Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2018 (Nº 53) A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO COMPONENTE CURRICULAR NO CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM INFORMÁTICA DO IFBA/CAMPUS EUNÁPOLIS
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A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO COMPONENTE CURRICULAR NO CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM INFORMÁTICA DO IFBA/CAMPUS EUNÁPOLIS

 

¹Maria Emília dos S. Gonçalves

²José Geraldo Ferreira Silva

 

 

¹Bacharel em Enfermagem. Especialista em Educação. Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. Campus Eunápolis. Mestranda pelo Programa de Pós Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Regional. Faculdade Vale do Cricaré. Curriculum lattes

http://lattes.cnpq.br/3701694094059483. Email: emiliasam.ifba@gmail.com Tel (73) 88795377.

 

² Orientador. Doutor em Engenharia Agrária. Docente. Programa de Pós Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Regional. Faculdade Vale do Cricaré

 

RESUMO

 

A educação ambiental é um elemento importante na formação de pessoas com vistas à nova postura diante da degradação ambiental. Assim, esse estudo teve como objetivo “Analisar a presença da educação ambiental como componente curricular no Curso Técnico Integrado em Informática do IFBA/Campus Eunápolis”. Para atingir o objetivo, foi realizado estudo bibliográfico sobre o tema e análise da referência de educação ambiental no Projeto Pedagógico do Curso. Para isso foram investigadas tanto as ementas quanto os “Diários de Classe”. Evidenciamos que não existe referência à educação ambiental em nenhuma das ementas do curso. O tema meio ambiente aparece como conteúdo nos “Diários de Classe” apenas nas disciplinas de biologia, geografia e sociologia. Consideramos que no Curso Técnico Integrado em Informática, a educação ambiental não está sendo ensinada nem como disciplina isolada e nem como tema transversal.

 

Palavras-chave: Educação ambiental. Interdisciplinaridade. Meio ambiente

 

Introdução

 

Passados bilhões de anos da formação do planeta e outros milhões de anos  do surgimento dos nossos primeiros ancestrais, não sabemos, por quanto tempo ainda iremos usufruir dos recursos naturais que julgamos donos. Assim é preciso repensar a nossa relação com a natureza, e isto significa modificar o modo de produção econômico, a relação entre nações e povos e a nossa visão de mundo. Precisamos nos reinventar e lembrar que fazemos parte do universo. O desafio é o equilíbrio. É preciso a busca da harmonia com a natureza, sem contudo, ter que voltar aos primórdios da civilização, ou, deixar a natureza numa redoma de vidro para ser vista e admirada de longe. É pensar além do crescimento econômico a qualquer custo, para um pensamento voltado ao desenvolvimento sustentável que não se preocupa apenas em poupar recursos naturais para as novas gerações, mas também nas relações sociais e econômicas mais justas. E dentro desse contexto, está a educação, e, em particular a educação ambiental. É preciso educar para que possamos ser capazes de transformar a realidade em que vivemos.  Consideramos que o Instituto Federal ao oferecer educação profissional técnica e tecnológica poderá formar cidadãos e futuros profissionais que serão agentes de transformação ou manterão a crescente degradação ambiental e desigualdades socioambientais. Dessa forma, o presente estudo, tem como objetivo analisar a presença da educação ambiental como componente curricular no Curso Técnico Integrado em Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia/Campus Eunápolis (IFBA/Eunápolis).  Para atingir o objetivo foi realizado estudo bibliográfico dialogando com os autores sobre o tema abordado e a análise documental realizada no mês de Fevereiro de 2015, na qual foi feita a investigação do Projeto Pedagógico de Curso (PPC) do Curso Técnico Integrado em Informática e dos “Diários de classe” da 1ª a 4ª série da turma que ingressou no ano de 2010 e saiu no ano de 2013. Para isso, foi necessária obter a autorização através de memorando dirigido ao Diretor de Ensino e ao Diretor Geral do campus, que autorizou após análise da solicitação.

