É hora de paz E fez-se então, a hora da paz Os povos calaram-se simultaneamente E ouviram a voz das águas Das montanhas, da natureza Dos animais, e nada mais O ar soprou forte Fazendo folhas rodopiarem Ninguém agiu nem falou Ninguém se moveu E então, A humanidade entrou Na imensidão do silêncio E vivenciou A mais perfeita paz Naquela hora Nenhuma arma foi acionada Nenhuma máquina foi ligada Nenhuma agressão foi cometida Nenhuma sirene soou Nenhum alarme disparou Apenas funcionava O que da vida cuidava E, pela primeira vez A humanidade conheceu a paz Minutos antes de terminar Todos estavam armados Com uma pequena semente Que ao soar o sinal programado Foram lançadas à terra Em todo o mundo A paz foi semeada Na Terra E no coração De cada um O sábio que profetizou A hora da paz Proclamou à humanidade: "E uma nova linguagem há de vir Há de vir para ficar Que traduz união Justiça, igualdade É a linguagem da paz Somos todos irmãos Somos todos iguais Somos filhos da Terra do Sol, da Água, do Ar Somos todos peregrinos Por esta Terra a viajar Entrando para o novo milênio Com a mais intensa missão A missão de promover a paz Uma nova linguagem Há de vir Há de vir para pacificar Que traduz a Fé A esperança, o amor É a linguagem da paz Que será falada, sentida, cantada De norte a sul, de leste a oeste Em todo planeta terrestre Ecoará pelos confins da alma E se expandirá pelo imenso universo É a linguagem da paz Que todos conhecerão Que virá de dentro de cada ser Para promover a união Até que um só povo Um povo multicor De mãos dadas dançará Entoando a mais bela canção Todos a uma só voz Unidos Em nome da PAZ Berenice Gehlen Adams (Poema premiado no concurso do Yazigi "Cometa um ato de paz, escreva pela paz")