Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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04/09/2012 (Nº 41) EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DA IDENTIFICAÇÃO ARBÓREA DA PRAÇA NOSSA SENHORA DE BELÉM, BELÉM VELHO, PORTO ALEGRE, RS
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 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DA IDENTIFICAÇÃO ARBÓREA DA PRAÇA NOSSA SENHORA DE BELÉM, BELÉM VELHO, PORTO ALEGRE, RS

 

 

 

Ana Paula de Souza Pereira

Profª Luciana Fofonka

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Licenciatura em Ciências Biológicas

 

 

 

RESUMO

Diante do intenso processo de densificação das cidades brasileiras em geral, as áreas públicas de lazer devem atuar como elementos de compensação com funções que aliam acessibilidade, salubridade, sociabilidade além de lazer, sendo um prolongamento dos espaços privados e integrando os espaços urbanos com seus habitantes. Este trabalho apresenta um estudo preliminar de avaliação da praça e área de lazer Nossa Senhora de Belém, Bairro Belém Velho, do centro urbano de Porto Alegre, RS caracterizada por uma alta densidade predial. Tem por objetivo fazer o levantamento arbóreo da vegetação da praça, promover a educação ambiental, bem como refletir sobre como essas áreas podem estar influenciando a qualidade ambiental urbana ou agregando qualidade aos espaços como ambientes construídos.

 

Palavras-chave: Ecologia urbana. Educação ambiental. Arborização

 

 

 1 INTRODUÇÃO

 

          Além das praças serem um lugar de descanso, de passeio tem a função de preservação de espécies e manter os mesmos dentro do seu ecossistema ou suas cadeias funcionando diariamente. Também não podemos nos esquecer de algo silencioso que todos os dias se renovam trazendo consigo a renovação do ar, sombra no calor, luz solar no inverno entre outros, que são nossas arborizações. 

O objetivo desse estudo foi a catalogação arbórea da Praça Nossa Senhora de Belém, Bairro Belém Velho, região sul da cidade de Porto Alegre, RS e a promoção da educação ambiental para conscientizar as pessoas a cuidar de suas áreas de lazer e assim criar uma nova postura em relação aos recursos naturais, uma conscientização ambiental para incentivar a população local a assumir o papel de valorizar e conservar o seu ambiente. Também propôs uma reflexão sobre as relações que os moradores do entorno da praça tem com a mesma.

O presente estudo teve como liderança alunos do curso de Ciências Biológicas, Turma BID 0149, da UNIASSELVI (Centro Universitário Leonardo da Vinci). Buscou-se o conhecimento local através de entrevistas e pesquisas bibliográficas para realizar a catalogação. A culminância do projeto foi divulgada na rádio local e entre a vizinhança da praça, sendo realizada no dia 11 de maio de 2012.

         

 

2 ECOLOGIA URBANA E QUALIDADE DE VIDA

 

          Um dos objetivos da ecologia é o estudo e a difusão dos conhecimentos da ecologia urbana, que, via de regra, coloca a arborização como um elemento extremamente benéfico aos ambientes urbanizados. As áreas livres, as áreas verdes e a arborização viária assumem um papel importante na melhoria da qualidade ambiental das cidades. Melhoram a composição atmosférica, pois, fixam poeira, resíduos e suspensão, bactérias e outros micro-organismos, reciclam gases pelo processo da fotossíntese e fixam gases tóxicos. Melhoram o microclima por promoverem um equilíbrio solo-clima-vegetação, suavizando temperaturas extremas, conservando a umidade do solo, reduzindo a velocidade do vento, mantendo a permeabilidade e a fertilidade do solo, influenciando no balanço hídrico. Reduzem a poluição sonora amortecendo os sons.

          O lazer, hoje, é visto como uma necessidade na vida urbana para reabilitação da saúde física, mental e moral humana. Pereira (1998) avalia o tempo livre fora das obrigações do trabalho e espaço existente nas cidades para sediar as práticas de lazer como elementos básicos para suprir a necessidade de equilíbrio nas relações sociais em ambientes densamente povoados como as cidades. Os espaços de lazer constituídos por praças, parques, largos e outros destinados ao encontro, convívio, descanso e ou recreio da população possuem uma importância acentuada em áreas onde a densidade predial (manifestação do crescimento urbano) alcança limites máximos de ocupação do solo, sendo a alternativa para agregar qualidade ao ambiente construído e qualidade a vida das pessoas que nele habitam.

