Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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EDUCAÇÃO
AMBIENTAL: POR QUÊ? PARA QUÊ? PARA QUEM? ANA
GIZELLE DA SILVA A história da aventura humana
neste planeta resulta daquilo que fazemos. Pois, não apenas fazemos a história.
Somos ela própria. Barcelos
(2008). Resumo Em
decorrência do desenvolvimento tecnológico e do consumismo, o meio ambiente
tem passado por intensas transformações, induzidas pelo próprio homem. A
primeira década do século XXI está sendo marcada por um caloroso debate
mundial acerca das questões ambientais. O que fez difundir a idéia da finitude
dos recursos naturais e das sutilezas do mecanismo natural do planeta.
Juntamente com o crescimento das discussões sobre a problemática ambiental,
cresce também, a preocupação coletiva com o futuro comum da humanidade,
criando assim, a necessidade de um contraponto, capaz de frear o processo de
destruição. A educação ambiental (EA) surge em virtude da preocupação
humana com a qualidade de vida, no entanto, seu contexto é muito amplo e
abrange aspectos sociais, econômicos, políticos, éticos e culturais. Com a
Conferência Rio 92, houve uma verdadeira globalização das questões
ambientais, despertando uma preocupação sem precedentes em relação à
degradação causada pelo desenvolvimento tecnológico/industrial. Tal Conferência
foi responsável também, pela propagação da idéia que desenvolvimento e meio
ambiente constituem um binômio e são lados de uma mesma moeda devendo,
portanto, ter valores e prioridades equivalentes, ou seja, é essencial
desenvolver economicamente, mas é vital que os recursos naturais sejam poupados
para que não faltem. Introdução Meus
avós eram felizes e não sabiam. Há 50 anos, talvez menos, o meio ambiente
estava intimamente ligado à condição humana de existência. As águas eram
abundantes e limpas, o ar era puro, as florestas verdes e o solo produtivo...Na
região onde meus avós viviam não tinha asfalto, eletricidade e nem
água encanada. Ouvia-se noticias pelo rádio. Comia basicamente o que
produziam. Não existiam obesos e nem depressivos. Ainda
nesse modelo de vida meu pai foi criado, seu primeiro par de botinas ele comprou
aos 9 anos, quando trabalhou e teve dinheiro para adquirir. Meu pai andava léguas
em cima de um cavalo para comprar refrigerante com rolha. Brincava livremente e
trabalhava muito, não existia Conselho Tutelar. Para estudar andava horas e
dividia o mesmo espaço e a mesma professora com colegas de séries variadas. Só
pelo olhar meu avô ralhava. Os mais velhos eram tratados com respeito. Minha avó
teve mais de uma dezena de filhos e todos se tornaram adultos “do bem”. Morria
por infecção, mas, não de bala perdida. A farmácia ficava no quintal da
casa, a fé e o respeito à natureza eram representados pela espera da
“seca” ou das “águas”, quando tudo era planejado dependendo da estação. Os
córregos e rios eram fonte de lazer e alimento. Pescar, caçar passarinho,
queimar coivaras não eram crimes, tão pouco afetava a cadeia alimentar ou
destruía o solo. Retirava-se do meio ambiente somente o que era necessário
para viver (e viver bem). Nas
festas se identificava as famílias pelo tecido das roupas usadas. Meu avô
comprava uma peça fechada de “pano” e minha avó costurava os vestidos e as
camisas. As calças eram feitas de algodão que ela mesma tecia. Todos vestiam
sem se preocupar com a moda. Ser feliz era ter uma roupa de domingo. Sou
fruto de uma família que viveu assim... Avós, pais, tios. Nasci em 1974
e meu filho em 2001. Minha infância ainda teve banho de córrego, pique
– esconde, salve latinha e brincadeiras nas ruas. Na minha adolescência ainda
podia ver o sol nascer, sentada nas calçadas, conversando com os amigos. Entretanto,
já fui da geração coca-cola, redley, all star, zoomp, fórum, vídeo-cassete
e depois DVD, vinil que foi substituído pelo CD, karaokê e Gol GTS
“quadrado”. Ainda tinha que estudar para passar no vestibular, faculdades
particulares eram difíceis, assim, como as
públicas.Tinha respeito e admiração pelos meus professores. Virgindade
era importante, AIDS estava só começando, camisinha ainda era objeto
obsceno... Titãs, Engenheiros do Havaí, Legião Urbana, Cazuza, Zero, Kid
Abelha faziam o maior sucesso. Ultraje a Rigor escandalizava cantando SEXO!!!
