Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Artigos
01/06/2015 (Nº 1) Meio Ambiente 2
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=32 
  
Autora do artigo
Ana Lúcia Carneiro Leão
Gerente de Educação Ambiental da CPRH e Presidente da Câmara Técnica de EA
do Consema


A relação homem-natureza e dos grupos sociais entre si, bem como a forma de
apropriação dos recursos naturais, são fatores determinantes do estado atual
do meio ambiente e da qualidade de vida da sociedade. A educação ambiental
tem diante de si um desafio permanente em oportunizar o aprimoramento dessas
inter-relações. A sociedade se apropria da natureza e este processo traz
reflexo social, cultural, histórico e econômico. É neste contexto que
buscamos descrever a dimensão dos desafios do dia-a-dia daqueles que fazem
educação ambiental.

O meio ambiente como parte das relações sociais e do processo histórico de
construção do mundo.

A história da educação ambiental, no Brasil, vem sendo construída, nas
últimas três décadas, por atores e instituições de vários Estados
brasileiros. Há três anos, avanços foram alcançados com sucesso e merecem
ser disseminados. O primeiro impulsionador, de âmbito nacional, que
estimulou mudanças de rumos e estratégias, foi a promulgação da Lei N· 9.795
de Abril 1999, instituindo a Política Nacional de Educação Ambiental. O
segundo aspecto a ser destacado, do ponto de vista normativo, foi a criação
das Câmaras Técnicas de Educação Ambiental do Conama (Conselho Nacional de
Meio Ambiente) e dos Consemas (Conselhos Estaduais de Meio Ambiente).

O Estado de Pernambuco já é referência regional, nacional e internacional
como exemplo demonstrativo de boas práticas em educação ambiental. A Câmara
Técnica de Educação Ambiental do Conama, em reuniões itinerantes, ocorridas
em Goiás, Salvador e Recife tem citado a experiência da Agenda Comum de
Educação Ambiental de Pernambuco como um modelo piloto para projetos de
comissões interinstitucionais, redes e fóruns estaduais.

O que é a Agenda Comum de Educação Ambiental? É uma ação de política pública
integrada às iniciativas de diferentes setores da sociedade. Uma nova forma
de fazer e pensar a interdisciplinaridade e multisetorialidade, fundamentais
para a prática da educação ambiental. Coordenada pela Secretaria de Ciência
e Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA/Companhia Pernambucana do Meio
Ambiente -CPRH, a Agenda Comum é um colegiado de diferentes instituições
privadas, governamentais e não- governamentais, fundações, universidades,
institutos, entidades ambientalistas, organizações do empresariado, reunidas
em um plano de ação permanente. O planejamento integrado e participativo
oportunizou a consolidação deste grupo interinstitucional inovador, para
fazer da educação ambiental um elemento integrador de políticas e de ações
direcionadas à sustentabilidade.

O carro chefe da Agenda Comum e da Câmara Técnica de Educação Ambiental do
Consema-PE, neste momento, é a construção do Programa de Educação Ambiental
do Estado de Pernambuco-PEA. O PEA-PE irá definir as linhas de ação, as
estratégias e atividades de educação ambiental para cada região de
Pernambuco, a partir dos principais problemas socioambientais locais e
regionais, suas causas, efeitos, impactos gerados e os agentes responsáveis.
Para cada região, serão definidas estratégias e linhas de ação de projetos e
atividades de educação ambiental relacionados com as atividades econômicas e
perfil de cada região de Pernambuco. Desta maneira, a educação ambiental
passa a ter um papel ativo na direção do desenvolvimento com
sustentabilidade.

A educação ambiental é um valioso instrumento para a implantação de
políticas de gestão ambiental nos diferentes espaços sociais e tem como um
dos desafios mediar conflitos de interesses entre vários atores sociais que
agem sobre os meios físico-natural.

Em Pernambuco, o PEA foi pensado e está sendo construído de maneira
participativa envolvendo diferentes setores sociais de todas as regiões do
Estado e em bases interinstitucionais, por meio dos Seminários Regionais. Os
seminários já aconteceram em Recife, Nazaré da Mata, Bonito e Paulista, com
a participação de todos os municípios do entorno.

Como um dos objetivos da educação ambiental é disseminar a defesa da
qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania, é
necessário que todos os setores sociais sejam envolvidos nos programas,
projetos e atividades promovidas em seu nome.

Assim, a Agenda Comum de Educação Ambiental do Estado de Pernambuco é mais
um exemplo desafiante para aqueles que almejam fazer da sustentabilidade
social, ambiental e econômica uma realidade construída a muitas mãos e com a
necessária multiplicidade de olhares.

