Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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07/12/2014 (Nº 50) A PERCEPÇÃO E O COMPORTAMENTO AMBIENTAL NA AÇÃO EDUCATIVA DO MUSEU FORTE DO PRESÉPIO NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ
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A PERCEPÇÃO E O COMPORTAMENTO AMBIENTAL NA AÇÃO EDUCATIVA DO MUSEU FORTE DO PRESÉPIO NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ

A PERCEPÇÃO E O COMPORTAMENTO AMBIENTAL NA AÇÃO EDUCATIVA DO MUSEU FORTE DO PRESÉPIO NA CIDADE DE BELÉM, PARÁ

 

Osilene da Silva Santos Fonseca (osileneufpa@hotmail.com) - Graduada em Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará.

 

Maria Roseli Sousa Santos(mroselisousa@gmail.com) - Doutora em Educação, Universidade do Estado do Pará.

 

Altem Nascimento Pontes(altempontes@hotmail.com ) - Doutor em Ciências Físicas, Universidade do Estado do Pará e Universidade Federal do Pará.

 

Aldo Pontes (aldopontes@hotmail.com ) - Doutor em Educação, Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo.

 

Letícia Magalhães da Silva(leticia.magalhaes@live.com) - Mestre em Ciências Ambientais, Universidade do Estado do Pará.

 

 

 

RESUMO

O presente artigo teve como objetivo divulgar os resultados de uma pesquisa que investigou a percepção e o comportamento ambiental de técnicos e educadores do Museu Forte do Presépio (Belém-PA) manifestam em suas práticas educativas neste espaço. O Museu Forte do Presépio é lócus privilegiado de movimentação de visitantes que buscam informações sobre a referida cidade, assim, a ação educativa dos técnicos e educadores torna-se relevante para uma nova postura com relação às questões relativas ao meio ambiente. Pesquisar a percepção e o comportamento ambiental implica em compreender os elementos que auxiliam em novas práticas e ações do homem com relação ao meio em que se encontra. Em termos metodológicos, a pesquisa foi um estudo de caso, do tipo qualitativa, de caráter exploratório e com observação direta. A coleta de dados foi realizada por meio de instrumentos diversos. Os resultados obtidos mostraram que os educadores atuam com certa consciência ambiental, mas sem um real envolvimento e comprometimento com essa questão e que o conhecimento construído por eles não tem sido socializado de maneira eficaz em suas práticas educativas.

 

Palavras-chave: Percepção ambiental. Educação ambiental. Museu forte do presépio.

 

INTRODUÇÃO

Estudos sobre percepção ambiental no campo da educação ambiental são iniciativas que podemos considerar relativamente novas, se comparadas à inserção da temática em outros campos de conhecimento, como a psicologia e a geografia (MARIN, 2008). Desta maneira, este estudo justifica-se pela importância da discussão em torno da percepção e comportamento ambiental no Museu Forte do Presépio (MFP), na cidade de Belém, Pará, por se tratar de um ambiente riquíssimo, no que se refere às questões histórico-cultural e ambiental.

A cidade de Belém apresenta um rico acervo cultural caracterizado por museus, igrejas, e, sobretudo, por casarios que refletem um pouco da história da chegado dos emigrantes portugueses a Amazônia. Acontece que a cidade sofre com a descaracterização desse rico acervo cultural, motivada principalmente por questões econômicas e por falta de uma maior consciência ambiental dos paraenses. Daí a importância desse estudo, no sentido de corroborar com informações que, sobretudo, promovam a inserção de políticas públicas efetivas para este setor.

Diante do tema tratado, discorre-se sobre a percepção humana como condição particular que se manifesta de forma diferente nas pessoas, no tempo e no espaço, portanto carregada de subjetividade o que implica que temos que ter claro esse conceito para a realização da investigação. Para Noronha (2010), a percepção é um processo muito mais subjetivo do que se imagina e tem a interferência da motivação pessoal, as emoções, os valores, os objetivos, os interesses, as expectativas e outros estados mentais.