Em vista de que muitas das praças e espaços de lazer aqui não tem somente funções associadas ao lazer, foram identificadas as suas funções principais e secundárias conforme as categorias apresentadas por Costa (1993):

- Circulação - quando o espaço é passagem entre pontos significativos dentro da dinâmica da cidade

- Amenização - quando a área apresenta vegetação que ofereça contraste em relação ao entorno, podendo influenciar o clima local. A amenização não é um critério apenas ambiental no sentido climático ou de saneamento pela presença do verde, mas também paisagístico, quando quebra o ritmo da volumetria local das edificações e da trama das ruas. Assim, dividiu-se a categoria em amenização ambiental (salubridade) e amenização paisagística.

- Recreação - quando o espaço oferece equipamentos para tal como parques infantis, áreas ou quadras para jogos, etc.

- Embelezamento - quando o espaço apresenta elementos que agregam valores estéticos ao entorno, destacando-se no todo ou ainda quando oferece encantos paisagísticos artificiais ou disponibiliza o contato aberto com as belezas naturais do entorno (morros, mar, praias, lagos, etc.).

Ainda acrescenta-se como outras funções apresentadas por outros autores:

- Função Cívica ou de Cidadania (OLIVEIRA FILHO & DERNTL, 1995) - quando o lugar é palco de diversas manifestações públicas, desde religiosas, militares e políticas até festas populares.

- Referencial e Simbólica, (BARTALINI, 1986) - quando o espaço se tornou marco referencial local ou é dotado de um significado especial apropriado pelo usuário ou habitantes da cidade (algum sentido histórico importante ou característica incorporada que descaracterizaria o ambiente caso fosse extinto).

         

 

3 A ARBORIZAÇÃO BOTÂNICA ATRAVÉS DAS PRAÇAS 

 

          Nos últimos anos, pode-se observar uma notável preocupação da população urbana com a arborização. A revolução industrial levou milhares de pessoas a migrarem para as metrópoles em busca de promessas empregatícias e com isso houve uma expansão populacional nas cidades, consequentemente causando derrubada de árvores para construção civil, tornando a sociedade desprovida de áreas verdes para lazer. Contudo, as praças foram arquitetadas com belos vegetais de ornamentação e para obter sombra, as calçadas que antes eram forradas por pedras, lajes e lajotas começaram a dividir espaço com algumas árvores de caráter ornamental.

          Sabendo-se que o crescimento econômico é desejado por quase todas as sociedades humanas e que qualquer projeto desenvolvimentista provoca alterações ao meio ambiente é imperativo que seja fomentado pelos diversos atores públicos, econômicos e sociais a busca constante de instrumentos de planejamento e controle ambientais cada vez mais eficazes que possam acompanhar a velocidade das interferências antrópicas. Planejar a arborização é indispensável para o desenvolvimento urbano, para não trazer prejuízos para o meio ambiente.

Considerando que a arborização é fator determinante da salubridade ambiental, por ter influência direta sobre o bem estar do homem, em virtude dos múltiplos benefícios que proporciona ao meio, em que além de contribuir à estabilização climática, embeleza pelo variado colorido que exibe, fornece abrigo e alimento à fauna e proporciona sombra e lazer nas praças, parques e jardins, ruas e avenidas de nossas cidades.

          O município de Porto Alegre, caracterizado por apresentar uma área natural extensa, tem o sul e o extremo sul da capital com uma urbanização muitas vezes descontrolada, o que levanta a discussão sobre os efeitos que este movimento urbanístico promove a estas populações no que tange suas relações históricas, culturais e sociais, e os impactos causados ao ambiente natural, e consequentemente à qualidade de vida destas populações.