Inocência a nossa, não sabíamos que chegaria a era do funk, das mulheres
frutas e das letras, ou melhor, das não letras de músicas. Na
minha infância o Chacrinha alegrava as tardes de sábado e o Balão Mágico
depois a Xuxa todas as manhãs. Cantávamos Super fantástico amigo....na
adolescência mudamos para Tédio eu tenho um problema.....Imagina não tínhamos
problemas, nem celular, nem os MP3, 4 ,5,6,7,8,9, nem internet, Playstation,
Orkut e MSN. Smorf,
He man, Caverna do Dragão, Mickey Mouse hoje só na lembrança, ficaram fora de
moda, eles não instigam violência. Aos
7 anos meu filho gosta de Naruto (desenho japonês) e Simpson (americano), adora
navegar na internet e passa horas na frente de um Playstation. Fica atento a
todos os filmes de desenho animado que são lançados e que o mackdonalds
faz promoção com os heróis em miniaturas. Sua infância é diferente
da minha, bem mais consumista, a minha foi mais consumista que a dos meus pais,
e assim sucessivamente. Em
um breve relato de vida, fica visível o porquê da Educação Ambiental. Não
precisaria de Teorias ou de Grandes Pensadores para explicar o momento que
vivenciamos. A mim, basta enveredar pelo meu passado e compará-lo com o
presente. Entretanto, a proposta aqui é criar um “pano de fundo” do
problema pesquisado: Educação Ambiental – é necessária ou não? Ou melhor,
será que existe um viés ambiental dentro da Educação? Sem a pretensão de
obter todas as respostas ou dialogar com todos os autores relacionados a essa
questão, tentarei humildemente expor algumas idéias. Educação Ambiental: Por quê? Imagine
um enfermo com muita dor em estado terminal, os médicos não conseguem lhe
salvar a vida, mas, minimizam a dor com aplicação de endorfina. Ninguém quer
saber se essa doença é conseqüência de anos de vida fumando (um câncer de
pulmão) ou de anos bebendo (cirrose) ou se dirigia em alta velocidade e sofreu
um acidente. Nada disso é questionado. Se não tem como devolver o vigor da
vida, que pelo menos seja aliviada a dor. Desde
sempre, cientistas e gênios estudam, analisam, criam e quebram paradigmas, para
explicarem a ciência, a vida humana, o Planeta Terra...Enfim, busca-se explicação
para tudo. Como
se formou o paradigma atual das questões ligadas ao meio ambiente? Segundo
Pelizzoli (2002) tem haver com as mudanças que ocorreram em relação a
perspectiva de mundo, sistema de valores e a construção da civilização a
partir do séc. XVII. Para
Capra(1982) o mundo antigo e medieval tinha uma visão orgânica, com um modo
correlativo de situar-se num cosmos ordenado e determinado. Num
processo de evolução e (re)volução industrial, cientifica e social, os
modelos de sociedade foram se transformando. Entrou-se na era do Paradigma
Cartesiano – “Universo como máquina, do mecanicismo e do materialismo físico, compondo
um grande reducionismo” Pelizzoli (2002). A
razão “Cartesiana” questionada ou não, ainda permanece nas entrelinhas das
relações sociais e da construção de conhecimento. Chegou
o tempo do neoliberalismo, onde a concorrência passou a ser natural, ou talvez,
um mal necessário. Existe competição em tudo: Blocos Econômicos, Países,
Multinacionais, Pequenas Empresas, Trabalhadores e em vários outros setores. O
motor do mundo globalizado é a competitividade. E para que esse motor não pare
de funcionar, é alimentado pela “corrida” tecnológica. Chegar em primeiro
lugar significa teoricamente ter a maior economia. Assim, trava uma incessante e
“burra” disputa econômica em todas as escalas. “O Ter substituiu o
Ser”. Sobre
essa questão Pelizzoli (2002) diz o seguinte: A crise atual é a crise da
civilização hegemônica, crise do que se chama “nosso paradigma
dominante”, ou seja, dos modelos de conceber o mundo e de nos relacionarmos,
baseados na dicotomia e problemas trazidos pela Revolução Cientifica e o
progresso material capitalista. Para
Capra (1982) a crise atual, portanto, não é apenas uma crise de indivíduos,
governos ou instituições sociais; é uma transição de dimensões planetárias.
