônico-degenerativas relacionadas ao ambiente, estilo de vida e nível socioeconômico da população. Nestas condições, torna-se pertinente capacitar os profissionais, para que eles possam saber orientar a população sobre a prevenção de doenças e da relação entre meio ambiente e a saúde (RIBEIRO, 2015).

Em contraste, 25% dos entrevistados informaram realizar a visita domiciliar focada na própria patologia, sem foco em orientações de educação em saúde especialmente a dengue, como se percebe na fala:



A4: “Visita do agente comunitário é focada na patologia” (ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).

A5: “A visita é focada na doença”(ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).



Para Souza et al (2017), grande parcela das experiências de educação em saúde proporcionadas pelo SUS ocorrem sob prisma da atenção básica, onde a proximidade dos profissionais com a população visa romper o modelo biomédico e as práticas tecnicistas que distanciam os trabalhadores dos usuários.

A partir disso, quando se trata de abordagens relacionadas às doenças inerentes ao meio ambiente, os participantes do estudo mostraram dificuldade em associar as doenças ambientais com a ligação da visita voltada para a patologia. Notou-se a ausência da prática de educação e promoção da saúde, os ACS não realizam orientações e prevenção da mesma maneira que assistem a doença já instalada no individuo.

Em contrapartida, somente 33,3% dos voluntários da pesquisa afirmaram fazer ações voltadas para a educação em saúde ambiental em períodos de chuva, endêmicos ou quando necessário. Tais reflexões são corroboradas pelas falas que seguem:



A1: “Em períodos de chuva” (ACS, masculino, há 1 ano de atuação na ESF).

A11: “Períodos endêmicos” (ACS, feminina, 3 anos de atuação na ESF).

A12: “Quando necessário” (ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).



Durante o momento, foram indagados se já houve algum curso ou capacitação sobre os impactos ambientais na saúde. Caso a resposta fosse positiva, solicitaríamos exemplos de quais cursos eles já participaram. Todavia, 100% dos entrevistados relataram nunca ter tido essa preparação durante sua vida profissional. Esse resultado é relevante, pois são profissionais que trabalham na unidade em períodos diferentes e nem um teve alguma capacitação quanto a isso.



A8: “Não” (ACS, masculino, há mais de 7 anos na ESF).

A10: “Não” (ACS, feminino, com 1 ano de atuação na ESF).



Danallora (2017), defende que a capacitação dos profissionais da saúde como um todo é imprescindível para uma assistência de qualidade e para suprir as necessidades da população. Pekelman (2016) considera que para o ACS ter um bom desempenho, trabalhar de forma efetiva e contribuir com a resolução dos problemas enfrentados pela comunidade, é preciso que esse profissional da saúde passe por um processo de seleção, em seguida pela sua formação e supervisão adequadas e apoio contínuo durante sua carreira, de modo a estar sempre orientado e atualizado para assistir a população adstrita.

A falta de capacitação pode ser considerada uma das justificativas para o desconhecimento sobre a existência de barreiras ambientais da área de atuação. De todos os profissionais entrevistados, 91,7% afirmou não saber do que se tratavam as barreiras ambientais.

O ACS juntamente com o agente de controle de endemias (ACE) trabalham com a manutenção da saúde da população, esses profissionais atuam em parceria no processo de prevenção de doenças transmitidas por vetores, além de agir próximo à comunidade com orientações e ações para eliminar os focos dos vetores como o do mosquito Aedes Aegypti, que pode transmitir doenças graves como a Dengue, Zika e Chikungunya (BRASIL, 2009).

Com a criação do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) em 2002, houve maior incentivo para dispor de maior racionalização e maior eficiência das ações de controle da dengue ao nível de atenção básica e em 2009 o Ministério da Saúde fortaleceu a integração das ações da atenção primária quando definiu as atribuições correspondentes ao ACS e ACE, tornando-os profissionais corresponsáveis pelo controle da dengue (CAZOLA, 2014).

No Brasil, a dengue é considerada uma epidemia de grandes proporções, sendo uma doença infecciosa febril aguda causada pela picada da fêmea dos mosquitos do gênero Aedes, principalmente o Aedes Aegypti (SOARES et al., 2018). Atualmente é uma doença que atinge todos os estados brasileiros, sendo a arbovirose (doença transmitida por artrópodes) com maior incidência durante o verão, período onde a água das chuvas encora em recipientes e propicia um ambiente ideal para a deposição dos ovos e desenvolvimento do mosquito (TERRA et al., 2014).

Apesar de todas essas ações estarem intrinsecamente ligadas a problemas ambientais, os ACS em sua maioria encontram-se despreparados para atender a necessidade da população, uma vez que a orientação e o conhecimento desses profissionais estão em sintonia com os serviços de saúde e a comunidade.

Durante as visita domiciliares, o ACS deve possuir um olhar observador e crítico, uma vez que tem contato com as moradias de todas as famílias, o que facilita à identificação de possíveis problemas, assim como, orientarem sobre as medidas a serem tomadas pelo individuo e sua família diante a vulnerabilidade (BRASIL, 2017).

