Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Reflexão
05/09/2006 (Nº 18) EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL

 

"Em minha busca de respostas para a pergunta da vida, senti-me

exatamente como um homem perdido em uma floresta"

(Leon Tolstoi).

 

O conhecimento que adquirimos na universidade tem por objetivo ser sempre transferido e aplicado em prol de benefícios múltiplos, do contrário perde-se o sentido da aprendizagem. Ao longo de nossas atividades, a responsabilidade sempre surge como uma norma intrínseca.

Penso que nem sempre temos a noção da responsabilidade, e que às vezes passamos despercebidos por ela.  Porém, quando se trabalha com Educação Ambiental, a percepção sobre esta responsabilidade é mais aflorada, já que o resultado do trabalho está direcionado à responsabilidade aplicada.

 

Neste conturbado mundo real ou virtual, com ferramentas de trabalho importantes, como a Internet, onde a rapidez de informações surpreende a cada dia, usamos as listas de comunicação, a revista de EA, ou e-mail como troca de nossas experiências como educador ambiental, neste sentido reflito sobre a nossa responsabilidade.

 

A idéia de escrever sobre a responsabilidade que temos como educadores e profissionais, surgiu após contato de uma educadora, que em algum momento, leu algo que escrevi, e despertou para a gravidade dos problemas ambientais e sociais, e a necessidade de mudanças urgentes. A responsabilidade dos seres humanos monopolizadores dos recursos naturais torna-se sempre maior, em outra oportunidade recebi um e-mail de um Educador ouvinte, em curso oferecido em um evento de EA, colocando sua ansiedade e carência de informações sobre EA em Saúde, racionalizei os fatos para me interar do grau de responsabilidade que temos, já que atualmente vê-se a EA como intenção de ações em propostas de projetos de todo gênero,  sempre recebemos artigos de varias partes do Brasil, com relatos de experiências em ações de EA, assim me ponho a refletir: somos carentes e ansiosos por respostas, a dúvida se faz presente em todas as ações do homem, ela nos aproxima da perfeição, nos mantém numa freqüência em busca da imparcialidade.

 

Somos eternos insatisfeitos perante a sensação de inconformidade gerada pela dúvida. Nossa responsabilidade está proporcionalmente relacionada à nossa ética e compromisso. Hoje falamos em sociedades sustentáveis, e estas surgem depois de termos trazido à tona, em décadas passadas, temas como Educação Ambiental e, Desenvolvimento Sustentável etc..., que geraram Acordos, Tratados, Políticas públicas e uma série documentos e de interpretações diferenciadas, que desencadearam esta reflexão.

 

Constantemente surgem nas listas discussões ferrenhas sobre: "O quê é EA?", "Como aplicar EA?", "Projetos de EA", e. Enfim, estas dúvidas que buscam o caminho da perfeição, que, como as águas de um rio, surgem do nada e levam ao oceano, percorrendo caminhos tortuosos, mas deixando um rastro de vida em seu percurso, e que nos exigem uma melhor compreensão.

 

Portanto nossa responsabilidade não se esgota com as respostas, se espraia pelos cantos onde a Internet é capaz de chegar, onde um livro é possível ser lido, onde um projeto conclui seus objetivos. Surge sempre que somos questionados e inquiridos, seja na lista, em eventos, em bate papo informal, está em nosso íntimo, em nossa conduta diária, em nosso cuidado com o consumo ou com os recursos naturais. Somos "resposta" de nossa responsabilidade, de nossas ações, de nossa ética e comprometimento, sendo assim somos capazes de auxiliar na promoção das mudanças necessárias.

 

Então, somos passíveis de viver em sociedades sustentáveis, onde as ferramentas básicas sejam as políticas de EA consolidadas e efetivas.

 

Sandra Barbosa /setembro 2006

 

Ilustrações: Silvana Santos