CONHEÇA
EMPRESAS NO PAÍS QUE ADERIRAM A SUSTENTABILIDADE
Julio
Ottoboni
Os
hábitos de consumo da sociedade contemporânea trazem
diversas consequências. Entre elas, um meio ambiente
desgastado, que não consegue se recuperar a tempo dos danos
causados pelo excesso de consumo. Partindo da necessidade de
conscientização sobre o modo de viver, o dia 5 de junho
é marcado como o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Com
o objetivo principal de chamar a atenção para os
problemas ambientais e para a importância da preservação
dos recursos naturais, a data traz uma reflexão sobre o modo
de viver. Entretanto, para que ocorram mudanças
significativas, é necessário ter atitudes sustentáveis
todos os dias do ano.
Para
isso, as principais empresas do setor de decoração,
preocupadas com o excesso e com a degradação ambiental,
promovem mudanças no modo de ver, tratar e produzir, com a
finalidade de exercer um consumo consciente.
By
Kamy: investimento e consentimento
A By Kamy contratou uma
empresa de consultoria ambiental focada no desenvolvimento de
projetos e serviços ligados ao melhor aproveitamento econômico
e à preservação ambiental.
Assim, passou a
enfatizar suas práticas de reciclagem, doação,
uso consciente de produtos e matérias-primas, além do
aperfeiçoamento de peças em parceria com ONGs para o
reaproveitamento de materiais.
Também, algumas atitudes
fazem parte do dia a dia da marca: separação do lixo
para reciclagem, reuso da água, aplicação em
todas as áreas do galpão e dos showrooms de um piso
especial para melhor drenagem da água e incentivo ao consumo
de produtos elaborados com matérias-primas naturais.
Eucatex:
madeira no piso e no reaproveitamento
A Eucatex possui o selo
FSC – Forest Stewardship Council® (Conselho de Manejo
Florestal) em todos os seus produtos provenientes de madeira,
atestando, assim, a responsabilidade da origem do material que
utiliza em seus processos.
Além disso, a empresa investe
no Programa de Reciclagem Eucatex, que tem o objetivo de reaproveitar
os resíduos de madeira, reduzindo a poluição e
gerando energia, por meio da utilização de biomassa
além da responsabilidade ambiental, deixando de descartar os
resíduos nos aterros e terrenos baldios em um raio de 100km da
fábrica da Eucatex em Salto, interior de São Paulo,
visando usar este material na co-geração de energia.
Também, parte da madeira que seria descartada é
utilizada em reformas ou na troca de móveis.
FK
Grupo: menos buracos na camada de ozônio
O FK Grupo foi a
primeira empresa do setor a buscar a eliminação total
de CFC (Clorofluorcarboneto) na produção de espuma,
além de cumprir normas para gerar produtos sustentáveis
e de menor impacto ambiental em relação aos seus
similares. A colaboração em ações como o
Programa da Organização das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD) evidencia o papel de destaque do grupo
no cenário ecológico global.
Além disso, a
empresa conta com um Programa de Controle de Qualidade composto por
sofisticados laboratórios, que analisam desde a matéria-prima
até o produto final, através de testes que comprovam o
alto nível de resistência, durabilidade e segurança
dos produtos, reduzindo, assim, o consumo. Ademais, sua matriz
energética é baseada em meios de geração
de energia renováveis, como a solar, hidrelétrica,
biogás, PCH e geração de energia a partir de
aterros sanitários.
Futon
Company: aproveitar e reaproveitar
A Futon Company investe em
diferentes frentes de sustentabilidade, como na produção
nacional baseada na qualidade e longevidade, por meio do uso de
materiais naturais, reciclados ou de origem controlada; utilização
de matéria-prima sustentável local, tendo como
consequência imediata a redução da pegada de
carbono; e hiperextensão da vida útil de cada produto,
garantindo a desaceleração da compra.
Além
disso, seus produtos não somente são recicláveis,
como também produzidos com tecidos reciclados. Os ateliês
de produção não usam água e o lixo é
limpo, com reciclagem sistemática dos resíduos. A sobra
das espumas bio dos futons é picotada para compor o enchimento
dos pufes. O algodão que sobra é reprocessado em
mantas. Os retalhos de tecidos, quando não reciclados
internamente, vão para ONGs.
Grupo
Eliane: prudência antes e depois
Os cuidados com o meio
ambiente começam ainda antes de iniciar o processo de produção
nas fábricas do Grupo Eliane: em busca do menor impacto
ambiental possível causado pela mineração,
responsável por 50% das matérias-primas utilizadas na
fabricação de cerâmica, a marca investe em um
constante aperfeiçoamento das técnicas de lavra e
recuperação das áreas degradadas, a fim de
destiná-las a novas atividades, como pastagem, agricultura,
reflorestamento e habitação.
Todas as fábricas
prezam a proteção dos recursos hídricos. Exemplo
disso é a construção de um sistema para
tratamento de efluentes em Criciúma, um projeto para
fechamento do circuito de resíduos em Cocal do Sul, que
garante o tratamento e reaproveitamento de 100% dos rejeitos e a
Estação de Tratamento de Efluentes na Bahia. Além
disso, em sua sede, a água da chuva é captada, tratada
e utilizada pela empresa.
