Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Reflexão
20/09/2003 (Nº 6) A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA DE PERCEPÇÃO NO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO
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  • A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA DE PERCEPÇÃO NO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO.

 

 

A Globalização  acelerou um processo irreversível de acesso as tecnologias avançadas. Hoje é possível falar e ver alguém do outro lado do planeta ao mesmo tempo que comemos algo ou assistimos TV, através das salas de “Chat” ou de “Webcan”; tudo isto é fácil devido a inserção da INTERNET, seja em casas de informática, cafés, escolas, universidades.

O deslumbramento pelo acesso a tecnologia fascina as lembranças do passado e anseia pela chegada do futuro, porém tudo seria um avanço amplo para a humanidade se o homem não perdesse a sensibilidade, o senso de percepção. Hoje, nos tornamos tão técnicos, essencialmente racionais, com formulas e ajustes de modelagem para todos os problemas sejam ambientais, sociais ou econômicos. Perdemos a percepção, o senso de nos identificarmos com sensações e emoções ao entrarmos em contato com paisagens serenas do campo, onde o “tempo” parece que não chegou, a tecnologia é quase uma visão utópica de um futuro longínquo. O carisma encontrado nas pessoas das cidades do interior, desperta uma saudade de um tempo passado. Porém o resgate destes valores passa por um estreito vale de educadores ambientais que possuem a missão de despertar dentro de cada um o senso de valoração. Como tudo que tem lado negativo também deve ter um lado positivo, este é o aspecto positivo da globalização, a INTERNET acelera o “tempo de percurso” dos movimentos perceptivos/educativos.

Constantemente nos chegam questionamentos sobre como “sensibilizar certo grupo de pessoas de classe A ou B, especiais ou não, jovens ou idosos para determinado problema sócio/ambiental, percebe-se a ansiedade de quem busca uma solução e também de quem tem de sugerir atividades técnicas, sempre nos vem a mente que usar o sentimento e o instinto é o melhor indicativo”.

Passei por uma experiência que ainda hoje traz reflexos em minhas atitudes. Uma atividade de oficina, em um congresso que aparentemente seria somente um recreativo, fez –me pensar em como sou estranha as rotinas da natureza, fazendo a “Teia da Vida” com o pessoal da UNIVALI percebi que não conhecia mais o que é ter contato com areia molhada, água da chuva, vento frio, folhagens em movimento...Então percebi que estava perdendo a minha sensibilidade e a percepção de encontrar na natureza as soluções dos problemas, já que a natureza esta em constante busca pelo equilíbrio onde a grande maioria dos grupos convive em relações harmônicas mesmo que em competição, isto faz com que o universo esteja sempre em nível produtivo.

Creio que o homem esta despertando para um problema com graves conseqüências futuras.  A insensibilidade sobre os problemas ambientais, sociais e econômicos se faz necessário para que resgatemos a interação HOMEM –NATUREZA e para isto a Educação Ambiental tem um papel essencial de definidor de paradigma.

 

Sandra Barbosa – Ecológa. Aperfeiçoamento em EA. Co- editora da revista EA EM AÇÃO. sicecologia@tutopia.com.br                   

Ilustrações: Silvana Santos