Como indivíduos, como sociedade, como civilização e como ecossistema planetário,
estamos chegando a um momento decisivo. No
dizer de Marx, as raízes da evolução social não se situam numa mudança de
idéias ou valores, mas nos fatos econômicos e tecnológicos. A dinâmica da
mudança é a de uma interação “dialética” de opostos decorrente de
contradições que são intrínsecas a todas as coisas. Pegando
emprestado da Cultura chinesa o yin e o yang, que para os chineses representam o
equilíbrio dinâmico, e trazendo para nossa cultura ocidental, podemos dizer
que o yang prevaleceu, o que causou o desequilíbrio. Somos fruto de uma
sociedade masculina, expansiva, exigente, agressiva, competitiva, racional e
analítica. Essa consideração foi feita a partir do pensamento de Capra
(1982). Nosso
progresso, portanto, foi uma questão predominantemente racional e intelectual,
e essa evolução unilateral atingiu agora um estágio alarmante, uma situação
tão paradoxal que beira a insanidade. Capra (1982). O
processo de globalização traz em si mesmo a globalização da exploração da
natureza com proveitos e rejeitos distribuídos desigualmente. Gonçalves
(2006). Para
Gonçalves (2006) o mercado se mostrou hábil para encontrar mecanismos de
remunerar os investimentos de acordo com seus riscos potenciais, o mesmo não se
dá com relação aos riscos ambientais. Numa
sociedade consumista como a nossa, que caminha a passos largos na transformação
de cidadãos em meros consumidores, não existem inocentes se há corrupção de
valores, há também quem se deixa
corromper. O
estrago ambiental já foi feito. O lucro obtido com esse estrago não foi
dividido entre os povos do planeta. Contrastam no mundo nações ricas com
sociedade altamente consumista com nações pobres de miseráveis famintos. O
crescimento econômico e tecnológico de algumas nações e o uso indiscriminado
dos recursos naturais não foram acompanhados pelo desenvolvimento social. Eis
aqui o porquê da Educação Ambiental e das preocupações ambientais em todo o
planeta. Como disse no inicio, se a terra fosse um enfermo em estado terminal a
EA seria a endorfina para aliviar a dor e camuflar a culpa das atitudes insanas
que a fizeram adoecer. Educação Ambiental: Para quê? Para
Dias (2004): Reconhecemos
que estamos imersos numa era de imprevisibilidades, em meio a uma transição
muito turbulenta, e precisamos estar preparados para o que vai ocorrer nos próximos
anos. Reconhecemos que estamos diante de um sistema cada vez mais limitado para
responder os anseios das sociedades, e que vivenciamos as diversas crises
humanas – ambientais, sociais, econômicas... - que são meros sintomas de uma
crise ambiental mais profunda, cuja as raízes se encontram na perda e aquisição
de novos valores humanos e na carência de ética. Ganhamos
com a aquisição tecnológica que em muito facilitou nossas atividades diárias,
perdemos em qualidade de vida. A medicina evoluiu, mas, as doenças também;
temos o conforto do carro e o transtorno do trânsito; possuímos ruas
asfaltadas e alagamentos constantes; a quantidade e variedade de alimentos no
supermercado aumentaram e a qualidade caiu; usufruímos da geladeira,
microondas, máquina de lavar, DVD, TV e tantos outros utensílios domésticos,
mas, pagamos caro pela conta de água e energia; adquirimos o telefone fixo e
depois o celular, ficamos sem sossego, pois somos encontrados a qualquer hora e
em qualquer lugar; conversamos por email, MSN, com imagem virtual, perdemos o
contato físico e o aconchego de um abraço; as empresas ganharam na