 

A Educação Ambiental no contexto escolar

 

A educação ambiental não pode ser vista como panaceia para todos os problemas sociais, ambientais e econômicos do planeta. Porém, deve ser vista como uma via para novas posturas frente às questões ambientais considerando não só os aspectos relacionados à natureza como também as relações sociais e culturais. Assim, é importante que a preocupação com o meio ambiente seja para além do caráter preservacionista e desvinculado do espaço - meio ambiente - homem, ou das ações reguladoras do Estado através de leis e fiscalização, para a construção de uma consciência transformadora de comportamentos diante os agravos ambientais. Nesse sentido, Sorrentino et al (2005)  analisam que  

 

A urgente transformação social de que trata a educação ambiental visa à superação das injustiças ambientais, da desigualdade social, da apropriação capitalista e funcionalista da natureza e da própria humanidade. Vivemos processos de exclusão nos quais há uma ampla degradação ambiental socializada com uma maioria submetida, indissociados de uma apropriação privada dos benefícios materiais gerados. (SORRENTINO et al, 2005, p. 287)

 

Os autores apontam que cabe à educação ambiental o empoderamento das maiorias que são submetidas à dominação do capitalismo tanto de suas vidas (trabalho) quanto de seus espaços (ambiente).

A educação ambiental como política pública para o enfrentamento das questões socioambientais foi historicamente construída. Assim, apoiados em Dias (2000) destacamos algumas ações afirmativas para a sua efetivação no Brasil e no mundo. Da década de 1960, com o lançamento do livro “Primavera silenciosa” que denunciava o impacto do desenvolvimento econômico capitalista na qualidade ambiental, ao ano 2000, sob a égide da globalização e do neoliberalismo, o autor destaca um caminho na qual a educação ambiental foi construída sob um terreno arenoso atendendo não só àqueles que lutavam para um mundo socialmente e ambientalmente mais equilibrado, mas também à logica do capitalismo, na qual a natureza também se torna mercadoria.

As ações da sociedade civil no mundo trouxeram à tona o impacto da degradação ambiental despertando o interesse para a necessidade de se repensar a relação do homem com o meio ambiente. Assim, se propõe levar para a escola as questões ambientais partindo do princípio de educar para preservar. Inicialmente isto se dá pela perspectiva da ecologia. Mas, aos poucos a educação ambiental toma corpo e se torna uma dimensão da educação com vistas à formação do cidadão crítico-reflexivo considerando que os problemas ambientais são decorrentes da interação das relações sociais e a natureza.

Ainda apoiados em Dias (2000), três eventos foram muito importantes para a construção e consolidação da educação ambiental. i A Conferência de Estocolmo na Suécia em 1972, na qual foi recomendado um “Programa Internacional de Educação Ambiental” e o reconhecimento dela como elemento essencial à crise ambiental; ii a Carta de Belgrado (1975), onde foram formulados os princípios e orientações para a educação ambiental que deveria ser integrada, contínua e interdisciplinar; e, iii a Conferência de Tibilisi (1977) que propõe a educação ambiental partindo da concepção do indivíduo acerca do meio no qual está inserido, para a prevenção e ao mesmo tempo na proposição de soluções dos problemas socioambientais.

No contexto brasileiro, o autor analisa que na década de 1970, as ações para a implantação da educação ambiental eram muito incipientes, pelo desinteresse político, falta de uma política educacional para o país e somado às estes fatores, o país estava em franca ditadura militar. Falar em educação, e, em especial, educação ambiental, era mexer em um vespeiro, pois significava o despertar para o conhecimento e para a consciência. O conhecimento gera autonomia de pensamento e de escolha, e isto, era o último interesse do governo ditador. Assim, as decisões para atender as recomendações internacionais sobre educação ambiental foram engavetadas e no lugar disso, ações educativas se desenvolviam de forma pontual, fragmentada e com foco ecológico.