Del Rio (1999) afirma que o esquema teórico do processo perceptivo que envolve a apreensão da realidade e a realimentação das informações atingidas pode ser representado por filtros culturais e individuais. Esses filtros constituem-se por: sensações (seletiva e instantânea), motivação (interesse e necessidade), cognição (memória, organização e imagens), avaliação (julgamentos, seleção e expectativa) e conduta (opinião, ação e comportamento).

Constantemente realiza-se esse movimento de apreensão da realidade, pois nossa percepção está em exercício e desenvolvimento constantes. Nem sempre se consegue compreender todos os escopos dos ambientes que habitamos, ou seja, podemos ignorar ou não imprimir significado aos espaços e aos objetos que são relevantes para um determinado conhecimento ou ação.

O espaço do MFP é compreendido como um espaço que favorece uma educação ambiental de natureza não-formal, que significa dizer, segundo a lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, em sua II seção, Art. 13, que “Entende-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente”.

Entende-se, a partir do que discorre a lei, que se está tratando de uma ação que não tem caráter escolar em seu sentido restrito ao ensino regular. A ação ambiental no espaço do MFP estaria comprometida com a sensibilização acerca das questões ambientais (visuais, sonoras, etc). E considerando que o objeto deste estudo cabe nesse universo, à investigação de como se manifesta a percepção e o comportamento dos técnicos e educadores do MFP com o público visitante é de suma importância para avaliar como estão sendo socializadas as informações de caráter ambiental para esse usuário e se essas informações têm influenciado de alguma maneira em seu comportamento.

Assim, essa pesquisa teve como objetivo identificar o perfil dos sujeitos atuantes no MFP; avaliar o grau de sensibilidade desses com relação a problemas ambientais no espaço em que trabalham; e verificar se a percepção ambiental que os sujeitos apresentam influencia em suas práticas educativas desenvolvidas no MFP.

 

 

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Localização e Descrição da área

          O MFP está localizado na Ponta de Maúri, na confluência do Rio Guaianá com a Baía do Guajará, adjacente a entrada do porto e o canal de navegação que costeia a Ilha das Onças, em Belém, Estado do Pará (TEIXEIRA, 2010) (Figura 1).

 

Figura 1 – Mapa de localização do Museu Forte do Presépio, município de Belém-PA. Fonte: http://www.google.com.br/imgres.

 

O Forte do Presépio é considerado um marco na história da cidade de Belém, apresentando grande importância no cenário turístico atual, haja vista que é um dos pontos mais visitados por estudantes, turistas nacionais e estrangeiros.

O espaço turístico-cultural do Forte do Presépio oferece dados históricos valiosos da fundação da cidade, uma beleza arquitetônica exuberante e uma aproximação de suma importância através do ensino de artes visuais em contextos da educação não-formal.

Assim, verifica-se que a natureza deste espaço está centrada em dois circuitos expositivos: um externo que expõe os vestígios arquitetônicos, canhões e metralhadoras de períodos diferentes da fortaleza. E outro interno que apresenta o Museu do Encontro na sala Guaimiaba, que é uma homenagem ao índio tupinambá Cabelo-de-Velha. Este espaço reúne objetos em cerâmica tapajônica e marajoara, fragmentos de cerâmica e porcelana, balas, moedas.

É neste cenário que se procedeu o presente estudo de caso, cujo objeto de estudo investigado foi a atuação dos educadores e técnicos do MFP na orientação aos usuários, destacando-se a educação ambiental.

 

 

Amostra

 

A amostra foi constituída de quatro sujeitos, sendo dois técnicos em gestão cultural, um assistente e um educador. Os técnicos e educadores foram escolhidos por estarem no exercício de suas atividades na orientação em visitas monitoradas junto aos visitantes do MFP. Depois de responderem as perguntas do roteiro de entrevista, os sujeitos da amostra foram convidados a indicar outro profissional que também deveria atuar no MFP, numa amostragem chamada de “bola de neve”, respeitando a disponibilidade e disposição dos sujeitos em fornecer informações.

