Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Para Sensibilizar
16/12/2013 (Nº 46) EDUCAR COM AMOROSIDADE
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1648 
  

EDUCAR COM AMOROSIDADE

Sílvia Mota

 

Educar é um processo que incide num ou vários papéis que se ampliam gradativamente pelo exercício e se aprimoram. É o resultado desse processo. Portanto, educar é, ao mesmo tempo, um processo e o seu resultado. O termo subjaz eivado de ambiguidade, mas carregado de valores, porque o educar compreendido como ação do ser humano responsável descortina-se nos mais diferenciados interesses do seu estar no mundo junto com o Outro, respeitando-o no dia a dia.

Amar é um ato corajoso, pois se configura num pacto com os seres humanos considerados na totalidade. Conhecidos ou desconhecidos, próximos ou distantes, pouco importa. Amar é comprometimento com as causas que permeiam o universo humano. Relevante que não seja plataforma para abiscoitar interesses particulares, nem objeto de manipulação do mais fraco pelo mais forte. Ao ser assim será tudo menos amor.

Educar com amorosidade é educar para a Felicidade e para a Justiça; é possibilitar ao indivíduo assumir-se como sujeito no processo através do qual se reconhece como um ser sócio-histórico-político-cultural, que se faz, desfaz e refaz no tempo e no espaço.

Nesse contexto, o ser humano aprende o significado da própria liberdade - o que não significa permissividade - e no gozo dessa liberdade, pode decidir-se por um determinado projeto de vida. Mas, embora seja único, não se encontra exilado no mundo, fechado em si mesmo. O ser humano convive com os demais, é um ser coexistencial.

No âmbito da Educação não poderia ser diferente - a existência é coexistência e o diálogo sensível é a ponte humanística que aproxima mestre a aprendiz.



__________
Referências

FERNÁNDEZ SESSAREGO, Carlos. Libertad y genoma humano. In: EL DERECHO ante el Proyecto Genoma Humano. Tradução: José Gerardo Abella. Bilbao: Fundación BBV Documenta, 1994. v. I. p. 254.

LALANDE, Andre. Vocabulário técnico e crítico da filosofia. Tradução: Fátima Sá Correia. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

 

Fonte: http://silviamotacronica.blogspot.com.br/2012/07/educar-com-amorosidade.html

 

Ilustrações: Silvana Santos