 

 

3.1 PORQUE REALIZAR A CATALOGAÇÃO ARBÓREA DA PRAÇA NOSSA SENHORA DE BELÉM?

 

          Nas cidades as áreas verdes como praças e parques possuem fator fundamental na qualidade de vida das populações, produzindo um ambiente relaxante, contribuindo para a manutenção da qualidade do ar, possibilitando a existência de áreas de frescor em dias muito quentes, melhorando as áreas de recarga hídrica nos períodos de chuva, promovendo uma aproximação do homem com o ambiente natural e como local de socialização para os diversos grupos que delas fazem uso. A existência de áreas como parques e praças permite a ocorrência de uma fauna local característica, servindo como abrigo para pássaros e outros animais que utilizam essas áreas para sua reprodução e alimento o que estimula a preservação e manutenção das espécies.

Nesse contexto foi proposto o presente estudo a fim de promover uma revitalização da praça que se encontrava abandonada. A população local utiliza a praça como lazer, porém, são frequentes as reclamações quanto à falta de segurança e ao uso cada vez maior de drogas por parte dos jovens. A população local está distante da praça, mesmo sendo o bairro em questão o primeiro a ser colonizado antes mesmo da fundação da capital Porto Alegre.

Para tal revitalização foi realizada uma oficina de catalogação da flora existente na Praça Nossa Senhora de Belém, buscando desse modo promover o envolvimento dos diversos grupos que frequentam esse espaço, estimulando a construção do conhecimento, a troca de saberes e a proteção do ambiente local por parte de sua população, assim estimulando a cidadania.

Após a identificação arbórea, foram confeccionados cartões com dados de cada espécie identificada. Os cartões foram acondicionados em garrafas PET e fixadas nas respectivas árvores com o auxílio dos moradores que participaram do evento

 

 

3.2 A CATALOGAÇÃO DA PRAÇA NOSSA SENHORA DE BELÉM

 

Foram identificadas doze (12) espécies das quarenta (40) plantas identificadas na praça.

 

PITANGA - Eugenia uniflora L

Descrição: Ficheiro:Pitanga1.jpg

Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

          A pitanga é o fruto da pitangueira, ou Eugenia uniflora L., dicotiledônea da família Myrtaceae. Tem a forma de drupa globosa e carnosa, com as cores vermelha (a mais comum), amarela ou preta. Na mesma árvore, o fruto poderá ter desde as cores verde, amarelo e alaranjado até a cor vermelho intenso de acordo com o grau de maturação.

          É uma árvore medianamente rústica, de porte pequeno a médio, com 2m a 4m de altura, mas alcançando, em ótimas condições de clima e de solo, quando adulta, alturas acima de 6m e até, no máximo, 12m. A copa globosa é dotada de folhagem perene. As folhas pequenas e verde-escuras, quando amassadas, exalam um forte aroma característico. As flores são brancas e pequenas, tendo utilidade melífera (apreciada por abelhas na fabricação do mel).

          A planta é cultivada tradicionalmente em quintais domésticos. O seu plantio é feito simplesmente pela colocação de um caroço de pitanga no solo ou pelo transplante de uma muda até o local adequado. Dá-se bem em quase todo tipo de solo, incluindo os terrenos arenosos junto às praias. É também usada como árvore ornamental em áreas urbanas de cidades brasileiras, na recuperação de áreas degradadas de sistemas agroflorestais multi extrato e em reflorestamentos heterogêneos. As pitangueiras com frutos são um ótimo atrativo para pássaros e animais silvestres em geral.

          A tradição popular atribui algumas qualidades terapêuticas às infusões feitas com as folhas verdes da pitangueira

 

JACARANDÁ - Jacaranda mimosifolia

 

Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

Família: Bignoidacease                                                Folhação: Caduca

Classificação: Árvore                                                   Cor da folhação: Verde- Clara

Origem: Exótica                                                           Floração: Verão

Local de Origem: Argentina, Bolívia e Paraguai        Cor das Flores: Roxas

Copa: Arredondada                                                      Época do fruto: Outono

Diâmetro da Copa: 8m                                                 Solo: Drenado, arenoso

Porte: Médio(altura 12 a 15m)                                    Clima: Subtropical

Crescimento: Rápido                                                   Luz: Pleno Sol

 

Obs.: A árvore é ornamental com o colorido lilás de suas flores. A sua madeira tem diversas aplicações em carpintaria. Devido ao seu tronco que entorta, pode trazer problemas na arborização dos passeios.