Com isso, para Eloy et al. (2019) a educação ambiental é uma das mais importantes ferramentas para a construção de uma nova sociedade, ela permite que não só a população, mas que os profissionais possam transformar positivamente o meio em que vivemos, a inserção dessa prática nas ações de educação em saúde podem garantir condições de saúde importante para uma boa qualidade de vida.

Sob esse ponto, ao perguntarmos sobre as orientações repassadas a população somente 16,6% relataram fazer orientações quanto a questão dos devidos cuidados com lixo e água, assim como a limpeza das casas e quintais:



A7: “Cuidado com a água e com o lixo” (ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).

A9: “Limpeza da casa” (ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).



O Ministério da Saúde preconiza que ações como retirar a água de pneus velhos abandonados, colocar areia nos pratinhos dos vasos de plantas, tapar caixas d’água, manter as calhas sempre limpas e recolher qualquer recipiente que possa acumular água das chuvas, devem ser repassadas à população (BRASIL, 2018).

De acordo com essas orientações do Ministério da Saúde, para melhor efetividade das ações destinadas ao controle e prevenção de doenças infeciosas, está o trabalho da ESF interligado com a vigilância ambiental, para aumentar o número de domicílios visitados, maior cobertura da área, além da promoção e educação com a vigilância ambiental (BRASIL, 2010).

No momento final da entrevista, foi questionado se o profissional tinha alguma sugestão ou crítica em relação aos problemas ambientais presentes nas micro áreas adstritas no território da unidade ou na cidade. Dos profissionais entrevistados, 42% sugeriram arborização. Alguns profissionais relacionam saúde ambiental apenas com o “descarte correto do lixo” e não relacionam quais as ações podem ser realizadas ou orientações repassadas à comunidade.

A2: “Arborização, poluição sonora, esgotamento total” (ACS, feminino, há mais de 7 anos na ESF).

A8: “Educação em saúde sobre o descarte do lixo” (ACS, masculino, há mais de 7 anos na ESF).



Apenas dois profissionais relataram a necessidade de haver capacitação para a equipe com assuntos que estejam relacionados ao tema dessa pesquisa realizada com a equipe. Os ACS afirmam que sentem dificuldades e possuem dúvidas quanto a algumas questões que permeiam a saúde ambiental.

A11: “Escassez de conhecimento de assuntos como os da pesquisa para profissionais, educação em saúde” (ACS, feminino, há 3 anos na ESF).



Essas capacitações podem ser realizadas em formas de palestras, oficinas de capacitação, grupos, educação continuada ou educação permanente, buscando definir quais são as dúvidas ou dificuldades que os ACS encontram ao debater sobre assuntos como os citados acima.

A pesquisa realizada por Libanio, Favoreto e Pinheiro (2014) no Rio de Janeiro com ACS traz que os profissionais possuem dúvidas quanto as observações relacionadas a vigilância que devem realizar, como agir frente a situações como o acúmulo de recipientes, comparando-os com um catador de lixo para o morador, fato esse que requer diálogo constante e um processo de educação permanente entre os gestores e profissionais, para haver um entendimento e enfrentamento dos desafios da atuação profissional.

O estudo apontou que os ACS percebem a arborização como principal meio para a melhoria de problemas ambientais, tal visão sugere uma análise superficial e simplificada acerca da saúde ambiental. A partir daí, pode se depreender que indivíduos que internalizam o meio ambiente somente como meio natural, formado por árvores e florestas e não como qualquer e todo ambiente que os cerca, não possui conhecimento suficiente para sinalizar possíveis melhorias ambientais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As questões que envolvem saúde possuem relação direta com os determinantes e condicionantes de saúde, principalmente o que diz respeito ao meio ambiente, devido a importância dessa problemática o estudo buscou discutir sobre o papel do agente comunitário de saúde na promoção da saúde ambiental.

Pode-se perceber, que a ESF está inserida na sociedade, para ter uma relação direta com a comunidade, e para isso suas funções devem perpassar por diversos contextos, assim é indispensável que haja orientações sobre a proteção ambiental, e necessidade das práticas que favoreçam tanto a saúde quanto o meio ambiente.

O estudo mostrou que, a importância do ACS na promoção da saúde ambiental é inquestionável, no entanto, ainda faz-se necessário a inserção da problemática ambiental nas práticas dos ACS para além de ações focadas no acompanhamento de doenças crônicas na área adstrita.

Cabe salientar, que atualmente os problemas ambientais vêm afetando esse equilíbrio humano de várias formas, produzindo riscos e agravos à saúde coletiva. Sendo assim, se faz necessário resgatar a educação em saúde e educação ambiental no contexto da ESF, além da mobilização social como método positivo para uma transformação social efetiva.

Além da necessidade de novas pesquisas na área em questão e que para o setor saúde a formação e capacitação profissional é uma das questões, levantando discussões e estudos que possam melhorar as ações realizadas na atenção primária bem como a capacitação dos profissionais que atuam na área a fim de promover mais conhecimento prático e científico diante da diversidade melhorando respectivamente as ações realizadas na atenção primária.



BIBLIOGRAFIA

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Ilustrações: Silvana Santos