Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Práticas de Educação Ambiental
31/05/2013 (Nº 44) PEGADA DE CARBONO: PRÁTICAS EDUCATIVAS SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
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PEGADA DE CARBONO: PRÁTICAS EDUCATIVAS SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS

 

Valdir Lamim-Guedes

Biólogo e Mestre em Ecologia pela Universidade Federal de Ouro Preto.

E-mail: dirguedes@yahoo.com.br

 

Resumo: Recentemente superamos a marca de 400 partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, patamar inédito nos últimos milhões de anos. Esta é apenas mais uma demonstração da continuidade de um sistema produtivo que leva ao agravamento das mudanças climáticas. São urgentes iniciativas que reduzam tais mudanças e seus efeitos, sendo a educação ambiental uma das ações mais importantes. Neste texto é apresentada a pegada de carbono, uma ferramenta usada em ações educativas voltadas para mudanças de comportamentos.

Palavras-Chave: Mudanças Climáticas, Comportamentos, Gases de Efeito Estufa.

 

Estamos a gerir mal e imprudentemente a nossa interdependência ecológica. A nossa geração está a cumular uma dívida ecológica insustentável, a qual será herdada pelas gerações futuras (PNUD, 2007).

 

Introdução

A epígrafe apresentada acima é um fato que a cada dia tornar-se mais nítido. A chamada Crise Ambiental ou, chamado até mesmo de civilizatória, pode ser percebida nas mudanças de ciclos naturais, no aumento da frequência de eventos climáticos extremos, no esgotamento da terra, no aumento da poluição, na perda de espécies.

Os educadores ambientais, desejosos de fazer alguma coisa para mudar esta situação, realizam ações de mobilização. Afinal de contas, a Educação Ambiental é definida na Declaração da Conferência Intergovernamental de Tbilisi sobre Educação Ambiental, realizada em 1977 na capital da Geórgia, como uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente, através de um enfoque interdisciplinar e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade (SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, 1994, p. 39). De acordo com a Carta de Belgrado, a Educação Ambiental deve desenvolver um cidadão consciente do seu ambiente total e dos problemas associados a esse ambiente, sendo também um indivíduo possuidor de conhecimentos, atitudes, motivações, envolvimento e habilidades para trabalhar tanto individual como coletivamente no sentido de resolver os problemas atuais e prevenir os futuros (SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, 1994, p. 12).

Apresentamos a definição de Educação Ambiental aqui, não porque seja desconhecida pelos leitores, mas para relembrar que, devemos contribuição para a formação de um cidadão consciente e que esteja integrado com a sociedade buscando responder aos desafios socioambientais. Aparentemente, a crise ambiental afeta a todos, mas na verdade, os pobres são mais vulneráveis às mudanças climáticas. Como é colocado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 - Combater as alterações climáticas: Solidariedade humana num mundo dividido (2007, p. 3).

Embora os povos pobres do mundo caminhem pela Terra deixando apenas uma leve pegada de carbono, são eles que suportam o maior peso de uma gestão insustentável da nossa interdependência ecológica. Nos países ricos, lidar com as alterações climáticas tem sido, até hoje, largamente uma questão de se ajustar os termostatos, lidar com verões mais quentes e longos e com mudanças sazonais. (...) E, quaisquer que sejam os riscos que afetem as cidades nos países ricos, hoje as verdadeiras vulnerabilidades que emergem das alterações climáticas ligadas às tempestades e cheias podem ser detectadas nas comunidades rurais junto aos deltas de grandes rios como o Ganges, o Mekong e o Nilo, e em bairros de lata urbanos que crescem por todo o mundo em vias de desenvolvimento.

 

Pegadas

No trecho citado acima há menção à pegada de carbono. Nos últimos anos, o termo pegada tem sido popularizado devido a ferramentas como a pegada ecológica, hídrica e de carbono. Afinal, por que relacionamos este termo com impactos ambientais? Inicialmente, devemos analisar o que significa pegada:

Pegada |è| (latim *pedicata, de pes, pedis, pé) s. f. 1. Sinal ou vestígio do pé. 2. Conjunto de marcas deixadas pela passagem de algo ou alguém (= peugada, pista, rastro, trilha, vestígio). 3. Conjunto de marcas que resultam de uma ação (ex.: pegada ecológica). 4. Percurso ou comportamento de alguém, que pode ser seguido ou imitado. ir nas pegadas de: ir na trilha de, seguir o rastro de (= perseguir) (PRIBERAM INFORMÁTICA, 2012).