Loureiro (2008) destaca que nos anos anteriores à promulgação da Constituição Federal Brasileira de 1988, a política ambiental tinha um caráter tecnocrata e centralizador, tanto nos meios governamentais quanto científicos. A educação ambiental era nos moldes conservacionista, preservacionista e voltada para o estudo da ecologia. Mas, a presença de educadores adeptos da educação emancipatória crítica e de professores militantes dos movimentos ambientalistas, propiciou o desenvolvimento de ações nas quais os problemas ambientais iam além da preocupação com a conservação e preservação, sendo, portanto, decorrentes das relações sociais. Outro aspecto a ser levantado é a relação da educação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Sorrentino et al (2005) apontam que na década de 1970 iniciou a discussão sobre modelo de desenvolvimento econômico e social que poderia garantir um equilíbrio para a preservação dos recursos naturais.

Assim, o conceito de desenvolvimento sustentável, começa a ser gestado na década de 1970 a partir do conceito do Ecodesenvolvimento, que foi fruto de um embate entre os que apoiavam o desenvolvimento econômico dos países e aqueles que defendiam o crescimento zero como forma de frear os esgotamentos dos recursos naturais e a poluição que colocavam em xeque a qualidade de vida na Terra (Romeiro (2012). Sendo que só após a Conferência de Tibilisi (1977), a educação ambiental começa a ser introduzida como estratégia para a sustentabilidade ambiental e social (SORRENTINO, 2005, p 289).

Diegues (2003) aponta que o conceito desenvolvimento sustentável ganhou notoriedade com o Relatório de Brundtland, no qual o definiu como sendo “aquele que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazerem as suas”. O autor destaca que os moldes atuais de desenvolvimento são inviáveis, tanto para os países centrais como para os periféricos. Para o projeto socioambiental que se anseia implica em mudanças tanto sociais como econômicas e para isto deve emergir uma nova ética.

É preciso pensar na sustentabilidade para além do sistema econômico que tem a natureza como mercadoria, objeto de dominação e a serviço do homem. Nesse sentido, Carvalho (2008) questiona se os mecanismos legais impostos à produção de bens tendo como base a capacidade dos recursos naturais existentes serão capazes de modificar a lógica do Capital e servir de freio à degradação ambiental. Alertando para a possibilidade de um novo tipo de mercado.  O mercado verde.

A importância e emergência da educação ambiental como componente curricular aparecem nos documentos oficiais, no entanto, devemos nos questionar: Que educação ambiental nós queremos? E a quem ela servirá?  Estaremos realizando uma educação ambiental com vistas à emancipação do indivíduo para a transformação social? São com essas indagações que precisamos refletir sobre a educação ambiental nos currículos escolares, e, em especial no ensino médio.  

A Agenda 21 (BRASIL), no Capítulo 36 aponta a necessidade da reorientação do ensino para o desenvolvimento sustentável e o aumento da conscientização, ética, valores e de comportamento. Frisando que o ensino sobre meio ambiente deve ser abordado nos aspectos “do desenvolvimento físico/biológico, socioeconômico e humano” (p.430), devendo ser integrado em todas as disciplinas. A LDB/96 no Art. 26 e parágrafo 7º, propõe que a educação ambiental seja incluída de forma integrada aos conteúdos obrigatórios. A Política Nacional de Educação Ambiental (1999) determina que a educação ambiental seja desenvolvida no ensino formal, ou seja, no âmbito dos currículos da instituição de ensino público e privado (Art. 9º). Reiterando que deve ser contínua, integrada e permanente (Art.10º), não devendo ser implantada como disciplina específica e deve inclusive, constar no currículo de formação de professores (Art. 11º).

O Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA (BRASIL, 2005)  insere a educação ambiental como estratégia para a promoção da articulação das ações educativas para a melhoria ambiental e a potencialização da função da educação como agente de mudanças socioculturais (p.9). Trás ainda a importância de trabalhar a educação ambiental através da transversalidade e interdisciplinaridade e sua inclusão nos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das instituições de ensino.