 

 

PLÁTANO - Platanus occidentalis L.

  Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

Família: Platanacease                                           Folhação: Caduca

Classificação: Árvore                                           Cor da folhação: Verde- médio

Origem: Exótica                                                    Floração: Março a Abril

Local de Origem: Europa e América do Norte    Época do fruto: Outono

Copa: Irregular   

Diâmetro da Copa: 15m                                      Solo: Úmido e fértil

Porte: Grande(altura 20 a 30m)                           Clima: Temperado

Crescimento: Rápido                                           Luz: Pleno Sol

 

Obs.: Planta supostamente híbrida. Árvore de grande porte com belo aspecto visual, especialmente no outono pelo colorido e posterior queda de suas folhas. Utilizada na arborização urbana por ser resistente a poluição.

Os plátanos são árvores do gênero Platanus, da família Platanaceae, as quais são nativas da Eurásia e da América do Norte. São típicas dos climas subtropical e temperado. No geral, são árvores de interesse ornamental, podendo atingir mais de 30 metros de altura. Possuem folhas lobadas semelhantes às do bordo, que ficam avermelhadas no outono antes de caírem no inverno, diferenciando-se, porém, dos bordos pelas flores reunidas em inflorescências globosas, em contraste com os amentos presentes nos bordos, e também pela ausência de resina nos plátanos, entre outras diferenças estruturais menores.

 

 

JERIVÁ - Syagrus romanzoffiana

 

Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

Família: Aracaceae                                        Classificação: Palmeira

Origem: Nativa do Rio Grande do sul           Local de origem:Brasil

Diâmetro de copa 4m                                     Porte: Médio (altura 8 a 5 m)

Crescimento: rápido                                       Foliação: semicaduca

Cor da foliação: Verde –médio                      Floração: todo ano

Época do fruto: Fevereiro                              Clima: Tropical e subtropical

Solo: Não existe exigência, prefere drenado e úmido

Luz: Pleno sol e meia-sombra

 

Obs. Palmeira altamente decorativa muito usada em paisagismo principalmente no Rio Grande do sul resistente a geada. Frutifica de maneira abundante.

 

PAINEIRA-ROSA – Ceiba speciosa

 

 

  Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

Família Malvaceae                                               Classificação- árvore

Origem- nativa do Rio Grande do Sul                 Copa- estendida

Local de origem- Brasil alto Uruguai                  Diâmetro da copa- 12m

Porte - grande                                                        Altura- de 15 a 30 m

Crescimento - rápido                                            Folhação - caduca

Cor da folhação- verde médio                             Cor das flores- rosa

Floração- de dezembro a abril                             Solo- úmido e fértil

Época dos frutos- agosto a setembro                   Clima- tropical

Luz- pleno sol

 

Obs. Possui espinhos no caule, os frutos ao se abrirem fornecem uma paina que é usada para o enchimento de travesseiros e colchões. A madeira é leve e de pouca resistência. Ótima para plantios mistos em áreas degradadas em preservação permanente.

 

 

TIPUANA (TIPA) - Tipuana tipu (Benth.) Kuntze

  Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

Tipuana tipu (Tipa)

Família: fabaceae                                                       Floração: primavera,inverno

Classificação: arvore                                                 Cor da foliação: verde escura                              

Origem: Exótica                                                         Floração: primavera,inverno

Local de origem: Bolívia e a argentina                     Época de fruto: janeiro a abril

Copa: redonda                                                            Porte: 12 a 15 metros

Crescimento: rápido                                                   Solo: fértil e enrugado

Clima: tropical                                                           Luz: sol e sombra

Obs.: A madeira e moderadamente pesada pode ser utilizada em construção civil, marcenaria e carpintaria.

 

 

PERNA DE MOÇA - Brachychiton populneus

  Fonte: Autora do trabalho, 2012.

