Alergias da Primavera:
previna-se com a natureza
Bere Adams
É comum, nesse período onde a
natureza se embeleza das mais variadas cores através das flores, passarmos por
processos alérgicos. Quando são casos leves e isolados é ideal buscar recursos
na natureza, a menos que a situação se agrave e um médico deverá, sem dúvida,
ser consultado. Como é o meu caso – os espirros são os primeiros sintomas para
mim – recorri a pesquisas sobre plantas medicinais que pudessem auxiliar para
amenizar sintomas alérgicos provocados pela floração da época, e reuni algumas
informações para compartilhar com leitores da EA em Ação. Espero que aproveitem
assim como eu aproveitarei.
RINITE E OUTRAS ALERGIAS:
Tratamentos Alternativos
Rinite é a inflamação da
membrana mucosa nasal. Assim como todo processo inflamatório, a rinite é um
sinal de que há algo errado com o corpo.
ERVAS QUE AJUDAM NA CURA DA RINITE
Erva-de-são-joão (sumo e chá)
Óleo de eucalipto (sobretudo
para a rinite alérgica)
Alfazema
Unha-de-gato
Fonte:
http://curapelanatureza.blogspot.com
Vejamos, a seguir, detalhes
sobre cada uma destas plantas indicadas:
Erva de São João
O nome científico da erva de São João é Hiypericum perforatum L., pertence a
família Hipericáceas. È uma planta cujo sua origem é advinda da Europa, Ásia e
África do Norte. Atualmente, entretanto, sendo cultivada em todos os
continentes. Toda a planta é utilizada, especialmente as flores para fins
fitoterápicos.
A Erva de São João é conhecida também pelos seus sinônimos artemigem,
artem´sai-verdadeira, artemísia-vulgar, artemísia-comum.
A erva de São João é uma pequena planta aromática, apresentando na época de São
João flores amarelas que só vivem um dia e logo depois murcham. A erva de São
João deve ser colhida na época da floração.
Os gregos empregavam a erva de São João pelas suas propriedades diuréticas,
analgésicas e cicatrizantes.
Seu nome vem do grego e significa segundo a versão mais aceita - "aquilo que
está em cima do imaginado". Sempre fez parte dos ritos de passagem do solstício
de verão nas culturas celta, romana e grega. Na mitologia nórdica, pertencia a
Balder, o deus radiante da luz e o mais bonito de todos. Para banir suas origens
pagãs, a Igreja a rebatizou, na Idade Média, como o nome de Erva de São João.
Apesar disso, continuou a ser utilizada, durante muito tempo, para afastar os
espíritos negativos. Era pendurada nas portas das casas como proteção contra
demônios e bruxas, ou carregada junto ao corpo com verbena. Porém, para aumentar
assuas virtudes - medicinais e mágicas -, tinha que ser colhida na noite de São
João e passar pela fogueira.
A erva de São João é composta pelas seguintes substãncias: óleo essencial,
taninos, resina, pectinas, glicosídeos (hipericina - corante vermelho)
flavonóides (hiperosídeo, quercitina, rutina, quercitrina), catequinas,
fitoesteróis (B-sitostero0, vitamina C e P, carotenos, saponinas, princípios
amargos e vitamina C.
Foram encontradas no hipérico propriedades antidepressivas - às vezes é chamado
de Prozac natural - e antivirais, especialmente contra o vírus da gripe, da
estomatite vesicular e do herpes. Além disso, a Erva de São João possui também
atividade aninflamatória, hipotensora e antidiarréica.
O conjunto de todos seus componentes estimula os órgãos digestivos, inclusive a
vesícula biliar, e tonifica a circulação.
A hipericina exerce ligeira ação calmante, auxiliando em quadros depressivos.
A ação adstringente é dada pela presença de taninos e flavonóides na sua
composição. Já as saponinas são responsáveis pela ação estimulante da circulação
sanguínea, levando a uma tonificação e eliminando impurezas intercelulares.
Os princípios amargos asseguram ação digestiva, pois estimulam a secreção dos
sucos digestivos.
Indicações da Erva de São João
Balmé fala de sua ampla esfera de ação na medicina popular da Europa. Em uso
interno, é indicada para gota, reumatismo, bronquite, dispepsias em geral,
intoxicações do fígado e menstruações irregulares; s erve ainda como vermífuga e
combate a incontinência noturna das crianças. Externamente é usada contra
queimaduras, inflamações e feridas em geral. Além dessas propriedades, Alonso
(1998) relata ainda seu emprego como sedativo, antidepressivo, antifebril .
vermífugo, reumatismo e antidiarréico.
Contra-indicações da Erva de São João
Não é recomendada para mulheres que amamentam. A planta é tóxica quando usada em
doses elevadas, bem acima das indicadas.
Fonte:
http://www.saudenarede.com.br
Eucalipto – Propriedades
O eucalipto é considerado um
medicamento natural com inúmeras propriedades medicinais, sobretudo provenientes
das suas folhas. Da sua folha é retirado o óleo que tem propriedades
antissépticas e também desinfetantes. Quando aplicado localmente, o eucalipto
pode danificar a sensibilidade e aumentar a atividade cardíaca. Este medicamento
natural é utilizado para combater a asma, aliviar afecções brônquicas, tosse,
constipações, rinite e sinusite, aliviar a dor de cabeça e descongestionar as
vias nasais. Pode ser útil também no tratamento de dores musculares, reumatismo,
infecções urinárias e feridas. Contudo, a sua utilização deve ser moderada e
segundo prescrição e aconselhamento médico, pois em quantidades maiores pode ser
tóxico para o organismo provocando complicações graves para a sua saúde.