Considerando que o ensino médio é o palco desse estudo, é importante localizá-lo no cenário da educação brasileira. Assim, ele é uma modalidade da educação básica com a função de ao mesmo tempo preparar para a continuidade dos estudos no Ensino Superior quanto ao preparo para o mundo do trabalho. Ele pode ser oferecido em duas modalidades: o ensino médio tradicional e o ensino médio integrado na qual se busca integrar a formação propedêutica e a profissional.  Dessa forma, a LDB/96, no seu Art. 35, aponta que o ensino médio é a etapa final da educação básica e tem entre outras, a finalidade de aprimorar o educando como pessoa humana, a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e ao pensamento crítico. Já para DCNEM/2012 o ensino médio é direito social de cada pessoa e dever do Estado. Deve ser estruturado baseado na “integração entre educação e as dimensões de trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular” (Art. 5º, Inciso VI). No Inciso II do mesmo artigo, o documento trás também a “sustentabilidade ambiental como meta universal”, evidenciando a preocupação para a formação de uma consciência ambiental. Coloca como obrigatória, entre outras modalidades, a Educação Ambiental, devendo ter tratamento transversal e integrado permeando todo o currículo, no âmbito dos demais componentes curriculares (Art.10, Inciso II).

O Art. 12 das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental de 2012 (DCNEA/2012) aponta como princípios da Educação Ambiental, entre outros, o inciso V que estabelece a “Articulação na abordagem de uma perspectiva crítica e transformadora dos desafios ambientais a serem enfrentados pelas atuais e futuras gerações, nas dimensões locais, regionais, nacionais e globais”.  Assim, a educação ambiental nas instituições de ensino deve comtemplar uma abordagem curricular contínua, integrada e transversal; e, o estímulo para que as escolas se tornem referências de sustentabilidade socioambiental, como espaços educadores sustentáveis, integrando proposta curricular, edificações e gestão democrática. Daí a importância da escola para o ensino da educação ambiental.

Nesse sentido, Saviani (2005) destaca a escola como um espaço que tem como função o saber sistematizado e organizado. Não sendo, no entanto, qualquer saber, mas o saber elaborado, científico, metódico e a cultura erudita. Nela não se produz o conhecimento espontâneo ligado à experiência cotidiana, baseado em senso comum e na transmissão às gerações. Assim, “pela mediação da escola, acontece a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita”. Vale ressaltar que o autor não desconsidera a cultura popular, mas salienta que o acesso à cultura erudita possibilita ao indivíduo novas formas de expressar o saber popular. Daí a importância de se pensar na educação ambiental no ensino formal para a construção do saber sistematizado considerando os saberes tradicionais.

Fracalanza (2012) destaca a importância da escola, principalmente na fase da infância para a construção de valores, caráter e da concepção e prática da cidadania. Isto nos remete à reflexão sobre a escola como espaço para o desenvolvimento de uma consciência ambiental, a partir da educação, tendo o meio ambiente não como um apêndice da educação geral, mas como uma dimensão desta. O autor aponta ainda, a responsabilidade de todos na formação das futuras gerações no compromisso da construção de uma sociedade mais justa. Ao mesmo tempo, reafirma a necessidade do desenvolvimento da educação ambiental na escola, mas alerta que esta fica comprometida se a prática educativa se mantiver distanciada da vida.

O que significa dizer que a escola é uma instituição social e não está isolada como uma ilha. Assim, os conteúdos de educação ambiental devem estar integrados à realidade local e regional na qual a escola está inserida com busca à transformação. Longe desta perspectiva as práticas educativas correm o risco de se tornarem apenas o cumprimento da exigência legal através de conteúdos vazios, descontextualizados e sem significados tanto para o estudante, quanto para o educador e para a comunidade na qual estão inseridos.

Nesse sentido, Tozoni-Reis analisa:

... A escola para exercer sua função transformadora, no sentido de contribuir para a democratização da sociedade, não pode abrir mão de sua responsabilidade específica, que é garantir que os sujeitos sociais que por ela passam se apropriem – de forma crítica e reflexiva – do saber elaborado pela cultura à qual pertence. (TOZONI-REIS, 2008, p. 48)

 

A autora destaca ainda a importância de o educador não só conhecer a realidade social na qual atua, mas pensar e refletir tendo as diferentes teorias educacionais como base. Dessa forma, como na educação geral, a educação ambiental tem várias concepções político-pedagógicas a partir de determinadas correntes que são diferentes entre si, e que também são concebidas e praticadas de formas diferentes a depender da visão de mundo, da ideologia, do interesse e objetivo de quem as praticam. (FRACALANZA, 2012).  