O termo pegada, por se tratar das marcas deixadas por nossos pés, é usado como uma analogia sobre os impactos humanos na terra, que atualmente é entendida como um dos significados desta palavra (item 3 na citação acima). A partir desta analogia, juntamente com uma medida uso de recursos naturais ou emissão de poluentes, na forma de área, água consumida ou quantidade de carbono emitida, surgiram os conceitos de Pegada ecológica, hídrica e de carbono. A primeira, além de ser a mais antiga é mais conhecida e estudada. As duas primeiras já foram alvo de textos aqui das Práticas de Educação Ambiental (LAMIM-GUEDES, 2011 e 2013) e este texto fecha o trio que trata das pegadas e usos educativos.

 

Pegada de carbono

As pegadas reais oferecem detalhes sobre o tamanho, peso e velocidade, ao passo que as pegadas de carbono medem quanto dióxido de carbono (CO2) nós produzimos apenas levando nossas vidas diárias (DOWDEY, 2013).

A pegada de carbono mede quanto de CO2 nós produzimos realizando nossas atividades diárias, quando se trata da pegada individual, mas pode ser também de um produto, serviço, indústria ou país. No caso da pegada individual, trata da dimensionar o quanto emitimos de Gases do Efeito Estufa (GEE) quando vamos ao trabalho de carro, um movimento do interruptor de luz e um voo para fora da cidade, tudo isso utiliza combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás (DOWDEY, 2013). Portando, a pegada de carbono é uma forma de avaliar o impacto que nosso consumo tem sobre o ambiente por meio da estimativa de emissões de GEE associada às nossas atividades cotidianas e/ou industriais. Antes de discutir o uso da pegada de carbono em ações educativas, vamos analisar as fontes de GEE.

 

Fontes dos Gases causadores de Efeito Estufa

As mudanças climáticas causadas pelo aumento do efeito estufa, devido às emissões de GEE, como o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), e o dióxido de carbono (CO2). A concentração de CO2 na atmosfera era menos de 280 partes por milhão (ppm) antes da Revolução Industrial, 320 ppm na década de 1950, contra os valores atuais, que superaram as 400 ppm em maio de 2013, sendo esta a concentração mais alta dos últimos 3 milhões de anos (ESCOBAR, 2013). A superação do patamar de 400 ppm é uma demonstração do agravamento da crise ambiental nas ultimas décadas. A Curva de Keeling (Figura 1) refere-se ao registro das concentrações de dióxido de carbono na atmosfera terrestre, medidas no topo do vulcão Mauna Loa, no Havaí, desde 1958.

Concentração de Gás Carbônic.png

Figura 1: Registro das concentrações de dióxido de carbono na atmosfera terrestre desde 1960.

A contribuição da cada um dos GEE é medida comparando-os ao CO2, portanto fala-se em CO2 equivalente (CO2e) (Figura 2). Por exemplo, o metano tem um potencial de aquecimento global 21 vezes maior que o CO2, assim cada tonelada de metano é considerada como 21 toneladas de CO2e. Na figura abaixo está representada a distribuição das emissões globais por setor, para o Brasil, está representada na Figura 3. O destaque é para as emissões contabilizadas como “energia”, que a maior parte deve-se à queima de combustíveis fósseis.

Distribuição das emissões po.png

Figura 2: Emissões globais por setor. Fonte: PNUD (2007).

A maior parte dos gases de efeito estufa que o Brasil lança na atmosfera vem do desmatamento. O setor que os técnicos chamam de mudança de uso da terra, no qual se inclui a derrubada da floresta para a conversão em pastagem ou lavoura, responde por 56% das emissões nacionais. Paradoxalmente, esse perfil atípico é um trunfo. Nenhum outro grande emissor pode reduzir tão facilmente a sua contribuição para a mudança climática – basta manter a floresta de pé (ESTEVES, 2011).

No caso do Brasil, o gado bovino, principal rebanho do país com cerca de 202 milhões de cabeças, produz diversos GEE: CO2 - produzido pela decomposição das fezes e pela respiração -; óxido nitroso - produzido pela decomposição da urina – e, gás metano - produzido pela decomposição das fezes e pela fermentação de matéria orgânica no estômago do animal. As emissões brasileiras de GEE são apresentadas na figura a seguir:

Emissões brasileiras de GEE.png

Figura 3: Emissões brasileiras. Fonte dos dados: Cerri et al, (2009).