 

Coleta de Dados

 

  É importante destacar que a base do sucesso de uma pesquisa envolvendo percepção e comportamento ambiental está diretamente relacionada à qualidade do questionário adotado (FERNANDES et al., 2002, p. 4). Tal questionário deverá estar estruturado de acordo com os objetivos a que se pretende com a pesquisa e, sobretudo, levar em consideração o tipo/nível dos sujeitos.

          O estudo foi realizado a partir do contato inicial por meio da observação do ambiente, e posteriormente por meio da abordagem direta junto aos sujeitos da pesquisa. A coleta dos dados foi realizada no mês de setembro de 2013.

Para a obtenção dos dados, foi montado um roteiro de entrevista semiestruturado, com questões objetivas e perguntas de múltipla escolha, sempre direcionadas para o aprofundamento de tópicos que se julgou importantes. A vantagem desse método está no contato pessoal, que possibilita o esclarecimento com interferência quando a pergunta é incompleta ou mal compreendida.

No início da coleta de dados, os sujeitos foram esclarecidos sobre os objetivos e a importância do estudo, bem como sobre a relevância da veracidade das respostas.

A observação direta teve o intuito de verificar as condições físicas e ambientais relacionadas aos acessos ao MFP; às condições de limpeza do ambiente; ruídos sonoros e, principalmente, a atuação dos sujeitos com o público alvo (visitante) com relação ao conteúdo apresentado nas orientações e mediações realizadas no decorrer da visitação do espaço.

Para uma melhor compreensão dos dados obtidos, a análise desses foi dividida em três momentos: o primeiro objetivou identificar o perfil dos sujeitos em relação ao gênero e a idade, considerando a profissão e o grau de escolaridade que o sujeito possui; o segundo buscou identificar os conhecimentos acerca da educação ambiental, formados por questões que se referem à educação ambiental, considerando o conhecimento adquirido pelos informantes na formação acadêmica inicial, buscando avaliar o grau de sensibilidade relacionado aos problemas ambientais presentes no espaço em que trabalham; e o terceiro momento identificou as percepções e comportamentos, verificando as implicações da percepção ambiental que os sujeitos apresentam em suas práticas educativas desenvolvidas no MFP.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Perfil dos Sujeitos Estudados

  A identificação dos sujeitos informantes permitiu traçar um perfil dos quatro servidores públicos que atuam nos processos educativos no espaço do MFP. Em seu conjunto, os dados permitiram perceber que a idade dos entrevistados varia entre 40 e 42 anos. Quanto à escolaridade, todos apresentavam ensino superior completo, sendo dois técnicos com formação em bacharelado em turismo, um com formação em administração e outro em artes. Com relação à função que cada um exerce no MFP, dois são técnicos em gestão cultural, um é assistente e outro é educador, todos tratados nesta pesquisa como educadores, verificada a função que efetivamente exercem no museu.

 

Conhecimento acerca da Educação Ambiental

            A Sensibilização ambiental é uma ferramenta indispensável para a edificação de um comportamento mais proativo frente à questão ambiental. Para tanto, é necessário estabelecer metas que possam atingir toda a população, para que realmente ocorra uma mudança de atitudes (BRASIL, 2001). Partindo desse suposto, o desenvolvimento do estudo proposto buscou a avaliação do grau de sensibilidade dos sujeitos com relação a problemas ambientais no espaço em que trabalham, o que implica o entendimento de que toda ação dos sujeitos está assentada em uma concepção que se manifesta no modo como os educadores atuam com a educação ambiental.

          Sendo nosso objeto de estudos, a percepção e o comportamento expressos nas ações dos educadores, os dados apresentados demonstram que a compreensão acerca da educação ambiental, em seus aspectos gerais, são por esses atribuídos à sua formação inicial. Sobre educação ambiental, apenas um informante afirmou não ter visto esse tema na sua formação inicial, os demais afirmaram ter visto esse assunto na graduação e na pós-graduação, sendo que apenas um educador ressaltou ter feito um curso específico na área de Educação Ambiental Escolar.

          Quanto aos temas ligados à questão ambiental, tratados na formação inicial, questões referentes ao lixo, à água, ao saneamento e à poluição sonora foram os mais citados pelos sujeitos.

