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Para a ganância, toda a natureza é insuficiente. Sêneca
ISSN 1678-0701 · Volume XXIII, Número 91 · Junho-Agosto/2025
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Arte e Ambiente
01/06/2015 (Nº 1) REALIDADE COMPÓSITA: a paisagem urbana na visão do artista.
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REALIDADE COMPÓSITA: a paisagem urbana na visão do artista. Cláudia Mariza Brandão*  Da longa relação entre natureza e cultura constitui-se a paisagem. Se analisarmos a paisagem, natural e urbana, como um texto escrito pelas sucessivas gerações humanas, poderemos identificar na topografia inanimada um agente histórico com vida própria. Considerando-se que o comportamento humano é influenciado por um grande número de fatores, incluindo o conjunto de pressões oriundas do ambiente físico, humano e social, as relações ambientais só podem ser compreendidas considerando-se o papel da cultura, da Arte e das instituições sociais, como mediadoras da relação. O ser humano é uma entidade inserida na história e, dentro dessa perspectiva, a Ecologia Humana, que busca contextualizar o homem em seu ambiente físico, sua história e sua percepção ambiental, possibilita a investigação da degradação ambiental como reflexo da degradação ética e moral da sociedade contemporânea. A trama urbana é uma composição estética que o artista interpreta, a partir de sua experiência pessoal, com o objetivo de promover o conhecimento do meio urbano tal e qual é percebido, de acordo com a dinâmica das relações estabelecidas. As marcas da paisagem urbana são marcas da passagem do homem através do tempo, um tempo que também é histórico e precisa ser reconhecido e discutido. Realidade Compósita é uma pequena parte de um projeto de pesquisa iniciado em 1996. Desde então, realizo o registro fotográfico sistemático da paisagem urbana da cidade do Rio Grande (RS), em busca de indicadores da forma de relacionamento do homem com o meio na contemporaneidade, destacando principalmente a dicotomia entre o discurso e a ação. A transformação da natureza em paisagem artificial é resultado da ação colonizadora do homem sobre ela e a percepção ambiental é um processo e uma possibilidade de análise do fenômeno expressa pelo objeto estético. O objeto de arte é um meio de trocas, um campo de intercâmbio que instiga o olhar do espectador e detona o questionamento, pois o fazer artístico implica um depoimento - um testemunho - do artista sobre suas vivências, remontando às experiências do indivíduo .* Graduada em Engenharia Civil e Artes Plásticas, mestranda em Educação Ambiental (FURG).

Imagens:

Ilustrações: Silvana Santos