Editorial da 35ª Educação Ambiental em Ação
12/03/2011
Chega de ignorar os sinais da natureza
Sento para elaborar o editorial da 35ª Edição da Educação Ambiental em Ação
muito apreensiva pelas notícias do terremoto que assolou o Japão e provocou
tsunamis que inundaram a costa daquele país - e de outros em menores proporções,
salientando que ainda há riscos de mais terremotos, neste dia 12 de março de
2011.
Trata-se, portanto, de um desastre natural sem precedentes, e será muito difícil
contabilizar os danos causados.
Sem falar nos aspectos das perdas humanas que são ainda imensuráveis, e olhando
pelo aspecto ambiental, a situação é estarrecedora, ainda mais pelos riscos de
vazamentos (que já iniciaram) de radiação das usinas nucleares atingidas, o que
potencializa o grau da tragédia.
Assim, se inicia um ano com sérios desastres, entre grandes e pequenos, em todos
os cantos do mundo. Muita chuva, seca, terremotos, inundações, tsunamis, o que
mais?
O
desastre ocorrido recentemente no Rio de Janeiro nos mostrou que estamos
“analfabetos” quando se trata em lidar com tragédias frente as poderosas forças
da natureza. Precisamos, com urgência, pensar em formas de orientações para que
saibamos como agir em situações de desastres.
Acessei o portal da Secretaria Nacional de Defesa Civil para verificar o que
temos há nossa disposição para orientações básicas, e disponibilizo o link de
acesso a algumas recomendações
http://www.defesacivil.gov.br/desastres/recomendacoes/index.asp .
A
situação exige, no mínimo, uma reação e uma avaliação no que se refere a um
preparo para lidarmos com essas situações extremas, se é que realmente somos os
animais mais inteligentes do Planeta.
Além de pensar em uma educação que nos prepare para o enfrentamento destas
situações, precisamos nos unir e lutar para frear a instalação de obras
faraônicas como usinas nucleares e hidrelétricas, que , mais cedo ou mais
tarde, podem se transformar em “bombas relógio”, em casos como o ocorrido no
Japão, isso sem falar nos danos ambientais provocados pelas construções destas
instalações.
“Estamos destruindo a vida com virulência tal, que parece suicídio. Seria uma
morte procurada, se não fosse o resultado da destrutividade humana,
aparentemente inevitável que acabará mesmo com tudo que vale a pena. Só não o
fará, de fato, se se desencadear uma nova revolução; depois da primeira, divina,
que engendrou a vida; a segunda, humana, que humanizou e mecanizou o mundo. A
terceira seria um freio que detivesse a poluição e a destrutividade [...] Na
verdade das coisas, não seria nenhum acontecimento sideral, se a vida se
apagasse, espontaneamente, na Terra [...] Seria, porém, uma tristeza do ponto de
vista do agente ativo da morte da vida, que somos nós, os humanos. Para nós,
portanto, nada é mais imperativo e urgente do que inverter este processo,
desencadeando uma terceira revolução, a ecológica, para que a vida sobreviva” (Darcy Ribeiro).
A
equipe da revista faz parte do grupo de pessoas que acredita nessa 3ª revolução
proclamada por Darcy Ribeiro e apresenta diversas ações que objetivam a
transformação menos impactante possível da interferência humana no ambiente a
partir da moderação e do respeito pela majestosa NATUREZA, que nos abriga em seu
ventre e nos proporciona essa fantástica experiência que é viver.
Bere Adams
E
Equipe da Educação Ambiental em Ação.