Autora do artigo
Ana Lúcia Carneiro Leão
Gerente de Educação Ambiental da CPRH e Presidente da Câmara Técnica de EA
do Consema


A relação homem-natureza e dos grupos sociais entre si, bem como a forma de
apropriação dos recursos naturais, são fatores determinantes do estado atual
do meio ambiente e da qualidade de vida da sociedade. A educação ambiental
tem diante de si um desafio permanente em oportunizar o aprimoramento dessas
inter-relações. A sociedade se apropria da natureza e este processo traz
reflexo social, cultural, histórico e econômico. É neste contexto que
buscamos descrever a dimensão dos desafios do dia-a-dia daqueles que fazem
educação ambiental.

O meio ambiente como parte das relações sociais e do processo histórico de
construção do mundo.

A história da educação ambiental, no Brasil, vem sendo construída, nas
últimas três décadas, por atores e instituições de vários Estados
brasileiros. Há três anos, avanços foram alcançados com sucesso e merecem
ser disseminados. O primeiro impulsionador, de âmbito nacional, que
estimulou mudanças de rumos e estratégias, foi a promulgação da Lei N· 9.795
de Abril 1999, instituindo a Política Nacional de Educação Ambiental. O
segundo aspecto a ser destacado, do ponto de vista normativo, foi a criação
das Câmaras Técnicas de Educação Ambiental do Conama (Conselho Nacional de
Meio Ambiente) e dos Consemas (Conselhos Estaduais de Meio Ambiente).

O Estado de Pernambuco já é referência regional, nacional e internacional
como exemplo demonstrativo de boas práticas em educação ambiental. A Câmara
Técnica de Educação Ambiental do Conama, em reuniões itinerantes, ocorridas
em Goiás, Salvador e Recife tem citado a experiência da Agenda Comum de
Educação Ambiental de Pernambuco como um modelo piloto para projetos de
comissões interinstitucionais, redes e fóruns estaduais.

O que é a Agenda Comum de Educação Ambiental? É uma ação de política pública
integrada às iniciativas de diferentes setores da sociedade. Uma nova forma
de fazer e pensar a interdisciplinaridade e multisetorialidade, fundamentais
para a prática da educação ambiental. Coordenada pela Secretaria de Ciência
e Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA/Companhia Pernambucana do Meio
Ambiente -CPRH, a Agenda Comum é um colegiado de diferentes instituições
privadas, governamentais e não- governamentais, fundações, universidades,
institutos, entidades ambientalistas, organizações do empresariado, reunidas
em um plano de ação permanente. O planejamento integrado e participativo
oportunizou a consolidação deste grupo interinstitucional inovador, para
fazer da educação ambiental um elemento integrador de políticas e de ações
direcionadas à sustentabilidade.

O carro chefe da Agenda Comum e da Câmara Técnica de Educação Ambiental do
Consema-PE, neste momento, é a construção do Programa de Educação Ambiental
do Estado de Pernambuco-PEA. O PEA-PE irá definir as linhas de ação, as
estratégias e atividades de educação ambiental para cada região de
Pernambuco, a partir dos principais problemas socioambientais locais e
regionais, suas causas, efeitos, impactos gerados e os agentes responsáveis.
Para cada região, serão definidas estratégias e linhas de ação de projetos e
atividades de educação ambiental relacionados com as atividades econômicas e
perfil de cada região de Pernambuco. Desta maneira, a educação ambiental
passa a ter um papel ativo na direção do desenvolvimento com
sustentabilidade.

A educação ambiental é um valioso instrumento para a implantação de
políticas de gestão ambiental nos diferentes espaços sociais e tem como um
dos desafios mediar conflitos de interesses entre vários atores sociais que
agem sobre os meios físico-natural.

Em Pernambuco, o PEA foi pensado e está sendo construído de maneira
participativa envolvendo diferentes setores sociais de todas as regiões do
Estado e em bases interinstitucionais, por meio dos Seminários Regionais. Os
seminários já aconteceram em Recife, Nazaré da Mata, Bonito e Paulista, com
a participação de todos os municípios do entorno.

Como um dos objetivos da educação ambiental é disseminar a defesa da
qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania, é
necessário que todos os setores sociais sejam envolvidos nos programas,
projetos e atividades promovidas em seu nome.

Assim, a Agenda Comum de Educação Ambiental do Estado de Pernambuco é mais
um exemplo desafiante para aqueles que almejam fazer da sustentabilidade
social, ambiental e econômica uma realidade construída a muitas mãos e com a
necessária multiplicidade de olhares.
Ilustrações: Silvana Santos