Família: Sterculiacea                                                Classificação: árvore

Origem: exótica                                                         Local de origem: Austrália

Copa: cônica ovulada e bulbosa                               Diâmetro da copa: 6 metros

Porte> médio                                                            Altura: de 10 a 15 metros

Crescimento: médio                                                 Foliação: caduca

Cor da foliação: verde médio                                  Cor da flores: creme com miolo verde e vermelho

Época de fruto:outono                                            Solo: profundo pobre e m húmus, úmido

Clima: Subtropical                                                   Luz: sol e sombra

 

Obs.: Não há interesse por sua madeira, pois, é macia e pouca resistência utilizada em arborização nas ruas pela sua resistência a poluição.

 

 

LIGUSTRO - Ligustrum lucidum

  Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

Família: oleaceae                                  Classificação: árvore

Origem: exótica                                     Local de origem: Japão

Copa: arredondada                                 Diâmetro da copa: 6 m

Porte: médio altura 5 a 8 m                   Crescimento: rápido

foliação: verde escura                            Floração; novembro e dezembro        

Cor das flores: brancas                          Luz: sol

Época do fruto: agosto                          Clima: temperado

 

Obs.: as flores possuem um perfume característico. Muito resistente a podas e a poluição.

 

 

GUAJUVIRA - Cordia americana (L).

  Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

Nome científico: Cordia americana (L). Gottschling J.S. Mill

Família: Boragineacea                               Classificação: Árvore

Origem: Nativa do Rio Grande do Sul      Local de Origem: Brasil

Copa: Arredondada                                    Diâmetro da Copa: 9m

Porte: Médio (Altura: 10 a 25m)               Crescimento: Médio

Folhação: Caduca                                       Cor da Folhação: Verde-escura

Floração: Setembro a novembro                Cor das flores: Brancas-creme

Época do Fruto: Novembro e dezembro     Solo: Profundo, fértil e úmido

Clima: Tropical                                           Luz: Pleno sol

 

Obs.  Madeira moderadamente pesada, resistente, durável e fácil de trabalhar, em empregada em construções, obras expostas.

          A árvore é empregada no paisagismo e é excelente para reflorestamento em áreas degradadas.

 

 

FIGUEIRA DA FOLHA MIÚDA - Ficus cestrifolia

  Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

Ficus cestrifolia

  Figueira da folha miúda                             Família: moraceae

Origem : nativa do rio grande do sul         Local de origem: Brasil

Copa: larga                                                 Diâmetro da copa:15m

Porte: grande altura10 á 25 m

Folhação: semi                                           Floração:o ano inteiro

Época de fruto: ano inteiro

 

Obs.: Vista em orlas de rios, lagoas, localizada em fazendas para abrigar o gaúcho e gado do sol rigoroso  do verão.a madeira é utilizada em construção de canoas, cochos , gamelas e taboados  imune ao corte de acordo com lei estadual n 9.519/92.

 

 

UVA-DO-JAPÃO - Hovenia dulcis

 

  Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

Nome Científico: Hovenia dulcis

Família: Rhamnaceae                              Divisão: Angiospermae

Origem: China, Coréia e Japão                Ciclo de Vida: Perene

         

A uva-do-japão é uma árvore caduca, de porte médio, muito utilizada na arborização urbana. Sua copa é aberta, de formato globoso a oval. O caule apresenta rápido crescimento e pequeno diâmetro. Sua casca é escura, de textura lisa a levemente fissurada.    As folhas são ovais, verdes, brilhantes, de disposição alterna e caem no outono e inverno. As flores numerosas surgem no verão. Elas são pequenas, hermafroditas, perfumadas, branco-esverdeadas e atraem muitas abelhas. Os frutos são cápsulas secas, marrons, sustentadas por pedúnculos carnosos, doces e de cor castanha. Cada fruto contém de 2 a 4 sementes amarronzadas. A dispersão das sementes é zoocórica (por animais).

 

 

HIBISCO ROSA - MIMO DE VENUS - Sinensis L.

  Fonte: Autora do trabalho, 2012.

 

Família Malcaceae                                    Classificação arbusto

Origem: exótica                                         Local de origem- Ásia tropica

Diâmetro da copa- 4m                               Porte- media de altura – de 3 a 5 m

Floração e foliação- perene                       Cor da floração- verde escura

Cor das flores- rosas amarelas brancas e vermelhas

Clima tropical

Pleno sol

 

Obs. Arbusto com flores grandes de varias cores q duram o ano todo, pode ser cultivada como uma planta isolada ou em renques.

