Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Natureza, Verso e Prosa
10/09/2018 (Nº 53) AGROTÓXICO (2011)
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AGROTÓXICO (2011)

Sozinho, só, único, somente um grão

Monocultura, soja, milho, trigo, somente isso na terra, no chão

Mas lá no céu, olha bem o céu, voo raso, rasante, aviação

Cuidado! É voo baixo, rápido, fulminante

Tóxico, perigoso, forte contaminante

Veneno brilhante no céu se espalhando rápido pelo vento, como bala de canhão

 

Corre!Corre! Foge desse veneno

Não come, não bebe, não vive, só some

 

Fruta, legumes, verdura, lambida de avião…e aí qual será a alimentação?

 

O índio bem disse que o branco envenenou a terra…somente a terra. Toda base, toda força de vida, energia, todo o início e todo o começo, todo o ciclo, todo o mistério, toda a guerra.

 

De se viver, de ser e nascer, crescer e morrer

 

Sem Agronegócio e sem Agrotóxico!

 

 

Palavras do Escrevinhamor

 

Lucas Camba, morador de São Paulo, geógrafo.

 

Agrotóxico, fiz em 2011 depois de um trabalho de campo no Paraná, na região do rio Piquiri, afluente do rio Paraná. Certo dia estávamos de carro no meio de uma plantação de milho e de repente recebemos uma "lambida de avião" de agrotóxico que estavam jogando na plantação. Isso me deixou embasbacado! Além do fato da paisagem ser homogênea por conta da monocultura. Nesse campo também encontrei uns índios que estavam acampados na área de uma fazenda reivindicando terras e me marcou a fala dele de que o homem branco envenenou a terra. De fato, senti isso na pele no Paraná.

 

 

Ilustrações: Silvana Santos