A sua forma de utilização é
muito diversificada, podendo ser aproveitado através do seu óleo, ingerido sob a
forma de chá, por inalação do vapor ou aplicação local. Para uma inalação do
vapor, precisa de uma chaleira com água a ferver, óleo de eucalipto, uma toalha
grande, e um recipiente que seja largo. A sua cabeça deve estar pendente sobre o
recipiente que contem a água quente com 3 gotas do óleo, e coberta com a toalha,
para que todo o vapor libertado seja inalado por si: respire lentamente e
profundamente durante aproximadamente 10 a 15 minutos.
Fonte:
http://vidadequalidade.org
Alfazema
(Lavandula spica)
Utilizada para tratar anúria,
apoplexia, asma, doenças do fígado, baço, cãibras, dores de cabeça, enxaqueca,
gota, inapetência, leucorréia, nervosismo, reumatismo, tosses catarrais,
feridas, abscessos, acne.
Como utilizar: Chá por infusão
usa-se 2 colheres de sopa de folhas, flores ou sumidades floridas frescas.
picadas em 1 litro de água fervente.Dose triplicada para uso externo.
Posologia: 3 xícaras de chá ao
dia.
Propriedades médicas:
diuréticas, expectorante, sedativa, antiinflamatória, sudoríficas,
antiespasmódicas, anti-séptica, cicatrizante e colagogas é indicada para a
asma,renite, enxaquecas,utilizada como calmante e cardiotônica. Tônico do
sistema nervoso, estimulante, digestivo, anti-espasmódico, combate cólicas,
gases e indigestão.
A alfazema é uma das plantas
aromáticas de jardim preferidas, devido ao seu cheiro delicioso. Os Romanos
usavam-na para perfumar a água do banho, donde o seu nome, que vem do verbo
latino lavare (lavar). Os Gregos receitavam-na para tratar a tosse.É uma planta
geralmente considerada bom sedativo e remédio calmante para a digestão. É ideal
para enxaquecas e outras dores de cabeça, quer para uso interno quer externo em
massagens. O óleo de alfazema é também calmante para as queimaduras do sol e
ajuda a relaxar e a reanimar, quando deitado na água do banho.
Recomenda-se para os seguintes
casos:
Anúria, amenorréia, apoplexia,
asma, afecções do fígado e do baço, blenorragia, cãibra, clorose, dores de
cabeça, enxaqueca, escrófulas, gotas hipocondria, inapetência, icterícia,
leucorréia, nervosismo, reumatismo, ventosidades, má digestão e anti-espamódica.
Parte usada: toda a planta por
infusão.
Aplica-se topicamente
cataplasma quentes com folhas cozidas, para acalmar as nevralgias e dores
reumáticas.
Na supressão da menstruação,
restabelece o fluxo.
Mais informação:
Nomes científicos: Lavandula
vera, Lavandula officinalis.Outros nomes:alfazema do mato.
Excitante e antiespasmódica. Na
falta de regras, promove ou restabelece o fluxo menstrual. Usa-se o chá das
folhas para expelir gases intestinais. Para asma, afecções do fígado e baço,
nervosismo, dor de cabeça, neurose cardíaca, ventuosidade, tosses catarrais,
feridas, abcessos, acne, reumatismo, gota. Sua essência combate piolhos e outros
parasitas. A infusão das sementes serve para digestões difíceis.
Fonte:
http://www.bam-international.com
Unha-de-gato
(Uncaria tomentosa)
A planta medicinal unha-de-gato
(Uncaria tomentosa) não deve ser confundida com outra planta também conhecida
popularmente como unha-de-gato (Ficus pumila), uma trepadeira muito utilizada em
paisagismo aqui no Brasil para cobrir muros e paredes.
A unha-de-gato (Uncaria
tomentosa) é uma planta medicinal muito popular no Peru. Trata-se de uma
trepadeira arbustiva que cresce apoiada geralmente em uma árvore, com folhas
compostas, opostas e ovais. Seu nome popular foi inspirado na semelhança de seus
espinhos com as unhas do gato - nos Estados Unidos ela é conhecida como Cat's
claw.
Sabe-se que os incas foram os
primeiros a tirar benefícios de seus princípios ativos e, ao passarem os seus
conhecimentos para os índios, deixaram uma riqueza medicinal utilizada no
tratamento de doenças como artrite, gastrite, reumatismo e inflamações em geral.
Descrita pela primeira vez em 1830, a unha-de-gato pode ser encontrada em toda a
amazônia peruana e principalmente nas bacias dos rios da selva central do Peru.
A planta começou a despertar o
interesse científico somente em 1970, quando foram realizadas inúmeras pesquisas
na Europa que acabaram comprovando o seu valor terapêutico. Pesquisas
comprovaram a eficácia da unha-de-gato nas ações antiinflamatórias. Vários
estudos realizados na Áustria, Alemanha, Inglaterra, Hungria, Itália, Peru e
Brasil mostram efeitos benéficos da unha-de-gato (Uncaria tomentosa) no
tratamento de amigdalites, artrite, sinusite, bursite e rinite.
A planta também é benéfica para
o tratamento de doenças reumáticas e musculares, principalmente na terceira
idade. Os princípios ativos de maior interesse são os alcalóides oxindólicos e
os compostos glicosídeos do ácido quinóvico que demonstram ser os responsáveis
pelos efeitos antiinflamatórios.
As propriedades medicinais da
unha-de-gato (Uncaria tomentosa) vêm surpreendendo o meio científico a cada dia.
Em 1995, essa selvagem planta peruana foi de grande importância no tratamento
das vítimas do acidente nuclear ocorrido em Chernobil, na Ucrânia.