Guimarães (2000) aponta que um projeto de educação ambiental crítica apontaria a opressão tanto do homem como da natureza, as complexas relações de poder na sociedade e a possibilidade de mobilização consciente e crítica das pessoas frente às questões socioambientais. Nesse sentido, quando refletimos sobre a educação ambiental escolar que temos e a que queremos, não podemos deixar passar despercebida a importância do currículo.

Retornando à Saviani (2005), o autor aponta, o conceito de currículo como sendo o “conjunto de atividades nucleares desenvolvidas pela escola”, e ao mesmo tempo, destaca que não se trata de qualquer atividade. O currículo tem em si uma intencionalidade e o seu papel é a transmissão-assimilação do saber sistematizado e elaborado. Evidenciando dessa forma a especificidade da escola, ou seja, aquilo que é próprio da escola. O currículo é a expressão do projeto de sociedade que queremos, e nele estão contidos nossos valores e ideologias, tanto com vistas à transformação da sociedade para relações mais igualitárias e justas, quanto para a manutenção da exclusão.

Nessa perspectiva, Tonzoni-Reis (2008) analisa que a educação ambiental se identifica com o pensamento crítico da própria educação. Sendo função da escola e dos temas educativos possibilitar e garantir a apropriação do conhecimento sistematizado e sua contextualização histórica e social.

Assim, é importante que a educação ambiental seja instituída de forma integrada e concreta ao currículo escolar, pois nos dizeres de Saviani (2005, p.16), é preciso estabelecer a diferença das atividades extracurriculares e curriculares de forma a não permitir que haja inversões e confusões do trabalho escolar. Para o que é secundário não se sobreponha ao que é principal na escola. E o principal é o saber sistematizado ou o saber escolar.

No que tange à educação ambiental, se ela não estiver de forma definida, clara e integrada ao currículo, corre-se o risco de o que é principal, ou seja, a formação de sujeitos críticos e reflexivos frente às questões socioambientais, ficarem em segundo plano, tornando-se secundário. Nesse sentido, Tozoni-Reis, afirma:

 

A proposta ingênua e imobilista da inserção da temática ambiental como atividades extracurriculares esvazia de importância essa temática e não contribui para a formação plena e reflexiva de sujeitos ambientalmente comprometidos e responsáveis pela construção de relações socioambientais socialmente justas e ecologicamente equilibrada... (TOZONI-REIS, 2008, p. 40)

 

            Com essas reflexões no mês de Fevereiro de 2015,fizemos análise do ementário contido no PPC do Curso Técnico Integrado em Informática do IFBA/ Eunápolis, que foi atualizado em 2010. Sua estrutura curricular está organizada em uma carga horária de 4534h/a distribuídas em 04 (quatro) séries. As disciplinas estão divididas em 03 (três) núcleos: i “Núcleo comum que integra disciplinas das três áreas de conhecimentos do Ensino Médio (Linguagem e Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias)”; ii “Núcleo de integração entre as disciplinas gerais do conhecimento e as disciplinas de formação profissional;” e, iii “”Núcleo de formação profissional, que integra as disciplinas da área profissional”  (IFBA/Eunápolis, 2010, p.14).

            Dessa forma, analisamos o ementário que está organizado por séries contemplando os 03 (três) núcleos citados anteriormente, de modo a integrá-los ao longo do curso. Buscamos na ementa de cada disciplina, referências sobre educação ambiental e/ou meio ambiente. Para esta investigação analisamos as competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo estudante, as bases tecnológicas (conteúdos) a serem desenvolvidos pelo professor; e, os procedimentos metodológicos utilizados.

