AVALIAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA

Kenia Gabriela dos Santos¹ e Eduardo De Rossi¹

¹Acadêmicos da Universidade Federal do Paraná – UFPR, Curso de Tecnologia em Biocombustíveis. Rua Pioneiro n. 2153, CEP: 85.950-000, Palotina, PR.

keniagabriela.santos@gmail.com

RESUMO

O desenvolvimento industrial acelerado tem causado alterações na diversidade biológica. Uma das formas de medir os impactos provocados por essas transformações é proporcionada através de relatórios chamados de Índice Planeta Vivo (LPI) fornecido pela rede Fundo Mundial da Natureza (WWF).  O objetivo dessa divulgação é revelar a situação do nosso planeta, as tendências concretizadas matematicamente, as metodologias aplicadas, conceitos e algumas aplicações em relação ao Brasil. Os impactos ambientais gerados pelo consumo irracional dos recursos naturais provocado pela sociedade são expostos neste relatório.

Palavras-chave: Educação ambiental, biodiversidade, sustentabilidade.

1. INTRODUÇÃO

O ecossistema tem sofrido muitas alterações devido ao desenvolvimento industrial acelerado e uma forma de expor todas as consequências ocorridas é através do Índice Planeta Vivo. Este índice calcula a taxa anual de variação para cada espécie na população no conjunto de dados (RELATÓRIO PLANETA VIVO, 2010).

Segundo Relatório Planeta Vivo (2010), os dados obtidos é resultante da união de mais de 130 países, incluindo o Brasil. A WWF - Brasil é uma organização não governamental (ONG) brasileira filiada à rede “WWF” originada na década de 80 desenvolvendo atividades de pesquisa e diagnóstico, proteção de espécies e de ecossistemas ameaçados, desenvolvimento de modelos alternativos de conservação e uso dos recursos naturais.

Os ecossistemas naturais estão sendo degradado constantemente logo, o LPI registrou um decréscimo de cerca de 30%, desde a década de 70. O indicador (LPI) considera cerca de 1313 espécies diferentes de todo o mundo, no entanto índices diferentes são calculados para espécies terrestres, marinhas e de água doce, sendo que a média destes três índices ou tendências resulta em um panorama global/geral denominado "índice agregado” (RELATÓRIO PLANETA VIVO, 2010).

Segundo Relatório Planeta Vivo (2010), os dados registrados estão diretamente relacionados com outros indicadores como, por exemplo, a pegada ecológica, que mede as atividades antrópicas e os padrões de consumo em hectares globais por pessoa, hag/pessoa. A pegada ecológica não estima as perdas futuras devido à degradação atual dos ecossistemas, no entanto, persistindo estes níveis de degradação os valores da pegada serão afetados pela redução da biocapacidade (RELATÓRIO PLANETA VIVO, 2010).

O uso inadequado dos recursos naturais tem causa danos à biodiversidade mundial e isso tem intensificado discussões pelas autoridades mundiais, além de medidas para a conservação que estão sendo tomadas, uma vez que, os danos causados a biodiversidade encontram-se num ponto com poucas chances de recuperação. Muitos programas que visam à conservação de espécies da fauna e flora, tanto terrestre quanto aquáticas, foram elaborados e colocados em prática afim de que haja um uso sustentável dos recursos naturais (STEINER, 2005).

2. METODOLOGIA

Através do LPI é possível determinar a quais condições que encontra-se os ecossistemas do planeta, avaliando-se as populações de vertebrados terrestre, marinha e de água doce. Pelo fato do LPI está relacionado com outros indicadores, a Pegada Ecológica auxilia na determinação biocapacidade do planeta.

Toda riqueza da natureza é descrita pela biodiversidade existente, sendo descrita em três fases: diversidade genética, diversidades especifica ou de espécies diversidade ecossistêmica. Contudo, os estudos realizados para o relatório, que é publicado a cada dois anos, nota-se que as consequências que o desenvolvimento desenfreado tem provocado ao meio ambiente, por isso deve-se haver mudanças com o intuito de minimizar esses estragos

De uma forma mais abrangente podemos apontar vários índices de muita importância relacionados ao LPI, exemplos:

Índice de sustentabilidade Ambiental que gerou controvérsias ambientais e políticas principalmente em países onde a taxa de poluição era muito elevada.