          Quando questionados se percebiam algum problema relacionado ao meio ambiente no espaço do MFP que os incomodava, as respostas foram da seguinte natureza. Para eles, os problemas ambientais observados não ficam necessariamente no espaço do Forte do Presépio, mas sim em locais próximos a esse, como o barulho da Feira do Açaí, a questão do lixo produzido na feira do Ver-o-Peso, a fumaça dos veículos que circulam no entorno do Forte e o mau cheiro vindo do local onde se comercializa pescado.

          Com relação aos incômodos citados, somente um educador afirmou ter tratado do assunto com um amigo e participado de uma manifestação, os demais não promoveram nenhuma ação em relação a isso. É importante destacar que enquanto realizava-se a aplicação da entrevista, um sujeito afirmou não ter vontade de participar de nada, por ter certeza que sua atitude não mudaria em nada os problemas citados.

            De acordo com Silva (2004), a participação e as informações favorecem o desenvolvimento de habilidades que possibilitam ao indivíduo reconhecer os problemas ambientais. Estas habilidades podem despertar seus sentidos e a consciência da importância da participação em atividades que possam trazer novos conhecimentos e novas habilidades, o que poderia levar a um comprometimento com uma série de valores, atitudes e comportamentos necessários à preservação e a melhoria do meio ambiente.

          A consciência ambiental de uma pessoa é demonstrada principalmente através de suas atitudes e de sua percepção com relação aos problemas existentes no local em que vive e trabalha (SOUZA, 2009). Por isso, quando perguntados se desejavam destacar algum aspecto relacionado à educação ambiental ainda não mencionado neste trabalho, dois educadores afirmaram que não e os demais mencionaram a questão da seletividade do lixo no Forte, pois mesmo o espaço possuindo um número considerável de lixeiras, essas ainda não estão adequadas e contempladas por um processo de coleta seletiva. Portanto, no MFP ainda não há uma ação efetiva para gestão do lixo produzido nesse ambiente.

          Outra queixa apresentada é que as temáticas ambientais não são trabalhadas como deveriam com o público visitante. Segundo os sujeitos, isso decorre do próprio desinteresse do público que limita seu foco de atenção às questões históricas e arqueológicas relacionadas à fundação da cidade. Isso acaba também acomodando os educadores que limitam sua atuação a grupos agendados de estudantes de escolas públicas e particulares, universitários...

          Para Pádua e Tabanez (1998), a educação ambiental propicia o aumento de conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades e fornece condições básicas para estimular meios de integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente. Logo, observa-se que os educadores possuem sim uma sensibilidade em relação aos problemas ambientais no espaço em que trabalham, porém não compreendem que sua mudança de atitude pode contribuir para sensibilização de outros indivíduos, como os que visitam o museu, tornando-os mais conscientes, preocupados e atuantes nas questões relativas ao meio ambiente.

 

Percepções e Comportamentos

 

          A percepção pode ser entendida como um processo subjetivo e que tem a interferência da motivação pessoal, das emoções, dos valores, dos objetivos, dos interesses, das expectativas e de outros estados mentais, como defende Noronha (2010). Assim, para que ocorra uma transformação comportamental a favor do meio ambiente, é necessário que a pessoa seja sensibilizada para uma mudança de atitudes. Por isso, quando os educadores foram questionados se desenvolviam atividades planejadas e articuladas entre eles, dois responderam que não, um afirmou organizar somente oficinas e o outro falou de oficinas, orientações e mediações de consciência patrimonial e ambiental.

           É importante ressaltar que durante a aplicação do roteiro de entrevista, um educador afirmou que não organizava mais atividades por se sentir desmotivado em relação aos poucos incentivos dados pelo governo. Disse também que toda a programação organizada pelos educadores é pouco valorizada. Além disso, chamou atenção para o fato de que recursos financeiros nem sempre são disponibilizados pelo governo para custear uma atividade diferenciada, levando-os a organizá-las com os poucos recursos repassados e até mesmo com recursos próprios.