Constatamos que das 46 (quarenta e seis) ementas investigadas, a referência sobre meio ambiente aparece somente na disciplina de biologia e na geografia nas três primeiras séries. No entanto, não há a referência sobre educação ambiental em nenhuma das ementas investigadas.

Na disciplina de Geografia as questões ambientais referidas nas três primeiras séries aparecem nas seguintes competências a serem desenvolvidas pelos alunos: i Competência de investigação e compreensão, na qual o estudante deve ser capaz de “Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre preservação e degradação da vida no planeta, tendo em vista o conhecimento da dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos e político que incidem sobre a natureza nas diferentes escalas, local, regional, nacional e global”; e, ii Competência de contextualização sociocultural, na qual o estudante deve “Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicos, culturais e políticas no seu ‘’lugar mundo’’, comparando analisando e sintetizando a densidade das relações e transformações que se tornam concretas e vividas na realidade” (IFBA/Eunápolis, 2010, p.27; 48; 66).

             Em relação às bases tecnológicas a serem desenvolvidos pelo professor, observamos que somente na 3ª série aparece de modo explícito “meio ambiente” como conteúdo e os demais conteúdos nos remetem às questões socioambientais. Quanto à educação ambiental não há referência em nenhuma das 04 (quatro) séries. Em se tratando dos procedimentos metodológicos observamos que não se propõe trabalhos através de projetos interdisciplinares.

No que tange às ementas da disciplina de Biologia, as questões ambientais também são referidas nas três primeiras séries e aparecem no rol das “Competências de contextualização sociocultural que apontam para a relação da sociedade e da cultura, em sua diversidade, na constituição do significado para os diferentes saberes” (PCNEM, 2000), a serem desenvolvidas pelos alunos. Assim, identificamos no PPC as seguintes competências: i “Reconhecer o ser humano como agente paciente de transformações intencionais por ele produzidos no seu ambiente”; ii “Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e a implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente”; e, iii “ Identificar as relações entre o conhecimento cientifico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável” (IFBA/Eunápolis, 2010, p.18;42;61).

            Quanto às bases tecnológicas a serem desenvolvidos pelo professor, observamos que as questões ambientais não aparecem explicitamente nas ementas, sendo que não há referência sobre educação ambiental em nenhuma das 04 (quatro) séries. No que tange aos procedimentos metodológicos observamos, assim como na disciplina da Geografia não se propõe o trabalho com projetos interdisciplinares.

            Encerrado esta fase, foi realizada a análise dos 46 (quarenta e seis) “Diários de classe” da 1ª a 4ª série do Curso Técnico Integrado em Informática do IFBA/Eunápolis. A opção pela analise de todos os diários se deu por considerar que a Educação ambiental como tema transversal poderia e/ou deveria ser trabalhada tanto pelas chamadas disciplinas do Núcleo comum quanto pelas disciplinas da área técnica. Assim, separando os “Diários de Classe” por séries foi investigado na página de registros dos conteúdos abordados em sala de aula e também na página na qual o professor registra as atividades propostas.

            Observamos nos “Diários de Classes” que os conteúdos que nos remetem às questões ambientais, apareceram nas disciplinas de Geografia, Biologia e Sociologia. Na 1º série da disciplina de Geografia, o conteúdo que mais se aproxima das questões ambientais é “a influência do clima nos diversos setores da sociedade”. Embora o meio ambiente não apareça de modo explícito, possibilita discussões e reflexões relacionadas à degradação ambiental. Os conteúdos registrados na 2ª série foram: “fontes de energia, biocombustível, êxodo rural, expansão urbana, impactos sociais e ambientais”. Sendo que na 3ª série foi registrado: “globalização e neoliberalismo” e discussão com os estudantes a partir do vídeo “Sustentável no papel”, que denuncia o impacto ambiental e social provocado pela implantação da fábrica de celulose na região.

Nos “Diários de Classe” da disciplina de Biologia tem registro de conteúdo que nos remete às questões ambientais apenas na 3ª série sob o título de “Poluição sonora, do solo, visual e da água”.