produtividade e o trabalhador perdeu seu emprego. Percebemos
assim, que a globalização é uma faca de dois gumes e que está a poucos centímetros
do nosso pescoço. No
palco do mundo, onde o espetáculo é a globalização, entra em cena a EA como
coadjuvante essencial para o sucesso desta breve apresentação da nossa vida na
Terra. Valores
são questionados, autores surgem com novas abordagens e a ética ambiental é
aclamada para fazer parte dessa nova realidade. Barcellos
(2008) diz que: A EA como uma exigência da pós-modernidade,
está baseada na busca de metodologias de trabalho que privilegiem a construção
de conhecimento com base na solidariedade, na tolerância, na paz e em um
conhecimento prudente de si, para si, e que tenha como horizonte a construção
de um mundo social e ecologicamente mais justo. Para
Leonardi (1996), os fatores que comprometem a continuidade das práticas de
educação ambiental mais freqüente são antigos conhecidos nas políticas
publicas como a descontinuidade administrativa, a falta de recursos financeiros,
o número insuficiente de recursos humanos para atuar na atividade, o despreparo
dos professores, a alta rotatividade dos professores das escolas públicas e a
interferências políticas. Educação Ambiental: Para quem? Gonçalves
(2006) considerou todo esse processo como “ecologismo ingênuo
- a mídia manipula sabiamente nos convidando a cuidar do lixo nosso de
cada dia”. Os
ecologistas dedicaram muito mais “a defesa de animais e plantas que aos
problemas da espécie humana. Ajudaram a associar ecologia ao meio ambiente
natural, onde vivem as plantas e os animais, deixando de fora o meio ambiente
urbano/rural, onde vivem os seres humanos. Berna (2007). Durante
muito tempo, aprendemos que natureza era o verde e que precisávamos defender a
fauna e a flora. Rapidamente, esse discurso mudou, dormimos assistindo a destruição
ambiental como expectadores e acordamos fazendo parte do meio ambiente. A
atual relação de nossa espécie com a natureza reflete bastante o atual estágio
de desenvolvimento das relações humanas entre nós próprios. Vivemos sendo
explorados, aprendemos a explorar. Berna (2007) Gonçalves
(2006) acredita que o período atual da globalização neoliberal, difere dos
períodos que o antecede pela especificidade do desafio ambiental. Porém
existe no discurso atual da globalização
um “quê” completamente paradoxal, pois, nunca se falou tanto em
questões ambientais como nos últimos 30 anos e nunca a destruição da
natureza foi tão devastadora. O
desafio ambiental que enfrentamos é efeito de nossas contraditórias e assimétricas
ações anteriores. Gonçalves (2006). A
práxis de Paulo Freire identifica duas dimensões (ação e reflexão), que são
análogas às duas esferas do
desenvolvimento (necessidade e limitação). Sato (2003) Quando
Paulo Freire escreveu sobre a pedagogia libertadora e humanista, estava se
referindo a educação holística, onde automaticamente, incluí
a ambiental. Assim sendo, se realmente existisse uma educação humanista
e libertadora, não teria necessidade de se ter cunhado o termo Educação
Ambiental. Para
a pedagoga Naná Mininni a palavra Educação Ambiental deveria ceder espaço
para expressão educação, que
integraria por si só toda a proposta educacional e ambiental. Essa
questão é muito salutar, entretanto, o processo educativo formal, se perdeu no
seu objetivo, ou seja, não conseguiu acompanhar todo o desenvolvimento tecnológico
e social. Não existe no Brasil uma educação formal eficiente e holística.