Os resíduos sólidos
gerados pelas atividades da empresa são separados para
posterior reaproveitamento, reciclagem ou destinação
adequada.
Guararapes:
produção de matérias-primas
A Guararapes
utiliza em seu processo produtivo pinus de reflorestamento. Os
resíduos da madeira utilizada no processo de fabricação
do compensado se tornam matéria-prima na produção
do MDF, o que resulta em qualidade e sustentabilidade. A marca
possui, também, certificação FSC – Forest
Stewardship Council® (Conselho de Manejo Florestal).
Além
disso, se responsabiliza pelo tratamento de toda a água
utilizada em seus processos produtivos, que é devolvida ao
meio ambiente em condições superiores à captação
e em total conformidade com o exigido pelos órgãos de
proteção ambiental.
Monica
Cintra: esculpindo a natureza
O trabalho de Monica começa
no próprio campo, retirando de pastos e florestas madeiras em
processo de envelhecimento e árvores tombadas encontradas em
matas, no fundo de rios ou trazidas pelo mar. Além de
incentivar e propagar a sustentabilidade, o processo de
reaproveitamento da madeira aproxima a designer da população
local, especialmente onde ainda as queimadas fazem parte da
cultura.
Outra opção de resgate é o manejo
sustentável, que são madeiras comercializadas com
autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
(IBAMA) através do Documento de Origem Florestal (DOF), um
sistema eletrônico de controle do governo federal. Depois de
selecionadas, as madeiras, ainda na sua forma bruta e com resquícios
da mata de onde foi recolhida, como micro-organismos e efeitos de
queimadas, seguem para o local de tratamento. Lá, a madeira
passa por uma limpeza cuidadosa e descupinização, que
dura cerca de oito a nove meses, quando fica sob sol e chuva,
sofrendo uma acidificação para os poros ficarem mais
abertos.
Santa
Luzia: materiais de construção reciclados e
recicláveis
O que para muitos é lixo e sem
utilidade para Santa Luzia é matéria-prima. A marca em
meados de 2002 desenvolveu um processo que culminou na substituição
de cerca de 98% da madeira utilizada na fábrica. Por meio da
reciclagem do EPS (Poliestireno Expandido), popularmente conhecido
como Isopor®, a empresa revolucionou sua produção.
As
características do EPS, um plástico muito leve, com um
processo de fabricação que consome pouca energia e gera
pouquíssimos resíduos sólidos e líquidos
fazem desse material fundamental em segmentos da economia na área
alimentícia, construção civil,
médico-hospitalar, veterinária, eletroeletrônica,
automotiva, agronegócios, entre outros.
O ciclo do bem se
inicia com a coleta do material, que é enviado por
cooperativas de reciclagem onde é feita a triagem. O EPS é
compactado em uma máquina que retira todo ar do produto, que
equivale a 98% do volume do produto. Isso, traz viabilidade econômica
tanto na captação quanto no transporte.
A partir
dessa compactação, que transforma o EPS em
matéria-prima novamente, a empresa produz perfis, molduras,
revestimentos de pisos e paredes, com foco em alto padrão de
qualidade, durabilidade, e na minimização de impactos
no meio ambiente. A Santa Luzia dá o destino correto para
cerca de 10% dos Poliestireno e Poliuretano produzido no Brasil.
Tarkett:
economia circular na construção civil
A Tarkett,
principal fabricante de pisos vinílicos no mundo, acredita que
o desenvolvimento sustentável não é uma
obrigação apenas, mas uma oportunidade que abre novas
perspectivas. Por isso a empresa integrou o desenvolvimento
sustentável em todas as suas ações e também
na sua abordagem aos diferentes públicos, ambicionando ser o
líder global em soluções inovadoras que gerem
valor para os clientes de forma sustentável.
Única
fábrica de pisos vinílicos no Brasil, a Tarkett tem
capacidade de tratar mais de 90 toneladas/mês de sucatas e
aparas recicladas para reutilização na produção
de pisos vinílicos no país. A iniciativa impulsionou o
uso de materiais reciclados de vários setores (blisters de
medicamentos, aparas de SIM cards de celulares), evitando que 960
toneladas de resíduos por ano fossem para aterros.
(#Envolverde)
UNLIMITED:
tecnologia que une sustentabilidade e segurança
A
UNLIMITED Pool, braço da iGUi para projetos mais elaborados,
tem um sistema completo automatizado, o que permite menos
desperdício. Utiliza o sistema Eletronic System para controlar
funcionalidade e equipamentos, como filtragem, iluminação,
temperatura, portão da garagem e luzes do jardim – tudo
na palma da mão. O sistema de filtragem, além de
consumir menos água e eletricidade, sua construção
emite 32 vezes menos CO2 do que de piscinas de concreto. Além
disso, conta com sistema de sucção aberta, sendo o mais
seguro do mercado. (#Envolverde)
Fonte:
http://envolverde.cartacapital.com.br/conheca-empresas-no-pais-que-aderiram-a-sustentabilidade/