No que tange à Sociologia, esta é uma disciplina que busca compreender os fenômenos sociais e a relação do homem na sociedade. Assim, ela trata de conteúdos relacionados à cidadania, movimentos sociais, participação social, democracia, desigualdades sociais, sistemas econômicos e políticos, entre outros. Embora as questões ambientais possam ser tratadas a partir desses temas, elas só aparecem no “Diário de Classe” da 4ª série sob o título: “A questão ambiental na sociedade contemporânea” na qual foi utilizada como metodologia de ensino a construção de textos sobre o evento Rio + 20, a crise ambiental e o histórico do conceito de desenvolvimento sustentável.

Lembramos novamente a emergência da mudança de comportamento, tomada de consciência e formação dos jovens frente aos problemas ambientais da atualidade. Destacamos assim a importância dessas disciplinas como elementos integradores da educação ambiental como componente curricular. 

            A Geografia é uma ciência secular que não estuda apenas o espaço físico, mas também o homem, suas relações sociais, o modo de produção e consumo e sua interação com o meio ambiente. Sua importância como disciplina no ensino médio se dá pelo fato de contribuir para uma visão crítica-reflexiva do estudante sobre o mundo à sua volta. E para a compreensão dos fenômenos sociais frutos de tensões e contradições que decorrem em desigualdades sociais e degradação ambiental frente ao modo de produção e de consumo. Assim, nos dizeres do PCNEM (2000)

 

Por isso, a Geografia é a ciência do presente, ou seja, é inspirada na realidade contemporânea. O objetivo principal destes conhecimentos é contribuir para o entendimento do mundo atual, da apropriação dos lugares realizada pelos homens, pois é através da organização do espaço que eles dão sentido aos arranjos econômicos e aos valores sociais e culturais construídos historicamente. (PCNEM, 2000, p.30)

 

            O documento destaca também a importância do conhecimento da Biologia a fim de compreendermos os aspectos práticos do nosso cotidiano, possibilitando responder questionamentos sobre a história da humanidade, a evolução da vida, sua diversidade, organização e interação e, “ao mesmo tempo, essa ciência pode favorecer o desenvolvimento de modos de pensar e agir que permitem aos indivíduos se situar no mundo e dele participar de modo consciente e consequente” (PCNEM, 2000, p.33). Além disso, permite ao estudante uma nova postura frente às questões polêmicas relacionadas aos problemas socioambientais como urbanização desordenada, desmatamentos e redução da biodiversidade.

            Inferimos assim, que a Biologia como disciplina pode fornecer grande contribuição na educação ambiental tal qual a Geografia. E do mesmo modo pode ser trabalhada de forma interdisciplinar dialogando com as disciplinas de física, química, história, geografia, matemática, sociologia, língua portuguesa e filosofia. De acordo com Krasilchick (2008, p. 50), a interdisciplinaridade torna-se dificultada pela organização curricular que estabelece uma fronteira rígida entre as disciplinas, além da formação docente e da falta de infraestrutura escolar. Além disso, dentro da própria disciplina não se estabelece um diálogo entre os conteúdos o que não possibilitaria ao estudante fazer relações entre eles.

            Como dissemos anteriormente a sociologia estuda os fenômenos sociais e o homem na sociedade. Dessa forma, sua importância no ensino médio se dá por possibilitar a formação do estudante com vista à percepção e compreensão da sociedade na qual está inserido, através de conteúdos que permitam o questionamento e reflexão crítica sobre o mundo à sua volta. E nesse cenário, se encontra as questões ambientais frutos das relações sociais e de poder.

A educação ambiental é um elemento crucial na formação dos jovens para sustentabilidade socioambiental. Compreendendo que os problemas ambientais são multifatoriais e abarcam outras dimensões, como as questões políticas, sociais, culturais e econômicas. Educar para a sustentabilidade, significa considerar outras áreas do conhecimento desenvolvendo um trabalho interdisciplinar. Nesse sentido, Bernardes e Pietro (2010, p.180) ressaltam “que nenhuma área (Geografia, Química, Biologia, Ciências) consegue, isoladamente, tratar todas as questões ambientais” devendo a temática estar inserida no PPC. Destacando que o ensino de educação ambiental deve ser através da transversalidade.