 

No final da catalogação foram distribuídas mudas de chás e temperos aos visitantes e participantes da oficina.

 

         

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Construir junto a esta comunidade o resgate de sua história servirá como instrumento de controle, fortalecimento e manutenção da preservação da cultura local, promovendo a permanência das comunidades nos lugares onde moram de forma digna, pois, através do entendimento de sua historia poderão valorizar suas relações de pertencimento com seus locais de moradia. Quando um povo reconhece sua história, consegue através da preservação de seu passado ser agente de transformação de seu futuro, pois, se reconhece em seu presente.

          Nesse contexto foi possível presenciar um grande momento de integração entre pessoas de várias idades unidas ao nosso grupo de estudantes (foto abaixo), diferentes histórias vivenciando o presente com novas gerações batalhando pela conservação do meio ambiente.

 

  Fonte: Autora do trabalho, 2012.

         

Promover o empoderamento social em comunidades como as do Bairro Belém Velho assume vital importância na manutenção da história local. As praças urbanas entremeadas à malha urbana tradicional da cidade complementadas pelas áreas de lazer construídas sobre os aterros. As praças urbanas são espaços limitados pelas fachadas que as circundam e com elas compõem a paisagem urbana que é uma dos critérios de qualidade do ambiente. À medida que edificações antigas baixas são substituídas por novas em altura ou áreas antes livres são edificadas em torno da praça, o espaço da mesma vai se modificando em termos de amplitude visual, iluminação, aeração. À medida que as residências, antes com jardins, vão sendo substituídas por apartamentos, na sua maioria de pequenas dimensões, as necessidades de espaços públicos para circulação e lazer vão aumentando.

No entanto em Porto Alegre, essas necessidades parecem não terem sido sentidas. A circulação se faz bastante difícil, não existe estacionamentos suficientes, as praças estão cada vez mais confinadas entre novos edifícios, o parque urbano existente não é utilizado e as pressões se fazem no sentido de construir sempre mais e inclusive, sobre as poucas áreas públicas restantes. Talvez sejam os tempos de insegurança urbana ou talvez a proximidade ilusória de praias ou o modo de vida sedentária da maioria das pessoas. O que se deve perguntar é quais serão as consequências daqui a dez anos, por exemplo? Será que a questão da densificação extrema do solo do centro urbano de Porto Alegre não será um ponto de deterioração do espaço e da vida da cidade, e com isso sua imagem de qualidade e seu potencial turístico?       Será que as áreas públicas de lazer terão ainda menos importância na construção de nossas cidades que nos dias atuais?

 

 

REFERÊNCIAS

 

BARTALINI, Vladmir. Áreas verdes e espaços livres urbanos. In: Paisagem Ambiente - ensaios, edição especial nº1 e 2. São Paulo: FAU-USP, 1986. p.49-54.

 

COSTA, Geraldo Roberto Martins. . Urbanismo e paisagismo na concepção de praças. In: 4º ENEMA, Cuiabá, 1993, ANAIS do 4º ENEMA. ICHS/UFMT,1993. p.241-249.

 

GOMES, Cleida Maria Cunha Feijó (Cood)Cadastro Fotográfico da vegetação de Porto Alegre Secretária Municipal do Meio Ambiente: Porto Alegre2011

 

OLIVEIRA FILHO, João Martins & DERNTL, Maria  Fernanda Significados do espaço público. In: Paisagem e Ambientes. São Paulo. n7 junh. 1995pg57-66

 

PEREIRA, Scheila Cristina. A Prática do Lazer em Blumenau: Execução, Adequação ou Apropriação do Espaço. In: DYNAMIS. Revista Tecno-Científica. Universidade Regional de Blumenau. V. 6, n. 23. Blumenau: Editora da FURB, 1998.pg.227-245

 

WIKIPÉDIA. HIBISCUS. Disponível em: . Acesso em: 2 jun. 2012

 

 

Ilustrações: Silvana Santos