Índice de desempenho ambiental (EPI) com o intuito de minimizar os estresses ambientais na saúde humana e promover vitalidade ecossistêmica e consistente gestão dos recursos naturais.

Indicadores de Desempenho Energéticos ou EMPIS estudos e propostas para avaliar a sustentabilidade em nível global.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), desenvolvido pela ONU, e tem a cada ano um repercuto da mídia e começa a fazer parte da vida das pessoas, ele é divido em três partes expectativa de vida, educação e PIB per capita.

Índice de Percepções de Corrupção (CPI) onde os materiais de trabalho são a opinião publica.

De acordo com o relatório Índice Planeta Vivo, de 2006, a sociedade não demonstra preocupação com o meio ambiente, porém visa cada vez mais aumentar o seu capital e diz ainda que a destruição e a degradação dos habitat estão ameaçando tanto a biodiversidade quanto bem-estar humano.

Os danos causados a biodiversidade mundial através do uso indevido dos insumos ofertados pela natureza vem sendo questionados pelas autoridades mundiais, e medidas para a conservação estão sendo tomadas, uma vez que as ações antrópicas colocam a biosfera em risco.

Muitos programas que visam à conservação de espécies da fauna e flora, tanto terrestre quanto aquáticas, foram elaborados e colocados em prática afim de que haja um uso sustentável dos recursos naturais.

Para que se determinem cada índice à dinâmica da abundancia de cada espécie é acompanhada individualmente para posteriormente serem agregadas por métodos estatísticos, essa agregação resultará em índices para cada classificação: vertebrados terrestres, marinhos e dulcícolas, que por sua vez são agregados e dão origem a um índice único que vai mostrar o comportamento da biodiversidade de modo geral pelo período monitorado.

Essa determinação auxilia na visualização da dinâmica das espécies tanto em escala especifica quanto geral. A Pegada Ecológica também é utilizada para a composição do índice LPI, por determinar a pressão que cada indivíduo exerce sobre a biosfera.

Para que a Pegada Ecológica seja determinada é necessário estimar a biocapacidade do planeta e a quantidade relativa de espaço utilizado para cada individuo, em seguida são realizadas estimativas do quanto à exigência humana excede a capacidade de produção e regeneração da biosfera.

O LPI é calculado de acordo com as tendências populacionais levantadas em estudos com espécies vertebradas por todo o mundo Apenas as espécies terrestres e de água doce das regiões temperadas e tropicais são analisadas separadas dadas ao fato da escassez de dados nas regiões tropicais.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O desenvolvimento está diretamente relacionado com o Índice Planeta Vivo, que é considerado um indicador do bem estar da sociedade. Anteriormente, o Produto Interno Bruto (PIB) era o principal indicador do desenvolvimento, contudo não são apenas os indicadores econômicos, e sim a união destes que proporcionam uma relação entre a economia e a natureza.

A preservação da natureza requer investimentos para tornar os meios terrestres, de água doce e marinha com uma melhor qualidade. A biocapacidade auxilia na redução da pegada ecológica, pois resulta em um melhor rendimento de produção.

4. CONCLUSÕES

As condições ambientais tendem a melhorar à medida que se adota a sustentabilidade, porém isso é possível apenas quando as pessoas contribuem para essa realização. O Relatório Índice Planeta Vivo transmite os estudos efetuados e a situação atual do planeta a fim de conscientizar a sociedade a praticar mudanças nos hábitos para contribuir com a natureza.

5. REFERÊNCIAS

WWF. WWF no mundo. Disponível em: . Acesso em: 28 dez. 2012.

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2010. Biodiversidade, biocapacidade e desenvolvimento: relatório do ano 2010. Disponível em: < http://awsassets.panda.org/downloads/lpr_2010.pdf >. Acesso em 24 dez. 2012.

STEINER, S. H. F. O Direito ao Meio Ambiente Sustentável: A Proteção da Biodiversidade, a Responsabilidade e a Reparação do Dano no Plano Internacional. 2005. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/21914-21915-1-PB.htm>. Acesso em: 28 dez. 2012.