Assim, de acordo com o Parâmetro Curricular Nacional  – Meio ambiente, o trabalho com tema transversal possibilita a transformação de valores e de concepções através de procedimentos relacionados á realidade social do estudante permitindo sua maior participação e intervenção. Devendo os professores adequarem os conteúdos para contemplar as questões ambientais, buscando estabelecer relação entre a sua disciplina e o tema proposto de forma a contribuir para que o estudante utilize o saber escolar fora do ambiente da escola.

Desse modo, ao se pensar em um projeto de educação ambiental, é preciso trilhar um caminho na qual se encontra a formação dos educadores de educação ambiental. Devemos assim refletir como se dará esta formação, se ela será pelo viés da Educação Ambiental conservadora e reprodutora de uma sociedade hegemônica neoliberal, baseada apenas na transmissão de conhecimentos pré-estabelecidos no currículo, ou, ao contrário, se esta formação se dará a partir da concepção da educação ambiental crítica, na qual a transformação social é resultado da transformação do indivíduo e da sociedade, onde ambos são transformados. Através de “um ensino que se abre à comunidade com seus problemas sociais e ambientais” (GUIMARÃES, 2000, p.8).

 

Considerações finais

 

Diante da intensa degradação ambiental e seu impacto nas várias dimensões da sociedade, muitas mudanças foram implementadas para a prevenção, redução de danos e recuperação do meio ambiente. Entre elas, a educação ambiental, que desponta como elemento fundamental para a construção de conhecimento que possibilite a transformação de comportamento e a formação de uma consciência socioambiental. Daí a importância de sua inserção no ensino formal, e, em especial no ensino médio integrado em Informática do IFBA/Eunápolis que forma futuros profissionais que poderão ser agentes transformadores.  Essa investigação nos permitiu evidenciar que a educação ambiental como componente curricular não se faz presente tanto no ementário quanto nos “Diários de Classe”. As questões ambientais aparecem de forma explícita ou implícita nas ementas das disciplinas de Geografia, Biologia e Sociologia. Quando analisamos os 46 “Diários de Classes” observamos que “meio ambiente” como conteúdo se faz presente apenas em 03  disciplinas (6,5%), ou seja, as mesmas que aparecem na análise do ementário.Sendo que na Geografia o tema está presente na 1ª à 3ª série, na Biologia apenas na 3ª série e na Sociologia apenas na 4ª série. Analisando ainda o procedimento metodológico e o registro de atividades propostas pelo docente, não identificamos trabalhos interdisciplinares envolvendo as questões ambientais e educação ambiental em nenhuma disciplina.

Entre o que é posto pelos documentos oficiais e  o que está sendo praticado existe um grande hiato. Assim, a educação ambiental não está presente no PPC do Curso técnico integrado em informática como disciplina e nem como tema transversal. A Geografia que tem como base a relação do homem com o meio não pode trazer para si toda a responsabilidade, pois, devemos considerar que as questões socioambientais estão presentes nas várias dimensões da sociedade, devendo receber a contribuição de outras disciplinas com vistas às novas posturas.

Não foi o objetivo desse estudo a investigação de como estão sendo desenvolvidas as práticas pedagógicas da educação ambiental e das questões socioambientais. Este aprofundamento deverá ser realizado em outra etapa, ouvindo os sujeitos envolvidos, ou seja, docentes e estudantes.

Inferimos que o Projeto Pedagógico do Curso Técnico Integrado em Informática do IFBA/Eunápolis precisa de reformulação para considerar as questões trazidas neste estudo. É importante uma nova postura dos docentes para o trabalho interdisciplinar, pois uma única área do conhecimento não é capaz de enfrentar as várias dimensões dos problemas ambientais.

 

Referências

 

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Ilustrações: Silvana Santos