Portanto, dificilmente seria possível abordar a questão ambiental no mesmo
bojo do currículo tradicional, que é disciplinar e cartesiano. Nesse sentido,
todo o conjunto de leis existentes sobre EA, inclusive na Constituição
Federal, torna-se obsoleto, por que ainda não se teve êxito nas disciplinas
ditas obrigatórias, imagina a introdução da transdisciplinaridade?
A educação está no ápice da desordem, os professores se sentem
perdidos, sem direção. O ensino não pode ser disciplinar, vista a necessidade
de mudança, mas também, não existem profissionais aptos a trabalhar com a
transdisciplinaridade, por que ainda
não houve formação adequada de quem ensina. Caminhamos
para um momento em que não teremos alternativas, ou repensamos toda a nossa
conduta, ou sucumbiremos junto a todos os seres vivos. Quando falo “nós”
estou incluindo todos sem distinção: poder público, grandes empresas,
sociedade civil, países ricos e pobres e outros.
Parte
daí a pergunta: para quem é destinada a EA? Para a sociedade civil que se vê
obrigada a se informar e cobrar das grandes indústrias e governos atitudes mais
coerentes com o discurso ambiental. Para as políticas publicas que além de
criar leis deveriam fiscalizar e não proteger os interesses de uma minoria
ruralista e de empresas poluidoras. Para as indústrias que ao serem
“vigiadas” por ONGs ambientalistas e sociedade, precisam se enquadrar nos
sistemas de avaliação do mercado, adotando selos de garantia de que não
poluem o meio ambiente ou de que promovem ações sociais. Para educação
formal, que ainda não consegue suplantar a disciplinaridade. Ainda
que seja adotada por todas as esferas citadas,
torna-se necessário uma visão mais humanista do mundo. Para Boff (1999) A ética
necessária atualmente é do cuidado, da compaixão e da responsabilidade que
somente é efetiva se tiver como fonte de inspiração uma visão espiritual do
mundo. De saída devemos renunciar a qualquer arrogância
ou pretensão de privilégio ou de domínio. Não assistimos ao nascimento do
universo. Ela não é a Terra para nós. Nós somos para a Terra. Ela não é
fruto de nosso desejo. Nem precisou de nós para produzir sua imensa
complexidade e biodiversidade. Nós somos resultado de processos cósmicos e
planetários anteriores ao nosso aparecimento. Somos os últimos a chegar.
Entramos em cena quando já haviam transcorridos 99, 98% da história do
universo.Boff(2002) A
vida é a maior floração do processo de evolução. As sociedades modernas por
causa do consumismo ameaçam o sistema da vida, dai a urgência de uma ética da
vida. Boff (1999).
Fica aqui um chamamento do filosofo Leonardo Boff,
que encerra de forma grandiosa as discussões a cerca das questões
ambientais e das responsabilidades atribuídas a cada um. Que seja a ética
a espinha dorsal do relacionamento humano. Considerações finais
Nem as estrelas nem os átomos, nem as plantas
nem os animais conhecem o mal. O Universo é inocente, inclusive quando
sepulta um continente ou incendeia uma galáxia. O mal é humano, exclusivamente
humano. Porém, nem tudo é maldade no ser humano. Paz (1994). Fica
evidente, portanto, que a EA, como
uma educação holística dos cidadãos, está enfrentando grandes desafios na
tentativa de uma substancial transformação. Neste sentido, como afirma Sato e
Castilho (2001), a EA passa a atuar como uma estratégia fundamental no preparo
de autores sociais para participarem ativa e conscientemente, na gestão e na
busca de alternativas para a solução dos problemas ambientais. Ressalta-se que o Estado tem papel primordial nesta tarefa árdua de melhoria da qualidade do ensino e da aplicabilidade das leis, que ora se encontra como receita de bolo, que ainda não foi feito. É dever da iniciativa pública e privada a abordagem sistêmica das questões ambientais, conseqüentemente, preparar os cidadãos para o novo paradigma ético e responsável que a humanidade precisa ter diante da sua casa/terra. Referência Bibliográfica BARCELOS,
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Interdisciplinaridade: uma moda que está de volta? Paixão de Aprender, Porto
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