Como a criação de gado está ligada ao desmatamento (sobretudo na Amazônia), liberação de metano e óxido nitroso, ao somar as emissões destas 3 fontes, encontramos que as atividades agropecuárias é a principal atividade em emissões de GEE. E, para piorar, ela tem se intensificado nos últimos anos, assim como um aumento no uso de combustíveis fósseis, desta forma, as emissões de GEE brasileiras tem aumentado.

Os países têm buscando formas de minimizar as mundanas climáticas e reduzir os impactos das suas consequências. A seguir, são apresentados dois conceitos referentes a esta busca.

 

Adaptações e mitigação

Adaptação às mudanças climáticas é o processo de adoção de novos comportamentos e/ou novas técnicas que permitem as pessoas se adaptarem as estas alterações. Por exemplo, chuvas torrenciais, que causam enchentes, as cidades se adaptam construindo os piscinões ou permitindo uma maior permeabilidade do solo. A construção de cisternas para o armazenamento de água também é uma adaptação, no caso, à falta de chuva.

Mitigação. É uma atividade que evita a emissão de GEE. Por exemplo, o reflorestamento, uma floresta em crescimento, na qual as árvores absorvem CO2 da atmosfera – fenômeno conhecido como sequestro de carbono. Ou a redução de emissões em indústrias por causa de modificação na linha de produção. A troca de combustíveis fósseis por energias alternativas.

Evitando/diminuindo mudanças climáticas

O principal gás causador do efeito estufa é o CO2, desta forma, evitar a emissão deste gás deve ser o principal foco do combate às mudanças climáticas. A redução na utilização de combustíveis fósseis e das queimadas (grandes fontes emissoras de CO2, sobretudo no caso do Brasil). As hidrelétricas, sobretudo as grandes represas que deixam submersas extensas áreas florestais emitem muito metano, contribuindo para o efeito estufa. Não sendo, portanto, a melhor opção. Termoelétricas, movida por combustíveis fósseis, devem ser consideradas apenas um recurso estratégico para ser usado em momentos de redução no oferecimento de energia através de outras fontes. O investimento em fontes de energia com baixo impacto, como a solar e a eólica, portanto, se configuram como a melhor solução neste panorama.

A mobilidade urbana, baseada no deslocamento individual através de automóveis, deve ser desencorajada, estimulando a utilização de transporte coletivo ou bicicletas. A redução do consumo pessoal de energia e de combustíveis é peça essencial. Neste texto, não iremos abordar demasiadamente formas de evitar ou diminuir as mudanças climáticas, mas fazer isto em sala de aula é uma atividade muito interessante e importante.

 

Pegada de carbono: entre o eu, o local e o global

Em termos de efeito estufa e a contabilidade de carbono global, cada tonelada de CO2 tem o mesmo peso. Contudo, o cálculo global encobre distinções entre países e pessoas. Mas, ao analisarmos a pegada de carbono de um país ou de pessoas podemos individualizar a emissões destes e, desta forma, discutir o impacto do modo de vida de cada um para o agravamento das mudanças climáticas.

As diferenças nas profundidades – ou tamanho - das pegadas de carbono podem ajudar a identificar importantes questões relativas à equidade e à distribuição na abordagem à mitigação e à adaptação. Com apenas 15% da população mundial, os países ricos atingem cerca de 45% das emissões de CO2. A África Subsaariana também compreende cerca de 11% da população mundial, mas representa 2% das emissões globais. Os países de baixos rendimentos no seu conjunto compreendem cerca de 1/3 da população mundial, mas são responsáveis por apenas cerca de 7% de emissões (PNUD, 2007).

Este é um ponto de análise importante: As diferenças entre as pegadas de carbono também são consequências das desigualdades entre ricos e pobres, sejam países ou pessoas. Desta forma, deve-se ressaltar o Princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, segundo o qual todos os países devem cuidar do planeta. Porém, o maior quinhão de sacrifício cabe às nações desenvolvidas. Afinal, foi o processo de desenvolvimento destas que causou a situação atual de perda de habitats e aquecimento da Terra (ANGELO, 2012).

Desta forma, temos que discutir as responsabilidades individuais, sabendo que são diferenciadas e, neste ponto, que entra a pegada de carbono para indicar a partir de onde e quanto cada um emiti carbono, permitindo sugestões de pontos onde mudanças de comportamento trarão reduções nas emissões de GEE.