          Com relação aos projetos educacionais existentes no MFP, apenas o projeto Museu-Escola está funcionando, os demais projetos foram descontinuados por motivos financeiros. Dessa maneira, mesmo diante da visível carência de uma abordagem mais sistemática em relação à questão ambiental, as oficinas, palestras e visitas monitoradas realizadas no local tratam somente das questões histórico-culturais do espaço em si, as questões ambientais acabam sendo negligenciadas.

          Silva (2004) enfatiza que a participação e as informações favorecem o desenvolvimento de habilidades que possibilitam ao indivíduo conhecer os problemas ambientais e a se comprometer com eles, levando-o a mudanças de atitudes e comportamentos em favor da preservação e melhoria do meio ambiente. No entanto, segundo Jacobi (2003), para que as mudanças aconteçam, torna-se cada vez mais necessário consolidar novos paradigmas educativos, centrados na preocupação de iluminar a realidade de vários ângulos, e isso supõe a formulação de novos objetos de referência conceituais e, principalmente, uma transformação de atitudes.

         

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos resultados obtidos, observam-se profissionais com um grau de maturidade acadêmica considerável, com certa sensibilidade e conhecimento em relação aos problemas ambientais no local onde trabalham, mas sem um real envolvimento com eles. Isso pode ser efeito da formação limitada dos educadores, falta de formação continuada, falta de motivação, não supervisão, não incentivo público...

Os educadores do MFP apresentam certo conhecimento sobre percepção ambiental, mas esse conhecimento não tem sido socializado em suas práticas educativas de maneira eficiente. Esses sujeitos ainda não compreenderam que isso depende da mudança de atitudes de cada um para que se promovam mudanças significativas no ambiente em que atuam.

O poder público deveria atuar de forma mais significativa na ação educativa realizada pelo MFP, haja vista tratar-se de um espeço público. Políticas públicas, voltadas para a educação ambiental, deveriam ser incentivadas e financiadas pelo poder público para este setor, o que poderia contribuir para uma maior sensibilização ambiental dos visitantes.

 

REFERÊNCIAS

 

BRASIL, Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de Saneamento. Publicações técnicas e cientificas. Brasília, 2001.

 

DEL RIO, V. Cidade da Mente, Cidade Real: percepção ambiental e revitalização na área portuária do Rio de Janeiro. In: Percepção Ambiental: a experiência brasileira. São Paulo: Studio Nobel; 2 ed. São Carlos, SP: Universidade Federal de São Carlos, 3-22p. 1999.

 

FERNANDES, R. S.; SOUZA, V. J. de; PELISSARI, V. B.; FERNANDES, S. T. Uso da percepção ambiental como instrumento de gestão em aplicações ligadas às áreas educacional, social e ambiental. FCTH, Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica. Projeto Difusão Tecnológica em Recursos Hídricos. São Paulo, 4p. jun. 2002.

 

JACOBI, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cad. Pesquisa. Nº 118. São Paulo. Março, 2003. Disponível em: . Acesso: nov. de 2013.

 

MARIN, A. A. Pesquisa em educação ambiental e percepção ambiental. Revista Pesquisa em Educação Ambiental, vol. 3, n. 1, p. 203 – 222, 2008.

 

NORONHA, Inês de Oliveira. Resíduos Sólidos Urbanos: A Percepção e o Comportamento Socioambiental da População do Bairro Fernão Dias em Belo Horizonte, Minas Gerais. 2005. 113 p. Dissertação (Mestrado em Gestão e Auditoria Ambiental) – Universidad de Las Palmas de Gran Canária, Espanha, 2005.

 

PÁDUA, S. TABANEZ, M. (Orgs.). Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. São Paulo: Ipê, 1998.

 

SILVA, C. L. da. A Avaliação da Formação da Consciência Ambiental numa Comunidade Escolar. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2004. Disponível em: . Acesso em: 05 nov. 2013.

 

SOUZA, M. de; DAMS, L; TORINO, F. L; CARNIOTTO, I. A Percepção e o Comportamento Ambiental dos estudantes do Ensino Médio. Disponível em: . Acesso em: 05 nov. 2013.

 

TEIXEIRA, P. R. R. Forte do Presépio. Revista da Cultura. Ano X, n. 17, 2010.

 

Ilustrações: Silvana Santos