A responsabilidade e a capacidade referentes à redução não podem derivar da aritmética das pegadas de carbono. Mesmo assim, essa aritmética fornece alguns critérios óbvios. Por exemplo, se tudo o resto fosse igual, uma diminuição de 50% nas emissões de CO2 no Sul da Ásia e na África Subsaariana reduziria as emissões globais para perto dos 4%. Reduções semelhantes nos países com elevados rendimentos reduziriam as emissões para perto dos 20%. Os argumentos de justiça e equidade social são igualmente persuasivos. Um aparelho de ar condicionado médio na Florida emite mais CO2 num ano do que uma pessoa no Afeganistão ou no Cambodja durante toda a sua vida. (...) Embora a mitigação das alterações climáticas seja um desafio global, o ponto de partida para a mitigação deverá situa-se nos países com responsabilidade histórica e junto das populações que deixam as pegadas mais profundas. (PNUD, 2007).

mapa mundi emissões co2.jpg

Figura 4: Registro da variação global das emissões de CO2. O tamanho de cada país é relativo às suas emissões anuais de CO2. Adaptado de PNUD (2007).

A pegada de carbono também pode ser calculada para produtos ou serviços. Isto significa conhecer todas as emissões de GEE, emitidos durante o ciclo de vida de um produto ou serviço, ou seja, é conhecer as emissões que ocorreram desde a produção de matérias-primas, até o seu descarte final (SUZANO PAPEL E CELULOSE, 2013).

 

Sugestão de Práticas

1) Calculadora

Uma pegada de carbono é simplesmente um valor: geralmente um total mensal ou anual de emissão de CO2 medido em toneladas. Os sites com calculadoras de carbono transformam informações fáceis de fornecer, como a quilometragem anual e o uso mensal de energia, em uma tonelagem de carbono mensurável (DOWDEY, 2013).

O site Carbono Brasil tem uma lista de calculadores adaptadas à realidade brasileira: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/mercado_voluntario/neutralizacoes

Calculadora do site Clima e consumo http://www.climaeconsumo.org.br/

Material auxiliar para esta atividade são estas apresentação de slides (em arquivo pdf):

- Introdução à pegada de carbono por Judith Sykes

http://download.rj.gov.br/documentos/10112/657214/DLFE-41804.pdf/03_Introducton.pdf

- Oficina ”Pegada de Carbono” por Dan Epstein, Judith Sykes, Jo Carris

http://www.mma.gov.br/estruturas/255/_arquivos/3_como_medir_creditos_de_carbono_255.pdf

 

A seguir, algumas medidas que podemos adotar para reduzir a tua pegada de carbono:

- Deixar o carro em casa! Andando a pé, de bicicleta ou utilizando transportes públicos estará contribuindo para reduzir aquele que é o peso-pesado da pegada de carbono global: os transportes. Só nos EUA, são responsáveis por 33% das emissões de CO2.

- Preocupa-se com a eficiência energética da tua casa! Quer seja utilizando uma geladeira de eficiência A, substituindo as lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes.

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Figura 5: Escala indicativa da eficiência energética dos aparelhos eletrônicos no Brasil.

 

- Plantando árvores.

- Comendo menos carne (veja Lamim-Guedes, 2012).

Algumas iniciativas de tecnologias sociais para adaptação e mitigação às mudanças climáticas, que envolvem redução de GEE e combate a pobreza e recursos hídricos, são apresentados no livro Água e mudanças climáticas: tecnologias sociais e ação comunitária (SILVA et al., 2012).

 

2) Material didático

Coleção de livros Mudanças climáticas globais. Pensar + agir na escola e na comunidade.

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Figura 6: um dos títulos desta coleção de 5 livros.

 

Links para download

Arquivo PDFCaderno 1 – Atividades

Arquivo PDFCaderno 2 – Água

Arquivo PDFCaderno 3 – Ar

Arquivo PDFCaderno 4 – Terra

Arquivo PDFCaderno 5 – Fogo

Link alternativo para download dos livros: http://naraiz.wordpress.com/2013/05/17/mudancas-climaticas-globais-pensar-agir-na-escola-e-na-comunidade/

 

O Aquecimento Global em Números

Este é o título de um Post do Blog Discutindo Ecologia que traz uma série de imagens (infográficos) que resumem diversos dados científicos.

O Aquecimento Global em números - capa

Figura 7: Post do blog Discutindo Ecologia.

Link para acesso ao post: http://scienceblogs.com.br/discutindoecologia/2013/05/o-aquecimento-global-em-numeros/

 

Glossários

Existem vários glossários sobre ciências ambientais, sendo algumas apenas sobre mudanças climáticas, como o existente no site do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

Link: http://www.ipam.org.br/abc/glossario

 

3) Campanhas

Em uma escola ou empresa pode-se criar uma campanha para conscientização, por exemplo, fazendo o cálculo das pegadas de carbono de algumas pessoas e discutir com estas o resultado.

Outra iniciativa pode ser enviar recadinhos para outras pessoas em redes sociais ou por e-mail. Este é o caso dos cartões virtuais (http://www.climaeconsumo.org.br/cartoesVirtuais.html), disponibilizados pelo site Clima e Consumo, que são enviados para os SACs ou executivos de vários supermercados espalhados pelo Brasil, pedindo que os supermercados cobrem de seus fornecedores de carne bovina a utilização de um sistema de rastreamento da carne comercializada que garanta que o consumidor não esteja contribuindo para o desmatamento na Amazônia Legal (IDEC, 2008).

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Figura 8: cartão virtual sobre o desmatamento da Amazônia por causa da produção de carne na região. Fonte IDEC (2008).

 

Referências Bibliográficas

ANGELO, C. Entenda o princípio das 'responsabilidades comuns' da Rio+20. Folha de São Paulo, 2012. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1103337-entenda-o-principio-das-responsabilidades-comuns-da-rio20.shtml>. Acessado em maio de 2013.

CERRI, C. C.; MAIA, S. M. F.; GALODS, M. V.; CERRI, C. E. P.; FEIGIL, B. J.; BERNOUX, M. Brazilian greenhouse gas emissions: the importance of agriculture and livestock. Sci. Agric. (Piracicaba, Brazil), 66(6), 2009. 831-843. Disponível em <http://www.esalq.usp.br/scientia/docs/gas_emissions.pdf>. Acessado em maio de 2013.

DOWDEY, S. Como funcionam as pegadas de carbono. HowStuffWorks Brasil. Disponível em <http://ambiente.hsw.uol.com.br/pegada-de-carbono.htm>. Acessado em maio de 2013.

ESCOBAR, H. (2013). Dióxido de carbono atinge marca perigosa na atmosfera. O Estado de São Paulo. Disponível em <http://blogs.estadao.com.br/herton-escobar/dioxido-de-carbono-atinge-marca-perigosa-na-atmosfera/>. Acessado em maio de 2013.

ESTEVES, B. Contadores de carbono. Piauí, Rio de Janeiro, n. 57, Junho 2011. Disponível em <http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-57/questoes-ambientais/contadores-de-carbono>. Acessado em maio de 2013.

IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Clima e Consumo. 2008. Disponível em <http://www.climaeconsumo.org.br>. Acessado em maio de 2013.

LAMIM-GUEDES, V. A pegada hídrica: conceito e uso em atividades de educação ambiental. Educação Ambiental em Ação, v. 43, 2013. Disponível em <http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1412&class=41>. Acessado em maio de 2013.

LAMIM-GUEDES, V. Teias ecológicas, consumo de carne e de calorias. Educação Ambiental em Ação, v. 41, 2012. Disponível em <http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1302&class=41>. Acesso em março de 2013.

LAMIM-GUEDES, V. Uso da pegada ecológica em atividades educativas. Educação Ambiental em Ação, v. 38, 2011. Disponível em <http://www.climaeconsumo.org.br>. Acessado em maio de 2013.

PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). (2007). Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 - Combater as alterações climáticas: Solidariedade humana num mundo dividido. Nova York: PNUD. Disponível em <http://hdr.undp.org/en/media/HDR_20072008_PT_complete.pdf>. Acessado em maio de 2013.

PRIBERAM INFORMÁTICA. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. 2012. Disponível em <http://www.priberam.pt/dlpo/>. Acessado em maio de 2013.

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE DE SÃO PAULO. Educação Ambiental e desenvolvimento: documentos oficiais, São Paulo; 1994. 62p. Disponível em <http://www.ambiente.sp.gov.br/wp-content/uploads/cea/EA_DocOficiais.pdf>. Acessado em maio de 2013.

SILVA, M. N.; GONTIJO, A. B.; LAMIM-GUEDES, V.; SANTOS, M. E. G. (2012). Água e mudanças climáticas: tecnologias sociais e ação comunitária. Belo Horizonte: CEDEFES / Fundação banco do Brasil. 120p. Disponível em <http://www.sinquisp.org.br/pdfs/Livro%20Agua%20e%20Mudancas%20Climaticas%206fev12.pdf>. Acessado em maio de 2013.

SUZANO PAPEL E CELULOSE. Pegada de Carbono. Disponível em <http://www.pegadadecarbonosuzano.com.br/pegada-carbono>. Acessado em maio de 2013.

Ilustrações: Silvana Santos